Fanaa escrita por Taticastrom, Nalu ta na lua


Capítulo 2
O imaginário é em qualquer


Notas iniciais do capítulo

Pov: Karly Armstrong por :TatiCastroM



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Nós temos que encontrar uma janela com um ponto de vista diferente

E nós vamos acordar aqui amanhã esperando algo novo

Vamos todos estar pensando: "será que estamos realmente pensando nisso por completo?"

Este é apenas mais um capítulo no livro sobre eu e você

O livro sobre eu e você

The book of me and you –The Maine


Ninguém poderia me culpar por estar dando atenção a John, fazia séculos que não via meu amado. Primo, é claro. E eu sentia faltas gigantescas daquele idiota.
Então assim que consegui acalmar os ânimos dos meus dois amorecos puxei John pelo braço.
– Você precisa ver como esta se quarto, eu ajudei minha mãe a mobiliar. Esta fabuloso, é claro, como tudo que eu faço.
John sorriu para mim. E vou te falar uma coisa, não é porque é meu primo nem nada, mas aquele menino tinha o sorriso torto mais perfeito que eu conhecia na época. Na verdade tudo nele era perfeito, os olhos castanhos, o cabelo loiro. Na verdade o cabelo podia ser cortado e eu o convenceria a fazer isso e minha tia ia me adorar.

– Confio em você prima, mas vamos ver.
Subimos as escadas e entramos no quarto que ficava de frente ao meu. Eu entrei na frente e logo pulei na cama rindo.
– O que achou John?
Ele olhava para os lados. Era um quarto bem masculino, a cama box casal estava coberto por um edredom preto e branco com símbolos japoneses. As paredes eram azuis bem escuras, e já estava escurecendo, eu olhei para janela e vi que tinha conseguido dar o toque que queria ao quarto.
Entrava pela janela as cores do crepúsculo e podia se ver uma parte boa da cidade, a vista mais bonita da casa, depois de meu quarto. Eu sorri olhando a janela e suas cortinas também azuladas.
– Ficou maravilhoso, priminha. – Ele falou beijando minhas bochechas e me fazendo corar. – Eu sabia que podia contar com seu bom gosto.
– Eu sei que sou a melhor, John, mas adoro seus elogios. – Falei sorrindo. John sorriu e pulou na cama também.
– Vai ser legal morar com você, baixinha. – Ele falou me dando um de seus abraços de ursos e bagunçando meu cabelo.
Sério qual é o problema dos garotos? Será que não conseguem ver que um cabelo como o meu é super complicado de ficar arrumando? Principalmente a franja que ele estava tirando totalmente do lugar, para não dizer que meu laço estava perdido.
– Também vai ser divertido te ter por perto, grandão. – Falei sem reclamar dele esta estragando meu cabelo, afinal era John, se falasse algo ele ia bagunçar ainda mais.
Foi quando meu primo resolveu que estava de mal humor demais, que precisava rir e começou a fazer cosquinhas em mim, Sophie apareceu na porta do quarto. Ela encostou na porta e olhou para nos dois.
Eu normalmente sempre sei o que se passa naquela cabecinha de longe, mas não entendi o rosto dela. Ela mordeu os lábios e mexeu no cabelo curtíssimo e preto.
– Que foi Mary, admirando a paisagem? – John falou parando as cosquinhas e me abraçando ainda mais forte.
Eu estava começando a pensar que ele estava querendo fazer ciúmes na Soph, mas isso era totalmente impossível. Ele e a Soph se odiavam com todas as forças que existem. Se os olhares deles se cruzavam dava parar ver o foguinho queimando, como se os dois estivessem planejando a morte do outro.
– Claro que sim, Josh, achei lindo o modo que você detonou o cabelo da Kaká, com certeza você deve estar começando a pensar no seu velório né? A Kaká odeia que encostem no cabelo dela.
John olhou para mim com seu sorriso mais gostoso e falou:
– Você tem problema com eu bagunçando seu cabelo, baixinha? – Eu dei os ombros e John olhou vitorioso para Soph. – Bem, como você pode ter morado a vida toda com a minha baixinha e não conhece-la de verdade? Sabe a cor favorita dela?
Não estava gostando daquilo, mentira estava e muito. Meus amores competindo quem sabia mais sobre a minha pessoa? Qualé, eu estava adorando.
– Rosa, não seja idiota.
– A segunda.
– Preto. Mas ela também ama vermelho e roxo.

– Gatos ou cachorros? – John falou indiferente com as respostas anteriores

– Gatos, eles são mais bonitos e mais inteligentes
– Com certeza, baixinha, você tem um primo gato por isso prefere eles. – John falou sorrindo. Soph revirou os olhos e eu ri. – Eu ou você?
Soph mordeu os lábios.
– Não vou entrar nessa sua brincadeira John
– Esta com medo porque sabe a verdade? – John falou se soltando de mim e levantou, se aproximando calmamente de Soph. – Você pode ser a melhor amiga dela, você pode viver com ela, pode saber quais são os rostos dela, os gostos e os amores, mas nunca será eu. Nunca terá o sangue que eu compartilho com ela. Você apenas uma Gomide mestiça. Eu sempre vou estar acima de você para todo mundo, Soph. Porque eu sou superior – Ele sussurrou o final no ouvido de Soph.
Ela revirou os olhos e olhou para ele com seu olhar ameaçador.
– Você pode ter o sangue que quiser, John, que vou continuar te odiando e te achando o ser mais estupido da fase da Terra. Pode continuar se achando o quanto quiser você nunca vai ser de fato. – Soph virou para sair, mas voltou e deu um sorriso para John. – E pode continuar achando que ela gosta mais de você, Josh, quando quebrar a cara não venha me pedir consolo. – E como John, ela sussurrou o final, para criar uma saída triunfal.
Eu estava olhando para as paredes quando John voltou de seu transe e sentou comigo.
– Você me ama mais né baixinha? – John falou com uma carinha de cachorro sem dono.
– Amo igual e para com essa carinha, não da certo comigo. – Falei sorrindo.
– Da certo com qualquer garota, como não daria com você? – Ele falou fazendo uma tentativa, muito frustrada, de cara sexy.
Eu comecei a rir.
– Quer rir é? – Ele voltou a fazer cosquinhas em mim até eu ficar sem ar.
John era mais meu irmão que meu próprio e inútil irmão. Matt nunca parava em casa e quando nos dava a honra de sua presença, eu devo admitir, eu sentia falta dele e de suas idiotices, brincadeiras e das brigas. Afinal foram elas que fizeram Matt ser mandado para um internato, para ver se ele parava de ser respondão e sarcástico, além de festeiro. Mas internado nenhum consegue mudar o gênio Armstrong, ele foi expulso de três internatos nos último ano, ou brigas, ou garotas, ou festas. Sempre os mesmos problemas, ou como ele diz: as mesmas soluções.

– Fiquei sabendo que Matt deve voltar para casa nesse fim de semana. – John falou para mim mais tarde. Eu dei os ombros.
Quem sabe o que Matt vai fazer? Ele pode ser liberado e preferir ir a uma festa em Vegas do que me ver. Ele já fez isso em um dos meus aniversários.
– Você sente a falta dele, né pequena? – Ele me abraçou, ele sabia a resposta.

– Porque ele tem que ser tão idiota John? Eu sou tão sarcástica e má educada quanto ele, nem por isso fui expulsa dessa casa. – Minha cara de drama fez John rir.
– Porque ele é um idiota mulherengo, Kaká, mas ele te ama.
Pode até ser verdade, mas nem Matt nem eu admitiríamos que gostávamos um do outro. Coisa de irmão sabe?
– O jantar está pronto crianças e temos uma surpresa. – a mãe da Soph gritou.
Puxei John pelas escadas e quando chegamos no final eu vi a surpresa. Matt em carne e osso, e mochila de viagem.
– MATTHEW! – eu falei e corri. Algo que sinceramente evito com todas as forças ,por causa do meu total mal jeito com equilíbrio. Mas era meu irmão que não via a mais tempo do que John, tipo um ano e meio, ou mais.
Eu pulei nele o que quase o fez desequilibrar, mas o que eu não tinha ele tinha.
– Bom te ver também, pirralha. – Ele falou beijando minhas bochechas. – Oi John, Soph.
Sophie tinha alguma aversão pelos Armstrong, só podia, ela até era educada com meu irmão, mas como ela sempre dizia: ele ia terminar como o pai dela, um galinha, sem nenhuma vergonha na cara.

– Ei Matt. – Ela falou e foi para cozinha.
John e Matt se entreolharam e viraram para mim.
– Eu já me acostumei a não ser bem recebido nessa casa, John, agora é sua vez. – Ele falou me soltando e abraçando nosso primo.
– To começando a sentir que a Mary não curte homens no território dela. – John falou sorrindo.
– Primo, não briga com fogo. Pode ser tentador, mas ele queima. – Matt falou e me puxou para um abraço enquanto íamos para cozinha saltitantes. Tá bom, eu estava saltitante. Estava com John de um lado e Matt do outro, de quem mais precisava?





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