Alma Pura E O Começo De Uma Era escrita por NancyKurisu


Capítulo 2
Cap. 2- O Começo


Notas iniciais do capítulo

Sry a demora. Mas já está aqui o cap.



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Já era de manhã, um dia radioso, acordei com os raios do sol sobre o meu rosto. Abri os olhos devagar e a primeira coisa que fiz foi olhar para a janela. Perfeito o dia de hoje.
Queria voltar para casa, ver os meus pais de novo, puder ir à escola e estar com os meus amigos...

Porquê eu?


Tentei sentar-me, mas comecei a sentir dores onde ontem fui magoada e as feridas mais profundas fizeram com que manchassem as ligaduras de sangue.
Ouvi a porta a abrir-se, com o sobressalto eu peguei no lençol e pus logo por cima de mim, olhei, ainda estava atordoada, não sei se foi de perder muito sangue, ou ser é cansaço, mas sinto-me fraca... Estava um pouco assustada, mas ao ver aqueles olhos escarlantes...

– Soul-San? - Perguntei com um tom fraco e suave. Eu quero fazer-lhe ainda muitas perguntas a respeito ao que ouvi ontem, mas não tenho forças, tenho de recuperar primeiro.

– Maka, como te sentes? - Preocupado com uma humana? É estranho... Desde que o vi, sinto-me tão confortável, segura, protegida... é tão diferente, não consigo explicar...

– Fraca, durida. - Respondi simplesmente.

Ele olhou para mim. Os nossos olhos encontraram-se e penetraram tão intensamente que eu fiquei perdida naquele olhar, aquela cor, cor viva que parecia efeitiçar.
Quero abraça-lo.

O quê?

Quero abraça-lo? Não, não, não! Devo estar louca com isto tudo, a minha cabeça não está a funcionar bem!

– Quero vestir-me. - Por fim falei, para tirar aquele ambiente.

– Já vem aí uma enfermeira para cuidar dos teus ferimentos e meter novas ligaduras, depois ajuda-te com o resto. Eu só vim aqui para ver como estavas, e quando estiveres pronta, se quiseres sair deste quarto, eu venho buscar-te, não podes andar por aqui sozinha. - Ele ao acabar de dizer, levanta-se e vai embora.

Não fez muito tempo, chegou uma mulher com curativos e uma espécie de frasco que desconheço com um líquido que não para o que vai servir.
Ela começou a tratar das feridas e às vezes contorcia-me com a dor, era uma dor tão forte...
Quando acabou tudo, pegou numa seringa, agarrou no frasco e começou a tirar o raio do líquido de cor amarela.

Mas que raio de líquido é?

– Tira o cabelo do pescoço. - Declara normalmente, não entendi o porquê.

– Para quê? - Pergunto desconfiada.

– Com que então, temos aqui uma Novata Curiosa. Mas eu digo-te. Vou injetar este líquido no teu pescoço para cicatrizar os teus ferimentos mais rápido e a dor tranquilizar. Esclarecida? - Não respondi, apenas acenti e suspirei, não gosto nada de injeções, mas fiz a vontade e puxei o cabelo para trás, fechei os olhos e logo senti a picada e o líquido gelado a adentrar no pescoço.
Não me lembro de mais nada, apenas, adormeci.

**

Acordei na absoluta escuridão, senti-me completamente sozinha, sem beco, sempre me senti, mas agora, parece que aumentou a sensação. Estava com os braços enterlaçados nas pernas, estava... com medo? Há muito tempo que não o sentia tão intensamente...
Levantei a cabeça e apenas vi uma luz pequena lá no fundo, despertou-me a curiosidade e levantei-me a correr sem parar, apenas, corria, corria até que me cansei e comecei a caminhar apressadamente. Nunca mais chegava, parecia um caminho sem fim, mas não vou parar, eu tenho que conseguir chegar até lá.
Então continuei sem parar, estava cansada, mas parar? Nem pensar.

Finalmente!

Cheguei finalmente de onde a luz vinha, abri os olhos de novo, estava num sítio, lindo, respirei aquele ar puro, maravilhoso, estava um campo cheio de flores mesmo à minha frente, flores de vários tipos.
Aproximadamente vi uma menina pequena, aparentava ter uns cinco anos, divertida a apanhar florezinhas com uma mulher nem muito nova, nem muito velha. Estavam as duas bastante animadas e a rir escandalosamente, felizes. A menina, com a carinha angelical, olhos esmeralda, fez uma manchinha com flores diferentes e deu à mulher que apenas sorriu e disse-lhe algo que não pude perceber.
Estava tudo tão perfeito, tudo às mil maravilhas, um dia lindo, tranquilo... Até que começa a mudar para uma noite horrorosa, apareceram 'monstros', começaram a atacar, destruiram tudo. Chuvas /mares de sangue, horror, gritos, pavor, mortes.
A mulher estava a ser comida enquanto a menina estava num canto a chorar desesperadamente e aterrorizada. Eu não me conseguia mexer, não conseguia ir salvar aquela pobre menina inocente! Sou inútil!

**

Agora sim, acordei na realidade. Um grito invadiu a minha garganta e saiu tão forte que parecia arranha-la, quase que me sufocou, eu estava completamente assustada, que pesadelo foi este? Que significado tem? Quem era a menina? Porque é que aquela mulher teve que morrer diante dela? O que aconteceu com aquele dia maravilhoso?

De repente, a porta abre-se novamente, mas desta vez com brutidade, eu estava com medo, muito medo... Quero ir embora, quero voltar para casa, viver a minha vida normal, acabar com este pesadelo maldito!
As lágrimas percorrem o meu rosto, sem parar, estava desesperada, não sabia o que fazer, o corpo aproximava-se, mas eu não sei quem é, o que me irá fazer?
Soul-San, és tu? Não, não és. Então quem é?
Soul-San, onde estás agora? Eu preciso de ti! Estou com medo, insegura, não me sinto protegida, Soul-San!


Esta figura é assustadora, só vejo os seus olhos dourados e umas três listras brancas no cabelo.

– Quem és... tu? - Pergunto com a voz rouca. Mas não me responde, limita-se simplesmente só a olhar para mim. Aproximou a sua cara na minha e meteu a sua mão gelada na minha cara e começou a cheirar-me... O medo percorre-me, eu não me consigo mexer, será o fim...? Não queria pensar nessa possibilidade! Soul-San, ajuda-me, por favor, onde estás? Quero estar nos teus braços, sem o medo invandir o meu corpo, sinto-me uma fraca, não puder proteger-me sozinha, porque tive
sempre alguém que me protegesse, não consigo defender-me sozinha,
preciso e quero aprender.
Ouvi mais uma voz, serás tu?

– Que fazes aqui, Death?


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Notas finais do capítulo

Deixem review fofinhos :3333 por favor