1 ano depois

Rachel e eu estávamos nos preparado para nos separar. Temporariamente.

Eu fui aceita em YALE e Rachel, na NYADA.

Assim que soube disso, liguei para Cassandra, implorando que ela cuidasse de Rachel enquanto eu não pudesse estar lá. Ela riu do meu desespero mas prometeu que ficaria de olho em Rachel.

Santana e Kurt iriam pra NY com Rachel e direcionei meu pedido a eles também. Santana teve a mesma reação de Cassandra, mas prometeu que cuidaria dela.

Quando chegou o dia de arrumar as malas, Kitty veio falar comigo.

“Vai mesmo deixar a casa pra mim...?”

“Sim, e todas as responsabilidades a respeito dela também.... Cassandra não confia muito em deixar o Charlie com você.. mas ela vai fazer um esforço pra não surtar.”

“Não tem motivos.. Charlie gosta de mim.. além disso tem a Marley pra ajudar a cuidar dele.”

“Isso aí.. vou tentar voltar pelo menos uma vez no mês pra ver como estão por aqui..”

“Vai encontrar a casa inteira! Prometo..” Kitty falou e eu dei risada.

“Assim espero..Onde está Marley?”

“Ah..ela saiu..disse que ia comprar alguma coisa.. mas que já estava voltando..”

“Bem.. vou ver como Rachel está..Até mais Kitty..”

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Rachel estava terminando de arrumar as malas pra NYADA quando eu cheguei lá. Assim que me viu, ela fechou a cara e cruzou os braços.

“Lucy Quinn Fabray... quem sabe futuramente com um pedido decente, seja Berry também.. que história é essa de ficar pedindo pra Santana e Kurt cuidarem de mim? por mais que eu aprecie seu zelo e cuidado eu sei me virar muito bem sozinha! Além disso eu terei alguém pra cuidar de mim, mesmo que involuntariamente e você? Sozinha em New Haven? Existe alcateia por lá? Eu não sei dizer... então a preocupada da relação deveria ser eu e..”

Interrompi Rachel com um beijo. Ela ficou vermelha e se afastou:

“Rach.. só pedi a Kurt e Santana que cuidassem de você.. já que nunca passamos tanto tempo separadas assim e isso, bem, pode ser ruim pra você.. pra mim também, mas pra você pode ser pior..” Ela sabia do que eu estava falando e então abaixou a cabeça.

“Você deveria ter vindo falar comigo. Você acha que eu não estou preocupada com você também? Poxa Quinn...” Ela fez um bico e eu dei um selinho.

“Me desculpe... prometo que se algo acontecer comigo, a primeira coisa que vou fazer e pegar um trem até NY e procurar por você..”

Ela sorriu e me deu um abraço.

Ficaríamos bem.

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7 anos depois

“Vamos Rach! É noite de lua cheia...” Estávamos caminhando em direção ao local onde a alcateia iria se reunir para a caçada.

“Eu sei disso Quinn..Mas eu nunca estive em uma caçada aqui em LA.. em NY nós íamos longe pra poder caçar, em outro estado..”

“Aqui não fica longe, porém tem algumas regras.. a líder da alcateia é uma pessoa relativamente influente e não gosta de arranjar problemas.”

“Você me falou sobre ela... disse que muitos dizem que você é idêntica a ela..”

Bufei. Todo mundo me comparava a essa mulher.

“Não temos nada a ver uma com a outra.”

Quando chegamos lá, alguns rostos famosos se destacavam. As famílias não eram tão grandes quanto as de Lima, porém eram tão unidas quanto as de lá. Dava pra sentir.

Reparei que Rachel estava olhando demais para um ponto. E vi que era pra tal líder da alcateia. Tá a mulher parecia comigo mas não era nada extraordinário. Ao lado dela, a companheira dela estava olhando pra mim e pra Rachel com um ar de curiosidade. Ela era bem parecida com Rachel, mas eu não falei nada. A líder então convocou todos para a caçada, porém antes de nos transformarmos Rachel e eu fomos chamadas pela líder e sua companheira.

Elas passaram alguns minutos nos encarando e então, líder falou:

“Olha, isso é muito estranho.. vocês, são muito parecidas com nós duas...Eu não lembro de ter nenhuma Fabray na família..”

“E eu, nenhuma Berry.. muito menos que fosse uma Alfa...” a companheira dela falou.

“Nós estamos tão impressionadas quanto vocês...”Rachel falou. “Creio eu que isso seja um caso atípico de sósias...”

“Provavelmente é isso mesmo..” a Líder da alcateia falou. “Mas vamos combinar algo para que possamos conversar a respeito dessa incrível semelhança.. aceitam?”

“Nós aceitamos..” Falei e ela deu um sorriso.

Então elas se transformaram deixando eu e Rachel ainda um pouco pasmas.

“Bem.. vai saber se elas não são nossas parentes.. tenho que perguntar pra Shelby, provavelmente deve ser alguém do lado da família dela.” Rachel falou, devaneando.

“Rach? Vamos?”

“Oh sim querida.. vamos..” Nos transformamos e seguimos para a caçada.

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1 ano depois..

“Preparada?”

“Sim.. claro..”

“Tem certeza Rachel.. podemos voltar outra hora..”

“Não Q. Kitty está nos esperando e disse que tinha a criança que iria amolecer nossos corações lá dentro..”

Dei risada. Kitty realmente havia falado aquilo?

Entramos no prédio e em uma das salas encontramos Kitty.

“Olá Rachel.. Quinn..venham comigo..”

Entramos em uma outra sala e lá estava a criança. Uma menina loira estava sentada no chão, com alguns brinquedos em volta. Ela devia ter uns 5 ou 6 anos. Kitty foi até ela e se abaixou.

“Beth? Querida.. olhe..trouxe aquelas amigas de quem havia falado..”

Olhei para Rachel e vi que algumas lágrimas estavam rolando pelo rosto dela. Então a menina era a certa.

Desde nossa última ida a Lima em que Leroy insistiu em ficar falando sobre o assunto ‘netos’ Rachel havia ficado com isso na cabeça. Bem, estávamos estabilizadas. Rachel tinha a carreira dela e eu a minha. Então decidimos pela adoção.

Kitty havia se tornado uma assistente social especializada em lobos. Foi assim que ela havia levado Valerie até Brittany e Santana. Elas já estavam com a menina há 2 anos e Rachel e eu sentimos que era a nossa hora.

“Olá Beth..” Rachel falou, se abaixando ao lado da menina. Ela tinha grandes olhos verdes curiosos que vagavam entre eu e Rachel. “Eu sou Rachel. E aquela é a Quinn.. Kitty falou pra você o que vai acontecer agora?”

“Ela falou. Falou que eu vou com vocês né?” Ela deu um sorriso, esse que faltava dois dentinhos em cima. Rachel sorriu e assentiu. Eu não pude deixar de sorrir, tamanha era a fofura da menina. Kitty se levantou e veio falar comigo:

“Bem, vocês precisam assinar os papéis e logo terão a guarda provisória dela. Daqui há um mês está marcada a audiência da guarda definitiva, além é claro de toda a coisa com o conselho dos anciões de Lima. Mas isso é o de menos. Não se preocupe, a menina é uma loba.”

Dei um sorriso e assinei os papéis e logo Rachel fez o mesmo. Cheguei perto de Beth e ela sorriu pra mim.

“Eu vou ter uma família?” ela perguntou, levemente apreensiva. Passei a mão no cabelo dela e retribuí o sorriso.

“Vai sim Beth.. vai ter uma família.. e te garanto que é uma família enorme.” Ela bateu palmas e me deu um abraço e logo senti Rachel se juntar a nós. Com o abraço, o cheiro de lavanda e morangos apareceu... dei um sorriso e esse cheiro me deu um certo otimismo em relação a essa nova ideia de família.