Hunters escrita por Valentinna Louise


Capítulo 9
Capítulo 9 - Now I want to go


Notas iniciais do capítulo

Hey...um cap fresquinho e sem demoras....! HAHAHAH
para os que estavam torcendo uma interação um pouquinho melhor acho q vão gostar desse e dos próximos...
enfim sem encher mais o saco está aí.. :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/295863/chapter/9

Depois que Marley saiu, voltei ao quarto e procurei a adaga. Coloquei o coldre com ela debaixo da minha blusa e fui para o quintal da casa. Era bastante espaçoso e só me fez ter a impressão que aquela casa era a menor casa por ali. Tinha uma arvore no quintal. Era grande e bastante grossa com galhos baixos. Sentei e fiquei lá, refletindo sobre tudo o que tinha acontecido nos últimos 6 meses e o que havia mudado na minha vida nas últimas 24 horas. Eu tinha entrado nessa história com um intuito: ter controle sobre essa outra parte de mim, sobre o meu lobo, até então barrado em alguma parte, já que eu não conseguia me transformar. Mas eu não esperava esse tipo de reação. Essa aversão dos outros lobos a minha escolha de me tornar uma caçadora. Me chamar de traidora da raça doeu mais do que eu esperava. Em tese, poderia até ser o que eu representava. Mas não que eu era. Não me sentia uma traidora, muito pelo contrário, Cassandra me acolheu como qualquer um, mesmo ela sendo uma caçadora e eu tendo sangue de lobo correndo em minhas veias. Fiquei lá durante uma meia hora até ouvir alguém aparecer perto da mureta que cercava o quintal. Comecei a respirar rapidamente e logo coloquei a mão sobre a adaga. E aí uma menina loira, mais alta do que eu e com olhos azuis e incrivelmente sorridente apareceu. Ela pulou a mureta. Ela chegou bem perto e inclinou a cabeça para o lado direito, como se estivesse me avaliando. Depois abaixou e olhou mais perto, tanto que eu conseguia sentir a respiração dela no meu rosto. E aí levantou dizendo:

“Hum..você não parece nenhum pouco com a sua irmã...e é cheirosa. Gostei de você.” disse sorrindo. Eu levantei a sobrancelha. “meu nome é Brittany S. Pierce e Hiram pediu que eu viesse te chamar aqui já que ele não confia em Santana pra fazer isso. Então vamos, ele disse que é meio urgente.”

eu ainda estava meio em choque com aquela garota estranhamente simpática.

“oh...ok..eu..hum vou sim.”

“então vamos oras...” ela saiu saltitando e pulou a mureta para sair. Eu apenas atravessei a casa e saí. Ela já estava na rua e estava me esperando. Dessa vez a rua tinha algumas pessoas, estava mais movimentada e eu tive a terrível impressão que todos olhavam pra mim. Brittany continuou saltitando até a casa grande. Toda moderna mas com um ar muito aconchegante. Havia um homem baixinho, com cabelos encaracolados e vestia uma camisa polo e calças sociais. Era sorridente também. Virou para Brittany e disse:

“Muito obrigado Britt. Santana e Rachel estão te esperando junto com os outros lá na sala de jogos ok?” a loira assentiu e virou pra mim dando um tchau que eu retribui timidamente. Assim que ela saiu, o homem virou para mim e disse:

“Olá Srta. Fabray, sou Hiram Berry, e pode parecer um pouco constrangedor mas eu praticamente vi você nascer. Eu era muito amigo da sua mãe, e devo dizer que sinto muito. Mas enfim, não vou falar sobre esse assunto agora, quem sabe depois nós possamos conversar mais...” eu engoli seco. Hiram Berry conhecia a minha mãe. E se eu quisesse ele falaria sobre ela. É estranho pensar assim, mas eu sei muito pouco a respeito da minha mãe. Poucos falavam sobre ela em Cleveland então eu parei de perguntar. Assenti positivamente a ele, que deu um sorriso. “enfim, vamos, tem gente esperando por nós” ele se virou a porta e fez uma mesura para que eu entrasse. Eu sorri em retribuição e entrei. Reparei que ali todos eram muito sorridentes a não ser Rachel Berry, mas nenhum dos dois momentos em que nos vimos deu espaço para um sorriso. E eu também não havia sido das mais simpáticas com ela. Enfim. Quando entrei na casa me senti minuscula. Era enorme. Parecia até maior do que aquela casa com ar quase medieval que eu vivia em Cleveland. A diferença era a sensação de casa de família. Fotos espalhadas mostravam dois homens felizes e uma garotinha sorridente. Outras ela estava cantando, e parecia em um palco. E tinha uma que Rachel Berry estava cercada de pessoas, que estava em um porta-retratos branco com estrelas em cima de um lindo piano de cauda, inclusive Brittany e outras pessoas que eu não conhecia. Deduzi ser o Glee Club que Marley mencionou. Cheguei bem perto e olhei Marley lá atrás, entre um garoto sorridente e muito bem vestido e uma morena gordinha e com roupas extremamente chamativas.

“Oh o Glee Club...acho que eles estão todos lá embaixo, quer ver?” perguntou Hiram, surgindo do nada. Eu balancei a cabeça negativamente. Não queria encontrar com Rachel Berry de novo até entender o que aconteceu ontem. Hiram assentiu e me levou até um corredor onde havia uma grande sala. Parecia uma sala de reuniões, com uma mesa grande e várias cadeiras, nas quais algumas estavam ocupadas. E Cassandra estava entre os que estavam ali.

Eu sentei em uma cadeira vazia ao lado dela. E de frente a um homem branco e loiro, de olhos azuis. Respirei fundo e olhei para Leroy, na cabeceira da mesa ignorando os olhares curiosos e até mesmos nervosos na minha direção.

“Bem, já que todos estão aqui...quero ressaltar que Wade Adams já está melhor. Fomos visitar ele hoje e o quadro dele já apresenta melhoras. O médico disse que até o final da sema pode tirá-lo do coma induzido. E bem, como podem ver essa pequena reunião foi convocada porque temos que encontrar esse lobo. Antes que ataque mais uma pessoa e se torne um problema de proporções maiores. Como podemos reparar, pedia a ajuda de uma velha amiga, mas também a melhor no que faz, Cassandra July. E ela trouxe a sua pupila, a srta. Quinn Fabray, e eu gostaria de relembrar uma coisa. O acordo de proteção a Cassandra dentro dessa alcateia agora será estendido a Quinn Fabray. Eu peço que desconsiderem os laços sanguíneos dela. Ela já não vive com a família a um bom tempo. Ou seja qualquer ataque de natureza física ou moral às duas será punido.”

“Leroy...não acho justo isso.” um homem alto, branco e careca se levantou. “ Você sabe que os Fabrays foram expulsos daqui, porque revogar um tratado por conta de uma única filhote, alias nem isso, uma traidora da raça? Porque devemos trabalhar com ela? Já montamos nossas próprias equipes de busca.”

Meu coração acelerou. Mais um me chamando de traidora.

“Burt, por favor, você sabe que nossas equipes não são o suficiente. E não volte a chamar a garota de traidora da raça. Ela não é isso. Ela optou pelo que seria melhor a sua sobrevivência.” olhou para mim e voltou a falar com o tal Burt . “ ou você queria que ela voltasse para Cleveland? Seria morta. Se fosse pra qualquer outra alcateia viveria como uma exilada, só que pária e ela nunca conseguiria viver entre os humanos normalmente. Ninguém melhor do que Cassandra pra cuidar dela.”

“Não a trate como boa gente. Ela tem sangue de Russel correndo nas veias. Não é de confiança!” Burt disse e bateu na mesa. Eu me assustei de inicio mas logo me recompus e disse:

“Pare de falar de mim como se eu não estivesse aqui. Você não me conhece, aliás a única pessoa aqui que tem alguma ideia de quem eu sou é Cassandra. Sr. Berry” virei para Leroy “ não é necessário entrar em conflito com a sua alcateia por minha causa. Eu vou embora. Cassandra vai ter paz para trabalhar sem ter que ficar resolvendo os meus conflitos.” me virei para o tal Burt. “ eu não sei quem você e o que você faz mas não me julgue pelo meu sobrenome ou pelo meu sangue. Não sou igual ao meu pai nem nunca serei.”

Me levantei sem dar chances de alguém replicar o que eu havia dito. Como já conhecia o caminho até a porta, sai pisando duro e de cabeça baixa tentando tirar as lágrimas que começavam a aparecer. Foi nessa de passar a mão sobre os olhos que não percebi algo vindo na minha direção. Só senti o choque e a queda de alguém por cima de mim. Eu dei um gemido ao sentir o peso sobre meu corpo. Quando me dei conta, havia uma cabeleira castanha na minha frente e uma baixinha terrivelmente irritada. Rachel Berry. Meu dia podia ficar melhor Senhor? Não não podia. Tenho certeza que ela agora me mataria. Ela se remexeu sobre mim e eu senti um arrepio até que bom, mas prendi a respiração ao ver que ela estava levantando a cabeça. E naquele instante, nossos olhos se encontraram mais uma vez e nossos rostos ficaram a centímetros um do outro. E de repente toda o corredor estava terrivelmente abafado. Eu levantei uma sobrancelha ao tentar imaginar porque naquele momento meu coração disparou e dentro da minha cabeça parecia que alguém estava jogando pinball ou squash. Havia algo batendo tão forte dentro da minha cabeça e em vários pontos diferentes. E Rachel Berry a ainda estava lá. Só que ao olhar mais uma vez para aqueles olhos castanhos escuros eles estavam com um brilho diferente. E aquela profusão de coisas aconteceu em segundos que eu fiquei terrivelmente atordoada. Rachel se levantou em um salto e balançou a cabeça várias vezes, como se tentasse espantar um mosquito, só que sem as mãos. Eu ainda fiquei no chão, com a minha respiração voltando ao normal e tentando me apoiar nos meus cotovelos para levantar. Minha cabeça rodava e quando eu tentei me apoiar na parede para levantar eu senti duas mãos. As mãos dela. Tentando me levantar. Eram pequenas e extremamente macias. Eu me apoiei e ela me deu suporte, assim fazendo com que eu me levantasse. Eu encostei na parede e respirei. Senti que ela estava parada bem de frente a mim. Me olhando de braços cruzados, enquanto eu olhava para cima, tentando fazer com que aquelas lágrimas de frustração pelo acontecido na sala de reuniões parassem.

Eu não queria olhar para ela. Não depois do que aconteceu ontem. Aquela dor de cabeça e crise logo em seguida. O silêncio e a falta de contato visual era o melhor até agora. Mas ela decidiu quebrar isso:

“Vai me dizer porque está aqui e porque raios eu trombei em você no meio do corredor? “

Eu suspirei e disse, ainda sem olhar para ela. A dor de cabeça estava estabilizada.

“vim para uma reunião, mas já estava indo embora. E pela trombada, me desculpe.” fui educada o suficiente. Virei o rosto ainda sem olhar para ela e tentei sair andando, mas parecia que algo me prendia a aquele lugar. A ela.

“Tem como você falar comigo olhando para mim? Esse tipo de indiferença não me afeta, mas eu odeio conversar com alguém sem olhar nos olhos.” disse ela.

Então lentamente eu baixei o rosto e a encarei. Minha cabeça doeu. Vi que ela também estava desconfortável pela careta que fez.

“está bom assim para você?” encarei, ironicamente.

“sim está bem...você...hum...está chorando?” Oh malditas lágrimas.

“ Não é nada. Agora preciso ir.” queria evitar ao máximo encarar aquela garota. Não estava com predisposição a ter outa crise, vai saber. Me virei e já ia sair quando ouvi:

“Onde você pensa que vai?” e uma mão segurando um braço. Um choque elétrico percorreu meu corpo e minha cabeça parou de doer quase que instantaneamente. Me virei e me dei ao luxo de encará-la com uma sobrancelha levantada. “ porque estava chorando?” Oh.

“ isso não é da sua conta.” puxei o braço e saí pisando duro até a porta. Rachel Berry ficou lá, parada no corredor. E eu nunca fiquei tão agoniada em estar em algum lugar.

E eu não sabia explicar se essa agonia era pra ir embora ou se era pra voltar lá e ficar olhando Rachel Berry.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam???
proximo cap ND, conhecendo td mundo e Brittana ♥
ei...sei q tinha prometido o passeio da Quinn e da Marley mas mudei de última hr...:P
espero q tenham gostado...espero reviews ok?
Bjos...
e desconsiderem qlqr erro, ele foi terminado às 3:30 da madrugada..HAHAHAH relevem...enfim