- Não sei o que Camila tem na cabeça. – Brenda disse logo que chegamos em casa.

- Muito menos a gente que deixou ela vir dormir no final de semana. – Eu disse tentando ser engraçada.

- Bem... não é culpa nossa, ela nos subornou com uma nutella. – B disse justificando.

A gente sempre esta chegando em casa lá pelas 6:30h da tarde, pois as aulas terminam às 6h da tarde. Mas antes que pudéssemos descansar, Brenda foi direto ao notebook dela para procurar algo.

- O que está procurando? – eu perguntei curiosa.

- Nada, apenas estou tentando entrar no meu e-mail para conversar com meus pais, já mandei um sms falando que ia entrar logo que eu chegasse.

- Falando nisso tenho que ligar pro meu pai, ele me ligou umas 4 vezes desde de que cheguei, mas não atendi nenhuma, você sabe... eu estou meio chocada com tudo o que está acontecendo. – Eu falei como se fosse a ultima vez que pudesse falar com ele e não era pra menos, a morte poderia chegar a qualquer momento.

- Entendo... – ela disse como se estivesse sentindo o mesmo.

E assim ela conversou com os pais dela e eu liguei para o meu. Meu pai se chama Spenser, ele é um cara tranquilo e que não se preocupa com muita coisa, mas ele soube dos assassinatos pela redondeza da casa e eu tive que deixá-lo o mais despreocupado possível.

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- OMG! Jéssy! Acorde! – Disse Brenda gritando assustada.

- Estou tonta... – Eu disse levando a mão à cabeça.

- Você tem que ir ao banheiro agora! Você está cheia de sangue! Olhe pra sua cama.

E realmente estava cheia de sangue. Brenda disse que eu estava andando pela casa, mas eu parecia estar dormindo, ela desceu e viu que eu estava pegando uma faca, achou que eu fosse matá-la, então ela saiu correndo e ficou lá no quintal por um tempo. Quando voltou, eu estava na cama cheia de sangue.

- Os seus cortes estão muito profundos... Vou te levar ao hospital. – Ela disse jogando uma água no rosto e pegando em seguida a chave do Cedan.

- Tivemos que dar ponto, mas o que houve? – A médica perguntou olhando para Brenda como ela fosse uma delinquente.

- Foi um acidente. Um copo já trincado quebrou na mão dela e com o liquido no chão fez com que ela escorregasse e o vidro fincou mais no braço dela. – Brenda disse como se realmente isso tivesse acontecido.

A médica não parecia convencida pela resposta de Brenda, mas ela me deu um atestado para que eu pudesse ficar em casa em descanso.

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Brenda foi para a Uni com muita insistência minha, não queria que ela se prejudicasse por causa de mim. Ela levou meu atestado e eu tive que ficar na casa sozinha.

Fui ao vizinho perguntar sobre o que ele sabia da casa.

- Os moradores antes de você e sua amiga, eles desapareceram e ainda não foram encontrados.

O nome dele era Jorge, aparentava estar ali à muito tempo.

- Desapareceram do nada? – Eu perguntei meio assustada com a situação.

- Ah sim. Eles pareciam estar atordoados com algo e também sempre aparecia com faixas no braço.

- Ata. – Eu disse e olhando para meu braço enfaixado e percebi que ele também. – Sabe alguma coisa sobre os primeiros moradores? Sabe... como eles eram, como viviam e o que faziam...

- Não posso dizer, já percebi que a maldição está e você! – Ele disse sussurrando, mas brigando.

- Mal maldição? Do que está falando?

- As pessoas que moravam lá faziam rituais e sempre que acontecia algo era perto do Halloween. As mortes aconteciam todos os dias na floresta ao redor da casa e se espalhava pela cidade, a policia tentou acabar com tudo, mas eles se mataram em um ultimo ritual. A casa foi amaldiçoada e ninguém pode ficar lá sem que algo estranho aconteça.

- Perto do Halloween?! Espera! O Halloween vai acontecer no domingo e toda a cidade vai ir para a floresta para a comemoração!

- Isso deve acabar logo! Você disse toda a cidade?

- Sim, escolas, famílias e criancinhas inocentes. Como iremos acabar com isso? O que devo fazer?