Hey Lord! escrita por Fany


Capítulo 12
Sua governanta, tão sanguinária


Notas iniciais do capítulo

Oi lindos, me perguntaram por mp porque as primeiras palavras dos títulos são sempre iguais, respondendo: no anime, todos os títulos vinham com as iniciais "Seu mordomo," por isso a "Sua governanta,"



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Pov. Sebastian


Estava agradecido por não ter acontecido nada. Até que escutei um pequeno barulho, e um grito estridente, corri para o quarto de Keyko, mas não havia ninguém la, apenas uma janela aberta.

Corri para mesma e olhei para baixo, nunca imaginei que veria algo assim novamente. Infelizmente ao lado da mansão havia um beco sem saída, tão apertado que provavelmente se mais de uma pessoa entrasse ali ao mesmo tempo correriam o risco de ficarem entalados.

O local se parecia muito com uma cena de crime, o chão e as paredes totalmente imundos com sangue. Dois corpos desfigurados e despedaçados pelo chão e um vulto correndo em direção a rua, Keyko. Talvez a confusão dita antes em sua mente, fosse seu lado mais forte, pedindo para ver a morte e o sangue das vítimas humanas.

Pulei a janela, e tranquilamente caminhei em direção da garota, que consigo carregava uma cabeça pelos cabelos, onde pelo resto mortal de seu pescoço escorria sangue e deixava um rastro pela rua. Ela andava desnorteada pela rua, coberta de sangue, e com um sorriso sombrio e sádico no rosto. Até que ela passou por algo facilmente identificado como um prostíbulo.

De la saíram três pessoas, um homem abraçado a duas mulheres, e todos visivelmente bêbados. A garota largou a cabeça decaptada que carregava e pulou com ferocidade no grupo de devassos. Atacou primeiro uma das damas que imediatamente largou do homem a quem estava "agarrada". Eu sei que isso era imoral, mas quis assistir pelo menos uma das mortes.

Keyko se aproximou da mulher e apertou seu ombro, meus ouvidos de longe detectaram o som de cada osso ali presente se partindo, a menina ria como uma criança num parque de diversões. Logo o homem que as acompanhava se enfureceu mesmo sem saber direito do que se tratava e mirou um soco na garota. Que rapidamente segurou sua mão, torcendo seu braço e logo após sem muito esforço arrancando-o. Não pude deixar de rir da incompetência dos humanos de não fugirem.

Ela ja havia matado o homem, e devorado ambas as almas, uma grande áurea negra se formava ao seu redor, e belos e imponentes cifres ja podiam ser vistos na cabeça da menina, lembravam até mesmo os meus. Casualmente eu caminhei até la, e disse sério.

– Keyko, ja chega

A garota se virou e largou a mulher que ia atacar, a prostituta começou a gritar freneticamente por ajuda.

– Se eu fosse a senhorita ficaria quieta, pode ser pior pra você se gritar- eu disse- ande Keyko, vamos logo

A menina riu de mim, e pulou em minha direção, eu a segurei pela gola do vestido ainda no ar, enquanto ela se debatia tentando se soltar.

– Sinceramente querida, não imaginei que perderia o controle assim- eu disse melancólico- vai mesmo atacar o papai?- eu a desafiei

Com as próprias mãos ela rasgou a gola do vestido e tentou me atacar, mas eu a segurei. Ela realmente é forte, se eu não tomar cuidado ela pode me matar.

– Nã nã não, que feio- eu disse olhando para os olhos da menina

Me aproximei da garota segurando pelo ombro e fiz uma pequena pressão em sua nuca, como um ponto vitál humano, e como presumido, ela desmaiou. A mulher que antes estava no chão assustada veio em minha direção e me abraçou.

– Você me salvou bonitão- ela fedia a álcool- que tão uma horinha grátis- ela puxou minha gravata

Eu a empurrei com delicadeza, me afastei e peguei Keyko que estava no chão.

– A senhora não deveria se humilhar dessa forma- eu disse- me de liçensa, levarei minha filha para casa

Para assusta-la (ou só me divertir mesmo) meus olhos brilharam num tom de vermelho sangue assim como os de Keyko anteriormente, ela deu um gritinho e saiu correndo.

Assim feito eu carreguei a garota tranquilamente até a mansão, mas encontrei meu jovem mestre um pouco preocupado e nervoso na porta da mansão.

– Sebastian! O que é aquilo ali no bec...- ele se calou ao ver a menina em meus braços coberta de sangue- f-foi e-ela?

Assenti com a cabeça.

Impossível!- ele murmurou

Nesse momento a garota acordou, seus olhos não emitiam mais a tal luz.

– P-papai, o que houve?- ela disse rouca

Não pude deixar de transpassar minha expressão de temor, tinha que ter me chamado de papai logo agora? Ela observou a si mesma e arregalou os olhos.

– O-o que houve?- ela perguntou assustada

– Que história é essa de papai!?- Ciel perguntou gritando

– Não grite senhor vai chamar atenção de todos

Logo com isso entramos na mansão e eu coloquei a garota descalça no chão. Suas roupas escorriam sangue, e assim meu terno ficou por ter carregado a mesma. Ela caiu de joelhos no chão.

– E-eu matei gente?- ela olhou para as mãos ensanguentadas- eu me lembro- ela colocou as mãos na cabeça com uma expressão de total terror

– Sebastian!- ele bateu os pés nervoso

– Bocchan, eu pretendia te contar isso

– Anda, ja ta na hora não acha?

– Ela, é minha filha senhor, porém ela não é humana, e nem akuma

– Isso é possível?- ele olhou sério para a garota no chão que nos ignorava enquanto sofria em silêncio dentro de seu próprio mundo- digo, humanos e... Demônios... Bem... Você sabe

– Eu achava que não senhor, até a mulher aparecer com a criança nos braços...- eu tentei falar não transmitindo meu constrangimento

– Certo, mas pelo menos não me diga que foi... Aquela freira...- ele disse com uma cara de nojo e corando

– N-não senhor- eu disse corando instintivamente- f-foi antes de nosso contrato

– Entendo... Por isso arrastou ela pra cá? Por isso estava agindo tão estranho quando ela ficava perto de mim?

– Bem...

– Ora, isso não importa! Porque não me contou?

– Eu não achei que seria a coisa certa, ninguém no mundo pode saber da existência dela

– Por...?

– Pois ela não é nem uma coisa nem outra, nunca na história algo assim foi criado, sua força é temivel, ela tem sentimentos, uma alma, imortalidade- eu disse sério- ninguém sabe o que um ser como ela é capaz de fazer, isso gera pânico em geral, por isso ela estava escondida no mundo dos humanos

Paramos um segundo de nos encarar ao ouvir um pequeno choro ecoando pelo grande salão. Nos viramos para ver e era a menina, que se desfazia em lágrimas. Ambos fomos em sua direção, e nos abaixamos par ficar na altura dela, que estava sentada no chão.

– Keyko...- eu disse carinhoso

– Anda! Me matem logo!- ela gritou

Ambos nos espantamos com isso.

– Se não fizerem isso eu mesma farei!

– Keyko, não...- Ciel disse colocando a mão em seu ombro em sinal de afeto

Eu o fuzilei com os olhos, mesmo ele vendo, não liguei para isso.

– Ninguém aqui vai matar você- ele disse também carinhoso

– Não! Eu sou um monstro, eu mereço a morte assim como aquelas pessoas!- ela disse furiosa

– Não querida, aquilo não foi por mal, você não sabia o que estava fazendo- eu disse

– Sabia! Em algum lugar dentro de mim eu sabia muito bem o que estava fazendo!

Os cifres em sua cabeça haviam sumido, e claramente sua mente humana tinha voltado a tona.

Eu sinto gosto do sangue na minha boca, não quero viver sabendo o que eu fiz

– Não seja ridícula!- bocchan disse bravo

Keyko, por favor, entenda... Isso foi preciso, se você reparar não esta mais daquele jeito, se você não fizesse isso morreria de uma forma ou outra- eu disse tentando acalma-la

– Idai? Eu matei humanos, sendo um akuma ou não sou uma assassina!

– Não é! Isso faz parte de sua natureza- ele retrucou

Ela se pôs a chorar novamente, e bocchan sem pensar duas vezes a abraçou.

"MALDITO, LARGA DELA AGORA! MEU BEBE! DESGRUDA!'

– Keyko, para com esses pensamento ridículos por favor-ele disse- eu sei como é se sentir assim, mas por favor não fale algo desse tipo

– Ciel...- ela disse retribuindo o abraço

"CIEL?! MAS QUE INTIMIDADE É ESSA? CHAMA ELE DE BOCCHAN E VOCÊ CHAMA ELA DE SENHORA MICHAELIS! EU TO BEM AQUI ASSISTINDO OS DOIS! SE DESGRUDEM!"

Tentei organizar meus pensamentos ciumentos de pai, e tentei manter a minha pose séria.

"Então é assim que os pais das meninas de quinze anos se sentem? Isso é extremamente deselegante... Nunca imaginei que eu seria capaz de agir assim, credo"

– Keyko- chamei sério- vá tomar um banho, esta coberta de sangue

– C-certo- ela se soltou de bocchan e se levantou- me desculpe por tudo aquilo que viu na rua papai- ela disse cabisbaixa e saiu

"Ora se desculpe por ter ficado agarrada ao bocchan na minha frente, não por ter matado gente!"

Ciel claramente olhou para mim com uma cara de deboche. E riu, logo disse que iria trocar de roupas, também sujas de sangue por ter abraçados a menina e que iria dormir.

"Ora seu...! Chega perto dela de novo pra ver o que acontece com essa sua carinha de menina!"

Fiz o mesmo, e fui arrumar as coisas para dormir. Amanhã eu teria uma casa e uma calçada ensanguentada para ajudar minha filha a limpar.

É realmente preocupante saber que a minha filha não pode controlar seu outro lado. Sinto que apenas aquela áurea negra que a envolveu naquele momento, foi tão forte, que pode ter chamado a atenção de mais de metade dos akumas do território inglês.

Terei de vigia-la a partir de agora, por conta disso, não me surpreenderia se a atacassem a qualquer momento. E protege-la em segundo lugar, desses... Desses... Garotos! Não quero nem saber de marmanjos se agarrando nela! Nem pensar!


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Notas finais do capítulo

Não me matem por conta desse péssimo cap ç-ç me respondam algo, fofo o instinto paterno do sebby né? kkkk E outra coisa, vcs comentaram que eu posto com muita frequencia, isso é ruim? .-.