Bellic E O Cálice De Fogo escrita por Patrona Ferpa
Eu, a Hermione e o Ron, estávamos numa das cabines do comboio, quando alguém bateu no vidro da cabine. Cedric.
- Olá, pessoal. Posso?
- Claro, entra. – Dissemos.
Ajudámo-lo a pôr a mala num dos compartimentos e sentámo-nos. A Hermione estava a ler o jornal.
- É incrível! – Resmungou. - Não havia nenhum tipo de segurança, ou assim?
- Havia bastante, segundo o meu pai. – Disse o Ron, enquanto comia uns doces que tinha comprado á senhora que os vendia no comboio.
- O meu disse a mesma coisa.
A cicatriz começou a doer e eu passei os dedos nela.
- Está a doer, não está? – Perguntou a Hermione.
- Estou bem.
- Tu sabes que o Sirius quereria saber sobre isto… o que tu visto no campeonato e o sonho…
Desviei o meu olhar para a paisagem lá fora. A Hermione tinha razão. Eu tinha de contar ao Sirius. Puxei a minha mala do compartimento e tirei de lá de dentro uma folha e uma pena.
Relatei tudo tim-tim por tim-tim. Quando acabei dobrei a folha como um envelope escrevi o nome do Sirius e tirei a Hedwig. Dei-lhe a carta, ela agarrou com o bico.
- Leva-a ao Sirius.
E ela saiu a voar na direção oposta á do comboio.
- Bem, este ano, talvez e se calhar vai ser normal. – Disse o Cedric.
- Porque dizes isso? – Perguntei-lhe.
- Tenho uma pequena impressão. – E sorriu-me pegou-me na mão e tiramos as nossas malas. Já tínhamos chegado a Hogwarts.
Depois de termos ido pôr as nossas coisas aos nossos quartos, voltámo-nos a encontrar no átrio principal.
- Cedric! – Os amigos dele chamaram-no.
Ele olhou para mim.
- Vai ter com eles. Também são teus amigos.
Ele sorriu, deu-me um beijo e foi ter com eles. Acenei aos amigos dele e eles acenaram também.
- Hei! Bella! Olha! –Exclamou o Ron.
Ao longe vinha uma carruagem, puxada por pégasos. Nós os três e o grupo do Ced chegamo-nos mais á ponte e vimos o Hagrid a fazer sinal aos cavalos. Os gémeos juntaram-se a nós. Ele vira-se por três, quatro segundos no máximo e quando que se vira quase leva com a carruagem.
- Aí está uma coisa que não se vê todos os dias. – Disse o Fred.
Olhei para baixo, enquanto me preparava para ir embora dali, quando vejo um barco, uma caravela a emergir das águas.
- Brutal! – Exclamei.
- O que foi? – Perguntou o meu amor.
- Aquele barco acabou de emergir da água.
Mais tarde, estávamos todos no salão principal. O Professor Dumbledore estava a fazer um discurso. O guarda da escola entrou na sala a fazer skipping alto em direção ao diretor.
- Este ano, Hogwarts foi escolhida para… - foi interrompido pelo guarda. Começaram a falar até que ele se foi embora a fazer, novamente, skipping alto. – Por tanto, como eu ia a dizer, Hogwarts foi escolhida para o Torneio dos Três Feiticeiros. Para quem não sabe, o torneio reúne três escolas. Para dar inicio ao torneio, um aluno de cada escola tem de ser escolhido. E digo-vos: a pessoa que vos escolhida permanece sozinha. Confiem em mim quando ao digo que este torneio não é para os menos fortes. Por favor, deixem-me apresentar-vos a Madame Máxime e as suas meninas.
A porta abriu-se entraram varias raparigas para a “dançar” se é o que elas realmente estavam a fazer. Abanavam os seus rabos e eu olhei para o Cedric. Ele estava vidrado neles. Fiz cara feia e, por acaso, ele olha para mim. Virei-lhe a cara e esperei que elas acabassem. No final, entrou uma senhora muito alta, com uma rapariga ao seu lado. Simas chamou o Ron.
- Ron, isto sim é que é uma grande mulher…
Revirei os olhos, assim como a Gina e a Hermione.
- Agora, deixem-me apresentar-vos os nossos amigos do norte e o seu diretor Igor Karkaroff.
As portas abriram-se e entraram vários rapazes com bastões. Começaram por andar e bater com eles no chão. Pararam, bateram novamente com eles no chão, rodaram os bastões e começaram a correr e a fazer “acrobacias”. A seguir quem entrou na sala foi um rapaz e o diretor. O rapaz era o da que esta a ser exibido no campeonato. Como é que ele se chamava…?
- Viktor Krum! – Exclamou o Ron, respondendo á minha pergunta mental. – É ele! É o Viktor Krum!
- Albus! – Os diretores abraçaram-se.
Depois disso alunos das escolas sentaram-se, assim como os seus diretores e serviram o jantar. Eu não tinha muita fome, aliás, eu não tinha fome sequer, mas obriguei-me a comer apenas uma perna de frango.
- Bella. – Chamou-me a Hermione. – Não vais comer mais do que isso?
- Não. – Respondi-lhe. – Estou sem fome. Hum… Hermione, o que é que é o Torneio dos Três feiticeiros?
- Peço a atenção de todos, por favor. – Dumbledore fez-se ouvir. – Eu gostaria de dizer algumas palavras.
- Depois digo-te.
- Okay.
- Glória Eterna. É o que espera um estudante que participe o Torneio dos Três Feiticeiros. Para isso três estudantes têm de sobreviver a três provas. Três perigosíssimas provas, mas para isso o Concelho impôs uma nova regra. Para nos explicar em que consiste esta nova regra, temos aqui connosco o senhor Barty Crouch.
Nesse momento o “céu” começou a trovejar. Os alunos começaram a gritar assustados, mas um senhor parou o que estava a acontecer.
- Mas aquele é o Moody. – Disse o Ron.
- Alastor Moody? O Auror? – Perguntou Hermione.
- Auror? – Perguntou um dos nossos amigos.
- Sim. – Respondi-lhe. – É uma pessoa que descobre quem são os seguidores do nós-sabemos-quem e mata-os ou obriga-os a dar informações. – Expliquei. – Por outras palavras: é um feiticeiro caçador.
Ele fez sinal que percebeu o que eu lhe disse.
- Dizem que ele é maluco. – Disse o Ron.
Olhei para o Auror. Ele estava a observar-me. Ele foi cumprimentar Dumbledore e foi sentar-se á mesa dos professores. Ele bebeu alguma coisa.
- O que será que ele bebeu? – Indagou o Simas.
- Sumo de abobora, não foi de certeza. – Respondeu-me o Cedric, que me ouviu.
O senhor Barty pôs-se á frente de uma pequena torre que tinham colocado ali.
- Para consideração, o Ministério que para a própria segurança dos estudantes, num aluno com menos de dezassete anos poderá participar no Torneio dos Três Feiticeiros.
Começaram todos a reclamar, principalmente os George e o Fred, que parecia que queriam participar. Eu mantive-me calada, uma vez que não tinha a mesma intenção.
- SILÊNCIO! – Berrou Dumbledore.
O mesmo fez a torre derreter-se e dentro da torre estava um cálice. O mesmo começou a fumegar.
- O Cálice de Fogo. – Disse. – Quem quiser participar no torneio, deverá escrever o seu nome num papel e colocá-lo no Cálice, até terça á noite. Não se esqueçam se uma pessoa for escolhida, não á volta a dar. Não pode desistir. E a partir desse momento, o Torneio começou.
Olhei para o Cedric. Ele também me olhava e eu sabia perfeitamente o que é que ele estava a pensar. Ele ia colocar o nome no Cálice.
Quando saí do salão principal, fui ter com o Hagrid. Ele estava em casa dele.
- HO! Bella! Entra! – Ele deixou-me entrar. – O que fazes aqui? É de noite.
- Só vim dizer-te olá. Como não te vi na estação…
- Não?
- Não, quando eu saí os do primeiro ano já se tinham ido embora.
- Ah… Okay. Correu bem a viagem?
- Sim, obrigada.
- Já ouvi as novidades. Tu e o Cedric. Ficam bem juntos.
- Obrigada, Hagrid. Eu amo-o.
- Nota-se. Mas agora vai antes que seja muito tarde.
- Okay. – Fui abraçá-lo. – Até amanhã Hagrid.
- Até amanhã.
Voltei devagar para o castelo. Eu sabia que os meus amigos andavam á minha procura e sabia que provavelmente estavam quase a entrar na Floresta Proibida.
Quando entrei no castelo, o Ron viu-me. Veio ter comigo e perguntou-me onde é que eu tinha ido. Respondi-lhe que tinha ido ter com o Hagrid. Fomos os dois para a sala comum.
No outro dia de manhã, levantei-me, fiz a minha higiene e fui para o salão principal. Tinha dormido mal. Correção: não tinha dormido sequer. Porquê? Não sei, mas havia algo que me deixava inquieta. Um pressentimento. Não tomei o pequeno-almoço. Fui diretamente para a sala e sentei-me no meu lugar. Aos poucos a sala foi enchendo até que o professor chegou e deu inicio á aula.
- Alastor Moody. – Pegou no giz e escreveu o seu nome no quadro. – Ex-Auror, estou aqui porque o Dumbledore mo pediu. Fim da história. Adeus. Fim. Alguma pergunta? – Ele varreu nos olhos pela sala. – No que consta ás Artes das Trevas: quantas maldições imperdoáveis há?
- Três, senhor. – Respondi.
- Porque é que são imperdoáveis?
- Porque são imperdoáveis. – Respondeu-lhe a Hermione. – se usar-mos apenas uma…
- É uma viagem só de ida para Azkaban. Certo. – Ele interrompeu a Hermione. – O Ministério diz que vocês são muito novos para ver e saber o que é que estas maldição fazem. Eu discordo! Vocês têm de ver e estar preparados… precisa de encontrar um outro sitio para colar a sua pastilha elástica, Senhor Finnigan.
- Credo! – Exclamou o Simas, baixinho. – Ele até de costas consegue ver!
O Moody atirou-lhe o giz.
Aproximou-se.
- Então? Por qual é que nós começamos? Wesley!
- Sim, senhor! – Disse ele assustado.
- Levanta-te. – Ordenou e ele levantou-se, devagarinho. – Diz-nos uma maldição.
- O-o meu pai falou-me de uma. – O Moody fez-lhe sinal para continuar. – A Maldição de Hirius.
- Ah, sim! O teu pai conhece-a. Essa deu muito trabalho á alguns anos ao Ministério. Talvez eu vos mostre o porquê.
Fiz sinal ao Ron para se sentar e olhei para a Hermione. Não gostei da cara dela. Ela sabia muito bem o que é que estas maldições fazem.
O Moody dirigiu-se a um pote e tirou uma pequena aranha e o Ron engoliu em seco. O seu pavor a aranhas ainda não se tinha dissipado.
- Olá. – Disse ele, amigavelmente, á aranha. Tirou a varinha. – Negociou… Imperiou… e agitou a varinha e ela foi parar a cima do meu livro.
Ela saltou para cima do Goyle.
- Não tenham medo. É completamente inofensiva.
Saltou para o braço de uma das gémeas. Depois flutuou para cima da cabeça do Ron.
- Mas se ela morder é fatal. Do que é que tu te estas a rir?
A aranha saltou para cima do Malfoy.
- Não é talentosa? O que a faremos fazer agora? Atirar-se pela janela? Afogar-se? – Lentamente fez com que a aranha voltasse para a mão dele. – Muitos feiticeiros afirmam apenas ter servido o “Quem nós sabemos” sob influência da Maldição Imperius. Mas isso coloca um problema: como é que se distinguem os mentirosos? – Calou-se e pediu mais uma. – Outra, outra! Longbotton, não é? Levante-se. A Professora Sprout disse-me que tem jeito para Herbologia. – O Neville assentiu lentamente.
- Há a… a Maldição Crusciatus.
- Correto! Correto! Venha cá. Esta é particularmente má. É a Maldição da Tortura.- Apontou para a aranha com a aranha. – Crucio!
O barulho que a aranha fazia era horrível. A própria aranha transmitia-nos a sua dor através dos altos guinchos. Mas de todos os alunos que estavam na sala, o Neville era o que sofria mais.
- Pare! Pare com isso! – Gritou a Hermione. – Não vê que isso o incomoda? Pare!
O Moody olhou para ela e parou. Pegou na aranha, dirigiu-se lentamente para a mesa dela e pôs a aranha em cima do seu livro.
- Talvez a Menina Granger possa dizer a última Maldição Imperdoavel. – Ela disse que não com a cabeça. – Avada Kedavra!
Olhei para a aranha morta. De repente senti uma sensação de déjà-vu. Os meus pais foram mortos com aquela Maldição… a minha mãe atravessou-se á minha frente para me proteger daquela Maldição…
- A Maldição da Morte. Apenas uma pessoa sobreviveu a esta Maldição. E está sentada nesta sala. – Disse andando na minha direção. Olhei para ele e pegou numa garrafinha e bebeu alguma coisa. Estremeceu.
Quando saímos da sala, o sino tocava. Anunciando o final das aulas daquele tempo.
- Brilhante, não é? – Ironizou o Ron. – Agora percebo porque é que dizem que ele é louco.
- Há uma razão para aquelas Maldições serem Imperdoáveis. Demonstrá-las numa sala de aula… viram a cara do Neville?
- Neville, sentes-te bem? - Perguntei-lhe. Estava pálido e com o rosto sofrido.
O Moody estava a descer as escadas e tocou-lhe no ombro.
- Filho, estás bem? – Ele assentiu. – Vem comigo. Tenho de te mostrar uma coisa.
Nós os três descemos e fomos para o pátio.
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o que acharam?