Dominick P.O.V

– Taylor espera! – Eu disse o puxando de volta, ele me olhou com seu mesmo olhar preocupado.

– O que foi pequena? – Ele disse forçando um sorriso.

– Pode parando! Você tá me escondendo alguma coisa! – Disse irritada, sério, não consigo confiar completamente nele, e isso me irrita.

– E-eu não estou! – Ele disse mais nervoso.

Viram? Ele acabou de se entregar.

Babaca.

– Esta sim! Você conhece Reyna sei lá de onde, usa o pretexto de que ia pegar sua blusa que você SUPOSTAMENTE “esqueceu” na sala de aula, Reyna vem do mesmo lugar você e ela me dá um sorriso sínico e logo depois você aparece todo nervoso! Não acha que tudo isso é demais pra ser apenas uma “coincidência”? – Disse irônica e ele tentou segurar minha mão, mas eu rapidamente a retirei acho que eu ainda sinto ódio do Taylor, sei lá acho que nossa implicância nunca vai acabar.

– Calma eu vou te explicar, vamos lá pra casa que eu te explico tudinho, tá? – Ele disse e sorriu, cara pare de sorrir.

Já disse que odeio quando estou discutindo e a pessoa começa a sorrir ou até mesmo rir? Pois é, eu odeio muitas vezes eu até perco o foco da briga.

E essa é uma mania permanente do Taylor:

Achar graça na desgraça!

– Agora você quer conversar e me contar as coisas? Podia ter me contado há dias já! – Disse revirando os olhos de forma esnobe.

Gente, socorro, não estou me reconhecendo, desde quando sou tão possessiva?

– Ok, conversamos amanha na escola tá bom?! – Ele disse de forma irritada e sarcástica.

– Ótimo! – Disse irritada.

– Ótimo! – Repetiu ele irônico e cada um foi pro seu canto.

Não tem jeito... Acho que nunca vou aturar o Taylor.

Cheguei em casa comi algo, brinquei com Ian que estava tão grande e fofo, baguncei o cabelo da Anna e fui pro meu quarto, fechei as cortinas, pois não estava afim de olhar naquela cara lavada do Taylor.

Peguei meu notebook e fiquei vendo aleatoriedades da internet.

Meu celular vibrou e era uma mensagem do Taylor, que afobado, me ama demais só pode.

Quase que não li, ele havia escrito um texto enorme, mas resolvi ler, no texto ele me pediu desculpas e contando sua historinha linda de amor mal resolvido com a Reyna.

Ah, isso só piorou as coisas, sei que não tenho nada com o Taylor, mas se ele quer que eu confie nele, porque não me conta essas coisas? E NÃO, ISSO NÃO É CIÚME!

Peguei meu celular e o taquei longe de mim bufei e voltei ao tédio.

(...)

Acordei total atrasada hoje, coloquei uma camiseta branca uma calça um tênis qualquer peguei uma maçã e sai correndo e o vendo deixando meus cabelos mais armados que qualquer coisa, acabei tropeçando numa pedra e virando o pé, minha perna pendeu, meus cabelos foram pro alto e meu corpo pra baixo e eu acabei beijando o chão.

Levantei limpando a poeira e xingando a pedra e a chutando que acabou batendo na parede e voltando em mim acertando minha canela, segurei minha canela e pulando num pé só, cara como aquilo doía, me recompus e andei mais alguns metros até que um porcshe filho da puta passou jogando água em mim, e se você chutaram que era o carro Taylor, parabéns vocês acabaram de ganhar 1 milhão de dólares em barras de ouro que valem mais que dinheiro! Só que não...

– Desgraçado! Idiota! Filho de uma picareta! – Gritei limpando a água da minha cara e continuei a andar irritadíssima, que ÓDIO!

Se eu morrer de leptospirose já sabem quem culpar né?

Ainda bem que não havia muitas pessoas na rua pra rirem mais de mim.

Sabe o que é meigo? Foi assim que eu conheci o pesadelo da minha vida, o ser que faz minha um caos/inferno: Taylor Collins, o garoto que ama me molhar.

Mas essa meiguice acaba aqui! Esse garoto adora ver eu me sofrer né, só pode.

Ainda bem que tinha um moletom na minha mochila, o peguei e o coloquei e só meu cabelo ficou zoado, e claro minha cara, mas essa já é zoada de natureza.

Cheguei na escola parecendo uma mendiga que se perdeu na fila de comida grátis, entrei na segunda aula e me sentei no único lugar vago ao lado de Jessica.

Detalhe: Reyna estava sentada ao lado de Taylor e Britney atrás de Reyna junto com uma amiguinha dela.

Respirei fundo e mantive o controle, pra não dar barraco.

Ignorei eles e fiquei girando a caneta nos dedos, enquanto a chata aula de Matemática de sucedia, cara como o professor Edwards pode ser tão chato? Alem de ter uma verruga nojenta na bochecha, acho que aquele troço tem vida própria...

– Dominick, me desculpe – Era a voz de Jessica que me surpreendeu, a olhei confusa – Por dizer que estava gostando do Taylor aquela vez, Britney me obrigou... – Ela disse constrangida e triste.

– Hum, tudo bem eu não liguei, já estou acostumada a todo mundo gostar desse troglodita – Disse dando uma breve olhada para o Taylor que rabiscava o caderno enquanto conversava com Matt que estava em sua frente – Alias... Você não me deve desculpas, eu não tenho nada com o Taylor, foi apenas um pequeno caso – Disse orgulhosa e ela riu.

– Queria que tudo voltasse como era antes – Ela disse dando uma olhada sugestiva ao Matt.

Sorri ao ver que ela tinha solução.

– Se você realmente quer, faça acontecer – Disse inspirada e ela riu.

O sinal pra 3ª aula tocou eu revirei os olhos e me debrucei na carteira pronta pra dormir.

A aula passou chatamente entediante e logo o intervalo chegou.

Fui até o refeitório sem nenhum animo, entrei lá e vi Taylor olhando pros lados como se esperasse alguém, e esse alguém era eu.

– Nick! – Ele me encarou sorrindo e eu olhei na direção oposta da sua me virei meio atordoada e dei apenas um passo em direção à saída, encarando o chão, mas antes que pudesse sair do local, bati com a testa contra a porta de vidro e a batida fez um barulho alto e mais uma vez fui o centro das atenções, dei alguns passos pra trás morrendo de vergonha e massageei minha testa que doía.

Ok, vocês já podem me chamar de Dominick Azar Roux, porque né...

– Ai – Disse melancólica e com alem de dor no pé e pernas agora estava com um grande hematoma na testa.

– Você está bem? – Disse um garoto bonito ao meu lado de cabelos castanhos e olhos amendoados que estava com uma expressão preocupada.

Acho que ele é aluno novo, nunca o vi por aqui.

– Err, eu to, eu acho – Disse e sai do refeitório antes que aquele idiota do Taylor me seguisse.

Me sentei na grama do pátio.

– Dominick! – O idiota com codinome Taylor veio até mim.

–AH NÃO VAI ME DAR PAZ NÃO? – Disse irritada.

– Não!

– Aff, que chato isso – Eu disse respirando fundo.

– Porque está me evitando? – Ele perguntou.

– Porque eu e você não damos certo juntos, você só apronta e eu estou cansada, mesmo que eu não importe, imagina se namorássemos... Qual seria minha fama alem da que eu já tenho de ser uma vagabunda só por pegar o machinho das lideres de torcida? – Disse sincera e ele suspirou.

– Eu não tenho culpa, me desculpe pequena – Ele disse fofo e fez bico.

– Por partes, você não tem culpa... Por partes... – Disse e ele só aumentou seu bico, que bebê chorão. – Olha, eu acho que eu estou confusa, e pelo que eu vejo a com chegada da Reyna também ficou – Disse e os olhinhos de cristal dele se encheram de lágrimas.

– Não Nick... Ela é passado – Choramingou se sentando de frente pra mim – Você é meu futuro! – Ele disse passando seus dedos quentes em meu rosto gelado.

O encarei meio assustada com o que ele acabara de dizer e senti meu coração a mil.

Em um segundo de distração, de minha parte, os lábios deles já estavam muito próximos aos meus, e sua boca entreaberta, já podia seu halito fresco.

Por que eu não conseguia resistir a isso? Já não conseguia mais evitar e quando vi minhas mãos acariciavam a nuca dele e meus lábios estavam colados aos dele. Fui jogada em um turbilhão de sentimentos, podia sentir o abraço carinhoso dele.

O ar acabou e nos nós soltamos ele sorria vitorioso e eu fiquei bem corada... Droga de bochechas, queria um dia poder controlar sua cor.

– Tá tá, me desculpe por ser tão chata, mas é que realmente eu não gosto de mentiras - Disse encerrando nossa briga.

– Aram sei, você não resiste ao meu charme - Ele disse sorrindo de forma sedutora e eu revirei os olhos.

– E você nem se acha né! – Disse irônica e ele me deu um selinho.

– Não estou perdido pra me achar! – Disse me irritando e eu dei um tapa em seu braço e o mandei calar a boca.

(...)

– Eu só posso ter colado chicletes na cruz! – Disse irritada enquanto eu e Taylor andávamos de pedalinho num túnel rosa do amor, é daqueles de parque de diversão, cheio de corações e tal.

Ahh, vocês devem estar pensando, nossa que fofo ele levou ela num túnel (ou não estão pensando isso, sei lá)

Mas NÃO, ele não me trouxe para termos um encontro ou algo do tipo... Ele me trouxe pra espionar, sim isso mesmo que você leu ESPIONAR!!

– Shiiii! – Ele me pediu silencio – Eles vão nos ver se você ficar tagarelando! – Taylor disse colocando o dedo indicador sobre os lábios, e o “eles” que ele se referia eram Jessica e Matt... Pois é, eles estão tendo um encontro e o idiota do Taylor, curioso demais quis seguir pra ver no que ia dar.

E eu te respondo no que vai dar: Merda! Vai dar muita merda!

– Você é inacreditável Collins! – Sim quanto estou muito brava eu o chamo de “Collins” porque sim.

– Xiu, vamos chegar mais perto pra ouvir a conversa! – Ele disse e baixou um santo que ele começou a pedalar freneticamente, ainda bem que o túnel é escuro e ele não conseguia ver minha cara de constrangimento, nem mais ninguém.

Chegamos pertinho e eu forcei minha visão pra velos... E eles estavam num beijo bem “hot”.

– Meu Deus, traumatizei agora! – Disse colocando a mão em frente aos olhos.

– Meu Deus, ele vai engolir ela! – Ele disse de forma engraçada.

– HAHAHAHA – Meu riso ecoou e eu me desesperei, eles não podiam nos ver ali, que coisa mais feia, mas foi tudo culpa do Taylor, ele me obrigou!

– Pedala Nick! Pedala! – Ele disse.

– Pedala você hermafrodita! – Zoei seu nome e ele ficou com raiva.

– Mas o que?! – Ele disse.

– Pedala! – Sussurrei vendo Jessica e Matt procurarem o barulho.

Nós começamos a pedalar loucamente e o pedalinho virou e eu comi água até pelo nariz.

– Bora fugir nadando Nick!! Nadaa! Nadaa! – Ele disse e eu tentando me salvar do afogamento, alertei.

– Eu não sei nadar idiota!! – Ele se tocou da idiotice e voltou pra me ajudar, logo estávamos fora da água e indo pra casa e ele ria sem parar, e eu fiquei emburrada.

Mas que azar que eu tenho!

– Eu nunca, NUNCA mais vou a um lugar que tenha água com você Collins!