Hey Lord! escrita por Fany


Capítulo 13
Sua governanta, apaixonada


Notas iniciais do capítulo

oi meus lindos, feliz natal, quero agradecer aos comentários e me desculpar por demorar tanto para postar, finalmente eu recebi meu computador de volta e ele ta melhor do que nunca, e isso me deu animo para continuar a escrever para vocês :3



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Pov. Keyko


Era tarde da noite, eu não conseguia dormir, só de lembrar, eu matei pessoas, como fui capaz de cometer tal atrocidade?

Eram duas e meia da manha, e a luz do meu quarto ainda estava acesa, quando eu de repente começo a escutar passos em direção ao meu quarto. Escuto algo bater na porta e digo para entrar, é papai, de pijama, que fofo.

Ainda acordada?- ele pergunta

– Não consigo dormir...- eu disse um pouco triste

– Filha me escute, não precisa ficar desse jeito, eu sei que o que fez foi errado, mas você estava fora de si, era impossível controlar aquilo- ele veio ate minha cama e se sentou do meu lado- você quis me atacar

Arregalei os olhos aflita, como? Atacar meu próprio pai? Eu sou mesmo um monstro.

– Mas não o fez, por isso você não deve se culpar, humanos como aqueles devem ser apagados do mundo mesmo e...

Papai, não importa que tipo de pessoas eram, eram humanos, eram vivos, e eu tirei a vida deles

– Keyko, por favor pare com isso, esqueça, você é como nós, não tem que sentir pena deles- ele passou a mão em minha cabeça- olha, você fez isso uma vez, não quer dizer que fará de novo, sua mãe sabia que para mim e pars você termos de sobreviver precisaríamos de matar pessoas, mas ela nunca deixou de nos amar, certo?

Eu não respondi, apenas encostei minha cabeça em seu ombro.

Tem algo que eu possa fazer para tirar essa sua carinha triste?- ele disse acariciando meu rosto

– Prometa que nunca mais vai deixar eu fazer isso- eu disse diretamente e sem pensar

– Keyko... Eu, prometo- ele sorriu- agora durma, você precisa de dormir mais do que eu

– C-certo- eu disse me deitando

– Quer que eu fique aqui com você?

Mesmo sabendo que era meu pai, eu acabei corando com a pergunta. Meu pai é um homem lindo e sedutor, quer o que?

– O-ok- eu disse meio constrangida

Ele riu de mim, e se deitou ao meu lado, afinal minha cama é de casal, grande o suficiente para dormirmos juntos. Ele então começou acariciar meu cabelo de uma forma tão deliciosa que eu não demorei muito a dormir.

Sete horas o relógio tocou, abri meus olhos e vi com a pouquíssima claridade do quarto que... Sim eu estava dormindo abraçada com Sebastian. Ok ele é meu pai, mas, cara dormir abraçada com ele? Mano, agora meus problemas ja foram embora, vou aproveitar o momento como uma boa filha.

Não demorou muito para ele se levantar, pediu para que eu não demorasse e limpasse todo aquele sangue no salão de entrada e na calçada. Ótimo, nada melhor para esquecer de que matei umas cinco pessoas do que limpar o sangue delas da calçada, valeu pai.

E como todos me amam, claro que o bocchan não pode deixar de ir la fora, rir de mim, e dizer que eu havia feito um bom trabalho com eles. Tão feliz que acho que matar mais dois não teria problema. Ok, vamos esquecer. Lembrei a poucos minutos que eu tinha que ter ligado para nossos amigos ontem.

Como acabei logo meu trabalho, e era sábado, eu subi para meu quarto e mandei uma sms para todo mundo, não demorou para que eu recebesse uma ligação.

– Alô?- atendi

– Oi Key- uma voz familiar e alegre respondeu- sou eu é o Finny

– Oi Finny, tudo bem com você?

– To sim, e você? Melhorou?

– Sim, não foi nada de mais- disfarcei

– Então, eu liguei pra saber, o Soma tinha chamado eu, a Mey-rin e o Bard para irmos no cinema, e queria saber se você pode ir

– Ah que legal, mas eu não sei, tenho que ver com meu pai antes, pode esperar um minuto?

– Claro que sim

Tampei o áudio do telefone com as mãos e corri para a cozinha onde Sebastain estava preparando o almoço.

– Pai, posso ir no cinema com os meus amigos?

– Que amigos?- ele perguntou sério

– A Mey-rin, o Finny, o Bard e o Soma

– Quanto homem...

– Pai!

– Não sei, que horas que vocês vão?

– Não sei... Espera

Peguei o telefone novamente e perguntei.

– Finny, que horas vocês vão?

– La paras cinco ou seis horas da tarde

– Ok, valeu, aguenta firme ai que eu ja venho- eu ri

– Claro

Voltei para papai que parecia sério.

É de tarde, cinco ou seis horas, eu terei tempo de fazer muita coisa ainda até la...

Tudo bem então

– Obrigada- sorri

Sai dali e avisei meu amigo que iria, ele parecia muito feliz com a noticia, e disse que iriamos no mesmo shopping de sempre e que eles iriam me esperar em frente ao cinema.

Certo, eu fiz tudo o que tinha que fazer e mais um pouco. Eram quase cinco e meia quando eu recebi uma sms escrita "o horário oficial mesmo é as seis, mas ja estamos no shopping se quiser vir blz". Então eu tomei um banho para me arrumar.

Como sempre coloquei uma saia preta curta na frente e longa atrás, com uma blusa preta colada e um sinto de enfeite, com meu all star e uma meia três quartos listrada de preto e branco. E claro, minha nova e fofa pulseira indiana. Ajeitei meu dinheiro e meu celular e sai do quarto.

Desci as escadas e disse ao Sebastian que ja estava saindo, e acabei vendo bocchan na porta.

Onde você ta indo?

– N-no shopping...?

– Com quem?

– Meus amigos ora... Ta parecendo o papai com essas perguntas!

Ele riu e foi em direção da escada.

– Vê se não chega tarde ein, e vem direto pra casa, nada de ficar de pegação la ein- brincou ele

– Ora seu...!

Ele riu e subiu as escadas correndo receoso de que eu fosse atrás dele. Eu sai, e fui a pé mesmo, é bem perto. Logo que estava perto mandei uma sms avisando que estava na porta, e logo subindo as escadas eles estavam na porta do cinema a minha espera.

Eles pareciam não me reconhecer, eu havia esquecido, meu cabelo esta bem diferente. Mas logo eles conseguiram reparar que era eu e viream correndo em minha direção.

Key!- Mey-rin me abraçou- oi oi oi- ela parecia alegra, e logo que me soltou começou a mexer em meu cabelo- nossa que mudança!

– Oi- Bard acenou sorrindo

– Oi- Finny disse com um sorriso fofo no rosto corado

– Oi key- Soma veio em minha direção

Oi, oi, oi, e oi- eu ri- tudo bem com vocês?

Eles concordaram com a cabeça.

Obrigada pelo convite- eu sorri de volta

– Por nada- o príncipe disse

– Soma, eu falei que não precisava- eu disse corando involuntariamente e mostrando a pulseira- eu não comprei nada pra você ainda

– Que isso, espero que tenha gostado, e nem se preocupe com isso

Eu acabei abraçando ele instintivamente como forma de agradecimento. Pude ver que ele também ficou corado assim que o soltei, e que nossos três amigos trocaram um olhar de cumplicidade com um sorriso maléfico no rosto.

– Bem, que filme nós vamos assistir?- Bard perguntou

– Não sei...- Soma disse olhando para os cartazes- podem escolher vocês

Mey-rin havia sugerido um filme de terror que estava em cartaz, e disse que seus anteriores eram bem legais. Então fomos, compramos ingressos que por sorte ainda não tinha esgotado. O problema foram as cadeiras, numeradas como sempre, só haviam cadeiras longes, e as mais próximas eram três em uma fileira e duas na fileira da frente, tivemos que comprar essas. A questão foi a divisão, sugeri para que eu me sentasse na frente com Mey-rin e os meninos juntos, mas por um acaso na hora, eu tive que me sentar com o príncipe. Durante o tempo todo antes do filme começar nós conversamos e os três sempre ficavam trocando olhares estranhos.

O filme realmente dava medo, Mey-rin e Finnny estavam agarrados nos braços de Bard. E mesmo sem querer eu e Soma acabamos ficando de mãos dadas. Constrangedor isso.


***


Pov. Bard, Finny e Mey-rin


"E o príncipe ainda achou que a tática do filme de terror não dava certo haha, o plano que nós três bolamos esta indo mais do que bem"


***


Pov. Soma


Nunca vi um filme tão medonho na minha vida, sem querer durante o filme eu acabei segurando a mão de Keyko de tanto medo. Mas por sorte isso não interferiu em nada. O filme estava na metade quando resolvi tentar mudar meu foco e o de minha amiga para que talvez nos acalmássemos.

– Hey Key- sussurrei em seu ouvido- você gostou mesmo do presente?

– S-sim gostei Soma- ela respondeu sussurrando também- mas não precisava, eu não consegui te dar nenhum presente ainda, e muito menos sei o que eu posso te dar de presente- ela disse e acabou corando

Eu ri mentalmente do quanto eu achava aquele rostinho corado fofo, e resolvi falar algo por impulso.

– Eu sei o que você poderia me dar de presente- sorri

– Sério? Fala ai- ela sorriu de volta

– Bem, é só uma resposta

Ela me olhou confusa.

– Nós nos conhecemos a pouco tempo e tals, mas Keyko, você...- eu me aproximei bem de sua orelha e sussurrei- quer ser minha namorada

Meu coração disparou, senti meu rosto queimar. Olhei para minha tão queria amiga ao lado me olhando confusa com uma das mãos no peito e a outra na boca, seu rosto estava tão vermelho quanto o meu provavelmente estaria.

Ela não respondeu nada, mas o silêncio reinou entre nós, até que nossos rostos foram se aproximando cada vez mais. E eu a beijei. Ela era doce, e beijava muito bem. Um beijo apaixonado e delicado, deveria considerar isso um sim? Claro. Nunca me imaginei beijando alguém de quem realmente gosto, a cultura em meu país com essas coisas de casamento arranjado nunca permitiria isso, eu estava radiante.

Nem percebemos o tempo passar, deve ter durado no mínimo uns três minutos aquele beijo, e acho que devo admitir que para meu primeiro até que me dei muito bem em todos os sentidos possíveis.

Nos separamos em busca de ar, nos encaramos, ambos com olhares de bobos. Sorrimos e tentamos disfarçar um pouco ja que nossos amigos estavam quase festejando nas poltronas de trás. Eu encostei a cabeça no ombro dela, e ela encostou sua cabeça na minha, e assim ficamos até o resto do filme.


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Notas finais do capítulo

Yo, desculpem ter ficado pequeno, mas foi o que deu né? esta tarde eu eu to com sono, prometo que no próximo eu compenso :3