Capítulo 19

Parte 1 – Klaus Mikaelson

Abri a porta e fitei os olhos castanhos-avelã.

-Elena – falei, surpreendido.

-Preciso de fazer uma coisa – afirmou ela.

-Que é?

-Isto – disse e colou os seus lábios aos meus.

Já fazia muito tempo que não beijava alguém ou era beijado daquela maneira. Enlacei os meus braços à volta da sua cintura e puxei-a para dentro de casa, fechando a porta com violência.

Ela colocou as suas mãos na minha nuca, puxando alguns fios do meu cabelo. Gemi e correspondi ao beijo com mais ferocidade. Apertei as suas nádegas com força, impulsionando-a para dar um salto. Elena enrolou as suas pernas à volta da minha cintura e eu levei-a até ao meu quarto.

-Klaus – murmurou ela entre beijos.

Deitei-a na cama e ela sentou-se. Tirou a minha camisola e eu tirei a sua, revelando o seu sutiã branco de renda. Empurrei-a para se deitar e mordi o seu pescoço. Ela arfou, mas inclinou a cabeça para o lado, mordendo também o meu. O prazer voou pelos nossos corpos.

Parte 2 – Elijah Mikaelson

-Daniel, obrigado por me receber – falei, entrando no seu escritório com a assistente pessoal dele á minha frente.

Daniel levantou-se e apertámos as mãos, com a sua secretária de madeira escura a separar-nos.

-Por favor, sente-se, Elijah. Deseja alguma coisa? Café?

Sorri, educadamente e sentei-me numa das cadeiras que estavam de frente para a sua secretária.

-Estou a tentar cortar na cafeína.

-Chá?

-Odeio água quente com sabores estranhos – argumentei, sorrindo.

Daniel gargalhou.

-Muito bem – falou e virou-se para a AP. – É tudo por agora, Andrea.

Ela sorriu educadamente e saiu da sala.

-Vamos falar de negócios, então? – sugeriu ele, ao que eu acenei.

-Estive a falar com os meus irmãos e tomámos uma decisão: investir na sua empresa.

-Na Grayson Global? Mas somos inimigos há décadas! – ele estava surpreendido.

-Daniel, as nossas empresas são as mais poderosas do país, senão do Mundo – comecei. – Agora imagine as duas empresas, a investirem uma na outra.

-Isso iria gerar muito dinheiro. Para além de muitos investimentos de fora.

-Precisamente – sorri. – Então, o que acha da nossa ideia?

Daniel sorriu a imaginar a quantidade de dinheiro que isso iria gerar.

-Vou falar com o meu consultor financeiro, Aiden Mathis. Vou colocá-lo em contacto com o seu consultor. Pode passar os contactos a Andrea que ela faz o trabalho todo.

-Ótimo! – exclamei e levantei-me. Daniel também se levantou e voltámos a apertar as mãos.

-Temos negócio, Mikaelson.

-Ainda bem, Grayson – falei e saí da sala. A primeira parte do nosso plano estava feita: infiltrarmo-nos na Grasyon Global.

Precisava de Rebekah aqui, temporariamente. Se Aiden era homem, de certeza que ela iria conseguir tudo o que precisava dele e nem seria necessária compulsão.

Parte 3 – Tatia Petrova

-Chegámos – disse, entrando numa casa que já não estava à venda porque nós tínhamos “persuadido” o agente imobiliário a dar-nos a casa. Por poucos dias.

-Quando é que vamos começar a busca pela Katerina? – Kol estava nervoso, ele não tinha gostado nem um pouco de termos ficado em Hampton em vez de Manhattan.

-Assim que descansar um pouco.

-Tu não precisas de descanso – afirmou ele.

-Sim, eu preciso. E tu também – retorqui. – Há quantos dias não dormes ou tomas um banho relaxante?

Kol não respondeu e olhou para o chão. Fui até ele e peguei no seu rosto com carinho. Os seus olhos pegaram-se aos meus, há procura de algo que ele não conseguia encontrar. Claro que não, eu não era a Katherine.

-Nós vamos encontrá-la. Mas queres que ela te veja neste estado? Não fazes a barba, precisas de um banho e as roupas parecem ser a tua pele. Vai tomar um banho e dorme um pouco. Assim que dormires pelo menos oito horas, vamos à procura dela.

-Sabes onde começar a procurar?

Acenei com a cabeça.

-O bar favorito de todos os vampiros – respondi. – Mas agora vai dormir.

Ele acenou e deu um meio sorriso. Os seus olhos estavam translúcidos e não mostraram qualquer emoção para além da dor. Subiu as escadas devagar e eu vi-o subir, com um peso no coração.

Fiquei em casa até o ouvir deitar-se na cama. Quando percebi que ele já estava a dormir, peguei no telemóvel dele e tirei o número da Katerine, copiando-o para o meu. Peguei nas chaves do carro e guiei até NY. Disquei o número dela, que atendeu passados quatro toques. Claro que ia atender, a curiosidade era demasiada e ela ainda não tinha o meu número.

-Com quem deseja falar? – perguntou a minha voz do outro lado da linha. Sorri.

-Katherine Pierce – respondi. – Achas que estás disposta a fazer um acordo para te veres livre de Kol?

O silêncio permaneceu durante alguns minutos, até que ela disse:

-Presumo que sejas a Tatia.

-A própria – pisei mais a fundo no acelerador e o carro ronronou.

-O que preciso de fazer?

-Primeiro, tens que te encontrar comigo. Estou a caminho de Manhattan, onde tenho a certeza que estás.

-Time Square dentro de uma hora.

-Lá estarei – confirmei e desliguei o telemóvel.

Katerina já estava confirmada, agora só precisava de Elena, mas quanto a ela não seria difícil convencer. Bastava dizer que Klaus não era o alvo, quando, na verdade, ele era o principal. Mentiras necessárias que levariam o plano de Esther para a frente.

©AnaTheresaC