Dilemas escrita por nana_cullen


Capítulo 28
(SEASON 2) Capítulo 5: Medidas desesperadas




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ONDE PARAMOS?:

 “O chão de lajotas brancas refletia minha expressão, eu me pegando a olhar para meu cabelo. Toquei-os levemente, lembrando de cada palavra dita por Emmett. Conter o sorriso foi uma missão impossível, percebendo que bem no fundo, eu havia gostado muito daquele momento com ele, e que certamente ansiava por mais. Balancei a cabeça com fúria, tentando inutilmente tirar esse pensamento horrível da cabeça.

Ai Deus, o que será de mim agora?”

 

 

CONTINUANDO:

 

 

 

 

 

(SEASON 2) Capítulo 5: Medidas desesperadas

 

 

 

 

 

 

 

JASPER CULLEN #

 

 

 

 

 

Bocejei no meio dos corredores, examinando cada passo que dava enquanto tentava me aproximar inutilmente do meu quarto. Cara, desde quando ele é TÃO LONGE DO QUARTO DE HÓSPEDES?! QUE DROGA! ODEIO ANDAR!

 

 

 

 

 

Finalmente havia tido chance de escapar do quarto das garotas, Bella discutindo com Alice para ela arrumar suas roupas, por mais que tivesse doído no meu coração deixá-la lá, foi minha oportunidade para escapar. Afinal, eu também estava cansado depois de todo esse longo dia de hospital. ODEIO HOSPITAL! FAATO!

 

 

 

 

 

Acho que agora estava começando a entender o que se passava na cabeça de Edward quando sempre diz que nunca teve vocação para cursar medicina. Na verdade, só ele teve o contato direto com a profissão do nosso pai. Não que eu não tenha gostado de ajudar as crianças nem nada do tipo, mas, só que, vendo junto com o trabalho solidário a correria dos médicos e enfermeiros, realmente me peguei perguntando se eu queria isso para minha vida.

 

 

 

 

 

Derrepente me veio à cabeça a noite em que tocamos na boate, a adrenalina correndo por minhas veias. Foi uma das melhores sensações que já tive, mesmo nunca tendo feito aquele tipo de coisa antes. Jamais havia dado ouvidos ao que meu irmão falava sobre essas coisas de música, bem... parece que estou começando a prestar atenção nisso!

 

 

 

 

 

Suspirei, vendo que já estava pensando em coisas demais. Andando pesadamente até o banheiro, tratei logo de tomar uma ducha quente afinal, corpo tranquilo é corpo molhado! Tem melhor remédio que tomar banho e viver limpinho? LÓGICO QUE NÃO!

 

 

 

 

 

Ta bom, parei.

 

 

 

Assim que me enrolei na toalha, vesti a roupa. Sinceramente, me agonia bastante ficar pelado por muito tempo! Quem soubesse disso com certeza perguntaria “Ué? Por que não?”, poisé, vai ficar sem saber mesmo!

 

 

 

 

 

Botei também um short, tratando logo de enxugar meu cabelo com a toalha. Se vou deitar, molhar todo o colchão não vai adiantar de nada, não é? Só um criadouro enorme de caspa! Não sou fresco, sou LIGADO! Depois de toda minha preparação pós-banho, saí do cômodo, pronto para me afogar no travesseiro.

 

 

 

 

 

‘Não é à toa que somos feitos um para o outro! ATÉ no banheiro demoramos o mesmo tempo! Ai meu GOD, muito obrigada por esse homem!’

 

 

 

 

 

‘AAAAAAAAAAH!’

 

 

 

 

 

Nunca mais vou sair do banheiro de costas para minha cama! Depois dessa, talvez tenha um infarto de susto! Alice estava deitada, com um sorriso bastante aberto. Imediatamente fechei a toalha sobre meu peito, escondendo-me o máximo possível.

 

 

 

 

 

‘A-Alice! O que v-você esta fazendo a-aqui?’ – Engoli seco, o que fez o sorriso dela aumentar. – ‘Por que não bateu o-ou coisa assim?!’

 

 

 

 

 

‘Eu fiz o maior barulho possível, amor!’ – Ela levantou-se, dando uma risadinha e mandando meu coração a mil e uma batidas por segundo. – ‘NOSSA! Você ta tãão cheirooooso...’

 

 

 

 

 

‘Ah... s-s-s-sério?’ – Droga, não é uma boa hora pra gaguejar, Jasper! SE MANCA! – ‘Q-que b-b-bom, né?’

 

 

 

 

 

‘Uhum... Ó-T-I-M-O!’ – Ela se aproximou, circulando o indicador por cima da toalha que cobria meu peito. – ‘Do jeitinho que eu gosto... ’

 

 

 

 

 

‘A-Alice...’ – A distância entre nós diminuía cada vez mais, meu estômago quase saindo pela boca. – ‘O-o que você e-está fazendo?’

 

 

 

 

 

‘Terminando o que começamos, oras!’ – E lá foi ela beijar meu pescoço, aqueles arrepios me pegando totalmente de surpresa. – ‘Ai amor... você é tão macio...’

 

 

 

 

 

Foi então que nos beijamos. Uma corrente elétrica passou por mim, causando-me sensações que eu nem sequer sabia que existiam. O carinho intenso que trocávamos foi mais do que o suficiente para me deixar levar, isso e mais a mão dela me puxando para perto da cama. Já estávamos na cama? Não sei, sinceramente, mais de nada.

 

 

 

 

 

Ela queria, eu também queria. O que mais pode acontecer?

 

 

 

 

 

Uma batida brutal ecoou da porta, fazendo nós dois saltarmos. Por Deus, nem tinha me tocado que eu já estava em cima dela. Desde quando fiquei assim tão... tão... Emmett?

 

 

 

 

 

‘Jasper? Você está aí?’

 

 

 

 

 

Não sei porque não reconhecia a voz, mas ela me parecia bem familiar.

 

 

 

 

 

‘AI MINHA PRADINHA!’ – Alice surtou baixo, com certeza não querendo que a pessoa do outro lado da porta ouvisse. – ‘É a minha mãe! DROGA!’

 

 

 

 

 

‘SÓ UM MINUTO, ESME!’ – Falei um pouco alto, querendo dar a entender que estava no banheiro ou coisa assim. Pulamos da cama totalmente bagunçados, o short de Alice acima de suas coxas. Eu fiz isso mesmo? Realmente, não me reconheço mais.

 

 

 

 

 

‘A porta está aberta, posso entrar?’ – Tinha me esquecido desse pequeno detalhe. No exato momento que a porta se abriu, terminei de vestir uma blusa qualquer. Nem vi direito qual era, contanto que me salvasse de uma situação constrangedora!

 

 

 

‘O-oi Esme!’ – Passei rapidamente o olhar pelo quarto, dando de imediato a falta de Alice. Onde será que ela foi? – ‘Queria falar c-c-comigo?’

 

 

 

 

 

‘Bem... não era nada de mais. Só que eu estou atrás da Ali...’ – Ela arregalou os olhos um pouco, depois esbanjando um pequeno sorriso. – ‘Oh, essa camisa é... ahm... bem animada!’

 

 

 

 

 

‘Hã?’

 

 

 

 

 

Olhei para baixo, querendo me enterrar na mesma hora. Era uma camisa branca com letras enormes pretas, dizendo “CHUPA AQUI QUE EU SOU UM CAXIMBOOOO!”, no final da frase uma seta sinalizando para baixo, em direção ao meu... ahm... esquece. O QUE ESSA MERDA DO EMMETT TA FAZENDO AQUI?!

 

 

 

 

 

‘A-ah... não! Essa b-blusa não é m-min...’

 

 

 

 

 

‘Oi mãezinha linda!’ – Alice do nada reapareceu, com uma pilha de roupas nas mãos e com um sorriso largo até demais no rosto. – ‘Algum problema?’

 

 

 

 

 

Esme arqueou as sobrancelhas, dando uma olhada discreta para mim. – ‘O que você está fazendo, Alice?’

 

 

 

 

 

‘Ah! S-só ajudando o Jaspinho com a roupa!’ – Ela sorriu amarelo, a risada saindo bem forçada. – ‘Ele não gosta muito de fazer isso sozinho, sabe?’

 

 

 

 

 

‘Que nem você, não é?’

 

 

 

 

 

‘Bem... Bella estava insistiu e-em arrumar tudo lá no quarto!’ – Fiquei calado no meu canto, tendo medo de falar algo que me comprometesse. – ‘Aí eu não tenho mais culpa, né?’

 

 

 

 

 

‘Muito engraçado, dona Alice!’ – Esme tomou uma postura autoritária, deixando minha fada vermelha de, talvez, raiva? – ‘Chega de história, vá cuidar daquela bagunça, agora!’

 

 

 

 

 

‘Mas, mãe!’

 

 

 

 

 

‘Vamos Alice. Agora.’

 

 

 

 

 

Minha linda grunhiu, deixando uma pilha de roupas que não sei de onde ela arranjou e saiu em passos pesados para fora do quarto sem nem sequer me dar um tchau. Esme, que estava olhando Alice sair do quarto, virou-se para mim, com um sorriso que me provocou arrepios.

 

 

 

 

 

‘Desculpe incomodar, tenho que ficar atrás de Alice mesmo sobre essas coisas!’

 

 

 

 

 

‘S-sem problema E-Esme!’ – Engoli seco, as feições dela realmente me dando medo. – ‘Não se preocupe com isso. ’

 

 

 

 

 

‘Ótimo. ’ – Ela disse, me olhando dos pés a cabeça. O olhar dela me fez suar frio, acho que até preciso trocar de cueca! – ‘Até mais!’

 

 

 

 

 

Esme saiu, fechando tranquilamente a porta.

 

 

 

 

 

Suspirei aliviado, limpando uma gota de suor da testa com a toalha. Por Deus, quando me falavam que é bem complicado lidar com as sogras, não sabia que estavam falando sério!

 

 

 

 

 

 

 

-                          x                             -

 

 

 

 

 

EDWARD CULLEN #

 

 

 



 

Já sentia que havia amanhecido, mas a cama era uma coisa bem mais tentadora que levantar dela e andar pelo chão gelado da central de ar. Porém, por mais que eu tentasse voltar a dormir, algo me incomodava. Não sabia o que era, mas tentei esquecer.

 

 

 

 

 

‘Edward... ’

 

 

 

 

 

Suspirei pesadamente, reconhecendo a voz na mesma hora.

 

 

 

 

 

‘Cai fora, Jasper! Quero dormir. ’

 

 

 

 

 

‘Edward, pára com isso! Preciso falar com você!’

 

 

 

 

 

‘Ah, é mesmo? Bacana! Sai daqui.’ – Virei para o outro lado, tentando ignorá-lo.

 

 

 

 

 

‘Qual é, cara! São 09:00 da manhã! Não está tão cedo assim!’

 

 

 

 

 

‘Jasper... cala a boca e sai. É muito difícil ver que eu ainda quero dormir?’ – Afundei mais a cara no travesseiro, torcendo para que ele tivesse entendido a mensagem. Houve um curto período de silêncio, o que achei estranho.

 

 

 

 

 

‘Poxa, Edward! Eu pensei que irmãos estivessem prontos para ajudar uns aos outros custe o que custar... ’ – Ele começou com o jeito dramático gay, o que me irritou mais ainda entre as cobertas. – ‘Mas, pelo visto, eu estava enganado... ’

 

 

 

 

 

‘Eles ajudam sim, mas não quando querem DORMIR!’ – Já estava acordado mesmo, dane-se! Sentei na cama, passando a mão na cara antes de encarar Jasper. – ‘Você venceu Jasper, o que foi que aconteceu?’

 

 

 

 

 

Ele abriu as cortinas, voltando de novo para perto da cama. Levantei, sacudindo meu cabelo. Por Deus, dava pra sentir que ele estava uma bagunça! Estava afim de ir logo tratar de tomar um banho ou coisa assim, mas, ao ver Jasper calado de novo, mudei de ideia. Em vez disso, aconcheguei-me em meu sofá reclinável, esperando que ele falasse.

 

 

 

 

 

‘Ta legal, Jasper. Pode falar. ’ – O silêncio dele já estava me preocupando, minha mente vagando pelo pior. – ‘Tem algo errado?’

 

 

 

 

 

‘Bem, Edward... ahm...’ – Ele coçou a cabeça, ficando vermelho subitamente. – ‘Ahm... Alice...bom...’

 

 

 

 

 

‘Não creio nisso!’ – Será? CAAARACA! Imediatamente saí da poltrona para cumprimentar o recém ex-virgem.  – ‘VOCÊS JÁ FIZERAM?! JAAAAAAAASPER, isso sim é que é BOA NOTÍCIA! CARA, VOCÊ DEIXOU SEU IRMÃO ORGULHOOSO! MUUITO ORGULHOSO MESMO!’

 

 

 

 

 

‘Não Edward, não é isso. ’ – Ele cerrou os olhos para mim enquanto eu batia na costa dele, parabenizando pelo “ato” que eu jurava que tivesse feito. Uma lição para tomar nota: deixe sempre as pessoas falarem para não deixá-las em situações constrangedoras! – ‘Bem, é sobre esse assunto... pra falar a verdade.’

 

 

 

 

 

‘Ah... claro. ’ – Passei a mão pelo pescoço, pigarreando para limpar a garganta. Iria ser uma longa conversa! – ‘Pode falar. ’

 

 

 

 

 

‘Bem... parece que ela está começando a demonstrar sinais de que... bom... de que... ela...’

 

 

 

 

 

‘De que ela QUER?’ – Ousei falar, tendo minha resposta com um sinal positivo vindo da cabeça de meu irmão. – ‘Que bom, cara! Sinceramente, não vejo o problema! Agora é só ir em frente!’

 

 

 

 

 

‘Ta, eu sei!’ – Ele falou, sem olhar para mim. – ‘Mas, sei lá... parece que não é pra ser!’

 

 

 

 

 

‘Tudo bem, dá pra falar inglês simples e direto comigo?’ – Indaguei uma sobrancelha erguida. – ‘Como assim?’

 

 

 

 

 

‘Sempre alguém atrapalha, entende?’ – Ele passou a mão pelos cabelos, com a expressão desesperada. – ‘Isso é um sinal, cara! Um sinal de que eu não posso fazer, e isso me corrói muito!’

 

 

 

 

 

‘Francamente Jasper, desde quando você acredita nessas coisas?’ – Até ri com o pensamento. Não acredito que estou ouvindo isso! – ‘Isso tudo é uma grande besteira! Tudo vindo da sua cabeça. ’

 

 

 

 

 

‘ MIIIINTIRAAA! MIIINTIRAAAA!’

 

 

 

 

 

Emmett entrou, quase arrancando a porta do lugar. Era impressão minha ou ele estava escutando tudo do lado de fora?

 

 

 

 

 

‘Eu concordo com o frutinha! ’ – Ele andou em passos firmes até nós, tufando o peito como sempre faz. – ‘Quando a gente ainda estava no hospital, eu não tinha visto uma casca de banana no chão. CARA, um pirralhinho passou por mim e escorregou no meu lugar, TÁ NA CARA QUE FOI UM SINAL! O ALÉ NÃO QUERIA QUE EU ME FERRASSE TODINHO QUE NEM O PIRRALHO!’

 

 

 

 

 

‘Cala a boca Emmett. ’ – Simplesmente disse, cerrando os olhos para ele. – ‘Você só estava esperando o momento certo pra entrar, tenho certeza de que você já estava aí grudado na porta. ’

 

 

 

 

 

‘Emmett sempre tem que causar um impacto nas pessoas, okay?’ – Ele apontou para si, vangloriando-se. – ‘É minha marca REGISTRADA!’

 

 

 

 

 

‘ISSO JÁ ESTÁ ME DEIXANDO LOUCO!’ – O meu irmão caçula pousou as mãos no rosto, um surto de compaixão emanando em mim. – ‘Me ajuda, Edward! Por favor!’

 

 

 

 

 

‘EI! POR QUE SÓ O ED PODE TE AJUDAR, HEIN?!’

 

 

 

 

 

‘Desde quando você se sente assim, Jasper?’ – Perguntei, ignorando Emmett. Bem, era a coisa mais certa fazer, antes que eu socasse o lesado.

 

 

 

 

 

‘Já estávamos conversando sobre isso a algum tempo e...’

 

 

 

 

 

‘COMO É QUE É?!’ – Emmett berrou, quase empurrando Jasper para fora de minha cama. – ‘VOCÊS AINDA CONVERSARAM SOBRE AFOGAR O GANÇO?! CARACULES, JASPER! TU ÉS FROUXO É?’

 

 

 

 

 

‘CALA A BOCA, EMMETT!’ – Levantei do sofá, fechando o punho e acertando certeiro em sua cabeça, pra variar urrou de dor, despencando pelo lado esquerdo da cama. – ‘Não liga pra ele, ta legal?’

 

 

 

 

 

Ele assentiu com a cabeça, e eu fiz o mesmo gesto para encorajá-lo.

 

 

 

 

 

‘Bom... depois de muita conversa, deixamos isso para a hora em que... ahm... realmente desse vontade, entende?’ – Ele suspirou enquanto eu me concentrava mais ainda para compreender. – ‘Ta... as tentativas todas foi Alice quem começou...’

 

 

 

 

 

‘E começaram quando?’

 

 

 

 

 

Ele puxou o ar e eu percebi que seria uma história um pouquinho longa.

 

 

 

 

 

FLASHBACK JASPER HALE #

 

 

 

 

 

Foi na sala onde estávamos com as crianças. Eu e ela ajudávamos com aquelas palhaçadas horríveis, o que por sinal eu odeio! Bom... acho que isso não importa muito.

 

 

 

 

 

‘Obrigada palhaça bonita!’ – A menina abraçou Alice, com um sorriso enorme no rosto. – ‘E você também, tiozinho sem graça!’

 

 

 

 

 

‘Ah... obrigada pelo elogio!’ – Ri enquanto a garotinha se aproximava de mim para me abraçar também. – ‘Cuidado na hora de brincar, ta?’

 

 

 

 

 

‘Ta bom!’ – A menina fez bico, puxando Alice e eu para um abraço grupal. – ‘Vocês são lindos juntos sabia? Hihi, tchauzinho!’

 

 

 

 

 

Antes de falarmos qualquer coisa a garota foi embora, deixando Alice com um sorriso enorme nos lábios.

 

 

 

 

 

‘Eu concordo totalmente!’

 

 

 

 

 

Fiquei meio confuso, talvez fosse o jogo de luzes ou coisa parecida. Só senti Alice se jogar em mim, colocando seus braços em volta de meu pescoço.

 

 

 

 

 

‘O quê?’

 

 

 

 

 

‘Nós somos lindos juntos... ’ – Ela sussurrou em meu ouvido, o que me causou arrepios até demais! – ‘Não acha?’

 

 

 

 

 

Bem, foi então que ela começou a me empurrar para trás. Por favor, não me peça para descrever o que ela fazia enquanto andávamos, ta? Prefiro ficar com isso na minha cabeça!

 

 

 

 

 

Chegamos num canto bem afastado mesmo, não conseguíamos ver ninguém. Ela então começou a tentar tirar minha camisa, já que eu estava sem o jaleco fazia um bom tempo e... ahm...! Eu não tenho jeito pra essas coisas, digamos que... bom... o nervosismo estava batendo muito na hora e eu me enrolei um pouco.

 

 

 

 

 

‘Deixa... eu faço isso...’ – Ela puxava cada vez mais para cima...

 

 

 

 

 

‘NOOOOSSA!’

 

 

 

 

 

Cara, sinceramente eu quis me enterrar nessa hora. Dois meninos, acho que praticamente da mesma idade nos encaravam, cada um com um pirulito na boca.

 

 

 

 

 

‘O que vocês tão fazendo?’ – Um deles perguntou, me deixando mais vermelho ainda.

 

 

 

 

 

‘Ei! Acho que a gente atrapalhou alguma coisa...’ – O outro disse, dando uma lambida no pirulito.

 

 

 

 

 

‘Sério?’

 

 

 

 

 

‘M-meninos, por que vocês não voltam pra lá, hein?’ – Alice pigarreou, apontando com uma falsa animação para onde tinha uma concentração maior de gente. – ‘Lá parece mais divertido, não acham?’

 

 

 

 

 

‘Viu? Ela quer que a gente vá embora pra fazer besteirinha!’ – Finalmente havia notado uma diferença entre os dois: o da direita tinha um pirulito vermelho, o outro, azul. Meu Deus, só de imaginar aquela boca entupida de trilhões de bactérias e caries graças aquelas bombas de açúcar, me dá ânsia de vômito!

 

 

 

 

 

‘Besteirinha? O que é besteirinha?’ – O do pirulito vermelho perguntou para o amigo, tombando a cabeça de lado totalmente e confuso. EU QUERIA MUITO QUE ALGUÉM ME MATASSE NAQUELA HORA, MESMO!

 

 

 

 

 

‘Você não sabe?’ – O menino rebateu com outra pergunta, para minha vergonha, logo voltou a falar sobre o assunto. – ‘É uma coisa entre adultos, tem haver de como nascem os bebês.’

 

 

 

 

 

‘Mas eles não são adultos, são palhaços!’ – O pirulito vermelho retrucou, batendo o pé.

 

 

 

 

 

‘Eles são adultos sim, mas VESTIDOS DE PALHAÇOS. ’ – O garoto, que já estava de língua azul, ergueu o pirulito, enfiando-o na boca de novo.

 

 

 

 

 

‘Então... quer dizer que...’ – O outro começou a soluçar, quase deixando o doce cair da boca dele. – ‘Palhaços não são  mágicos do Peter pan? Que cresceram com os meninos que não crescem na Terra do Nunca?’

 

 

 

 

 

Sinceramente, quem meteu toda essa caraminhola na cabeça deles? Sério, cresceram com os meninos que não crescem? Que merda toda é essa?!

 

 

 

 

 

‘Eu nunca acreditei mesmo!’ – O de azul deu de ombros, chupando tanto o doce que os lados de suas bochechas recuaram para dentro da boca. Totalmente nojento.

 

 

 

 

 

‘BUÁÁÁÁÁ!’

 

 

 

 

 

‘C-calma! Eles existem sim!’ – Falei, numa tentativa desesperada de melhorar as coisas.- ‘E-eu conheço o Peter Pan! Grande amigo meu!’

 

 

 

 

 

‘Sério? E-e-então... qual é a cor da roupa dele?’ – O menino do pirulito vermelho perguntou-me, engolindo o choro.

 

 

 

 

 

‘Ahm... bem... um azul meio vermelho com... ahm...’ – Os lábios do menino tremeram de novo, e eu já sabia o que estava por vir.

 

 

 

 

 

‘BUÁÁÁÁÁÁÁÁ! É VEEEEEEEEEEEERDE!’ – Droga. QUE CULPA EU TINHA SE EU NUNCA VI PETER PAN NA VIDA?!

 

 

 

 

 

‘Xi! Se preparem, porque isso vai demorar muito pra passar. ’ – O garoto da língua azul disse, revirando os olhos junto com o pirulito. – ‘Berreiro é com ele mesmo!’

 

 

 

 

 

Ai meleca!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FIM DO FLASHBACK.

 

 

 

 

 

 

 

Isso tudo realmente foi muito estranho. Acho que eu estava ocupado de mais me desesperando para encontrar Bella para prestar atenção no que Jasper fazia.

 

 

 

 

 

Após o relato de Jasper, a estrondosa gargalhada de Emmett tomou conta do quarto.

 

 

 

 

 

‘CAAAAARA! MAS TU ÉS MUITO AZARADO MERMÃO!’ – Ele batia a mão fechada no colchão com tanta vontade que aquilo tremia sob nós. Por Deus, ele precisa parar com aqueles complementos alimentares já! – ‘JASPINHO, VOCÊ TA É MUITO FERRADO! ISSO SIM!’

 

 

 

 

 

‘É... eu sei...’ – Jasper suspirou, mexendo em seus dedos.

 

 

 

 

 

A situação aqui estava começando a ficar pesada. De um lado meu irmão caçula quase virando um emo depressivo de tanto se culpar por não ter feito o que... ahm... é, aquilo. Do outro, Emmett pulverizando a dignidade dele, o que realmente não ia deixar barato.

 

 

 

 

 

‘Ei, Emmett!’ – O chamei com um sorriso, disposto a provocá-lo. – ‘Desde quando você não leva uma mulher pra  cama, hein?’

 

 

 

 

 

Ele me olhou, com uma careta pior que tromba de elefante, fazendo eu e Jasper rirmos.

 

 

 

 

 

‘Haha! Engraçadinhos!’ – Emmett mostrou a língua, cruzando depois os braços. – ‘Quando eu trouxer uma tremenda gostosona pra cá não quero ninguém babando em cima dela, ta? ESPEREM PRA VER!’

 

 

 

 

 

‘Ta vendo como é ruim?’ – Jasper o acusou, jogando o travesseiro nele. – ‘Nunca mais fale de mim!’

 

 

 

 

 

‘Pelo menos EU É QUE NÃO TÔ POR ÚLTIMO NA PARADA AQUI!’

 

 

 

 

 

‘EI!EI! Parem com isso!’ – Eu disse, levantando-me para ficar entre eles. – ‘Desde quando isso precisa virar uma discussão?  Por favor!’

 

 

 

 

 

‘Emmett é um preconceituoso! Nunca vai me entender!’

 

 

 

 

 

‘Chega junto nela, Jaspinho! Por que não? Virou frutinha de novo é?’

 

 

 

 

 

‘Ta legal, agora chega!’ – Apoiei uma mão no ombro de Jasper e a outra no de Emmett, amenizando a situação aos poucos. Pelo menos eu achava que estava funcionando! – ‘Olha, nem sei por que vocês estão aumentando a voz assim! Não há motivos para isso!’

 

 

 

 

 

‘Você por acaso está insinuando que o meu problema não é nada? Obrigado, Edward!’

 

 

 

 

 

‘Não foi isso que eu quis dizer!’ – Suspirei, forçando-os um contra o outro. Com isso, nós nos abraçávamos, como uma família unida sempre faz! – ‘Qual é, seus cabecinhas quentes? Parem com essa graça toda! Os Cullen nunca têm problemas com mulheres, certo? ’

 

 

 

 

 

‘Okay, dono da verdade... ’ – Jasper resmungou, olhando para minha cara sorridente. – ‘O que pretende fazer?’

 

 

 

‘Bem... ahm...’ – Tenho que admitir, Jasper me pegou de jeito com a pergunta.

 

 

 

 

 

‘Eu tenho uma ideia GENIAL!’ – Emmett praticamente gritou, deixando-me quase que surdo. – ‘HAHA! EU SOU O CARA!’

 

 

 

 

 

‘Cala a boca Emmett!’ – Eu disse, batendo na cabeça do bendito na mesma hora que Jasper. Já nem mais me impressionava com a sincronia que eu e meu irmão caçula acertávamos Emmett de tão comum o ato.

 

 

 

 

 

‘AI! Vocês vão é me agradecer depois disso, ISSO SIM!’

 

 

 

 

 

‘O que você está pretendendo então, lesado?’ – Jasper perguntou, tendo a mesma curiosidade que eu.

 

 

 

 

 

‘Vamos sair hoje.’ – Ele simplesmente falou, com um sorriso tarado nos lábios. – ‘Só nós três.’

 

 

 

 

 

‘Depois EU que sou o BOIOLA!’ – Nos afastamos, até eu tendo medo de Emmett! – ‘Olha só o JEITO QUE ELE TA NOS OLHANDO!’

 

 

 

 

 

‘AAH CARA, NADA HAVER!’ - O lesado indagava, cruzando os braços. – ‘Confiem em mim e botem fé, com Emmett é SÓ SUCESSO!’

 

 

 

 

 

‘Ai ai, to ferrado!’ – Jasper revirava os olhos, suspirando.

 

 

 

 

 

 

 

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BELLA SWAN #

 

 

 

 

 

‘Meu Deus, por acaso estou fazendo isso direito?’ – Carlisle virou-se para mim com a frigideira quente na mão.

 

 

 

 

 

‘Está sim! Mas cuidado para não se mover desse jeito! Quase que o ovo voa em mim agora!’ – Eu ri, mexendo a panela com a salsicha. Sem querer me gabar nem nada, mas de uma coisa é certa: a minha salsicha com molho de tomate é A MELHOR!

 

 

 

 

 

‘Tudo bem, eu não sabia que cozinhar era tão difícil!’ – Ele confessou, rindo a toa em frente ao enorme fogão. – ‘Ainda mais fritar um ovo, que negação!’

 

 

 

 

 

‘Credo Tio Cal, não fale desse jeito!’ – Rosalie passou por nós com pratos na mão, indo arrumar a mesa da sala mesmo. – ‘Sei como se sente! Se não fosse minha mãe, já teria morrido de fome!’

 

 

 

 

 

‘Ainda bem que você sabe, minha filha!’ – Esme estava na bancada de mármore ao nosso lado, tirando os pães e colocando em cestas para levar à mesa. – ‘Vocês não seriam nada sem mim!’

 

 

 

 

 

‘Parece que você tem bastantes qualidades Esme. ’ – Carlisle interveio, num tom digamos assim, amigável até demais. Podia até estar meio louca, mas jurei que havia sentido um clima entre eles.  – ‘Admiro muito isso em uma mulher.’

 

 

 

 

 

‘O-obrigada.’ – Ela simplesmente disse, botando uma mexa de cabelo atrás da orelha, ficando de cabeça baixa. Aha! Esme sempre faz isso quando fica encabulada! ELA GOSTOU! – ‘É muito... gentil da sua parte!’

 

 

 

 

 

‘Ah mother, você é demais!’ – Alice chegou por trás dela, abraçando-a. – ‘E então? Sem querer apressar nem nada, mas eu ainda estou de jejum, sabe?’

 

 

 

 

 

‘Por que você não vai chamar os meninos, hein?’ – Esme arqueou a sobrancelha, sorrindo para a filha. – ‘Já estamos terminando aqui.’

 

 

 

 

 

‘Ai minha Pradinha! QUE FOME!’ – E lá foi Alice andando em direção as escadas com as mãos na barriga. Jurei que tinha ouvido algo roncar, talvez o estômago dela. Nossa. Muito medo agora!

 

 

 

 

 

‘Só espero que eles não dêem muito trabalho para ela. ’ – Carlisle suspirou, rindo um pouco depois. – ‘Se bem os conheço, devem estar dormindo ainda! ’

 

 

 

 

 

‘Não precisa se preocupar com Alice!’ – Eu disse, tirando a panela de salsicha do fogão.  – ‘Em Forks, ela acordava todo o dia Rosalie, pra elas irem para o colégio. Rose tem um sério problema de sono. Simplesmente vira pedra quando dorme!’

 

 

 

 

 

‘Ei! EU OUVI ISSO, HEIN?!’

 

 

 

 

 

‘AAI AMIGA! DESCULPA!’ – Falei fingindo estar chocada. Esme e Carlisle riram comigo enquanto acabávamos de fazer o café.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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EDWARD CULLEN #

 

 

 

 

 

‘Tudo bem Emmett, mas me diz uma coisa. ’ – Arqueei minha sobrancelha, tentando entender. – ‘Por que você não quer falar onde irá nos levar?’

 

 

 

 

 

‘Porque senão corta o suspense!’ – Ele tremia de alegria, comprovando mais ainda o que sempre achei: Emmett é louco. – ‘É muito excitante! DEMAAAAIS!’

 

 

 

 

 

‘Tem certeza que confiar no Emmett vai me ajudar?’ – Jasper sussurrou no meu ouvido, meio receoso. – ‘Isso está me cheirando encrenca e... ’

 

 

 

 

 

‘Vamos dar este voto de confiança pra ele... ’ – Respondi de volta, observando Emmett pular tanto que começava a fazer o chão tremer. – ‘Afinal, ele também precisa de ajuda com mulheres. ’

 

 

 

 

 

‘Pela cara dele, com certeza irá nos levar pra algum tipo de cabaré ou coisa assim... ’ – Jurei que ouvi Jasper engolir seco com o pensamento. – ‘Ai meu Deus, Alice vai me matar... ’

 

 

 

 

 

‘O QUE VOCÊS JÁ TÃO FALANDO AÍ?!’ – Ele cerrou os olhos para nós, nos calando na mesma hora.

 

 

 

 

 

‘Ahm... eu estava falando aqui com o Jasper sobre umas dicas pra interagir mais com a Alice.’ – Bati de leve no ombro de meu irmão, rindo um pouco. – ‘Não é, mano?’

 

 

 

 

 

‘Hã?’

 

 

 

 

 

‘Cara, o papo é o seguinte. ’ – Emmett se aproximou de novo, passando a mão na cabeça. – ‘Pega, agarra e manda ver! Esse é o esquema!’

 

 

 

 

 

‘Peraí Emmett, também não é assim. ’ – Logo me meti, virando para Jasper que nos olhava, boiando no que falávamos. – ‘Jasper, presta atenção. Já está mais do que claro que você é louco por Alice. O melhor que você pode fazer é deixar as coisas rolarem, sem nervosismo. ’

 

 

 

 

 

‘Uau! Ta aí uma coisa que eu nunca pensei ouvir da sua boca! Isso foi... muito legal, Edward!’

 

 

 

 

 

Não sei por que, mas aquilo me deixou incomodado. Por que isso nunca sairia da minha boca? Afinal, um relacionamento verdadeiro tem que ter sentimentos verdadeiros. Eu era tão frio assim?

 

 

 

 

 

Flashs de minhas discussões com Bella invadiram minha mente, vagando por um curto período de tempo. Agora as acusações dela pesavam sobre minha consciência, confirmando a pergunta anterior. Sim, eu era frio.

 

 

 

 

 

‘Mas... não quer dizer que você não tenha precise de uns conselhos...’ – Pensaria nisso depois, a sensação que sentia com esse assunto em minha cabeça era bastante desagradável. – ‘Ta legal, manda ver. ’

 

 

 

 

 

Aproximei-me de meu irmão, ficando a uma distância razoável dele. Todos nós ficamos em silêncio, sendo cortado por Jasper.

 

 

 

 

 

‘Sim, eu não estou entendendo nada.’ – Tombou a cabeça de lado, com a sobrancelha arqueada.

 

 

 

 

 

‘Jasper, vamos lá! Não dê uma de Emmett!’ – Ouvi a bufada de meu outro irmão atrás de mim, mas não liguei. – ‘Me mostre o que você sabe!’

 

 

 

 

 

Ele continuou sem entender. Ah, Pela Morde Deus! Ele quer que eu fale em voz alta mesmo?

 

 

 

 

 

‘Finja que sou Alice. Como você chega nela?’ – Queria muito ter mordido minha língua. Os dois se entreolharam, espocando de rir da minha cara.

 

 

 

 

 

‘Você NÃO PODE estar falando sério!’ – Jasper se esgoelava junto com Emmett.

 

 

 

 

 

‘ESSA FOI BOA, EEEED!’ – Emmett também soltou, rolando pela cama e se estabecando no chão novamente.

 

 

 

 

 

‘Você não veio me pedir ajuda?’ – Indaguei, calando os dois. – ‘Eu estou querendo te ajudar, mas, se você não quer, então não venha choramingar depois!’

 

 

 

 

 

Jasper fez cara feia, sendo o único a voltar a rir Emmett.

 

 

 

 

 

‘Axííí! Tocou na ferida!’ – Não vou nem comentar sobre quem fez esse comentário. O caçula suspirou, passando lentamente a mão no rosto.

 

 

 

 

 

‘Você tem razão Edward... ’ – Engoliu seco. – ‘Só que não consigo imaginar!’

 

 

 

 

 

‘Ah... que isso garotão!’ – Brinquei, tentando imitar o rebolado que as mulheres fazem quando andam. Peguei as mãos dele e botei-as em minha cintura, seguindo o gingado.  – ‘Eu sei que você me quer, lindão!’

 

 

 

 

 

‘AAI MINHA PRADINHA! O QUE É ISSO?!

 

 

 

 

 

Ah DROGA!

 

 

 

 

 

Alice estava parada na porta, de olhos arregalados em nossa direção. Imediatamente me afastei de Jasper, que estava mais vermelho que nunca. Por Deus, como é complicado tentar ajudar a família!

 

 

 

 

 

‘A-Alice eu...’ – Jasper tentou falar, gaguejando mais que pronunciando as palavras.

 

 

 

 

 

‘Não p-precisa falar nada! Ahm...’ – Ela coçou a cabeça, ficando vermelha também. – ‘É bom vocês terem esse tipo de relação, mostra vocês são bem... próximos! O café já está na mesa, ta? Podem d-descer!’

 

 

 

 

 

Depois de dado o aviso ela saiu, ainda meio assustada. Adivinha quem quebrou o silêncio? Emmett, o lesado.

 

 

 

 

 

‘AAAAAAAH RAPAZ! ERA PRA EU TER GRAVADO ESSA! MELHOR CENA DO ANO! CERTEZAAA!’ – Ele se apoiou em mim e Jasper, todo risonho. – ‘Cara! Vocês me MATAM de rir!’

 

 

 

 

 

‘Eu to ferrado!’ – Jasper suspirou cabisbaixo.

 

 

 

 

 

Não falei nada, só revirando os olhos. Eu fui o primeiro a andar, sendo seguido por eles.

 

 

 

 

 

 

 

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BELLA SWAN #

 

 

 

 

 

O resto do dia passou tranquilo. Como era final de semana, aproveitamos para dar uma geral na casa. Incrível como uma família com tanto dinheiro não possui empregados num dia de sábado! Tadinho de Alphonse, ele pena mil vezes mais que nós para limpar essa casa!

 

 

 

Pra variar, Carlisle nem sequer sabia usar uma vassoura, o que foi bastante cômico! Os meninos também ajudaram, mas a maior parte do tempo ficaram distantes de nós, me deixando realmente um pouco desconfiada. Sempre cochichando, intencionando ainda mais a minha curiosidade. Acabei por tentar deixar isso de lado, bem, pelo menos tentar né?

 

 

 

 

 

Eu estava na cozinha, passando um pano na imensa bancada de granito da pia. Toda a limpeza praticamente feita, só faltando alguns míseros detalhes. Agora só esperava por Esme, que insistiu intensamente para dividir as louças comigo na hora de lavá-las.

 

 

 

 

 

Ouvi passos pararem atrás de mim, já percebendo que Esme queria me assustar. Ri com o pensamento.

 

 

 

 

 

‘Ai, ai Esme.’ – Eu suspirei, sorrindo. – ‘Eu não sou uma Alice da vida! Já disse que a louça pode deixar comig...’

 

 

 

 

 

‘Uou, muito obrigado pelo Esme, isso afeta muito minha masculinidade!’

 

 

 

 

 

Virei bruscamente para trás, pegando um susto com a voz. Lá estava o safado parado na minha frente com aquele sorriso torto sínico nos lábios. Sinceramente, odiava quando mantinha essa expressão, ela mexia comigo de maneira que eu ainda não sabia explicar.

 

 

 

 

 

‘Por que essa cara? Algum bicho te mordeu, Isabella?’

 

 

 

 

 

Ele está provocando! Isabella?! QUAL É A DELE AFINAL?!

 

 

 

 

 

‘Pra início de conversa é BELLA, ta? E não, nenhum bicho me mordeu. ’ – Puxei o ar pesadamente para meus pulmões, querendo imensamente que ele sumisse dali. Olhei para ele uma última vez, virando-me para a pia com pratos sujos. – ‘Mais alguma coisa? Porque se não, tenho essa pilha aqui pra lavar. ’

 

 

 

 

 

‘Você sabe muito bem não vamos te pagar, né?’ – Ele riu atrás de mim, deixando-me com o rosto queimando. – ‘Afinal, você tem comida e teto por aqui, então... ’

 

 

 

 

 

‘Olha, vou falar só uma vez. ’ – Encarei-o com a expressão séria. – ‘Eu não quero discutir e muito menos brigar com você, ta legal? Mas pelo jeito que você está falando, parece louco pra ouvir xingamentos meus. Então, por favor, me deixe em paz e quieta, tudo bem?’

 

 

 

 

 

Nos encaramos por um longo tempo, a feição dele meio surpresa com a minha atitude. Eu também estava surpresa comigo mesma, então dava pra entender o que se passava pela cabeça do Cullen naquele momento. Por mais que a presença dele me desse nos nervos, não queria falar nada que nos fizesse odiar um ao outro mais ainda. Isso tudo porque, querendo ou não, ele salvou minha vida, duas vezes. A primeira eu não liguei muito, já que depois do lance do assalto aconteceram outras coisas que me fizeram ficar mais irritada com ele, o que não foi justo. Aquele acontecimento do hospital eu não podia ignorar, porque ele realmente se deu ao trabalho de me procurar e até me salvar daquela situação toda. Eu já tinha agradecido, mas me sentia ainda em débito com ele, então essa é a minha forma de pagar.

 

 

 

 

 

Fiquei de frente para a pia de novo, pegando no primeiro prato da imensa pilha. Num estalo de tempo rápido, uma mão sutilmente pálida caiu sobre a minha, mas não precisei virar-me de novo para descobrir quem era.

 

 

 

 

 

‘Eu sei que já te disse isso antes, mas, você é inacreditável. ’ – Ele disse, deslizando sua mão pela minha até pousar no prato. – ‘Tudo bem, não vamos dar uma de cão e gato, então, pelo menos, deixe-me ajudá-la com isso. ’

 

 

 

 

 

‘Olha muito obrigada pelo elogio, mesmo nem tendo ideia do que isso signifique. ’ – Ele riu enquanto eu o encarava, o que me deixou um pouco vermelha. – ‘Não precisa me ajudar, sério! Eu faço isso numa boa e... ’

 

 

 

 

 

‘Eu quero estar aqui. Com você. ’ – Os olhos dele ficaram intensos de uma hora para outra, quase me provocando uma súbita falta de ar nos pulmões. Poucos segundos depois ele riu, posicionando-se ao meu lado enquanto pegava uma esponja e sabão líquido. – ‘Então pode reclamar quantas vezes quiser, eu não vou sair daqui, só quando acabarmos. ’

 

 

 

 

 

‘Você é maluco!’ – Exclamei, rindo também.

 

 

 

 

 

‘Não, não! Eu sou o safado, você que é a maluca!’ – Mostrei língua para ele, o que só fez aumentar o seu riso. – ‘Nem venha trocar os papéis aqui!’

 

 

 

 

 

‘Haha, engraçadinho.’

 

 

 

 

 

 

 

Foi assim que ficamos até acabarmos a louça. Não sei o que havia de errado comigo, já que minha mente estava começando a considerar a ideia de que ele era um cara... Legal. É, tipo daqueles que vive tirando piada de você, mas nunca daquelas que magoam, sabe? Era estranho, já que a maioria das vezes em que me deparei com o Cullen foi só para xingá-lo e tentar inutilmente acabar com a raça dele. Pô, não sou vingativa! Só justiceira!

 

 

 

 

 

Mas, agora que ele não estava traindo minha amiga, eu ainda tinha motivos para ficar em pé de guerra com ele? Será que... por mais pequena que seja, ele não merece uma chance comigo? Um voto de confiança talvez? Ele estava sendo muito legal e, afinal de contas, salvou minha vida. Que seja, eu ainda tentava considerar essa hipótese.

 

 

 

 

 

‘Bem, esse então é o último prato. ’ – Ele ergueu a louça na altura de sua cabeça, balançando-a um pouco. – ‘Eu enxugo ou você quer fazer as honras?’

 

 

 

 

 

‘Passa logo isso pra cá!’ – Peguei de sua mão e nós dois rimos. – ‘Adoro passar pano nessas coisas. ’

 

 

 

 

 

‘Uou, sua danadinha! Que fique bem lembrado de que eu não falei nenhuma safadeza agora, okay?’

 

 

 

 

 

‘Cala a boca, Edward!’ – Arregalei os olhos, repensando no que havia acabado de sair da minha boca.

 

 

 

 

 

‘Nossa! Você falou meu nome direito!’ – Ele deu um sorriso torto, passando a mão no pescoço. – ‘Isso já é um avanço incrível pra nós, não acha?’

 

 

 

 

 

‘Ahm... bem... acho que sim.’ – Respondi, coçando o nariz. Percebi que ele me fitava curioso, se aproximando devagar de mim. Meu Deus, que diabos ele vai fazer agora? Não estrague tudo, POR FAVOR!

 

 

 

 

 

‘O que é isso na sua mão?’ – Por reflexo tirei a mão do rosto, infelizmente foi tempo o suficiente para ele capturá-la com a sua. – ‘Um anel?’

 

 

 

 

 

‘Bem... é o que e-e-está parecendo, né?’ – Subitamente me veio a vontade de escondei minha mão, mas a dele ainda não deixava, continuando a examinar o objeto em meu dedo.

 

 

 

 

 

‘É... um anel de compromisso?’ – Ele perguntou, desta vez sério. A expressão dele me fez recuar, não queria mais vê-lo com aquele olhar em mim. – ‘Bella?’

 

 

 

 

 

Fiquei completamente sem fala, não entendendo minha reação. Por que simplesmente não saia a verdade da minha boca? Bom, eu não menti e isso não dá o direito dele querer saber da minha vida pessoal. Mas eu não queria contar, e não vou contar nada.

 

 

 

 

 

‘Ai Bella, me desculpe! È que eu me enrolei com algumas coisas e... ’ – Para meu total alívio Esme apareceu na cozinha, permiti respirar tranquilamente de novo. – ‘Ah... pelo visto você teve ajuda, que bom! Muito obrigada, Edward!’

 

 

 

 

 

‘Eu é que agradeço pela ajuda que vocês estão dando a essa casa, Esme. ’ – Edward respondeu educadamente, sem tirar seu olhar discreto sobre mim.

 

 

 

 

 

‘Ah, que isso! É o mínimo que podíamos fazer pela hospitalidade!’

 

 

 

 

 

‘Bom... eu acho vou subir!’ – Apressei-me para ficar ao lado de Esme, dando um sorriso constrangido. – ‘Alice não é a única que deixa as malas uma bagunça!’

 

 

 

 

 

‘Bella, eu... ’ – Edmundo começou, mas eu não o deixei terminar.

 

 

 

 

 

‘Vou lá, pelo visto acho que demorarei muito! Até!’

 

 

 

 

 

Suspirei, me retirando do local. Assim que saí do corredor tratei logo de me encostar na parede mais próxima. Parecia que eu estava tonta ou algo do tipo. Ergui minha mão para ver o anel que Jake havia me dado.

 

 

 

 

 

Ele vai esquecer essa história, ele tem que esquecer! Droga! Por que ele quer estragar tudo? Meu coração acelerava em resposta das palavras que trocamos na cozinha. Suspirei, fixando meu olhar no anel.

 

 

 

 

 

Não sentia falta de Jake, isso era um fato que não tinha como contestar.

 

 

 

 

 

 

 

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EDWARD CULLEN #

 

 

 

 

 

O resto do dia foi tranquilo. Arrumamos a casa e tudo mais, num piscar de olhos já havia anoitecido.

 

 

 

 

 

Nem eu nem Jasper sabíamos o que Emmett estaria aprontando, muito menos para onde íamos. De uma coisa é certa, jogar xadrez não era! Emmett nem sabia o que era xadrez! Isso não importa, se puder ajudar tanto Jasper quanto ele, eu topo.

 

 

 

 

 

Já estava me aprontando para sair, vestido com uma calça jeans, sapatos agradáveis e agora só faltava o resto dos botões da camisa. Arrumei meu cabelo em frente ao imenso espelho do meu quarto, voltando a abotoar a camisa e a olhá-lo de novo. Dessa vez algo novo entrou em meu campo de visão.

 

 

 

 

 

‘Pretendendo ir a algum lugar sem mim?’ – Perguntou Rosalie encostada na porta enquanto eu a via refletida no espelho. – ‘Não gostei muito disso.’

 

 

 

 

 

Revirei os olhos e fingi divertimento. Detesto quando falam dessa maneira comigo, querendo me domar. Uma das coisas que nunca acontecerão na minha vida, ser controlado por uma mulher.

 

 

 

 

 

‘É só uma saída com Emmett e Jasper, nada de mais. ’ – Terminei de abotoar a camisa e virei para ela que já havia encurtado a distância entre nós. – ‘Não demoraremos muito. ’

 

 

 

 

 

‘Eles não podem ir sozinhos, não?’ – Rose deslizava seu indicador por meu peito. Estava tentando me convencer a ficar.

 

 

 

 

 

‘Emmett e Jasper? Sozinhos? Eles não sabem se cuidar sem mim. ’ – Ri com o pensamento. Assim que o caçula ia se corromper mesmo!

 

 

 

 

 

‘Sabe a quanto tempo não temos um momento só pra nós? Eu sinto falta disso, sabia?’ – Ela indagou, e me forcei para não revirar os olhos.

 

 

 

 

 

‘Eu sei. Eu também sinto, Rosalie. ’

 

 

 

 

 

‘Sério? Porque definitivamente NÃO parece!’

 

 

 

 

 

Tentei falar, mas ela me interrompeu de imediato.

 

 

 

 

 

‘Eu te sinto tão distante, Edward... ’ – Ela apertou meu ombro, cerrando um pouco os olhos. – ‘Está acontecendo alguma coisa com você?’

 

 

 

 

 

‘Rosalie, você sabe que não há nada de errado comigo. ’ – Eu disse, beijando sua testa. – ‘Não sei por que essa preocupação toda!’

 

 

 

 

 

‘Por Deus, até o relacionamento de Bella está melhor que o nosso!’ – Ela bufou. – ‘Eu adoro a Bella, mas, cá entre nós, ela é completamente sem sal!’

 

 

 

 

 

Relacionamento de Bella? Como assim? O que isso queria dizer? Aquilo era mesmo um anel de... Compromisso?

 

 

 

 

 

‘Ela... está com alguém?’ – Minha voz saiu falha, até impressionando a mim mesmo.

 

 

 

 

 

‘Eu sei, é meio impossível né? Bella é tão... Normal. ’

 

 

 

 

 

Sinceramente, o que estava acontecendo comigo? Eu não devia estar incomodado com esse tipo de coisa! Poisé, eu não devia, mas eu estava. Droga, eu não estava conseguindo pensar direito!

 

 

 

 

 

‘Quem é?’

 

 

 

 

 

‘Ah, é um amigo muito chegado nosso! Super legal é bonito também, mas eu só tenho olhos pra você, Edward!’

 

 

 

 

 

‘Me diga quem é. ’ – Falei com o tom autoritário demais, assustando Rosalie um pouco. Por Deus, o que eu estava fazendo? – ‘Não sei, derrepente eu conheço!’

 

 

 

 

 

‘Bem... o nome dele é Ja... ’

 

 

 

 

 

‘Pela Morde Deus, Edward!’ – Jasper entrou subitamente em meu quarto, ofegando por provavelmente subir as escadas correndo. – ‘Você ainda vai demorar? Emmett está quase me matando lá embaixo?’

 

 

 

 

 

‘Eu já vou! Dá pra esperar um min... ’

 

 

 

 

 

‘EEEEEEEEEEEED! CADÊ TU?! BORA LOGO, RAPÁ!’ – Reconheci Emmett gritando, já estava na cabeça a ideia dele subir e me obrigar a descer, o que ia acabar em briga. Não, é melhor não preocupar meu pai à toa. Suspirei, não tendo muitas escolhas.

 

 

 

 

 

‘É melhor você ir, antes que Emmett surte lá em baixo. ’ – Rosalie sorriu, dando-me um selinho. – ‘Até mais tarde.’

 

 

 

 

 

‘Vem logo, Edward!’

 

 

 

 

 

‘Ta legal, ta legal!’ – Não pude falar mais nada, Jasper já estava me puxando porta a fora.

 

 

 

 

 

Precisava saber se ela estava mesmo com alguém, isso não tinha nada haver comigo, mas eu necessitava descobrir, custe o que custar.

 

 

 

 

 

 

 

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JASPER CULLEN #

 

 

 

 

 

Isso não é uma boa ideia, isso não é uma boa ideia, ISSO NÃO É UMA BOA IDEIA!

 

 

 

 

 

Eu estava a mil no carro, quase certo de que assim que o jipe parasse, eu iria diretamente para algum ponto de táxi e voltaria para casa. Não sei se eu aguentaria tanta emoção assim, meu coração estava quase para sair pela boca!

 

 

 

 

 

‘Jasper, você está legal?’ – Edward virou para mim, sentado no banco da frente ao lado do motorista. – ‘Parece pálido. ’

 

 

 

 

 

‘É lógico que eu não estou legal! Não tenho a mínima ideia da encrenca que vou acabar a arranjando por causa desse NINFOMANÍACO que está dirigindo esse carro!’ – Praticamente berrei apontando para Emmett. – ‘Eu estou morto, eu estou MORTO!’

 

 

 

 

 

‘Ei cara, a gente não vai pra nenhum motel ou coisa parecida, dá pra segurar a franga pelo menos um pouquinho só?’ – Emmett falou com um sorriso nos lábios, me dando arrepios de pavor.

 

 

 

 

 

‘SOCOOORRO!’ – Exclamei, me enfiando mais ainda no banco traseiro.

 

 

 

 

 

‘CHEGAMOS CAWBOYS!’ – O carro deu uma freada brusca, me fazendo cair de me enfiar na parte de baixo dos bancos. - ‘LEGAL NÉ?!’

 

 

 

 

 

Ouvi os dois saindo do carro e eu logo me levantei, tendo em mente um cabaré todo com vitrines e mulheres se esfregando no vidro, em baixo com os preços para uma noite com elas. Cara, no que eu fui me meter?!

 

 

 

 

 

‘Você não vem não, Jasper?’ – Edward bateu na porta, rindo de mim. – ‘Hei, não é nada de mais! Se você parar de bancar o bicho do mato, vai ver onde estamos!’

 

 

 

 

 

‘Ai Meu Deus, ai Meu Deus!’ – Sentei no banco de olhos fechados, tremendo por dentro. – ‘Nada de mulheres em vitrines se esfregando?’

 

 

 

 

 

‘Hã?’

 

 

 

 

 

‘Ou com peitos pra fora e uma plaquinha de “vende-se” do lado?’

 

 

 

 

 

‘Jasper, abre logo os olhos e deixa de ser paranóico!’ – Escutei ele abrir a porta do carro, todo risonho. – ‘Vamos!’

 

 

 

 

 

Abri um olho devagar e depois o outro, suspirando no mais profundo alivio. Era uma comum casa de shows, nada de vitrines, nada de mulher com peito pra fora... Só um simples lugar cheio de drogados e com bebidas mais que alcoólicas na mão. Uff, melhor que isso impossível!

 

 

 

 

 

‘Ah.. ta.’

 

 

 

 

 

‘Nada de mais, está vendo?’

 

 

 

 

 

‘Ta bom, ta bom!’ – Saí do carro, coçando a cabeça. – ‘Devo ter exagerado um pouco. ’

 

 

 

 

 

‘Um pouco?’

 

 

 

 

 

‘Emmett já está lá dentro?’ – Desconversei, querendo dar um ponto final na minha paranóia.

 

 

 

 

 

‘O que você acha?’

 

 

 

 

 

‘Vamos entrar logo então! Antes que ele faça alguma burrada. ’ – Falei, andando em direção lugar. Mesmo não sendo nada haver com que eu tinha em mente, não sabia o que tinha dentro de lá. Mas, pensando bem, o que haveria de mais em uma casa de show?

 

 

 

 

 

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ENQUANTO ISSO...

 

 

 

CARLISLE CULLEN #

 

 

 

 

 

Agora eu entendo o que Alphonse passava nos dias de semana, por Deus! Trabalho doméstico não é NADA FÁCIL!

 

 

 

 

 

Sentei completamente exausto no sofá da sala, só com o pensamento voltado em um banho frio e cama. Esperar os garotos era um desperdício de tempo, pois além deles saberem se cuidar, eles não iriam voltar cedo!

 

 

 

 

 

‘Ai, é sério?’ NÃO ACREDITO NISSO!’ – Ouvi uma voz feminina descer as escadas, ainda não sendo capaz de reconhecê-la. – ‘Você vem mesmo? MESMO, MESMO?!’

 

 

 

 

 

Ainda fiquei calado, a voz se aproximando mais e mais da sala.

 

 

 

 

 

‘AI! Que bom Jake! Tenho certeza que ela vai adorar! Beijo, tchauzinho! ’

 

 

 

 

 

Botei a mão no rosto, não tendo dúvidas de que era Rosalie. Droga, agora ela com certeza iria me cobrar sobre o assunto da estadia de Jacob Black. Eu não podia fazer isso com Edward, mas senão Rosalie me deduraria para ele sobre Esme. Estava bem claro de que ela não gostou da minha relação com sua mãe, certa de que isso prejudicaria a dela com meu filho. Precisava convencê-la a parar com essa história, antes que começasse a fazer mal para Edward.

 

 

 

 

 

‘Tio Cal! Você está aqui!’ – Assustei-me por ver Rosalie sentada ao meu lado, com um sorriso mais largo que o normal. – ‘Precisava mesmo falar com você!’

 

 

 

 

 

‘Sobre?’

 

 

 

 

 

‘Adivinha quem vem pra cá?’ – Ela pulou alegremente no sofá, fazendo-o tremer. – ‘Jake! Jake vem! VIVA!’

 

 

 

 

 

‘Rosalie, por favor, entenda que se você fizer isso, Edward vai... ’

 

 

 

 

 

‘Não, não! Tio Cal, você não precisa se preocupar com nada!’ – Ela me interrompeu, nem ouvindo o que eu tinha para dizer. – ‘Você não vai precisar mais fazer o que eu te pedi! Nem estadia e nem passagem! Nada do tipo!’

 

 

 

 

 

‘Como assim?’

 

 

 

 

 

‘Ele ganhou uma bolsa para vir! Os programas de engenharia daqui são bem sucedidos, sabe?’ – Ela falou enquanto mexia em um fio loiro de cabelo. – ‘Ele vem passar uma semana aqui! E Bella nem pode sonhar com isso, certo? Surpresa de namorados entende? ’

 

 

 

 

 

‘Então, quer dizer que, você não vai mais... ’ – Tentei falar, mas a palavra chantagem parecia travar em minha boca. Ainda não conseguia acreditar que Rosalie estava fazendo isso comigo, pra ver o quanto podemos nos enganar com as pessoas!

 

 

 

 

 

‘Não, Tio Cal. Agora eu vou exigir. ’ – Ela disse seriamente, com as palavras altas e claras. – ‘Se afaste da minha mãe. Isso vai causar muitos problemas pra mim e para Edward. Já pensou na reputação que você vai criar? Isso não vai prestar, e sabe muito bem disso. Um casal Hale e Cullen formado já é o bastante, não acha?’

 

 

 

 

 

‘Rosalie, pare com isso, por favor... ’ – Suspirei triste. – ‘Eu... eu amo sua mãe, não me peça isso. Pela primeira vez em muito tempo, sinto que posso ter um futuro com ela... ’

 

 

 

 

 

‘Um futuro que não vai ser bom pra nós, Carlisle!’ – Ela continuou, ferindo-me mais ainda. – ‘Alice e Jasper, eu e Edward! E ainda teve minha história com Emmett! Está vendo no que nisso vai acabar? Acha que já não há confusões suficientes nessas duas famílias?’

 

 

 

 

 

‘Confusões armadas por você, Rosalie. ’ – Falei a calando por um instante. – ‘Lembre-se muito bem desse pequeno detalhe. ’

 

 

 

 

 

‘Lembre-se também sobre o que Edward vai achar disso tudo. Tenho a estranha impressão de que ele ainda pensa muito na mãe. ’ – Ela levantou-se, com o sorriso de novo estampado nos lábios. – ‘Tchauzinho, Tio Cal. Nos vemos depois, tudo bem?’

 

 

 

 

 

Não respondi, só a assistindo se distanciar. Não estava com cabeça para nada, absolutamente nada. Não queria abrir mão de Esme, mas também não almejava fazer mal ao meu próprio filho.

 

 

 

 

 

Por que será que as coisas estão sendo tão difíceis?

 

 

 

 

 

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ENQUANTO ISSO...

 

 

 

EDWARD CULLEN #

 

 

 

 

 

‘ENTORNA, ENTORNA, ENTORNA!’ – Eu e Emmett gritávamos enquanto Jasper pegava o minúsculo copo de uísque puro e colocava garganta adentro. – ‘AAAÊÊÊ!’

 

 

 

 

 

‘AAAAAH! MARAVIIILHA!’ – Ele exclamou após fazer cara feia, rindo conosco. – ‘MAIS UMA, MAIS UMA! AGOOOORA!’

 

 

 

 

 

‘Esse sim é um CULLEN!’ – Emmett falou, enchendo o copinho. – ‘Com todo o prazer! CAI DEENTRO, JASPINHO!’

 

 

 

 

 

‘JASPINHO NÃÃÃÃO! AGORA É JASPÃO!’ – Os dois riram, se entregando de vez a bebida. Pra variar também fui na deles, tomando o uísque sem sequer fazer careta.

 

 

 

 

 

‘Mano! EU TENHO UMA CONFISÃO PRA TE FAZER!’ – Jasper falou em meio à alta música, botando seu braço no ombro de Emmett.

 

 

 

 

 

‘QUE É, JASPÃO?’

 

 

 

 

 

‘PEGUEI TUA MULHER! MUAHAHAHAHAHA!’

 

 

 

 

 

‘CARA, TU ÉS MUITO ANTA MERMO! NEM MULHER EU TENHO!’

 

 

 

 

 

‘AAAAH! É VERDADE NÉ? FOI MAL!’

 

 

 

 

 

‘UAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!’

 

 

 

 

 

Ta legal, isso sim já estava ficando uma coisa totalmente besta.

 

 

 

 

 

‘NÃO, AGORA É SÉRIO! VOU TE FALAR UMA COISA... ’

 

 

 

 

 

‘O QUE É ENTÃO, MERDA?!

 

 

 

 

 

‘CARA, ESSES TEUS PLANOS SÃO UM PÉ NO SACO! SEMPRE A GENTE SE METE EM ALGUMA CAGADA TUA!’ – Jasper falou, dando aquele soluço de bêbado. – ‘MAS... ESSA TUA IDEIA AGORA FOI JIÊNIAAAAAAAL! TU ÉS UM JIÉÉÉÉNIO, RAPÁ!’

 

 

 

 

 

‘EU SOOOI UM JIÊÊÊNIO!’

 

 

 

 

 

‘É ISSO AEEEEW!’

 

 

 

 

 

‘UHUHU! AGORA EU QUERO DIZER UMA COISA AGORA... ’ – Emmett tocou no peito, estendendo a mão. – ‘BATE AQUI IRMÃO!’

 

 

 

 

 

Quando Jasper foi bater Emmett esquivou a mão, pressionando seus dedos no... Mamilo de Jasper.

 

 

 

 

 

‘PEEEEITINHOOOOOOOOOOOO!’

 

 

 

 

 

‘UAHAUHAUHAUAHAUAHUAHAUAHA!’

 

 

 

 

 

‘Olha gente, não me levem a mal, mas... ’ – Eu tossi um pouco, logo dando continuidade ao que estava falando. – ‘Vocês não acham que estão bebendo demais?’

 

 

 

 

 

‘CAAAALA A BOCA, EDWARD!’ – Os dois pegaram a garrafa de uísque e me agarraram, entornando aquilo tudo na minha boca. – ‘BEBE UM POUQUINHO, BEBE!’

 

 

 

 

 

‘AAAAAAAAAAH! DELÍCIA!’ – Tenho certeza que iria ficar com uma bendita de uma ressaca amanhã. Mas,quer saber? ME DÁ OUTRA BIRITAAAA! MUAHAHAHAHAHAHA!

 

 

 

 

 

Ah Droga. Já estou pensando como um bêbado!

 

 

 

 

 

‘OOOOPA! EEI BELEZINHA!’ – Pisquei duas vezes antes de notar que Emmett chamava uma das garçonetes. – ‘É! VOCÊ MESMO, PEDAÇO DE BOM CAMINHO!’

 

 

 

 

 

‘O que vão querer, amores?’ – Ela perguntou, sorriso perigosamente para Emmett. Não. Ela estava dando bola pra ele mesmo?!

 

 

 

 

 

‘UISQUE! UISQUEEE!’ – Jasper pulava entre mim e Emmett. Com a língua pra fora e batendo na mesa, ele mais parecia um cão morto de sede. No caso dele, por uísque! – ‘UMA GARRAFA INTEIRA! MAAANDA!’

 

 

 

 

 

‘Saindo, rapazes!’ – Ela anotou no bloco que segurava, mordendo os lábios quando se posicionou para falar com Emmett. – ‘Ei bonitão, por que você não me acompanha? É que... o lugar onde o uísque ficar é tão... longe de alcançar. Você poderia me ajudar?’

 

 

 

 

 

Ah cara, me matem depois dessa! Isso está bom demais pra ser verdade!

 

 

 

 

 

‘AAAAH NOOSSA! SÓ SE FOR AGORA, GATOOONA!’ – Ela começou a andar, fazendo sinal para que ele a seguisse. Emmett deu um pulo do banco, saindo mais feliz que pinto no lixo ao segui-la. Ele sussurrava algo como “me dei bem, HAHAHA. Me dei bem, HAHAHA”, pelo menos eu acho!

 

 

 

 

 

‘Não é melhor a gente ir atrás dele?’ – Jasper indagou, lambendo o que havia sobrado da bebida em seu copo. – ‘Acho que ele vai se meter em encrenca... ’

 

 

 

 

 

‘Tem razão, ele sempre faz isso!’ – Tomei o resto do meu, finalmente olhando para meu irmão.

 

 

 

 

 

Nos encaramos por um bom tempo, revezando olhares entre nós e a direção em que Emmett foi.

 

 

 

 

 

‘NÃÃÃÃÃO!’ – Nós dois dissemos juntos. Dane-se Emmett, EU QUERO É BEBEEER!

 

 

 

Droga. Alguém me dá um gole de café, por favor?

 

 

 

 

 

 

 

EMMETT CULLEN #

 

 

 

 

 

‘Ta quase lá, quase lá... ’

 

 

 

 

 

‘Ta bom assim? ’

 

 

 

 

 

‘Só mais um pouco, vai... ’

 

 

 

 

 

‘E agora?’

 

 

 

 

 

‘Isso! Agora ta bom! CONSEEEEEGUI!’

 

 

 

 

 

Se isso estivesse escrito em algum lugar, o bendito ser humano teria entendido merda. Aí eu teria muito prazer em falar: CAAARA! QUEEEM ME DERA!

 

 

 

 

 

Eu jurava que aquele lance de “ajudar a pegar o uísque por que está muito longe” era uma desculpa pra querer se agarrar comigo! Mas, não é que é verdade? A garrafa estava em um lugar bem alto mesmo, que nem EU conseguia pegar! Então, como eu sou muito esperto, falei para ela subir em mim para pegar a garrafa. Um segredinho aqui, cambada: eu fico mais inteligente quando bebo, sacas?

 

 

 

 

 

Não sacou? Ah, então esquece!

 

 

 

 

 

‘Ai, muito obrigada!’ – Ela falou enquanto eu a colocava no chão, toda sorridente. – ‘Você é um amor, viu?’

 

 

 

 

 

‘Amor, lindo, gostoso, todas me chamam assim... ’ – Eu saí chegando nela, sem frescuras! É ASSIM QUE EU SOU MERMÃO! TENTA ME ENGOLIR! – ‘Mas... pra você baby, me chame de... papi!’

 

 

 

 

 

‘Ai papy... você não acha que... está perto demais não?’ – Ela se encostou na parece, os olhos claros me olhando como se quisessem me comer. É né? É o efeito Emmett Cullen nas garotas. ME SEGURA QUE EU TO QUEEEENTE! AAAAAAAAAAH MULEEEEQUE!

 

 

 

 

 

‘Perto suficiente para agarrar você? Não. ’ – Eu disse, a puxando para perto de mim.

 

 

 

 

 

‘Ai papi...’

 

 

 

 

 

Foi então que a parte boa começou. Era arranhão na minha costa pra lá, bagunça de cabelo pra cá, Ôh garotazinha! Saindo agarrando assim, esse é o meu tipo!

 

 

 

 

 

Ela beijava meu pescoço com urgência, com certeza deixando um mega chupão ali, AAAAH DANADA! Puxei sua cabeça para trás, deixando seu pescoço a mostra para fazer a mesma coisa. AAH PAPAI, É HOJE QUE EU ME DOU BEEEM!

 

 

 

 

 

 

 

‘MAS QUE MERDA TODA É ESSA?!’ – Alguém atrás de nós berrou, estragando meu barato. PÕ, agora que eu tava pegando na coxa dela, caraaamba!

 

 

 

 

 

‘AI MEU DEUS!’ – A garota exclamou, empurrando-me para longe. – ‘A-amor! O que você f-f-faz aqui?!’

 

 

 

 

 

Amor? Ela chamou esse elefante imenso de AMOR?!

 

 

 

 

 

E quando eu falo que o cara é um elefante, é porque é um MESMO! O CARA ERA SIMPLESMEENTE ENOOORME! ENORME PRA BURRO! E olha que pra quem está quase pra cair duro no chão de tanto beber, eu enxergo tudo SUPIMPA, TA?! O elefante ambulante/bujão de gás também era calvo, só com dois tufos de cabelo, um em cada lado da cabeça. SAI DAEWW COROA! ESSA GATA É MINHA!

 

 

 

 

 

‘O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI, JUSTINE?!’ – Ele exigiu novamente, ficando vermelho de raiva em segundos. Caraca, nem é panela de pressão, né? – ‘EXIJO UMA EXPLICAÇÃO!’

 

 

 

 

 

‘Ah... E-e-ele... ’ – Ele olhou pra mim e depois para ele. – ‘E-e-ele ME AGARROU! ESSE BRUTAMONTE! ELE ME PEGOU A FORÇA!’

 

 

 

 

 

‘COMO É QUE É!? ’

 

 

 

 

 

‘EEEEI! ESPERA UM POUCO!’ – Ele já quis avançar em mim, mas eu ergui minhas mãos num sinal de pare. – ‘FOI ELA QUE DEU EM CIMA DE MIM, TA?! PODE PARANDO COM A HISTÓRIA!’

 

 

 

 

 

‘MENTIROSO! TOMA ISSO DESGRAÇADO!’

 

 

 

 

 

‘CAALMA! CAAALMA!’

 

 

 

 

 

Tarde demais. Fui acertado em cheio na cara INJUSTAMENTE! QUE TRAPACEIRA! AAH, SORTE DELA QUE ELA É MULHER, PORQUE SE FOSSE TRAVECO, TAVA FERRADO! Cara, eu acabei de levar um socão e é nisso que eu penso?! DEMAAAIS!

 

 

 

 

 

‘Cara! Eu não tenho culpa se ela me achou gostosão o suficiente pra te dar chifrada! Acontece parceiro! Sinto muito!’ – Dei de ombros, certo de que minha lápide já estava pronta. O que uma pessoa bêbada não fala!

 

 

 

 

 

‘VEEEM CÁ! SEU FILHO DA MÃÃE!’

 

 

 

 

 

‘AAAAAAAAAAAAAH! MELEEECA!’ – Berrei, botando o sebo nas canelas e mandando ver na corrida. MAMÃÃÃÃE!

 

 

 

 

 

-                                   x                                  -

 

 

 

 

 

 

 

EDWARD CULLEN #

 

 

 

 

 

‘CARA... ME CONVENCEREM A BEBER FOI A MELHOR COISA QUE EU JÁ DEIXEI FAZEREM COMIGO NA MINHA VIDA!’ – E lá foi Jasper entornando o vigésimo copinho de uísque goela abaixo. Isso já me dava uma ideia da tamanha ressaca que ele ficaria no outro dia. Eu é que não ia ficar no banheiro batendo nas costas dele, o vendo vomitar! EU ESTOU TOTALMENTE FORA!

 

 

 

 

 

‘Tudo bem Jasper, agora já chega!’ – Falei, arrancando o copo da mão dele com o resto de sobriedade que existia em mim. Fiz o que realmente era necessário: tomei o líquido do copo dele! – ‘Você NÃO É acostumado com esse tipo de bebida, quanto mais você tomar, pior irá ficar!’

 

 

 

 

 

‘NÃO! EU QUEEERO!’ – Ele pegou logo a garrafa tentando entorná-la para si, mas eu a peguei antes que ele fizesse. – ‘ME DÁÁÁ!’

 

 

 

 

 

‘NÃO JASPER!’ – Puxei de volta a garrafa para mim, as mãos de meu irmão pregadas nela pior que chiclete. – ‘LARGA!’

 

 

 

 

 

‘ME DÁ UM GOLE!’ – Ele puxou de novo, e eu revidei.

 

 

 

 

 

‘LARGA!’

 

 

 

 

 

‘ME DÁ!’

 

 

 

 

 

‘LAAARGA!’

 

 

 

 

 

‘NÃÃÃÃÃO!’

 

 

 

 

 

Derrepente, em meio ao som da musica, ouvi um estrondo vindo mais à esquerda. De imediato larguei o uísque, que caiu junto com meu irmão. Também escutei Jasper dizer algo como “PRECIOOOSO! MEU PRECIOSOO!”, mas nem dei muita atenção.

 

 

 

 

 

‘Ei! O que será que está acontecendo ali?’ – Indaguei, cerrando os olhos para tentar enxergar melhor.

 

 

 

 

 

‘É BRIGA! É BRIGA!’ - O pessoal da mesa ao lado se levantava e corria para a direção da confusão, e eu não pude deixar de escutar um pequeno detalhe. – ‘EU APOSTO NO LESADO! ELE VAI PERDER FACINHO PRO DONO DA BOATE!’

 

 

 

 

 

Lesado? Essa não.

 

 

 

 

 

Me concentrei mais a frente, só confirmando minhas dúvidas. Merda, Emmett! Ele tinha que comprar briga com alguém! QUE DROGA!

 

 

 

 

 

‘Jasper. JASPER!’ – O sacudi ainda no chão, agarrado a garrafa. – ‘Levanta! Emmett precisa de nós, AGORA!’

 

 

 

 

 

‘Precioso... PRECIOOOOOOOSO!’ – Revirei os olhos, ajeitando Jasper em pé e o arrastando perante a multidão que só aumentava com o foco na briga. Tentei me apressar o mais rápido possível, mas, arrastar Jasper não era nada fácil, NÃO MESMO!

 

 

 

 

 

Entre empurrões e gritarias conseguimos chegar a uma grande roda que se formava ali. Assim que visualizamos melhor o que estava acontecendo, do nada um cara voou do nosso lado. VOOU, VOOU MESMO! E se estabecou numa mesa próxima, quebrando-a em míseros pedaços.

 

 

 

 

 

‘ULHAA! HOMEM VOADOR!’ – Jasper apontou para o pobre coitado que estava entre os destroços do móvel, praticamente em coma alcoólico ali. – ‘QUE MAAASSA!’

 

 

 

 

 

‘Cara. Ta aí uma coisa que eu nunca pensaria em ouvir de você, Jasper!’ – Fiz o comentário rapidamente, procurando no meio da confusão algum sinal de Emmett, sinceramente, não demorei muito para isso.

 

 

 

 

 

Eu jamais havia visto tanta pancadaria em um só lugar! Tínhamos que nos esquivar toda a hora para evitarmos de ser espancados ou atingidos por algum “homem voador”, como dizia Jasper.

 

 

 

Encontramos Emmett caído no chão, se arrastando para trás na tentativa de fugir de alguma coisa. Quando eu vi quem estava atrás de meu irmão, fiquei tenso só com o tamanho daquele cara. POR DEUS! HIPOPÓTAMO SÓ DEVIA FICAR EM ZOOLÓGICO!

 

 

 

 

 

‘ANDA JASPER!’ – Puxei meu irmão comigo, dando a volta entre a multidão para tentar ajudar Emmett. – ‘PÁRA DE SER LERDO!’

 

 

 

 

 

‘PRECIOOOOSO.... PRECIOOOOOSO!’

 

 

 

 

 

No momento exato que o hipopótamo iria dar o golpe de misericórdia no lesado, eu o arrastei para trás, fazendo o animal urrar de dor por ter batido em chão puro.

 

 

 

 

 

‘AAAAAAH! EDWARD?! GRAAAÇAS A DEEEUS!’ – Emmett abraçou minhas pernas, fazendo-me ir ao chão também.

 

 

 

 

 

‘PORCARIA, EMMETT! NÓS PRECISAMOS SAIR DAQUI ANTES QUE...’  - Ouvi outro grito estrondoso vindo em nossa direção e não gostei nada, nada. E lá vinha o hipopótamo de novo, desta vez puxando nós dois pelo pé. - ‘DROGA!’

 

 

 

 

 

‘NÓS VAMOS MORRER! NÓÓÓS VAMOS MORREEEER!’

 

 

 

 

 

‘CALA BOCA EMMETT!’ – Eu não o culpo, também pensava que íamos morrer.

 

 

 

 

 

O animal subitamente parou de nos arrastar, bambeando de um lado para outro. Ele chegou mais perto de nós, por fim caindo em nossa direção. Sorte que eu fui rápido, empurrando Emmett para um lado enquanto ia correndo para o oposto, no final o hipo despencando entre nós.

 

 

 

 

 

‘Precioso... ’ – Me sentei, vendo Jasper choramingando com uma garrafa de uísque quebrada nas mãos. – ‘Precioso.... preci...’

 

 

 

 

 

‘Ta legal, agora chega por hoje!’ – Falei levantando Emmett e puxando Jasper. – ‘É melhor sairmos daqui!’

 

 

 

 

 

‘COOOORRE NEGAAADA!’ – Emmett tomou a frente, pegando nossos braços enquanto corria desesperadamente até a saída.

 

 

 

 

 

 

 

-                        x                         -

 

 

 

 

 

EMMETT CULLEN #

 

 

 

 

 

TÔ FORA! TÔ FORA! VIIIIIIIIIIVA! Cara, eu sabia que a minha hora de morrer ainda não tinha chegado! SABIA!

 

 

 

 

 

Botei meus dois irmãos no chão, respirando aliviadamente por sair de lá. Agora eles que se matem ali dentro, nós saímos mesmo! FERRARAM-SE, HAHA!

 

 

 

 

 

‘Ta legal, fiquem aqui!’ – Edward cambaleou até ficar na nossa frente, as mãos erguidas num sinal de pare. – ‘Eu vou ver onde está o carro. ’

 

 

 

 

 

‘Vai lá mano, boto fé em você!’ – Bati no ombro dele, logo o vendo se distanciar. – ‘VOCÊ É O MAIS SÓBRIO DE TODOS NÓS! NOSSA ÚNICA ESPERANÇA!’

 

 

 

 

 

‘CALA A BOCA, EMMETT!’ – Ele por fim disse, andando pela rua.

 

 

 

 

 

‘Que... merda! ’ – Olhei para Jasper que estava praticamente se apoiando em mim, cutucando minha cara. – ‘Perdi meu precioso por... sua CAUSA!’

 

 

 

 

 

‘AAH! DÀ UM TEMPO MERMÂO!’ – Bati na cara dele de leve, eu nem tendo força pra nada. – ‘Vais me agradecer amanhã! Já não basta a tamanha da ressaca que você vai ficar!’

 

 

 

 

 

‘EU NUM FICO DE RESSACA! ISSO NÃO EXISTE EM MIM, TA?!’

 

 

 

 

 

‘Cala boca Jasper!’

 

 

 

 

 

‘NÃÃUUUM! SOU EEEEU QUE TENHO QUE FALAR ISSO!’ – Ele riu, o bafo de birita invadindo meu nariz. – Cala a boca EMMETT!’

 

 

 

 

 

‘EEEEEEEEEEEEEEEEEEMMETT!’ – Edward voltou correndo, apoiando-se nos joelhos para pegar ar. – ‘O jipe... o jipe...’

 

 

 

 

 

‘O que foi, merda?’ – Exigi.

 

 

 

 

 

‘Sumiu!’ – Ele deu uma longa inspirada no ar, dando sua tradicional pegada no cabelo.

 

 

 

 

 

‘AAAAAAAAAH! MELECA!’ – Peguei no meu rosto, pressionando bastante meus olhos.

 

 

 

 

 

‘Meleca? VOCÊS QUEREM VER UMA MELECA?’ – Eu e Edward tivemos que ver Jasper enfiando o dedo com tudo no nariz, percorrendo todo o buraco.

 

 

 

 

 

CARA, E AGORA? QUEM PODERÁ NOS DEFENDER?!

 

 

 

 

 

-                                   x                                  -

 

 

 

 

 

 

 

BELLA SWAN #

 

 

 

 

 

Ai Deus, por mais quanto tempo eu teria que esperar?

 

 

 

 

 

Meu Deus, era a única coisa que eu não gostava em Jake. Que maluquice é essa de que interurbano é mais barato de madrugada? Só pra minha pessoa não dormir tranquilamente por aqui! DROGA! É TÃO DIFÍCIL ASSIM PEDIR QUE ME LIGUE DE MANHÃ OU A TARDE? ELE JÁ HAVIA FEITO ISSO ANTES! QUE MEEEERDA!

 

 

 

 

 

Foi mal. Eu fico assim quando eu não durmo.

 

 

 

 

 

Minhas pálpebras simplesmente não aguentavam ficar abertas, já começando a cair de modo insistente. Lutar contra o meu próprio sono é horrível, principalmente quando você quer é se render a ele. Bem, eu me rendi.

 

 

 

 

 

E assim que eu por fim consigo entrar no cochilo, o som frenético do HELLOMOTO toca e praticamente me joguei do sofá por conta do susto que peguei. Tentei ver que me ligava, mas como minha vista estava embaçada por conta do cochilo resolvi atender logo. Já sabia que era Jake mesmo!

 

 

 

 

 

‘Nossa! Você demorou pra ligar, hein?’ – Reclamei, coçando meu olho direito. – ‘Não invente essa de interurbano de novo, senão você vai estar mais que ferrado na minha mão!’

 

 

 

 

 

‘Bella!’ – Era impressão minha ou a voz de Jake havia mudado. – ‘Bella?’

 

 

 

 

 

‘A-alô?’ – Balancei a cabeça na tentativa de me manter mais acordada, já tendo consciência de que não era meu namorado na outra linha. – ‘Q-quem?’

 

 

 

 

 

‘Sou eu Bella!’ – Ouvi um suspiro no telefone, parecia que o indivíduo estava impaciente! – ‘Você precisa nos ajudar!’

 

 

 

 

 

‘Olha, sinto muito! Eu não sou da polícia, ta?’ – Logo respondi, com o dedo preparado para desligar o telefone. – ‘Não sei quem você é, então, tchau!’

 

 

 

 

 

‘ESPERA! NÃO DÊ UMA DE MALUCA AGORA!’ – Maluca? Só uma pessoa me chama de maluca. – ‘É o Edward! Isso é tão difícil de notar?’

 

 

 

 

 

‘Como você conseguiu meu telefone?!’

 

 

 

 

 

‘Peguei do Emmett!’ – Escutei risos da outra linha, logo em seguida um coro cantando Rehab da Amy atrapalhava a ligação. – ‘CAAALEM A BOCA! Olha Bella, você precisa nos ajudar!’

 

 

 

 

 

‘Mas o que foi que aconteceu?’ – Comecei a ficar preocupada. – ‘Vocês estão com problemas?’

 

 

 

 

 

‘O carro em que saímos sumiu. Acho que fomos assaltados. ’ – Derrepente um doido gritou “NÃÃÃÃO! PRECIOOOOOOOOSO!” no telefone, parecia... Jasper? – ‘JASPER! SAI DAQUI!’

 

 

 

 

 

‘E o que você quer que eu faça? Não sei falar a língua daqui!’ – Respondi, coçando a cabeça.

 

 

 

 

 

‘Presta atenção, você vai... QUE DROGA EMMETT! ’ – Ele grunhiu, parecendo que estava fazendo força para empurrar alguém para longe. – ‘É o seguinte. Você vai no meu quarto e abre a gaveta do criado mudo ao lado da cama, lá está a chave do meu carro. Você sabe dirigir?’

 

 

 

 

 

‘Mais que pergunta besta! Lógico que sei!’ – Bem... pra falar a verdade eu tenho um carro que praticamente nunca uso em Forks, já que sempre pego carona ou com Alice ou Jake. Mas sei dirigir sim, ta? Sou uma mulher independente! – ‘O que você está insinuando para eu fazer?’

 

 

 

 

 

‘Vir aqui nos buscar!’

 

 

 

 

 

‘Como é que é?! Por que EU?! Nunca ouviram falar de TÁXI, não?!’

 

 

 

 

 

‘Eu estou com dois bêbados aqui, sendo que um ponto de táxi é a DOZE QUADRAS!’ – Acho que ele finalmente começava a expressar que sua paciência havia acabado! – ‘Ligar para Rosalie nem pensar, meu pai muito menos, Emmett não tem o telefone de Esme e nem Alice. E mesmo assim eu não iria ligar... então, por favor... DÁ PRA VIR PRA CÁ OU ESTÁ DIFICIL?! EU NÃO AGUENTO MAIS ESSES DOIS!’

 

 

 

 

 

‘TA BOM, TA BOM!’ – Sinceramente, Emmett e Jasper não eram os únicos que estavam mais pra lá do que pra cá naquele momento! – ‘Eu já estou indo! ’

 

 

 

 

 

‘BELLINHAA! VOCÊ É LIIIIINDA! SOOU SEU FÃÃÃ!’ – Emmett falou no telefone, tendo uma pequena briga com o safado.

 

 

 

 

 

‘Você vai conseguir nos achar pelo GPS do carro! Nele está programada a localização desse celular!’ – Edmundo pegou o aparelho de novo, mandando o irmão pra aquele lugar. Ai, credo! – ‘VEM RÁPIDO, POR FAVOR!’

 

 

 

 

 

Não ouvi mais nada. A ligação caiu.

 

 

 

 

 

Oh Deus, que trio de irmãos mais estranhos.

 

 

 

 

 

Levantei sem vontade nenhuma do sofá, pensando nos poucos porquês para eu ter que fazer isso. Bem, ajudar nunca é demais, né?

 

 

 

 

 

E lá fui eu, andando pesadamente para as escadas. Droga, eles me pagam!

 

 

 

 

 

 

 

-                                   x                                  -

 

 

 

 

 

 

 

“Dobre. A. Esquerda.”

 

 

 

 

 

“Siga. Siga. A 100 metros dobre a direita.”

 

 

 

 

 

“Siga. Siga. Siga”

 

 

 

 

 

AAAAAAAH MEU DEUS! SE ESSA MERDA DISSER “SIGA” MAIS UMA VEZ EU JURO QUE EU AMASSO ESSA COISA TODINHA! AAAAAAH EU FAÇO ISSO SIIM! QUE COMPUTADORZINHO CHATO! CARAAAMBA!

 

 

 

 

 

Tirando isso, eu estava me sentindo dentro do Volvo. ESSE CARRO SIMPLESMENTE NÃO EXISTE! O volante macio, a marcha perfeita, acelerava em questão de segundos... estou pensando seriamente em não devolver esse carro para o Cullen!

 

 

 

 

 

Dobrei a esquina, aconchegando-me mais no banco de couro do veículo. Estava quase para abaixar o vidro e gritar pro nada que esse carrão era meu, SÓ MEU! Até direito de apertar a buzina pra chamar atenção dos dorminhocos de plantão em suas casas, haha! Olha no que eu estou andando, OLHAA! SOU FOOOOOOOOODA!

 

 

 

 

 

Olhei distraidamente para frente, pisando no freio na mesma hora. Fiquei mais pálida que minha mãe quando desmaia, a razão? TINHA UM CARA DEITADO NO MEIO DA RUA!

 

 

 

 

 

Eu não vi o rosto dele, só pelo fato de quase ter passado por cima do pobre coitado. Sem hesitar saí da porta, correndo em direção ao indivíduo. Não pude acreditar quando que, para minha surpresa, eu o conhecia. MEU DEUS! ERA O JASPER!

 

 

 

 

 

‘Jasper?’ – Indaguei, aproximando-me devagar dele. – ‘Jasper? Você está acordado?’

 

 

 

 

 

‘Bella...?’ – Ele ergueu a cabeça, dando um sorriso mais parecendo um louco de manicômio. – ‘ULHAAA! O QUE TU FAZ AQUI, MININA?’

 

 

 

 

 

 ‘O que VOCÊ está fazendo AQUI?!’ – Eu rebati, fazendo-o rir. – ‘Quase passo por cima de você! Levanta daí!’

 

 

 

 

 

‘OLHA, OLHAA!’ – Ele pousou a cabeça no asfalto de novo, fazendo movimentos frenéticos com as pernas e braços. – ‘ANJINHO NA RUA! VIVAAAA!’

 

 

 

 

 

‘BELLAAA!’ – Virei para o lado, vendo o safado se aproximar com Emmett apoiando nos ombros. – ‘Que bom que você chegou!’

 

 

 

 

 

‘É, eu sei que eu sou sua heroína!’ – Eu ri com a estranha expressão de alívio que ele tinha no rosto.

 

 

 

 

 

‘Me ajuda com ele aqui. ’

 

 

 

 

 

Peguei Emmett pelo outro lado, nem sabendo a noção de quanto ele era pesado. MEU DEUS! VAI TOMAR BOMBA ASSIM NAQUELE LUGAR! Abrimos a porta do carro e simplesmente o empurramos lá para dentro. Ah, fazer o quê? Ele já havia apagado mesmo!

 

 

 

 

 

‘EU NUM VOU SAIR DAQUI!’ – Jasper berrou, ainda deitado na rua.

 

 

 

 

 

‘Mais essa agora!’ – Edward revirou os olhos, parecendo mesmo estar sem paciência. EEEI! EU DISSE EDWARD?!

 

 

 

 

 

‘Ah, Jasper! Vamos lá! Você não está em condições de ficar aqui!’ – Peguei no braço dele, tentando levantá-lo. – ‘Vem logo!’

 

 

 

 

 

‘NÃÃÃO! QUERO BIRITAAAA!’

 

 

 

 

 

‘Você não vai mais tomar nada!’ – Eu disse, fazendo-o gemer de relutância. ÔH MENINO TEIMOSO!

 

 

 

 

 

‘EU QUERO!’

 

 

 

 

 

‘AGORA CHEGA!’ – Edward (Olha, EDWARD DE NOVO! Meu deus, eu estou evoluindo mesmo!) chegou por trás de mim, com o tom autoritário mais alto que o comum. Medo dele agora. – ‘PÁRA JÁ COM ESSA PALHAÇA! VOCÊ VAI ENTRAR NAQUELE CARRO OU EU VOU LIGAR AQUILO E PASSAR POR CIMA DE VOCÊ, ENTÃO TIRA ESSA BUNDA DAÍ E VAI JÁ PRA LÁ!’

 

 

 

 

 

Jasper ficou calado, olhando assustado o irmão. Não é que ele levantou mesmo?

 

 

 

 

 

‘Ainda vai ter birita?’ – Jasper parou entre mim e Edward com um sorriso largo. Assim que ele viu a expressão do irmão, se encolheu.

 

 

 

 

 

‘Entra logo, Jasper.’

 

 

 

 

 

‘TA BOM, TA BOM! SÓ NÃO ME BATE!’

 

 

 

 

 

Nós três entramos no carro, Edward me fazendo sinal para que eu ainda seguisse dirigindo. Uou. Parece que ele não queria papo mesmo! Olhei para trás pelo espelho na parte de cima do carro, vendo que Jasper estava também desacordado no banco. Imagino a tamanha da ressaca que ele irá ter mais tarde. Dei partida no carro, começando a andar.

 

 

 

 

 

‘E então? Como foi?’ – Arrisquei perguntar, só pra quebrar o gelo mesmo.

 

 

 

 

 

‘Normal. Digamos que já estou acostumado. ’ – Ele sorriu. Acostumado? Não foi isso que acabei de ver!

 

 

 

 

 

‘O que será que aconteceu com o carro de Emmett?’ – Acho que não era uma boa hora para essa pergunta, mas mesmo assim resolvi arriscar.

 

 

 

 

 

‘Sinceramente, não quero nem pensar nisso. ’ – Respondeu, passando a mão pelo cabelo. – ‘Nunca bebi tanto quanto hoje, caramba!’

 

 

 

 

 

‘Sério? Você parece bem sóbrio pra mim!’ – Comentei, dizendo o que realmente achava. Se ele não tivesse dito, juraria que não tinha bebido nada!

 

 

 

 

 

‘Meu estômago é mais forte do que os desses dois. ’ – Ele apontou para trás. – ‘Essa é a verdade. ’

 

 

 

 

 

‘E... você... ahm...’ – Estava com vergonha de perguntar, mas era necessário. – ‘Ficou com alguém?’

 

 

 

 

 

Ele ficou calado, o que só me confirmava à hipótese. Ele havia traído minha amiga de novo. POR QUE ELE TEM QUE ESTRAGAR TUDO?! SAFADO SEM VERGONHA!

 

 

 

 

 

‘Saí com meus irmãos para me divertir com eles. Sem outras intenções. ’

 

 

 

 

 

Ele falou, me deixando surpresa. E também aliviada, porque assim evitaria mais uma briga entre nós. As coisas se ajeitariam e Rose ficaria por fim feliz, e é assim que tem que ser.

 

 

 

 

 

Mas, eu não me sentia diferente em relação a isso. Era como se... alguma coisa estivesse errada. E o pior de tudo é que eu não sabia o que poderia ser.

 

 

 

 

 

‘Bella?’

 

 

 

 

 

Ele me chamou na hora em que paramos no sinal vermelho, virei para encará-lo. E mais uma vez aquela intensidade toda me pegou, me deixando com borboletas no estômago e com o rosto queimando. Era assim toda que nossos olhares se encontravam.

 

 

 

 

 

‘Obrigado pela ajuda. ’ – Disse, sorrindo de modo que meu coração praticamente saltou pela boca. – ‘Não queria incomodar Esme e tenho certeza que Rosalie não viria, e não sei se Alice suportaria ver Jasper nesse estado. Sinto muito em ter te acordado também. ’

 

 

 

 

 

‘Ahm... t-ta!’ – Droga, odeio gaguejar. Tentei dar um sorriso como resposta também, mas com certeza acabou saindo uma careta! – ‘D-de nada!’

 

 

 

 

 

‘Você é inacreditável!’ – Ele falou rindo um pouco, dando fim em nossa conversa.

 

 

 Inacreditável. Eu ainda não entendia o que isso significava para ele. Mas, alguma coisa me dizia que era melhor eu não saber e deixar por isso mesmo, bem, é exatamente isso que eu iria fazer. Aquelas palavras mexiam comigo, e, por mais incrível que pareça, eu me sentia mais e mais envolvida por ele.

 

 

 

 CONTINUA...

 

 

 

ENFIM! ALELUUUUUUUUIA AMÉM! SOLTEM FOGUETES, A NATASHA POSTOU!
 

Gente, desculpem por essa demora quilométrica, é que eu tive muitos problemas! (eu sempre venho com essa desculpa, sei que querem me bater, hihi!)

Eu adoeci, estava em época de provas e minha mãe ainda se operou! Coisinhas básicas :/

 MAS AGORA EU ESTOU DE VOLTA, E O CAPÍTULO VAI SAIR RAPIDINHO! 

Esperam que compreendam pelo o que eu passei, e sinto muito!

 Beijos,
 Natasha.

 


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