Harry Potter E A Bruxa Semideusa 3 escrita por Livia Dias


Capítulo 9
Sonhos Improváveis e Impossíveis


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo pois é um dos que eu gostei muito de escrever. Comentem!!!
PS: Agradeço muito à todos os leitores que tem comentado na fic e peço que continuem deixando comentários. Leitores fantasmas, por favor, mandem pelo menos um comentário dizendo se ficou "bom" ou "ruim". Gosto muito quando recebo comentários, porque a maioria deles, ajuda muito para que a fic continua. Não leva menos de dois minutos para fazer um comentário então por que, ler e ignorar a área dos comentários? Faça sua parte!!
Dedico o cap a Minu2013, Laays Potter, Bruhh Potter Jackson Salvatore, Luiza Rodrigues, Carly Potter Jackson, Letícia Longbottom e a Ariadne Lira que deixaram suas opiniões no capítulo anterior. Muito obrigada garotas e cada uma de vocês faz parte do meu mundo de fics aqui no nyah ;)
Vamos logo ao capítulo e sem delongas, apresento-lhes, a maior pista de todas sobre quem são os pais de Selena.
Tenho certeza, que depois desse capítulo, vocês saberam quem é o parente olimpiano da nossa bruxa semideusa :D
Até as Notas Finais!!!



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Selena notou que Percy tinha realmente, descoberto algo que sabia fazer muito bem. Ele conseguia fazer com que o Vingança da Rainha Ana, seguisse seu comando. A garota ficou feliz pelo amigo mas concluiu que ajudar Percy na vigilância, não era com ela. Não que ela ficasse enjoada nem nada – como o caso de Annabeth que teve que ir descansar em uma rede, após ficar com uma cor esverdeada – mas era tedioso.

Selena decidiu fazer o mesmo que a amiga Annabeth e logo, ela estava deitada em uma rede abaixo do convés.

Seus olhos pesaram e a garota acabou adormecendo. Teve um sonho bem estranho.

Uma mulher se debatia sob correntes enquanto um cachorro, passava por grades de uma prisão e fugia. Ela estava irritada ao extremo. Ele não poderia ter ido. Não devia ter passado por aqueles monstros. Não deveria tê-la deixado ali. Mas era de se esperar que ele a abandonasse, que ele a deixasse mesmo que ela, fosse parenta daquele cachorro preto.

Selena acordou assustada e notou que já era noite. Olhou para o lado e viu que Annabeth tinha subido para o convés. Viu no seu relógio de pulso, que já era meia-noite.

Arrumou a trança e subiu para o convés. Encontrou Percy e Annabeth observando o mar. A garota se sentiu péssima por interromper o momento “a sós” deles então seguiu até o lado mais longe deles possível e ficou observando o mar.

Eles então, passaram por uma ilha vulcânica fumegante, onde na costa, o mar borbulhava e vapor subia.

Selena se sentiu tão bem ali... Era como se aquele lugar fosse sua verdadeira casa, ou a casa de um parente próximo a ela. Sentiu chamas se elevarem dentro de si e aquela sensação era confortante, era como se a certeza de que tudo iria dar certo, estivesse dentro dela o tempo todo e a falta de esperança, nunca mais fosse existir. Ela pensou em pular no mar e alcançar aquela ilha, mas parecia algo idiota e ao mesmo fantástico à fazer. Ou até uma afronta.

Selena não sabia ao certo que lugar era aquele, mas era o melhor lugar pelo qual ela já passara.

-Você se sente bem, não é? – perguntou Annabeth e Selena se assustou ao notar que os amigos, tinham parado com suas conversas e com a observação do mar, e agora, observavam a reação da garota após passarem por aquele lugar, chocante e maravilhoso.

-Sim. – respondeu Selena lançando um último olhar para a ilha vulcânica que desaparecia às costas dela, mas a esperança e a mais nova chama que tinha se acendido em seu interior, não sumiu nem se apagou.

-Ahn...você sabe de quem é aquela ilha? – perguntou Percy se dirigindo à Annabeth enquanto ficava do outro lado de Selena.

-É uma forja. De Hefesto. – respondeu a garota e Selena encarou Annabeth interessada.

-De Hefesto? Deus dos ferreiros e do fogo? – perguntou a morena e a amiga, assentiu com um aceno de cabeça.

-É onde ele faz seus monstros de metal. – disse Annabeth.

-Como os touros de bronze? – perguntou Percy e a amiga assentiu e se dirigiu à Selena novamente. – Será que ele não pode ser algum parente próximo de você? O Deus Hefesto?

-Não sei. Sabe, eu estou cansada de me iludir à toa. – disse Selena se afastando da grade do navio e se largando no chão do convés enquanto os amigos a encaravam confusos.

-O que quer dizer? – perguntou Percy.

-Cansei de tentar saber quem são meus pais, porque me abandonaram... Sabe, com certeza, eles tiveram o motivo mais torpe para fazer isso. – disse Selena cruzando os braços em torno dos joelhos. – Isso cansa, sabem.

-Mas, se seu pai for Hefesto, ele não poderia ter cuidado de você. É a ação normal dos deuses em relação aos seus filhos. Imaginou se os deuses cuidassem de todos os seus filhos juntamente com os mortais. – disse Annabeth se sentando em frente à Selena.

-É eu sei. Mas, eu não tenho raiva dele se ele for mesmo meu pai. Mas...sabe, meu parente bruxo, me abandonou porque quis, ela, ou ele, me deixou por motivos...ah esqueçam. – disse Selena se levantando novamente.

-Começou agora termina. – disse Percy.

-Não tenho como explicar algo que nem mesmo eu entendo direito. – disse Selena. O que era verdade. Ela sabia o motivo do abandono, mas não entendia muito bem. Tinha coisas do mundo bruxo, que ela não entendia ainda e não conhecia.

Passou-se pelo menos meia-hora em silêncio até que Percy falou:

-Então, Annie, a razão de sua raiva pelos ciclopes...a história como Thalia realmente morreu...o que aconteceu realmente?

Selena ficou feliz que os amigos tenham mudado o rumo da conversa e decidiu participar do assunto.

-Acho que vocês dois merecem saber. – disse Annabeth por fim. – Na noite em que Grover estava nos escoltando para o acampamento, ele ficou confuso. Errou o caminho diversas vezes. Lembra que ele lhe contou isso, Percy?

O garoto assentiu.

-Bem, o pior erro, levou à cova de um ciclope em Londres.

-Há covas de ciclopes em Londres? – perguntou Selena surpresa.

-Você não acreditaria quantos, mas não se trata disso. Esse ciclope, ele nos enganou. Conseguiu nos separar dentro de um labirinto de corredores em uma casa velha. E conseguia falar com a voz de qualquer um. Exatamente como Tyson fez a bordo do Princesa Andrômeda. Ele nos atraiu, um de cada vez. Thalia pensou que estava correndo para salvar Luke. Luke pensou ter me ouvido gritar por socorro. E eu... eu fiquei sozinha no escuro. Tinha sete anos. Não conseguia nem achar a saída. Lembro que encontrei a sala principal.

Havia ossos espalhados por todo o piso. E lá estavam Thalia, Luke e Grover, com as mãos amarradas e amordaçados, pendurados no teto. 'O ciclope estava acendendo um fogo bem ali no piso. Puxei minha faca, mas ele me ouviu. Virou-se e sorriu. Ele falou e, de algum modo, conhecia a voz do meu pai. Acho que simplesmente a extraiu da minha cabeça. Ele disse: "Agora, Annabeth, não se preocupe. Eu amo você. Você pode ficar aqui comigo. Você pode ficar para sempre."
Selena e Percy se entreolharam. Aquilo era horrível, mesmo sendo contado ali, seis anos depois.

-O que você fez? – perguntou Percy.

-Eu o esfaqueei no pé. – disse Annabeth naturalmente.

Percy a encarou surpreso.

-Você está brincando, certo? Com sete anos esfaqueou um ciclope adulto no pé? – perguntou o garoto.

-Ah! Ele teria me matado. Mas eu o surpreendi, então, assim, deu tempo para eu cortar as cordas que prendiam Thalia e ela assumiu. – disse Annabeth.

-Foi muita coragem sua, mesmo assim. – disse Selena pensando no que faria caso aquela situação, ocorresse com ela mesma. Provavelmente se defenderia de algum modo como Annabeth, ou talvez não.

-Foi por pouco que escapamos. Ainda tenho pesadelos. Como aquele ciclope falou com a voz do meu pai... foi horrível. Foi por causa dele que demoramos tanto para chegar ao acampamento. Todos os monstros que estavam nos perseguindo, tiveram tempo de nos alcançar. Foi por isso que Thalia morreu. Se não fosse aquele ciclope, ela ainda estaria viva. – disse Annabeth.

Selena e Percy, não disseram nada. Apenas observaram a constelação de Hércules se erguee no céu.

-Vá para baixo, Percy. – disse Annabeth por fim. – Você precisa descansar um pouco.

O garoto concordou e desceu. Selena e Annabeth ficaram fazendo vigilância, cada uma com seus próprios pensamentos.

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O dia tinha amanhecido quando Selena e Annabeth resolveram ir acordar Percy. Desceram e encontraram o garoto tremendo e se sacudindo.

Annabeth tomou à frente e o sacudiu.

-Ah! – gritou Percy se sentando na rede de um pulo.

-Percy, você estava tendo algum pesadelo. Precisa se levantar. – disse Selena.

-O que...o que foi? – perguntou o garoto esfregando os olhos. – Qual é o problema?

-Terra. – respondeu Annabeth em tom soturno. – Estamos nos aproximando da ilha das sereias.

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Selena não conseguia se decidir sobre o que pensar. Bom, primeiramente, Annabeth queria se tornar mais sábia escutando o canto das sereias. Segundo, ela, Selena, acabou concordando em também ouvir o canto das sereias já que Annabeth assegurou-lhe, que com certeza seria uma experiência assustadora, mas que podia fazer Selena entender coisas que antes não entendia muito bem ao seu respeito.

Agora, Selena estava no dilema em tentar decidir quem era mais maluco dos três; Selena, por concordar em ouvir a cantoria das sereias, Annabeth que estava querendo se suicidar com certeza, ou Percy, que concordara em tapar os ouvidos e segurar duas garotas que poderiam matá-lo a qualquer instante logo que os cantos começassem.

Assim, os três avistaram a costa rochosa da ilha e Percy ordenou para que as cordas amarrassem as garotas, e assim, as cordas passaram pela cintura delas.

-Não nos desamarre. – disse Annabeth. – Não importa o quanto gritemos, ou façamos qualquer outra coisa.

-É. – concordou Selena um tanto nervosa com aquele plano cheio de falhas.

Percy colocou tampões de cera nos ouvidos e Annabeth assentiu com sarcasmo como se aqueles tampões, fossem a última moda.

O garoto devolveu uma careta para Annabeth. Então, o Vingança da Rainha Ana passou por rochas em meio ao nevoeiro.

Selena lançou um olhar nervoso para Annabeth que assentiu e foi a última coisa que ela se lembrava antes dos cantos começarem em sua cabeça e ela ver senas impossíveis e inimagináveis.
 

“Sua vida pode ser diferente,

Se você seguir à gente.”
 

Selena estava com um vestido vermelho até a altura dos joelhos e tinha uma mulher, com cabelos negros encaracolados da mesma forma que os seus, e um homem, moreno de olhos negros, que a abraçavam. Harry, Rony e Hermione também estavam por ali. Harry se aproximou de Selena e a puxou pela mão. Em seguida, os dois se beijavam apaixonadamente do outro lado do lago, enquanto os pais e os amigos, arrumavam uma toalha xadrez e vários lanches sobre o tecido. Ela não era bruxa, nem tinha uma profecia. E Harry gostava dela. Mas isso não fazia tanto sentido. Ela gostava do amigo como amigo e só isso. Mas mesmo assim, Selena queria estar ali. Selena queria estar perto de sua eu mais velha e mais bonita, e de seus amigos normais e de seus pais... e até de uma garota que aparentava ter 11 anos que estava perto dos pais de Selena e que provavelmente, era sua irmã.

A garota então, notou que não poderia chegar até aquele lugar maravilhoso, porque estava amarrada a um mastro. Mas que diabos ela estava fazendo amarrada em um mastro? Olhou para o lado e viu Annabeth amarrada da mesma forma e gritando para Percy, que observava tudo sem fazer nada.

Logo, Selena também como começou a gritar. Queria chegar até aquele lugar e um dos seus melhores amigos, estava negando aquilo à ela, sabendo como era importante para a mesma.

Selena então, começou a se debater tentando se soltar e lançou um olhar raivoso para o amigo que a encarava como se dissesse “nem pense em fazer isso”, pois sabia exatamente, o que a amiga faria em seguida.

Selena deixou sua raiva fluir dentro de si como fogo e pensou nas cordas se queimando. Logo, ela estava solta enquanto as cordas caiam aos seus pés, queimadas.

Annabeth, pegou sua faca de bronze e cortou às cordas enquanto Percy, se concentrava em guiar o navio.

As garotas aproveitaram a distração do garoto e pularam na água.

Nadavam, estavam conseguindo chegar perto daquela maravilhosa vida para ambas, um lugar sem perigos, sem nada que as prejudicasse.
 

“Pois tudo o que procurarem,

estará aqui, junto a nós.”
 

Era verdade. Tudo o que Selena queria em sua vida, estava bem ali, diante de seus olhos.
 

“Perigos não podem impedir,

nada que queiram aqui,

pois tudo será maravilhoso,

como sempre desejaram,

secretamente sem admitir.”
 

Selena estava tão próxima daquela maravilhosa canção, e vida. O casal apaixonado caminhava até os pais e se sentavam na grama, bem ao lado do lago.
 

“Tudo que está aqui,

foi tirado de ti,

antes mesmo de você nascer”
 

Era a pura verdade. Tudo aquilo, não existia na vida de Selena desde antes dela ter nascido. Como aquilo tinha acontecido, era um mistério. Mas também não importava. Ela estava próxima de ter sua vida, tão sonhada.
 

“mas a crueldade, você poderá perdoar

e esquecer.”
 

Talvez Selena poderia mesmo perdoar. É. Com aquela vida, seria impossível lembrar de alguma coisa.
 

“Como a canção,

estamos certas.

Tudo o que procurarem, está junto a nós.”
 

Mas algo aconteceu e impediu que Selena continuasse a ouvir a canção. Alguém tinha puxado seu tornozelo direito. As ondas a puxaram para longe da ilha. Para longe do futuro “namorado”, para longe dos pais, para longe da irmã... a Selena de lá desaparecia e os pais, amigos e irmã, ficavam tristes.

Selena se debateu. Quem quer que tivesse tirado ela de lá, não tinha esse direito.

Então, o “destruidor de vidas”, puxou Selena e Annabeth para o fundo da água.

A morena ficou confusa. O que estava acontecendo?

Seis metros, dez metros... Era Percy quem as puxava para o fundo. Por que ele estava fazendo aquilo?

Então, bolhas começaram a sair da boca de Selena pois ela estava tendo falta de ar. Já era um milagre ela ter chegado à dez metros sendo (talvez) filha de quem é.

Apertou o colar de Poseidon ao pescoço enquanto Percy fazia uma comando e bolhas de ar se uniam em volta deles fazendo apenas uma. Uma grande bolha de ar que salvou as garotas. Ambas voltaram a respirar.

-Vamos voltar ao navio. Está tudo bem. Aguentem firme. – disse

Percy e Selena e Annabeth concordaram embora nenhuma delas, tivesse força para dizer qualquer coisa.

Eles chegaram ao Vingança da Princesa Ana onde se acomodaram e Percy tirou os tampões dos ouvidos.

Selena se aconchegou em um cobertor e passou os braços em torno dos joelhos como a amiga Annabeth, no convés, enquanto estavam sentadas no chão.

Aquilo tudo que Selena tinha visto, mexera com ela drasticamente. Ela teria uma irmã se seus pais não fossem separados pelo destino, e por serem diferentes. Ela teria uma mãe igual à ela e um pai também, bastante parecido.

Mas o que ela não entendia, era o porque de Harry ser seu namorado na “vida” que ela tanto sonhou. Nunca sonhou em ter Harry...em ser sua namorada ou algo desse tipo. Parecia sem nexo. Eles eram apenas amigos, só isso.

Já Rony e Hermione, eles pareciam formar um casal também. Aquilo era um tanto incomum mas pensando bem, os opostos se atraem.

Selena escondeu o rosto entre os braços enquanto Percy se aproximava das garotas. Tudo indicava, que ele falaria sobre o caso. Será que ele tinha visto o mesmo que elas depois que as tocou, salvando-as das sereias?

-Vocês estão bem? – perguntou Percy mas Selena não respondeu.

Lágrimas brotavam de seus olhos. Selena não suportaria segurá-las por mais tempo então se levantou e saiu deixando Percy e Annabeth sozinhos.

Desceu e se largou no chão no canto mais escuro que encontrou. Era tão horrível. Sua vida tinha sido destruída antes mesmo de ela nascer, e depois, tudo se tornou pior. Não que ela não gostasse de ser bruxa e semideusa, mas Selena tinha a profecia, que poderia indicar salvação ou morte.
 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim.
Deixem comentários e digam o que acharam do capítulo ;)
Até outro capítulo.