Dilemas escrita por nana_cullen


Capítulo 29
(SEASON 2) Capítulo 6: Entre tapas e beijos




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(SEASON 2) Capítulo 6: Entre tapas e beijos

 

 

BELLA SWAN #

 

 

‘Vamos lá, no três!’

 

‘Um... ’

 

‘Dois... ’

 

‘TRÊS! ’

 

Havia perdido a noção do tempo. Só de dirigir quase dormindo ao volante e ter que carregar praticamente dois retardados em coma alcoólico do outro lado da rua até dentro dessa casa eu estava mais pra lá do que pra cá. Pensando bem, esse não era a primeira vez que faço isso, fato.

 

Jasper estava jogado no imenso sofá da sala e tínhamos acabado e deitar (jogar também vale) Emmett no cômodo, os dois dormindo como anjos. A ressaca vai ser braba!

 

‘Bem... e esse foi o último!’ – O safado disse, dando sua tradicional passada de mão nos cabelos. – ‘Como você está?’

 

Essa pergunta tinha que ser pra ele, não eu! A expressão dele estava realmente cansada, se não estivesse enganada, não iria demorar muito para ele desmaiar também ali mesmo!

 

‘Emmett é tão leve que deixa minhas costas doendo!’ – Ri um pouco, me sentindo uma velha com esse comentário estúpido que fiz. – ‘Credo, isso foi idiota. ’

 

‘Você... devia então falar mais coisas idiotas.’

 

‘Como é? Por quê?’ – Indaguei, fazendo careta.

 

‘Porque...’ – Ele suspirou, se aproximando de mim mais do que devia. – ‘Você... fica extraordinariamente linda assim.’

 

Olhei para baixo, procurando inutilmente por meu coração palpitando pelo chão. Depois dessa, ele com certeza havia saído de mim. Droga, porque ele não pára de fazer isso? Será que ele não vê que simplesmente é errado?!

 

Nossas respirações se encontraram, e eu podia sentir as quão sincronizadas elas estavam. Meu Deus, ele tinha que se afastar de mim, agora! Havia tanto tempo que nós não ficávamos assim, tão próximos um do outro. Parecia que algo estava faltando dentro de mim, ardendo para ser saciado e preenchido. Meus olhos extintivamente fitaram sua boca, a qual praticamente estava tocando a minha, pensando em diminuir aquela ridícula distância e me entregar ao desejo.

 

Desejo? Eu, por acaso, estou ficando doida?

 

A resposta é sim, infelizmente.

 

Eu não respirava mais, sendo acordada do transe por uma risada abafada dele.

 

‘Acho que vou subindo. ’ – Quase desmaiei de falta de ar quando ele se afastou. – ‘Até mais, Bella. ’

 

‘A...té...’ – Dei um longo suspiro assim que ele começou a subir as escadas, ouvindo meu coração ir à loucura.

 

 

Ainda fiquei parada ali, vendo os dois dormirem. Mas logicamente não estava prestando atenção nenhuma neles! Tentava entender o que se passava na minha mente e corpo quando ficava perto de mais de Edward, isso era o que realmente me preocupava. Nunca passou por mim esses tipos reações, até nem mesmo com Jacob!

 

Derrepente, Jake me veio à cabeça. Minha relação com ele foi da mais pura amizade, nada mais, nada menos que isso. Foi quando um dia ele veio e me pediu em namoro, mesmo eu sabendo que não sentia nada por ele. Isso me fez pensar, por que eu aceitei? O único motivo que lembro foi, talvez, que eu nunca encontraria amor mais próximo ao de Jake, e preferi então não arriscar, aceitando o que ele prometeu me proporcionar.

 

A possibilidade de terminar tudo com Jacob pareceu muito tentadora nesse momento. Ainda poderíamos ser amigos, sendo que nossa relação era praticamente a mesma de antes do namoro começar. Sentia-me péssima por estar enganando ele e pensando que vou me apaixonar, porque isso nunca iria acontecer.

 

Edward invadiu minha mente, as lembranças nubladas das vezes em que nos beijamos. Eu não sabia mais como era sua boca, o sabor dos seus lábios. Eu queria sentir, sentir novamente aquele olhar intenso sobre mim, o gosto que havia se esquecido dentro da minha cabeça.

 

 PARE COM ISSO SUA LOUCA! OLHA EM QUE PONTO VOCÊ CHEGOU! Minha razão gritou, hesitando meus pensamentos mais profundos. SABE O QUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO INSINUAR?! É BOM VOCÊ PARAR DE PENSAR NESSAS COISAS! ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS E ELAS VIREM VERDADE!

 

A imagem daquele homem ainda pairava, as visões sobre cada conversa, cada toque, cada arrepio que sentia. Todas lembranças. Lembranças que eu queria que se tornassem verdade.

 

Era isso que eu estava querendo dizer? Que eu queria Edward... para... mim?

 

Não. Não pode ser.

 

 

Me espantei com meu celular, o HELLOMOTO tocando mais alto que uma sirene de polícia. AI DEUS! EU PRECISO SAIR DAQUI! SE ELES ACORDAREM, JÁ ERA TODO O MEU TRABALHO!

 

Saí correndo toda destrambelhada para o segundo andar, escorregando de degrau em degrau. Alguém passou cera nessas escadas? PELA MORDE DEUS! ME SEGURA! Por sorte consegui chegar sem nenhum arranhão ao imenso corredor de cima, atendendo por fim o telefone.

 

‘A-alô?– Atendi, totalmente ofegante. Uma máscara de ar iria muito bem agora, não é? Credo, preciso mesmo de uns exercícios, talvez eu acabe tendo um ataque cardíaco só por subir escadas!

 

‘Hey, Bells!’ – A voz de Jake ainda continuava grave como antes, mas, o tom sempre caloroso com o qual sempre me atendia havia sumido. – ‘Desculpe ter demorado a ligar, fiquei meio ocupado. ’

‘Ah, sem problemas!’ – Eu não tinha noção do que falar com Jake, então precisava pensar rápido. – ‘B-bem, como você está?’

 

‘Ótimo. Como sempre. ’ – Ficamos calados por alguns minutos enquanto eu andava pelo corredor e suas milhares de portas. Meu Deus, como eu estava perdida. Em todos os sentidos. – ‘E você?’

 

‘Ah, também. Só estou meio sem rumo aqui. ’ – Comentei, fazendo-o rir. Ai, que alívio! – ‘O corredor é muito grande, nem lembro direito onde eu estou dormindo, sabe?’ 

 

‘Você ainda não se acostumou? Que feio, Bella Swan! Deve estar dando muito trabalho aí! ’ – Ele debochou de mim, bom, como ele sempre faz.

 

‘Muito obrigada por isso Jake, mesmo!’ – Respondi, divertindo-me.

 

‘Eu também te amo, Bells!’ – Então ele se calou, só depois de um tempo retornando, desta vez com um tom que eu realmente percebi que era diferente. – ‘Bella... eu... preciso falar com você...’

 

‘C-claro Jake, pode falar!’ – Pigarreei, tentando descobrir qual a bendita porta do meu quarto.

 

‘Bem... eu ganhei uma bolsa de uma semana para... ahm... viajar.’ – Ele falou, e não entendi o porque desse tom. Parecia... receoso com algo.

 

‘Sério? Que bom Jake! Isso é ótimo!’

 

‘Que bom que gostou! Porque... Bella a minha viagem é para... ’

 

‘Jake? Jake? Eu não estou te ouvindo!’

 

Merda, ótima hora para ficar cortando a linha! Andei de um lado para outro sussurrando o nome de Jake, porque se falasse mais alto eu acordaria as pessoas daqui. Completamente sem pensar abri a primeira porta que vi, entrando em busca de algum sinal.

 

 

‘Alô? Alô? Jake?!’ – Não tinha mais volta, a ligação havia caído. – ‘Droga!’

 

‘Bella?’

 

Pulei com meu nome, virando lentamente para trás. Ai Meu Deus, se for um ladrão eu já era, se for um ladrão eu JÁ ERA! Quando finalmente vi, pensei em duas coisas.

 

‘O que você está fazendo aqui?’

 

Primeira: ainda bem que não era um ladrão! Meu Deus, passar por tudo aquilo de novo? NINGUÉM MERECE! Agora segunda: eu simplesmente entrei por engano no quarto do SAFADO! SIM! EDWARD CULLEN! E eu ainda me surpreendo que finalmente consiga pronunciar de novo!

 

‘Ahm... eu... bem...’ – Olhei-o de cima a baixo, ficando mais vermelha ainda com a situação. Ele estava sem camisa, só com uma calça folgada. Seus cabelos agora molhados, com certeza ele havia saído de um belo banho para tirar um pouco do efeito do álcool. Fiquei totalmente petrificada quando, iluminada pela luz do luar, uma gota vinda de um fio de cabelo dele escorreu por seu rosto até as curvas do queixo. Os olhos dele também cintilavam com a luz, deixando-os mais em destaque. Meu coração não demorou a pulsar mais rápido. – ‘Eu... só entrei... ahm...’

 

 

EDWARD CULLEN #

 

 

Eu estava um pouco surpreso por Bella estar ali, justamente quando era nela em que pensava nesse momento. Foi estranho, mas, no final, me senti melhor com isso. Depois de todos esses dias praticamente distantes, sem nem brigarmos ou sequer outras coisas, era praticamente um alívio termos um momento assim.

 

Meu Deus. Eu estava mesmo doido.

 

‘Bom... eu ainda estou esperando uma resposta.’ – Também queria saber mais outras coisas, mas é melhor uma pergunta de cada vez. – ‘O que faz aqui?’

 

‘Eu... ahm...’ – Seu olhar pairava de um lado para outro do quarto, uma situação muito engraçada de se ver! – ‘Só vim f-falar que seus irmãos e-estão roncando muito!’

 

‘Oh, sério?’ – Era impressão minha ou eu a estava deixando super vermelha? – ‘Quanto?’

 

‘Uma s-sinfonia inteira!’ – Dei tranquilos passos em direção a ela, só confirmando minhas hipóteses. Para variar, eu estava certo. – ‘N-nossa, INSUPORTÁVEL!’

 

‘Não se preocupe, sons lá em baixo não alcançam aqui em cima. ’ – Suspirei, apoiando minhas mãos na cintura. – ‘Você vai dormir melhor que um bebê, eu garanto. ’

 

‘A-ah! Acho bom então!’ – Ela completou, recuando lentamente até a porta. – ‘Bem... então e-eu acho que vou...’

 

Não. Ela não podia sair agora. Não agora.

 

‘Quem era no telefone?’

 

‘Hã?’ – Ela indagou, totalmente nervosa.

 

‘Era ele?’ – Eu queria a resposta. Saber ou não se era realmente verdade o que Rosalie havia me contado. – ‘Seu namorado?’

 

‘O-olha. Sinto muito em te dizer, mas isso NÃO é da sua conta!’ – Como ela consegue desviar de uma coisa que está simplesmente estampada na cara dela?! Droga. Ela sabe me provocar, até demais!

 

‘Por que está fugindo tanto? Confesse logo que era ele! Você acha mesmo que eu não ia acabar descobrindo?!’

 

‘Está insinuando por acaso que eu ESCONDIA ISSO DE VOCÊ?!’ – Agora ela ficou com raiva, sua expressão de fúria. – ‘AAH! POR FAVOR! POUPE-ME DISSO!’

 

‘Pelo tom que você está usando, eu vou ter que discordar!’ - Ironizei, partindo também para cima dela. – ‘E, sinceramente, você mente muito mal!’

 

‘CALA A BOCA! QUEM VOCÊ PENSA QUE É HEIN? O DONO DA VERDADE?!’ – Eu praticamente pegava meu último fio de paciência e jogava pela janela. Dane-se, essa garota me tira do sério! – ‘QUER SABER? EU TENHO SIM UM NAMORADO! ELE ME AMA, ME CONHECE E O PRINCIPAL DE TUDO. EU SEI QUE ELE NUNCA VAI ME TRAIR! ISSO SOA FAMILIAR PARA VOCÊ?!’

 

‘Garota... você realmente não sabe com quem está se metendo aqui...’ – Dizia entre ranger de dentes, nossos rostos praticamente colados um no outro. – ‘Não me provoque, está me ouvindo? Porque senão...’

 

‘Você não está em condição NENHUMA de me ameaçar! Quem faz isso aqui SOU EU!’ – Ela exclamou, cutucando meu peito com o dedo indicador. – ‘Pensa que eu esqueci as coisas que VOCÊ FEZ?! NUNCA! JAMAIS!’

 

Só então percebi o quanto nossas bocas estavam próximas. As respirações de ambos sincronizadas como uma dança coreografada, nossos olhares raivosos, um enxergando as feições do outro. Tudo aquilo me conectava a ela, era sempre ela. Não sei como e nem quando, mas eu a queria. Demais.

 

‘Bella... ’ – A chamei, minha voz saindo um sussurro. O vento de minha boca abriu a dela, aqueles lábios vermelhos e expressão macia desgrudando-se um do outro. Meu Deus, isso sim é provocação.

 

‘É bom você ter medo de mim, Edward Cullen. ’ – Ela me ameaçou, mas não escutei. Meus olhos estavam concentrados somente em um lugar: sua boca. – ‘Eu posso estragar sua vida, e você sabe muito bem disso. ’

 

‘Você já a está estragando Bella... ’ – Realmente. Ela estava estragando minha vida, e eu sentia prazer com isso. – ‘E não sabe o quanto. ’

 

‘Que bom. É isso que eu mais quero nesse mundo. ’ – Bella ainda aparentava o semblante sério, porém muito intenso. Ela não havia entendido o significado de minhas palavras, e nem eu.

 

 

MÚSICA: Ne-Yo - Because Of You
http://www.youtube.com/watch?v=0ROonIpJRlA

 

 

‘Bella... ’ – A chamei novamente, torcendo para que fosse a última vez.

 

‘O que é?’

 

‘Cala a boca. ’ – Terminei definitivamente a conversa, avançando minha boca na dela com toda a força que tinha.

 

 

 

BELLA SWAN #

 

 

Eu não esperava essa reação dele, me pegando de surpresa. O beijo era avassalador, qualquer coisa que já havia visto ou feito na vida. Automaticamente lembrei tudo que precisava: o sabor dos lábios, como eles se encaixavam perfeitamente nos meus como num passe de mágica. Meu Deus, e como era bom.

 

Minhas mãos voaram para seu pescoço, querendo aprofundar aquele momento mais do que nunca. Pareciam séculos de uma peça faltando em mim, e agora eu estava completa. Tudo que eu mais queria, nos meus pensamentos mais profundos nesses últimos tempos: sentir os lábios dele novamente, pelo menos mais uma única vez.

 

A falta de ar finalmente nos alcançou, o beijo tornando-se uma coisa mais suave. Nos separamos, a distância ainda sendo mínima entre nós, os corpos colados um no outro.

 

‘Meu Deus... como você... me deixa... louco...’ – Ele ofegava, seu hálito embriagante tomando conta de mim. Num piscar de olhos ele já estava me atacando, mordendo a parte inferior de minha boca com fúria e desejo. – ‘Louco... completamente...’

 

Não tive tempo de falar nada, seus lábios me invadindo novamente. Os arrepios não paravam à medida que ele passeava suas mãos livremente por minhas costas. Fui empurrada para trás, batendo na fria porta branca de madeira do quarto. Mas aquele frio não era o suficiente para apagar o calor que sentia naquele momento, Edward suspirando sobre meu pescoço, dando beijos intensos que me levavam para o caminho da insanidade. Isso tudo, mais a pressão que seu corpo exercia sobre o meu, não estava me ajudando.

 

Bagunçava seus cabelos, as gotas de água pingando para todos os lados, inclusive em mim. O que só foi pior, pois o choque térmico de quente e frio me lembrou a imagem da gotícula deslizando no rosto perfeitamente pálido. Mais e mais motivos para deixá-lo colado a mim.

 

Isso era completamente insano e errado, mas... por que eu não parava?

 

Simples resposta: eu não queria.

 

 

EDWARD CULLEN #

 


Nunca imaginei que tudo dessa garota fosse perfeito. Suas curvas, linhas do rosto, pescoço, e principalmente o sabor de seus lábios. Tinham gosto do mais puro doce, mais parecido com um adocicado de uma fruta. A fruta proibida.

 

Ri com o pensamento, tirando Bella da porta. A conduzi até minha cama, mas, pela primeira vez, eu não tinha pressa de nada. Ela estava bem ali, cedendo a todas as minhas carícias, e não a deixaria escapar.

 

Era como se seu corpo soubesse a maneira me deixar completamente sem rumo, porém, que ela mesma não tivesse o conhecimento disso. Eu agora me sentia diferente, um calor totalmente desconhecido emanando e reagindo de acordo com o dela. Jamais me passou pela cabeça esses tipos de sensações na vida. Como se... fosse a primeira vez de algo.

 

Minha mãe sempre me dizia os sintomas de alguém apaixonado. E todos se encaixavam com a minha situação. O coração palpitando mais rápido, os arrepios a cada beijo dado, até as mãos suando frio.

 

Estaria eu, Edward Cullen, apaixonado pela primeira vez? Era isso amar alguém?

 

Eu não sabia. A única coisa que eu tinha certeza era de que Bella me atraía de uma maneira louca e insana, e que eu a queria, nem que isso me custasse um alto preço. Tudo, eu pagaria qualquer coisa por isso.

 

Só nos separamos quando Bella caiu na cama, seus olhos cor de chocolate vidrados em qualquer movimento que eu fazia. Fiquei de joelhos, aproximando-me enquanto posicionava meu corpo gentilmente sobre o dela, o choque térmico entre meu corpo mordo e o ardente de Bella nos deixando arrepiados.

 

Lentamente encurtei a distância entre nossos rostos, a beijando novamente, porém não com a mesma intensidade de antes. Agora ambos apreciávamos o momento, eu degustando o sabor incomparável da boca dela.

 

Bella era uma droga para mim. A droga mais doce.

 

Fui descendo até seu pescoço, minhas mãos enrolando vagarosamente sua blusa folgada para cima. Meu desejo só aumentou vendo aquele tecido sendo tirado dela, mostrando sua barriga e busto. Não pude deixar de sorrir, imaginando meu azar por ela estar com aqueles tops de ginástica. Então do pescoço desci mais, alcançando o vale entre seus seios à mostra no top.

 

Quando senti aquele cheiro invadindo as minhas narinas não consegui me conter, pressionando ainda mais aquela parte de seu corpo em meu rosto. O perfume era indescritível, só uma única palavra poderia ser destacada dele: irresistível.

 

Comecei a beijar seu busto perfumado, arrancando suspiros e gemidos de Bella. Não havia percebido, mas também estava completamente ofegante, talvez até mais que ela. Distribuindo beijos e mordidas por sua barriga, desci até o cós do short. Ouvia os seus gemidos só pelo fato de eu estar respirando pesadamente ali naquele local. Com minhas mãos segurei o tecido, abaixando-o lentamente. Podia ver muito bem as curvas perfeitas de seus quadris, o tecido da calcinha deslizando junto com o short. Era praticamente a visão da entrada do paraíso.

 

Foi então que, derrepente, um telefone começou a tocar. Algo como HELLOMOTO! HELLOMOTO.

 

Droga. Por que isso tinha que acontecer JUSTO AGORA?!

 

 

BELLA SWAN #

 

 

Meu celular começou a tocar, abrindo meus olhos imediatamente. Olhei para baixo, deparando-me com um Edward me encarando com as mãos em meus quadris. Minha primeira reação? Adivinhem.

 

‘AAAAAAAH! SAAAAAAAAI DAQUI!’ – Berrei, chutando-o para fora da cama. A essa altura, eu não dava a mínima se acordaria alguém ou não.

 

‘AAAAAAAI! SUA MALUCA!’ – Ele reclamou, caindo com tudo no chão. – ‘VOCÊ CHUTOU A MINHA CARA!’

 

Levantei rapidamente, pisando em falso no chão e acabando por despencar nele também. AI QUE ÓDIO! ALGUÉ ME DÁ UM TIRO AQUI?! ALGUÉM SABE CADÊ MEU CELULAR?! Por mais que eu estivesse engatinhando que nem louca atrás do HELLOMOTO insuportável (do aparelho não podia reclamar, pois todas as vezes que ele caiu nunca quebrou!) não conseguia encontrá-lo de jeito nenhum. Sim, esse celular se tornou invisível agora?

 

Por fim, ele parou de tocar pro meu mais puro azar. Para piorar minha situação mais ainda alguém puxou meu pé, fazendo-me ir de cara ao chão novamente e, cá entre nós, eu sabia muito bem quem era.

 

‘FILHO DA PUT...!’ – Queria gritar, mas fui impedida pela mão de Edward. SAFADO! SEM VERGONHA!

 

‘Shhh!’ – Shh?! Ninguém faz SHHH pra mim! – ‘Cala a boca, só UM instante!’

 

Gemi por entre a boca dele, tentando me soltar. Merda, ELE TINHA ME PRENDIDO TAMBÉM!

 

‘Edward?’ – Uma voz masculina falava de fora da porta. – ‘Meu filho, você está bem?’

 

Meu Deus, como eu não ouvi alguém se aproximar assim?

 

‘Ah! Pai!’ – Ele respondeu, me fuzilando com os olhos. – ‘Por que ainda está acordado?’

 

‘Bom... eu fui pegar uma água e vi seus irmãos desmaiados lá embaixo.’ – Carlisle riu, dando uma pequena pausa. – ‘Então quando fui voltar para o quarto ouvi uns barulhos vindos daqui. ’

 

Só agora havia percebido onde é que sua outra mão estava. Adivinha? NA MINHA BUNDA! Ninguém, absolutamente NINGUÉM pega na MINHA BUNDA! SÓ QUANDO EU QUISER! AGORA ELE VAI VER UMA COISA! AAAH SE VAI!

 

Num movimento rápido o segurei pelas laterais de seu peito, acertando-lhe uma joelhada certeira no meio do Júnior. Isso mesmo, JÚNIOR!

 

‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! SUA LOOOOOOOOOOOUCA!’ – Ele berrou, rangendo os dentes de dor.

 

‘EDWARD?!’

 

A porta se abriu e o Cullen imediatamente nos empurrou para baixo da cama, bem, não foi empurrar, mas sim rolar. No final ele ainda parou em cima de mim, ainda tapando minha boca.

 

‘Edward! Onde é que você está?!’

 

‘Você é doida por acaso?! Por que diabos fez isso?!’ – Ele sussurrou só para que eu ouvisse, fazendo uma careta de dor. – ‘Caralho, está doendo pra burro!’

 

Não respondi, só dando um sorriso sínico.

 

‘Edward Anthony Cullen! Apareça agora!’

 

‘Você. Fica. Aqui. ’ – Haha, como se eu tivesse outra escolha! – ‘Se fizer besteira, vai se arrepender!’

 

Ele tirou a mão da minha boca e levantou, com certeza deixando seu pai surpreso por aparecer dali.

 

‘Edward... o que você estava fazendo debaixo da cama?’

 

‘Ahm... digamos que eu passei da conta hoje.’ – O safado falou, rindo um pouco. – ‘Acabei escorregando, desculpe pela preocupação.’

 

‘Certo’ – O som da voz de Carlisle saiu duvidoso, pude o ver andando em direção ao filho. – ‘É impressão minha ou... sua boca está completamente vermelha e inchada?’

 

‘Pai, acho que o sono está te afetando muito hoje!’ – Edward respondeu, rumando Carlisle em direção a porta. – ‘É melhor você ir dormir.’

 

‘Você tem razão. Afinal, eu tenho trabalho e você tem seu curso de medicina para fazer.’ – Seu pai comentou, parecendo animado. Bem diferente do filho. – ‘Começa amanhã, não esqueça!’

 

‘Não pai.’ – Edward suspirou. Ao ver sua expressão a vontade que eu tinha era de levantar desse lugar cheio de poeira e ir confortá-lo, dizer a Carlisle que não era isso que seu filho queria, que eu era contra ele fazer uma coisa que não gosta. – ‘Não esquecerei.’

 

‘Bom... então boa noite filho!’ – Carlisle bateu no ombro de Edward, sorrindo. – ‘Ah! E ainda bem que eu estou morrendo de sono, pode senão diria que Rosalie fez um ótimo trabalho com sua boca inchada!’

 

‘Boa noite, pai. ’ – Não vi a expressão de Edward, já que estava de costas para mim enquanto fechava a porta. – ‘Tudo bem, pode sair. ’

 

‘Eu quero minha blusa agora! Não quero que me veja assim, estou praticamente nua!’ – Eu disse, botando minha cabeça para fora. Meu corpo estava mais da metade aparecendo, porém, não consegui tirar o resto de baixo da cama. Simplesmente porque MEU SHORT ENGATOU EM UM PARAFUSO! AI MEU DEUS! EU MEREÇO! – ‘AAH! MERDA!’

 

‘Saia logo daí, o que está esperando?’ – Ele resmungou enquanto pegava minha blusa, vindo até mim.

 

‘Se eu não estivesse presa por um parafuso aqui embaixo eu até sairia!’ – Sorri sinicamente, fazendo-o cair na gargalhada. – ‘Isso NÃO é engraçado! Me ajuda logo!’

 

‘Tudo bem. ’ – Ele suspirou, voltando para baixo da cama de novo. – ‘Nossa! Como você conseguiu que isso ficasse pregado desse jeito?’

 

‘Cala a boca e tira logo!’ – Resmunguei, sem paciência para os comentários dele. Queria sair dali, o mais rápido possível!

 

‘Pronto! Livre como uma borboleta! ’ – Ele saiu daquele escuro, ficando ao meu lado.

 

Eu estava morrendo de vontade de sair por aquela porta, mas, algo me prendia aqui. E não era mais o parafuso. Lá estávamos nós dois, com a metade do corpo debaixo de uma cama em altas horas da madrugada. Eu iria acordar um caco amanhã!

 

‘Não sei se devo te contar, mas... ’ – Ele quebrou o silêncio entre nós, me fazendo encará-lo. – ‘Isso tudo aqui me lembrou de uma coisa. ’

 

Sabe, realmente depois de toda uma situação constrangedora que aconteceu agora a pouco, antes do pai dele chegar e muito antes de meu celular desaparecido tocar, era para eu estar a mais de mil metros dele. Não era certo. Seria tão bom se eu pudesse me mover. Vamos pernas, cooperem!

 

‘E o que é?’ – Perguntei, entregando-me à curiosidade.

 

‘Uma vez eu entrei no seu quarto, quando estava dormindo. ’ – Olhei espantada para ele, porém, quem disse que ligou? – ‘Parecia que você estava no meio de um pesadelo ou coisa assim. Você... fala enquanto dorme.’

 

‘E... o que eu falava?’ – Oh, droga! Minha mãe também fala a mesma coisa! Nunca mais vou dizer que não acredito nela!

 

‘Que... Você não queria que eu me afastasse. ’ – Ele finalmente me encarou também, com a mesma intensidade que tirava meu fôlego. – ‘Que eu permanecesse perto de você. ’

 

‘Não acredito em você. ’

 

‘Essas foram as palavras que saíram DA SUA BOCA!’

 

‘Por que acreditaria nisso?!’

 

‘E por que não?’

 

O silêncio voltou novamente, sem tirar os olhos um do outro. Eu me via refletida em sua íris dourada, vendo minha expressão confusa por tudo aquilo e admirada pela tamanha beleza de Edward. Eu estava encurralada por ele.

 

‘A única coisa que eu estou tentando dizer é que, de alguma forma... ’ – Ele desviou o olhar, a confusão sendo perceptível. – ‘Muito estranha, e bote estranha nisso. Eu não consigo tirar você da minha cabeça, Bella. ’

 

‘Você tem noção da insanidade que acabou de dizer?!’ – Indaguei, não sendo capaz de digerir as palavras dele. – ‘Eu já sei. Definitivamente o álcool tomou conta de você!’

 

‘Eu sei que também sente isso, Bella. ’ – Ela continuava, tornando a situação cada vez pior. – ‘Não dá pra negar. Você está tão confusa quanto eu! ’

 

‘Chega. Eu não vou ficar aqui conversando com um bêbado!’ – Finalmente minha mente e corpo cooperaram juntos, saindo daquele buraco. – ‘Eu vou dormir. E é melhor você ir também!’

 

Levantei-me, tirando minha blusa das mãos dele. Após vesti-la, rumei em direção à porta, pisando em algo duro e gelado. Olhei para baixo, dando de cara com meu celular. AAH MERDA! SERÁ QUE QUEBROU?!

 

‘Bella!’ – Droga. Por que ele insiste tanto nisso?Ele se dirigiu a mim com tom irônico. – ‘Então já que você está tão “certa” sobre tudo, me responda uma coisa!’

 

‘O que é, Edward?’ – Virei, respirando pesadamente enquanto nossos olhares se encontravam novamente.

 

‘O que foi que aconteceu aqui?’ – E ele ainda só fazia as perguntas erradas, sempre. – ‘Não, melhor, o que ia acontecer aqui?’

 

‘O pior erro que íamos cometer. ’ – Baixei a cabeça, retirando meu celular do chão. – ‘Olha, não era nem para eu estar aqui. Desculpe ter entrado sem querer. Boa noite, Edward. ’

 

‘Eu quero descobrir o que está acontecendo, Bella. ’ – Ele insistia, e cada vez mais meu coração batia forte. – ‘E vou descobrir. ’

 

‘Edward. ESQUEÇA!’ – Melhor resolver logo isso, de uma vez por todas. – ‘Isso não vai dar certo! É melhor deixar as coisas como estão! PELA MORDE DEUS! SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL ENTENDER?!’

 

‘UMA COISA QUE NEM EU MESMO ENTENDO?!’ – Aos poucos nós dois aumentávamos a voz, já iniciando uma discussão. – ‘NÃO TENTE FUGIR, BELLA! VOCÊ SABE QUE É VERDADE!’

 

‘CALA A BOCA!’

 

Foi o que bastou. Puxei todo o ar que emanava pelo quarto na tentativa de me acalmar, praticamente não dando resultado nenhum. Merda, por que as coisas têm que ser tão difíceis?

 

‘Vamos esquecer o que aconteceu aqui. ’ – Virei de frente para a porta, apoiando lentamente minha mão na maçaneta. – ‘Tudo aquilo não aconteceu, e nunca, NUNCA vai acontecer. ’

 

‘Bella... ’

 

‘Tchau. ’ - Disse, por fim saindo pela porta.

 

 

 

-                               x                                -

 

 

 

Quase não consegui dormir, tudo o que aconteceu mais cedo rebobinando em minha cabeça. Meu Deus, eu estava uma loucura! Apesar de tudo tinha que levantar, afinal, já era 09h30min da manhã! A menos que eu fingisse estar doente. Bem, era uma boa opção!

 

Levantei da cama, me espreguiçando de tal maneira que quase caio para trás. Alongamentos não são comigo! Mas, se eu queria evitar uma baita dor nas costas, precisava disso! Meu Deus, eu devo estar ficando muito VELHA MESMO!

 

‘Nossa! Hoje é o meu diiia de sorte!’ – Alice saiu do banheiro com uma baba branca enorme na boca. Será que ela não sabe escovar o dente, não?  – ‘Não tive que te acordar!’

 

‘Haha, engraçadinha!’ – Mostrei língua para ela, me segurando para não achar graça de toda aquela pasta de dente ali. – ‘Onde está Rosalie?’

 

‘Foi fazer o curso com o Edward, oras! Jasper e Emmett também foram. ’ – Droga! Só de ouvir aquele nome perto de mim o estômago revirava e meu coração ia pras cucúias! – ‘Eles não vão voltar agora. Parece que irão almoçar juntos ou coisa assim. ’

 

‘Ah... ’ – Isso não era só bom, era ÓTIMO! Precisava ficar longe dele antes que eu fizesse besteira. Já não basta que quase... AAH DROGA! NÃO FICA VERMELHA AGORA, BELLA! – ‘Q-que bom!’

 

‘Tadminhos... lês... saó... ceeedioo.’ – Agora que eu não entendi mais nada! Bela hora para Alice meter aquela escova na boca! – ‘Pircipalment Eduiard...’

 

‘QUÊ?!’

 

‘Peraí, RAPIDINHO!’ – Assim que Alice conseguiu falar algo de concreto, uma bola gigante de pasta caiu em mim, bem em minha bochecha. – ‘Ai minha Pradinha!’

 

‘VAI LOGO PRO BANHEIRO ALICE!’ – Exclamei, tirando lentamente aquele creme branco da cara. – ‘AGORA!’

 

‘Ta bom! Ta bom! Mas não se irrite!’

 

‘Como se isso não fosse possível!’

 

‘Fijia... da...’

 

‘Eu ouvi isso hein!’

 

‘Djioga!’

 

Depois de alguns minutos a bendita saiu do banheiro, devidamente limpa e sem mais a escova na boca. AMÈM SENHOOOR!

 

‘Agora, repete de novo o que você estava falando. ’ – Disse, esticando meus braços.

 

‘Filha da...’

 

‘NÃO! ISSO NÃO!’ – Me desesperei, fazendo-a rir. – ‘Antes disso, cabeçuda!’

 

‘EI! PÁÁRA! Eu não tenho culpa se o secador não quis cooperar comigo hoje...’

 

‘Eu estava brincando, Alice. ’ – Eu falei, erguendo a sobrancelha.

 

‘Poisé. Eu não. ’

 

Um minuto de silêncio, por favor. Agora podem se bater à vontade por presenciar esse momento totalmente SNS (Sem Noção Nenhuma!)

 

‘Ta! Ta! Tanto faz!’ – Suspirei. – ‘Mas o que você estava dizendo mesmo?’

 

‘Eu só dizia que eles todos acordaram bem cedinho!’ – Ela botou as mãos na cintura, bufando. – ‘Ai, coitados! Principalmente do Edward!’

 

‘Hã? O que tem ele?’ – Será que a minha curiosidade saiu mais do que o normal?

 

‘Ah, sei lá. Não sei explicar direito. ’ – Agora ela havia me pegado. Até arredar para mais perto dela eu fiz. Confesso, eu estava muito interessada em saber. – ‘Ele estava meio... pensativo. O que é muito estranho! Mas, talvez fosse só cansaço mesmo!’

 

Pensativo? Por que será? Ele não havia motivos para isso, havia?

 

Bem, acho que nossa última vez sozinhos era um caso muito bom para se pensar. Lembrei das palavras dele, dizendo que queria saber o que estava acontecendo entre nós era muito mais, e não iria sossegar enquanto não conseguisse entender.

 

Eu já tinha minha solução formulada na cabeça: afastar-me dele custe o que custar, e ser a coisa mais fria que ele já conheceu. Agora eu sabia que não queria fazer isso, mas era necessário, tanto para o meu bem estar quanto para o dele. Só de pensar assim meu coração doía, demais.

 

Merda. Isso não pode estar acontecendo!

 

‘Bella? Bellinha? HELLOOOOW!’

 

‘O-oi Alice. ’ – Droga! Não posso dar bandeira.

 

‘É impressão minha ou... você ficou meio bamba depois que falei de Edward?’ – Ela chegou mais perto de mim, sentando ao meu lado. – ‘Bella... o que você está escondendo de mim?’

 

‘O-o quê?! N-nada!’ – Maravilha! Gaguejando de novo! – ‘É só impressão sua, Alice!’

 

‘Bella, você nunca soube mentir. ’ – Alice se aconchegou mais ao meu lado, séria. – ‘Sei que tem alguma coisa diferente em você, e agora finalmente eu pude confirmar. ’

 

Fiquei calada, não tendo para onde fugir. Sabia que podia contar com Alice para tudo, já que ela era uma das minhas melhores amigas e praticamente uma irmã, mas, será que eu podia contar a ponto de desabafar tudo o que se passava pela minha cabeça por todos esses dias? Era disso que eu tinha medo. Que ela me recriminasse dizendo “você é louca! Como pode pensar numa coisa dessas?!” e muitas outras coisas que eu já sabia.

 

‘Bella, sabe que em qualquer coisa, pode ter certeza que eu estarei com você. ’ – Ela pegou na minha mão, sorrindo. – ‘Se alguma coisa está te incomodando é melhor você falar, antes que eu entenda mal.’

 

Suspirei, assentindo com a cabeça.

 

‘E então... ahm... você por acaso brigou com Jake? Ou coisa assim?’ – Ai, ai. Não passava nem perto! – ‘Calma amiga, essas coisas passam. ’

 

‘Não, Alice. Quem dera que fosse só isso. ’

 

‘Meu Deus, é coisa pior?’ – Ela indagou, ficando realmente preocupada. – ‘Santa Pradinha! Agora eu estou preocupada!’

 

‘Tudo bem Alice. Eu vou te contar tudo. Por favor, POR FAVOR! Não entenda mal o que vou falar, pois é uma coisa que não tenho certeza!’ – Disse, certa de que Alice poderia me compreender. Talvez ela não gritasse comigo tanto assim, mas, eu iria ouvir muita coisa, muita MESMO.

 

Eu falei tudo. Sobre a traição com a putinha da Megan, como eu a botei para correr, surgindo daí meu ódio por ele. O modo que me aproximei de Edward para evitar que ele enganasse Rosalie de novo. Falei das coisas começando a desandar, quando finalmente eu e ele estávamos nos dando bem até que aquelas sensações esquisitas começaram a aparecer. A cada palavra que eu dava, Alice ficava ainda mais surpresa e com os olhos arregalados. Isso só fazia aumentar meu medo.

 

Assim que terminei tudo, ambas ficamos caladas. Alice estava pensativa, com certeza digerindo toda a informação que havia lhe passado há poucos minutos. A espera já estava me matando por dentro, precisava ouvir alguma coisa!

 

‘Vamos, pode começar. ’ – A incentivei, chamando sua atenção de novo para mim.

‘Como assim?’

 

‘Alice, por favor!’ – Ah cara, eu estava um pavio de nervos, ALGUÉM ME DÁ UM TIRO! – ‘Comece a me xingar, dizer que eu estou doida ou até me estrangular! EU NÃO AGUENTO MAIS ESSE SEU SILÊNCIO!’

 

‘Ta legal. Bella, você é completamente DOIDA!’ – Agora ela andava de um lado para outro, e eu só a seguia com a cabeça. – ‘Como você conseguiu isso?! E Jacob, como fica nessa história? PELA MORDE DEUS! Você deve estar apaix....! ’

 

‘Não. Diga. Aquela. Palavra. ’ – Exigi, apontando o dedo indicador para ela. – ‘Isso não é verdade. ’

 

‘Não tem outra explicação!’ – Ela falava entre risos, mas daquele jeito que é melhor rir pra não chorar. – ‘Minha Pradinha do céu! Não acredito!’

 

‘EU NÃO ESTOU APAIXONADA PELO EDWARD!’ – Gritei, vendo o que tinha acabado de sair da minha boca. – ‘PELA MORDE DEUS! ELE É NAMORADO DA ROSALIE, MINHA MELHOR AMIGA! VOCÊ TEM NOÇÃO DE QUÃO RIDÍCULO ISSO É?!’

 

‘E eu aqui pensando que vocês eram um caso perdido de se darem bem!’ – Ela suspirou, botando a mão na cara. – ‘E olha só no que deu!’

 

‘Nunca mais fale isso de novo Alice!’ – Eu disse, já me sentindo a pior pessoa do mundo. – ‘Acha que eu estou bem com tudo isso?! ’

 

‘Bella, calma. ’ – Ela ficou de frente para mim. – ‘Ta legal, você não está apaixonada por ele. Mas você não pode negar que está sentindo alguma atração, não é?’

 

Fiquei calada, não querendo admitir em voz alta. Mas tinha certeza de que Alice havia entendido pelo meu silêncio.

 

‘Droga. Isso é mais sério do que eu pensei. ’ – Ela completou, e eu só fiz confirmar com a cabeça. – ‘E agora? O que você está pensando em fazer?’

 

‘Me afastar dele ao máximo. ’ – Suspirei, sem pensar em nada. – ‘E, se isso não der certo, eu... vou voltar para Forks.’

 

‘Você pode fazer tudo, MENOS voltar!’ – Ela logo me proibiu, o semblante sério ainda ali. – ‘O que você vai dizer pra Rose? Isso não tem desculpa!’

 

‘Mas se for preciso, EU vou fazer! E você sabe que sou capaz disso!’

 

‘Ai carambolas!’ – Alice sentou de novo ao meu lado, fazendo careta. – ‘Depois eu é que penso que meus problemas são maiores que os de todo mundo!’

 

‘Hã? Como assim?’

 

‘Eu e Jasper... ahm... não conseguimos fazer... aquilo...’ – Agora foi minha vez de ficar surpresa.

 

‘MEU DEEEUS! ELE É IMPOTENTE?!’

 

‘NÃÃO! Quer dizer... eu não sei...’ – Pronto! Foi só o que me bastou para cair na gargalhada. – ‘B-Bella! Isso não tem graça!’

 

‘Desculpa amiga... é que... não dá pra... segurar...’ – Se não tomasse cuidado, eu iria cair daquela bendita cama!

 

‘AAAAI! PÁÁÁÁRA!’

‘Ta bom! Parei!’ – Disse, enxugando uma lágrima do meu rosto. – ‘Ai, ai... eu estava precisando mesmo Alice, obrigada.’

 

‘Se divertir às minhas custas? Que amiga você é hein, Bella Swan?’ - Ela me deu um tapinha no ombro e nós duas rimos. Suspiramos ao mesmo tempo, ficando caladas.

 

‘Bem, eu tenho que descer. ’ – Alice disse após nossa crise de riso, tombando a cabeça de lado. – ‘Mamãe com certeza deve estar precisando de alguma coisa lá embaixo. Ela está ajudando Alphonse com o almoço. ’

 

‘Bem, e eu ainda vou tomar banho!’ – Disse, saindo da cama. – ‘Vou demorar, é melhor você ir mesmo!’

 

‘E você também! Estou sentindo a nhaca daqui!’ – Cerrei os olhos para ela. – ‘Credo amiga! Brincadeira! Não sabe curtir, não?’

 

‘Tchau Alice!’ – Falei sinicamente para ela, que praticamente também estava saindo pela porta. – ‘Ei! Espera!’

 

‘O que foi?’ – Antes de eu dizer qualquer coisa ela me mostrou a língua. Eu ri.

 

‘Obrigada por me ouvir, sério. ’ – Falei, sorrindo para ela. – ‘Não sei o que eu faria sem você, amiga. ’

 

‘Provavelmente cometeria algo suicida!’ – Ela debochou de mim, rindo também. – ‘É pra isso que servem as amigas!’

 

Não resisti depois disso, corri para os braços de Alice e a abracei forte, minhas lágrimas consequentemente caindo também.

 

‘Eu estou perdida, Alice! Eu REALMENTE não sei o que fazer!’ – Chorei no ombro dela, Alice me confortando pelas costas. – ‘Eu preciso sair daqui, não sei se vou aguentar!’

 

‘Calma Bella, calma. ’ – Ela se afastou de mim, olhando meu rosto. – ‘Você não pode fazer nada precipitado, okay? Fique aqui, por Rosalie. Entendo como se sente, mas não pode sacrificar tudo assim! ’

 

Engoli o choro, me incomodando bastante ficar desse jeito aqui. Como se a qualquer momento ele aparecesse por aquela porta e me olhasse naquele estado.

 

‘Vá tomar logo um banho. Você está precisando mesmo!’ – Ela falou, me guiando até a porta do banheiro. – ‘Você vai ficar bem? Não quer que eu te espere?’

 

‘Não, não! Pode ir. Não tem problema nenhum!’ – Puxei todo o ar que meus pulmões podiam aguentar, soltando-o logo em seguida. – ‘Te encontro lá embaixo! ’

 

‘Tudo bem então. E Bella... ’ – Ela botou uma de suas pequenas mãos em meu ombro. – ‘Você tem mesmo que se afastar dele, vai ser melhor pra você. ’

 

‘Com certeza. ’ – Concordei, a vendo tirar sua mão de mim. – ‘Obrigada de novo. ’

 

‘Não esquenta!’ – Ela piscou, me dando tchau com as mãos. – ‘Lave bem esse cabelo hein?’

 

‘Tchau!’ – Disse, fechando a porta do banheiro. Não demorou muito tempo para deixar de ouvir o barulho dos sapatos de Alice pelo quarto, seguido pela batida da porta. Suspirei aliviada por finalmente tirar aquele peso das minhas costas, que já estava me deixando louca.

 

Sem hesitar fui entrando no Box, sentindo a água gelada em meu rosto me acalmar aos poucos.

 

Querendo ou não, o objetivo principal era manter Edward na linha, sem sequer olhar para nenhuma outra garota a não ser Rosalie. Agora, nós dois nos sentíamos atraídos um pelo outro de uma maneira que não tinha conhecimento algum, e que, perto de Rose, tinha que fingir que nada estava acontecendo.

 

Sim, eu estava mesmo ferrada nessa história. O segredo que eu guardava garantia a felicidade de minha melhor amiga, a qual eu convivo praticamente a minha vida toda. Transformar toda a mentira em verdade era uma tarefa dura e cansativa, até mesmo pra mim que estava me esforçando ao máximo! Mesmo focada no objetivo, meu coração desviava minha meta, alternando-a para caminhos que eu considerava impossíveis. Pensando melhor, eu estava mais que ferrada. Estava perdida naqueles olhos que me dominavam como se dependesse deles. Era difícil, mas tinha que continuar. Pouco importava o que eu sentia, queria fazer minha amiga feliz.

 

Eu iria conseguir, custe o que custar.

 

 

 

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EDWARD CULLEN #

 

 

Eu definitivamente não estava com saco para porcaria nenhuma. Principalmente assistir essa bosta de curso.

 

Não acordei com um humor bom, e não era só por causa da ressaca. Tive que interpretar muito bem meu papel para Rosalie e os outros ali presentes, antes que o maldito interrogatório começasse. Graças a Deus meus irmãos não perceberam nada, também, eles estavam bem piores que eu por causa da bebida de ontem. Depois dessa, vai demorar a sairmos de novo.

 

Mas, o principal motivo para eu estar com esse meu humor de merda, era simplesmente Bella. Nossa última conversa realmente estava deixando minha mente à beira da loucura. Ela não só insistia em minha cabeça, como meu súbito desejo por ela estava aumentando cada vez mais. Meu Deus, isso sim é completamente insano.

 

Ela deve ter injetado alguma droga em mim, só pode ser. Porque nunca me senti assim por nenhuma mulher, jamais. Precisava falar com ela, tocar, senti-la de novo. Agora eu me lembrava muito bem de como eram as sensações, e queria saciá-las novamente.

 

Saí ligeiramente do prédio onde eu estava em aula, saindo bem no meio do intervalo. Se ficasse mais um minuto dentro daquele lugar talvez houvesse uma boa possibilidade de um ato suicida acontecer, vindo especificamente do vigésimo segundo andar para baixo.

 

Às vezes a vontade que eu tinha era de enfrentar meu pai, falando que eu não queria medicina e pronto, mas, vendo o quão orgulhoso estava por nós, isso ficava fora de cogitação. E o pior era que eu não sabia por quanto tempo mais poderia aguentar uma coisa dessas.

 

A ideia de fazer uma visita a um psiquiatra não estava tão assim fora de cogitação. Agora eu tinha certeza.

 

Entrei sem pensar duas vezes em meu Volvo, cantando pneu e arrancando para a rua. Deus, eu só queria voltar pra casa! Rosalie estaria bem com Emmett e Jasper, mas eu com certeza ouviria dela depois que os três voltassem.

 

Rosalie. A garota mais linda e sensual que já encontrei. Por que será que simplesmente não me conformava com isso? Eu já havia achado tudo o que precisava em uma garota, e agora eu estava num compromisso sério com uma mulher pela qual sempre desejei ter nos meus mais profundos sonhos. Até roubar de meu irmão tive que fazer para consegui-la, o que nunca foi justo para Emmett.

 

E por que então eu não estava feliz com isso? Por que tantas dúvidas?

 

Estacionei silenciosamente meu carro perto da garagem, não querendo ser pego de surpresa por chegar mais cedo em casa. Ainda pensaria em alguma desculpa para ter aparecido antes, talvez uma breve dor ou coisa similar. Pelo menos já havia conseguido sair daquele curso, era o que importava.

 

Para facilitar ainda mais a minha ausência, dei a volta pela casa, andando até chegar à beira da piscina. Sinceramente, o dia está lindo demais para ficar socado dentro de um cubículo de concreto escutando um zumbi falando sobre a anatomia do corpo humano. Isso definitivamente não era para mim, mesmo!

 

Nem sentar no banco eu quis. Ficar ali, parado na frente da piscina com o sol no meio da cara sendo a sensação mais pacífica do mundo. Era disso que eu precisava: um pouco só de paz.

 

 

 

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BELLA SWAN #

 

 

É incrível como ocupar sua cabeça com outras coisas pode ser a solução dos seus problemas! Principalmente quando as coisas são comida e compras. Tinha que admitir, ir ao supermercado com Alice fez o resto do meu dia! Tadinha, ela nem sabia o que era uma cenoura! E quando apresentei a ela, essa doida ainda berrou “MEU DEEUS! QUE GRANDE!”. Ainda bem que estávamos em outro país, porque senão teria me enfiado no primeiro buraco que visse de tanta vergonha!

 

Ainda nem era 12h00min quando acabamos de fazer o almoço, caindo logo de boca no banquete. Não tinha a mínima ideia do que tínhamos preparado, mas o que estava bom, estava!

 

‘Vamos lá meninas, está na hora de lavar a louça!’ – Esme levantou da mesa, toda sorridente. – ‘Quem se habilita?’

 

‘Eu é que não vou!’ – Alice logo falou, esticando-se na cadeira. – ‘Acabei de comer, não posso fazer movimentos bruscos!’

 

‘Ei! Não olha pra mim! Eu arrumei a mesa, ajudei na cozinha e ainda e limpei a pia com o Alphonse!’ – Me defendi, sendo vítima do olhar fatal de Esme. – ‘Eu é que não mereço mesmo!’

 

‘É minha filha, detesto te dizer... ’ – Esme botou as mãos na cintura, rindo antes de dar sua ordem de misericórdia. – ‘Você é que lava! ’

 

‘EU?! NÃÃÃO!’ – Alice se debatia como uma criança teimosa, o que não é nenhuma novidade! – ‘Não podemos deixar com o Alphonse? Por favooooor?’

 

‘Ahm... Não!’

 

‘AAAH DROGA! TUDO EU! TUUUDO EU!’ – Por fim a anãzinha saiu da mesa, andando em direção a cozinha. – ‘ISSO VAI TER VOLTA! EU JUUUURO!’

 

‘Haha. Já pra cozinha, mocinha!’ – Esme ordenou, vendo sua caçula mostrar sua tradicional careta com língua. – ‘Eu vi isso, hein?’

 

‘Ta mãããe!’ – Eu e Esme rimos, espiando Alice começando a lavar os pratos.

 

‘É o mínimo que podemos fazer pelo Alphonse, já que está em seu horário de descanso. ’ – Sinceramente, daquela idade ele deveria mesmo era se aposentar. – ‘Fico impressionada como ele consegue ainda trabalhar!’

 

‘Espero ser assim no futuro também, tia Esme!’ – Nós duas suspiramos. – ‘Ele sim é um coroa mega ativo!’

 

‘Bom... mudando de assunto. Eu vou subir, minhas roupas estão uma bagunça lá em cima! Você vem?’

 

‘Ah não, eu vou esperar Alice lá fora. ’ – Disse, andando logo para a porta dos fundos. – ‘Está calor aqui dentro, não aguento mais!’

 

‘Cuidado com o sol hein, parece estar de matar!’

 

Ah, dane-se! Queria mesmo era pegar sol e me queimar! Abri a porta de trás, sendo surpreendida pela luz do dia. Uou, era para eu ter passado protetor solar! Mesmo assim saí de dentro da casa, sentindo o vento forte da manhã bater em meu corpo na medida em que andava para longe de minha residência provisória.

 

Realmente, falar com Alice foi a melhor coisa que pensei em fazer durante todo esse tempo. Em pensar que me considerava Rosalie mais que a irmã caçula! Mas, também, se eu chegasse para Rose e falasse que sentia uma súbita atração por seu namorado, ela certamente nunca mais olharia na minha cara de novo! Esse era meu medo. Perder uma quase irmã por causa de garoto. Não culpo Rosalie, pois ela já sofreu demais com eles.

 

Eu só queria achar uma solução que não fosse tão difícil pra mim. Até Alice me falou para me afastar de Edward, pois com toda a certeza isso iria ser um desastre. Mas, era tão complicado pensar nisso. Agora eu entendo o sentido verdadeiro do ditado “é faço falar, difícil é fazer!”.

 

É né? Quem disse que a vida é fácil?

 

Quem me dera que eu pudesse simplesmente jogar tudo o que está na minha cabeça numa lata de lixo, para depois tacar fogo nela. Assim tudo desapareceria nas cinzas! Meu Deus, eu estou muito emo pro meu gosto. Mas era exatamente desse jeito que me sentia, o que eu posso fazer?

 

Em mais uma vez, ele apareceu em minha mente. Só para me atormentar.

 

Suspirei, virando a cabeça para o lado onde estava localizada a piscina. Quase tendo um treco quando percebi um indivíduo parado na frente dela, com o olhar parecendo estar perdido. NÃO! DEVE SER ALUCINAÇÃO! SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA COMIGO!

 

Tentando inutilmente controlar minha respiração, me aproximava dele bem devagar. Quem me visse ali talvez pensasse que eu estava querendo pregar um susto em Edward. Na verdade, quem estava assustada aqui era EU! Ele não deveria estar aqui!

 

Meu Deus do céu. Como ele era lindo! Sua pele parecia que cintilava com a luz do sol, brilhando conforme a claridade. Imediatamente me lembrei de pedras de diamante, um efeito quase igual com elas à luz. Eu realmente devia estar vendo coisas.

 

Então lentamente o rosto se virou, dando de cara comigo. Ele ficou tão surpreso quanto eu por nos encontrarmos ali, mas diferente dele, eu estava uma pilha de nervos! Senti meus olhos tremerem, uma única coisa passando pela cabeça naquele momento.

 

COOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRE!

 

Ta legal, foi uma ideia totalmente maluca, mas eu fiz isso mesmo! Tentei correr. Tentei.

 

Sabe por que não consegui? Minha alucinação era real! Tão real que rapidamente pegou meu braço, puxando-me para ele. O que será que ele estava pensando?! Do jeito que bati diretamente em seu peito, quase me desmonto!

 

‘Me. Solta. ’ – Eu disse, já respirando pesadamente. O silencio dele me agoniava, e nada dele largar. – ‘AGORA!’

 

‘O que foi? Deu pra fugir de mim, não é?’ – Ele franzia o cenho, ainda agarrando meu pulso. – ‘Seja corajosa, pelo menos uma vez na vida!’

 

‘Cala a boca! Eu não quero mais olhar na sua cara!’ – Exclamei, me arrependendo de não ter entrado na casa assim que o vi do lado de fora. – ‘Vê se entende isso!’

 

‘Tem muitas coisas que eu quero entender!’ – Ele me puxou para mais perto, batendo de frente. – ‘E isso NÃO é uma delas!’

 

‘ME SOLTA!’

 

Fiquei com tanta raiva que o empurrei para trás numa tentativa de me soltar, sendo completamente uma furada. Como estávamos na beira da piscina e com ele ainda segurando meu pulso, caímos os dois juntos na água.

 

 

MÚSICA: Taylor Swift Ft. Boys Like Girls - Two Is Better Then One
http://www.youtube.com/watch?v=LxffT9lwHOY

 

 

 

EDWARD CULLEN #

 

 

Tudo estava embaçado, logicamente por causa da água. A piscina era funda, mas só o bastante para alguém de baixa estatura ficar totalmente submerso nela, no caso com certeza, Bella. Senti falta de seu pulso em minha mão, e eu imediatamente saí à procura dela. Talvez essa minha atitude tivesse a assustado, mas eu não tinha culpa! Justamente fazia isso por não saber como agir perto daquela garota que tanto me dava nos nervos!

 

Tirei minha cabeça da água, chacoalhando-a para tirar o excesso de cloro do cabelo, que com certeza ficaria uma palha de aço depois. Virei para os dois lados, vendo Bella tentar hilariamente sair da piscina pela borda. Ri bastante da careta que a maluca fez ao escorregar, espalhando água para tudo quanto é lado. Bem, não fiz nada a não ser nadar até onde ela estava, tomando um banho certeiro na cara com a segunda tentativa falha de sair da piscina. Meu Deus! Como ela é desengonçada!

 

E lá foi ela tentar de novo, despencando pela terceira vez. Mas, diferente da última chance, eu a tinha pegado. Não agressivamente como havia feito antes de pararmos debaixo d’ água, e sim seu corpo caindo perfeitamente em meus braços. Parecia que eu segurava a mais macia e delicada das plumas.

 

Ela me encarava, surpresa. Pelo seu olhar, certamente havia algo diferente em mim, talvez sendo o modo como carinhosamente a ajeitava perto de meu peito, deixando seu rosto próximo ao meu.

 

‘Fique longe de mim, Edward... ’ – Ela falou baixo, fazendo meu coração disparar imediatamente. – ‘Eu estou falando sério... ’

 

‘Sinto muito, mas isso não vai dar. ’ – Sussurrei, avançando até chegar a seus lábios.

 

Foi como se eu tivesse ido ao céu e voltasse, pela primeira vez ficando nervoso dos pés a cabeça. Uma coisa totalmente louca, que eu realmente gostava de fazer. O beijo era lento e calmo, mas o suficiente para eu querer aprofundá-lo.

 

O vento forte bateu, arrepiando nós dois. Com isso, a desci de meus braços, enlaçando sua cintura e a trazendo para perto de mim. Os arrepios cessaram, e meu desejo estava aguçando de novo.

 

Foi então que, do nada, ela me empurrou para longe, me acertando um tapa que com certeza ia ficar marcado! Deus, como isso machuca!

 

‘AAAAAAAAI!’ – Reclamei, pressionando minha bochecha direita. – ‘SUA MALUC... ’

 

Quando dei por mim, ela não estava mais lá. Me apoiei na beira da piscina, inclinando meu corpo para fora. E não que ela havia conseguido sair? Já estava a metros de mim, correndo destrambelhada para os fundos da casa.

 

AGORA ELA ME PAGA! AAAAAAH SE PAGA!

 

Fiz força com os braços e saí da piscina pela beirada mesmo, pulando bastante para tirar a água de mim. Dane-se se irei pegar um resfriado, além de que só ia me trazer benefícios! Como ficar sem ir para o curso, por exemplo! Muito bem, LÁ VAMOS NÓS!

 

Saí disparado para a parte de trás da casa, tentando prevenir os olhares de Esme e Alice por me verem todo encharcado ali, horas antes do fim da aula de hoje. Tanto faz! Já estava ferrado mesmo!

 

 

 

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ALICE HALE #

 

 

Ai! Ta aí uma coisa que eu nunca aguentaria ser: EMPREGADA DOMÉSTICA! Ganha uma mixaria para servir de escrava pros olhos. Coitadas, elas sofrem! E MUITO! Estragando as unhas de tanto lavar pratos para viver, elas realmente não merecem!

 

Toda a dor de meus dedinhos delicados tomou conta de mim, sentindo aquela coisa insuportável por tudo o que é lugar. Ai Meu Deus! Cama, preciso de CAMA! Nem pra eles terem um quartinho aqui perto da cozinha, assim eu não precisaria andar tanto né?

 

Ai Alice, que saco! Pára de reclamar!

 

É, nem eu mesma me aguentava, pra ver como as coisas são, não é? Sem prestar atenção virei para pegar o outro corredor, sendo atingida subitamente pela frente. E MOLHADO!

 

‘AAAAAAH!’ – Gritei de olhos fechados, batendo no troço molhado perto de mim. – ‘BICHO DO MAAR! BICHO DO MAAAAAR! CREEEDO! SAAAI DE MIM!’

 

‘Alice... ALICE!’ – MINHA PRADINHA! ESSA MELECA SABE O MEU NOME?! SOCOOOOOOORRO! CHAMA O IBAAAMA! – ‘Sou eu, Bella! CALA A BOCA!’

 

Bella? Tipo assim, minha BFF? Abri os olhos devagar, vendo ela com o cabelo que mais pareciam as cobras da Medusa. JESUS ME CHICOTEIA! ELA PRECISA DE UM SECADOR URGENTE!

 

‘Deus, salve-me! Estou presenciando uma personagem dos horrores!’ – Bella saiu de cima, nós duas levantando. – ‘O que aconteceu com você?!’

 

‘Olha, não dá pra explicar agora, ta legal?’ – Ela disse, nervosa demais pro meu gosto. Ai! O que será? Um carro passou por uma poça de água perto dela? Coitada, isso já aconteceu comigo! É horrível...  – ‘A gente precisa sair daqui, antes que... ’

 

‘VOCÊ FICOU LOUCA POR ACASO?!’

 

Virei para trás, dando de cara com Edward também completamente ensopado. A única diferença era que, pela expressão molhada, o bicho ia pegar! Ai Meu God, ajuda! Só espero que não role fight entre eles!

 

‘OLHA SÓ QUEM FALA!’ – Bella berrou apontando pra ele. – ‘VOCÊ NUNCA TEVE MORAL PRA COMENTAR QUALQUER COISA SOBRE MIM! ENTÃO CALA A BOCA!’

 

‘POR QUE VOCÊ NÃO VEM CALAR ENTÃO?!’ – E lá foi o Edward revidar, essa frase não pegando bem mesmo!

 

‘ESCUTA AQUI! EU NÃO VOU FICAR ATURANDO MAIS ISSO, TA LEGAL?!’

 

‘E VOCÊ ACHA QUE EU GOSTO DE TER QUE TODO O DIA OLHAR PRA ESSA SUA CARA?!’

 

‘Gente... ’ – Tentei intervir, mas lógico que não deu certo!

 

‘SORTE SUA QUE VOCÊ É MULHER! PORQUE SENÃO JÁ TERIA LEVADO UM SOCO BEM NA CARA!’

 

‘POR QUE VOCÊ NÃO VEM ENTÃO?! TE DOU UM CHUTE CERTEIRO QUE NUNCA MAIS VAI SAIR ANDANDO DE NOVO!’

 

‘Gente... p-parem com isso!’

 

‘CALA A BOCA ALICE!’ – Os dois viraram para mim, voltando a olharem raivosos. Minha Pradinha, isso aqui ia pegar fogo!

 

‘A-acho melhor eu subir, né? Vai que Esme desce e... ’

 

‘VAI LOGO, ALICE!’ – Os dois berraram de novo. É impressão minha ou isso estava parecendo uma briga de casal? Afinal, em briga de marido e mulher não se mete a colher! Meu Deus, ele NEM UM CASAL ERAM!

 

‘T-ta!’ – Deus me livre ficar mais tempo ali! Vendo esse tipo de coisa era impossível pensar no que Bella havia me falado há algumas horas atrás! Isso me fez imaginar o quanto ela estaria sofrendo com toda essa situação. Não queria que minha amiga ficasse desse jeito. E se Rose souber? E Jake, que mal estava aqui?

 

Eu tinha duas opções. A primeira era: fingir que eu não sei de nada e esconder da minha irmã o que Bella estava sentido pelo seu namorado, sabendo que, se Rosalie descobrisse, iria me acusar de traição. Segunda: Contar para Rose de uma vez, e presenciar a mesma briga da primeira opção, Bella e minha irmã nunca mais se olhando na cara.

 

Meu Deus. Eu tinha que pensar.

 

 

 

BELLA SWAN #



‘NÃO IMPORTA O QUE VOCÊ FAÇA, A SAFADEZA NUNCA VAI MUDAR!’ – Eu só queria sair de perto dele. Era pedir muito?! – ‘UMA VEZ SAFADO! SEMPRE SAFADO! AGORA SAI DA MINHA FRENTE!’

 

‘VOCÊ NÃO PASSA DE UMA MALUCA HISTÉRICA QUE SÓ SABE GRITAR!’ – A cada palavra dita que vinha dele a raiva subia cada vez mais em mim. – ‘ESSE NÃO É O ÚNICO JEITO DE RESOLVER AS COISAS, SABIA?!’

 

‘EU NÃO PRECISO DE CONSELHOS SEUS!’

 

‘Ah claro! Eu tinha me esquecido que você é uma COVARDE!’ – Ele se aproximou de mim, seus olhos pegando fogo. – ‘Não sabe encarar as coisas de frente! CRESÇA ANTES DE VIR DISCUTIR COMIGO!’

 

‘Chega. Não vou ficar perdendo meu tempo aqui. ’ – Eu disse, saindo de perto dele. – ‘Vou embora! Nunca mais olhe na minha cara!’

 

‘Espera que eu ainda não terminei! ’ – Ele me puxou de volta pelo braço, encarando-o agora mais próxima. Respirei fundo, sendo todas as minhas tentativas de evitar aquele olhar falhas.

 

‘Me deixa em paz!’ – Exigi. Ele fez o contrário, me trazendo para mais perto dele do que antes.

 

‘Eu já disse. Não. ’

 

Edward foi lentamente a minha direção, parando nas linhas de meu pescoço. Fiquei paralisada, sentindo sua leve respiração em minha pele e os arrepios ficando mais intensos quando o desgraçado encostou seu nariz, passeando livremente por minhas curvas entre cabeça e ombro. E pra piorar ainda mais ele subiu, ainda deslizando sua pele contra a minha, chegando por fim em meu rosto.

 

Não sabia quantos segundos haviam se passado desde a última vez em que pisquei. Pra dizer a verdade, será que eu ainda tinha pálpebras? Pela Morde Deus, não fazia outra coisa senão prestar atenção naquele homem me provocando com os lábios roçando nos meus. Sentia-me sendo lentamente puxada para frente por uma das mãos dele, ao mesmo tempo alisando minhas costas molhadas. Fui à loucura no momento em que o filho da mãe mordeu meu lábio inferior, puxando com os dentes e depois dando beijos sutis. Ele queria que eu o agarrasse.

 

Mas estava totalmente enganado, porque eu não iria cair na dele.

 

Nem precisei pensar duas vezes, a raiva falando mais forte do que nunca. Num movimento rápido avancei minha mão direita, sendo alvo a própria cara de Edward. Eu estava totalmente pronta e inspirada para bater nele, não só pelo simples fato de que ele não largava do meu pé como eu queria, mas sim também por estar me provocando mais do que devia.

 

Fiquei com mais ódio ainda quando, na mesma velocidade que tentei acertá-lo, ele conseguiu segurar minha mão, parando-a do lado ao seu rosto. FILHO DA MÃE! ELE ME PAGA!

 

‘Eu já estava prevendo isso. ’ – Ele sorriu torto, balançando minha mão presa. – ‘Não tem como você me enganar. ’

 

‘Ah, é mesmo?’ – Cuspi, já tendo uma ideia muito melhor. – ‘Então previna ESSA!’

 

Foi um golpe muito baixo, literalmente! Mas, naquela altura do campeonato, qualquer coisa estava valendo. Bem, ele podia até segurar meus braços, mas, felizmente, minhas pernas ficavam totalmente livres. Numa medida completamente desesperada acertei seu Júnior, a dor do urro dele ao cair no chão doendo até em mim.

 

‘Des...graça...da!’ – Ele falou em meio das caretas. – ‘Isso... não vai... ficar assim...!’

‘OH MEU DEUS! BELLA! O QUE VOCÊ FEZ?!’ – Esme apareceu, sendo seguida logo por Alice. Minha amiga estava com a cara sofrida, dizendo sem voz “Eu tentei impedir!”. Meu Deus, agora sujou!

 

Dava pra ficar pior?!

 

‘Olha E-Esme, eu posso explicar e... ’ – Me calei na mesma hora, ouvindo passos do outro lado da sala. AH MERDA! EU NÃO ACREDITO!

 

‘Eu achei sim essa anatomia mais difícil porque... EDWAAAAAAAARD!’ – Assim que virei a cara Rosalie passou correndo do meu lado, agachando-se para falar com o namorado. – ‘EDWARD! VOCÊ ESTÁ BEM?!’

 

‘Axii! Acho que não!’ – Emmett coçou a cabeça, Jasper aparecendo bem atrás dele. – ‘Ele está pegando no menino! Isso não é boa coisa!’

 

‘O que aconteceu aqui?!’ – Rosalie indagou, logo me encarando.

 

‘Isso é uma coisa que eu estou esperando que Bella responda. ’ – Esme suspirou, pousando seu olhar também em mim.

 

Eu tinha que pensar em algo, e bem rápido. Fitei Alice por um curto momento, ela roendo as unhas atrás de sua mãe. Os meninos também ficaram calados, esperando que eu falasse.

 

Não tinha mais jeito. Agora sim eu estava FERRADA, MORTA E ENTERRADA!

 

 

 

CONTINUA...

 

 

 

FAAAAALA GALERA! OLHA EU AQUI DE NOVO!

 

Tentei escrever esse cap o mais rápido que pude, mas, como ele exigiu muito de mim e tals, só saiu agora! :D

Vocês não tem noção de como eu estou nervosa aqui, esperando se gostarão do capítulo ou não! Sério, me esforcei muito para ele sair do jeito que queriam! Porque, parece que a

Dilemas não está mais agradando como antes :/
MAS NEM PENSEM QUE POR ISSO EU VOU DESISTIR! NÃO VÃO SE LIVRAR DE MIM TÃO CEDO! MUAHAHAHAHA!

 

AAAH! MAIS UMA COISA!


Comecei o primeiro cap de Gata Borralheira, vou tentar postar assim que acabar! Espero que vocês se identifiquem com minha essa nova Bella que criarei nessa fic, porque EU ESTOU ME DESCREVENDO NELA! Se vocês a acharem doida, podem apostar que eu sou assim mesmo! SIOEIOIOSUIOEUSIOEUSIO’

 

Muito obrigada pelos comentários e a força que vocês me dão! Sério, vocês são a única razão pra continuar na luta de escritora por aqui! NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR MUITO E BOTAR ESTRELINHAS OKAY?!

 

Queria muito capinhas para nova fase da fic, pode ser? (A) UIEIOSUIOEUIOSUOI

 

Beijos para todos,
Natasha.


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