Bellic E O Cálice De Fogo escrita por Patrona Ferpa
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Já passava da dez da noite quando cheguei a casa dos Wesley. Tinha apenas uma mala e estava toda molhada por causa da torrencial chuva que se tinha instalado tão repentinamente. Eu teria feito um feitiço para não me molhar, mas a minha varinha estava dentro da mala.
Eu tinha vestido umas ganças de ganga, uns ténis, uma camisola e um casaco.
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Bati á porta e a dona Moly abriu-ma.
– Bella! Olá, querida! Entra, sai das chuva!
– Obrigada.
Entrei e pousei a mala no chão. A dona Moly, vinha na minha direção quando eu a parei.
– Espere! – Disse eu esticando os braços. - Deixe-me trocar de roupa primeiro.
– Ah! Claro que sim. Primeiro andar, o quarto da Gina.
Ela estalou os dedos e a mala foi para o quarto sozinha. Agradeci-lhe foi rapidamente para o quarto. Tirei a roupa molhada e tomei um duche rápido e quente. Vesti umas leguins, uma camisola, o segundo par de ténis e um casaco.
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Desci e todos estavam a jantar.
– Agora, sim. – Disse indo abraçar a dona Moly.
Ela riu-se e retribuiu-me o abraço. De seguida, foi dar um beijo na bochecha de todos.
– Já jantas-te, Bella? – Perguntou a Gina.
– Comi uma sandes enquanto vinha para cá.
– Não tens fome? – Perguntou o George
– Não estou bem.
– De certeza? Há sempre lugar para mais um. – Disse Arthur.
– Não se preocupem comigo. – Disse-lhes com um sorriso. – Jantem.
Eles recomeçaram a comer.
– Então, Bella – começou Arthur – um passarinho contou-nos que namoras com o Cedric Diggory.
Olhei para o Ron. Ele sorriu-me.
– É verdade.
– O pequeno passarinho também nos contos que já foi ter contigo a Godric’s Hallows. – Disse Moly.
– Que passarinho tão bem informado. – Disse eu sorrindo. – Sim também é verdade. O Cedric foi ter comigo para nos divertirmos com alguns amigos no inicio das férias, em Julho e em Agosto.
– E como é que vai a reconstrução da casa dos teus pais? - Perguntou o Fred.
– Está a correr tudo bem. Faltam uma casa-de-banho e dois quartos. A casa foi completamente destruída no ataque. Mesmo com magia leva tempo.
– Começas-te à muito tempo? - Perguntou Charlie.
– Em agosto.
Aquela noite, foi uma noite cheia de sonhos e foram sempre os mesmos. Eu estava num cemitério e havia uma cabana e uma mansão. A mansão dos Riddle. Como é que eu sabia? Não sei, simplesmente sabia-o. Era de noite. Havia também um senhor idoso que estava a fazer chá. Umas das luzes da mansão foram acesas e o senhor foi ver quem é que estava lá. Adentrou na mansão e subiu para o devido andar, eu estava atrás dele. Quando chegou ao corredor do quatro, estavam lá: o Lord Voldmort, um outro homem, Nagini e o Wormtail. Num ápice o senhor estava morto.
– Bella! – Alguém me chamava. – Bella!
Abri os olhos de repente e vi a Hermione.
– Estavas a ter um pesadelo? – Disse-lhe que sim com a cabeça. – Levantem-se a dona Moly disse que o pequeno-almoço estava pronto.
– Hermione, quando chegas-te? – Perguntei-lhe enquanto me levantava.
– Agora mesmo. E tu?
– Ontem à noite.
Eu e a Gina despachamo-nos rapidamente e descemos. Vesti umas calças de ganga, umas botas de cano alto pretas, uma camisa roxa e um casaco rosa.
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Depois de termos tomado o pequeno-almoço, pegamos numa mochila com alguma roupa e saímos de casa.
– Ron, para onde é que vamos? – Perguntei-lhe.
– Não sei. Hei! Pai! Para onde é que vamos?
– Ter com uns amigos. Despachem-se!
Um pouco mais à frente ouvi-mos um senhor que estava ao lado de uma árvore.
– Arthur! Já não era sem tempo!
– Desculpa Amos, mas ouve alguém que não se despachou.
De repente não senti o chão debaixo dos meus pés. Tirei a mochila, atirei-a para o chão e comecei a tentar agarrar-me em alguém.
– Mas que raio…
Estava alto, muito perto dos ramos da árvore, e do nada caio. Mantive os olhos e senti alguém apanhar-me. Era o Cedric. Bati-lhe no ombro.
– Não voltes a fazer isso!
Ele riu-se.
– Desculpa.
Deu-me um beijo e pôr-me no chão.
– Este deve ser o jovem Cedric. Como vais rapaz?
– Bem, obrigado.
– Bem, esta deve ser a jovem Isabella Potter. É um prazer conhecer a namorada no meu filho.
– O prazer é meu, senhor Diggory.
– Amos. – Corrigiu-me.
– Amos.
– Vamos? – Perguntou Arthur.
– Vamos, claro. – Respondeu Amos.
Eu ia começar a andar mas o Cedric parou-me. Deixou todos passar-nos, puxou-me para junto dele e começamos a andar.
– Assustei-te muito? – Perguntou num tom brincalhão.
– Não muito. Mas por favor não o faças mais.
Ele riu-se.
– Okay. Desculpa, Bells.
Sorri-lhe e abracei-o. Ele retribuiu o abraço e beijou-me o alto da cabeça.
– Os pesadelos acabaram? – Perguntou. Sim, eu já estava com pesadelos na última vez que nos vimos.
– Não. É sempre o mesmo sonho.
– O do Voldmort? – Perguntou a Hermione.
– Contaste-lhe? - Perguntou-me.
– Vocês os dois são os únicos que sabem.
– Okay.
– Onde vamos? – Perguntei-lhe, desviando o assunto.
– Ver o jogo de Quiddich.
– A final do campeonato, não é?
– Sim.
– Qual preferes? Futebol ou Quiddich?
– Não sei. Os são dois fixes, por isso… é provável o Quiddich.
Rimo-nos. Mais há frente avistamos uma bota e começaram a pôr-se à volta dela.
– Por que é que estamos à volta de uma bota malcheirosa?
Todos se riram.
– É um portal. – Respondeu-me o Ced.
– Hum…
Começaram a agarra a bota, menos eu. O vento começou a agitar-se, quando o Ced me chamou.
– Bella!
Agarrei à pressa o cano da mesma e o Ced abraçou-me a cintura. A bota começou a levantar voo e começou a girar muito depressa. Depois disso não percebi o que é que se passou. Apenas ouvi, além do vento, o Ced a dizer-me para esticar as pernas e começar a andar no ar. E assim fiz. Quando dei por mim estava com o braço do Ced na minha cintura e estava a andar no ar em direção a uma pequena montanha, enquanto que os outros estavam escarrapachados no meio do chão, a gemer de dor.
Quando pousamos no chão, ele tirou o braço da minha cintura e fomos ajudá-los a levantarem-se.
Fui ter com a Gina e a Hermione. Comecei a rir-me.
– Dói assim tanto?
Elas olharam para mim.
– Queres experimentar?
– Não, obrigada.
– Não nos tinhas dito que já tinhas atravessado um portal.
– Nunca andei. – Disse-lhe ajudando pô-las de pé. – Foi o Cedric que me disse o que tinha de fazer.
– Sortuda! – Disseram as duas ao mesmo tempo. – Quero um desses!
O Ron olhou para nós e eu ri-me.
– HÁ! Ele é meu. – Disse eu a brincar com elas, enquanto ele me abraçava a cintura e sorria.
– Podes querer que sou. – Sussurrou-me ele.
Sorri-lhe.
– Vamos, miúdos!
Descemos.
– Meninos, bem-vindos ao jogo mundial da taça de Quiddich. – Disse Arthur.
À nossa frente estavam milhares de feiticeiras e feiticeiros a divertir-se e a preparar-se para a grande final no campeonato. Era surreal.
Adentrámos na multidão e seguimos sempre em frente. Havia pessoas a fazer malabarismo, a cantar, a tocar um instrumento…
Todos parámos.
– Bem é aqui que nos separamos. – Disse Amos. – Até depois meu amigo, meninos, meninas. Foi um prazer conhecer-te Isabella.
– Bella. – Corrigi-o.
Ele riu-se.
– Bella.
Enquanto todos se despediam de Amos, o Cedric puxou-me mais para ele.
– Amor… até depois. – Disse beijando-me e sendo retribuído.
– Até depois.
Abraçamo-nos, ele despediu-se de todos e quando se estava a ir embora, pegou-me na mão e beijou-a.
Eles foram-se embora e nós seguimos para uma pequena tenda. Todos entraram e eu fiquei a olhar para aquela coisa tão pequena. Pus a cabeça no lado de dentro e vi que na verdade tinha mais espaço do que parecia. É o faz viver-mos num mundo de bruxaria e ainda não nos habituar-mos.
Entrei por completo na tenda. Haviam seis camas, uma pequena cozinha, uma pequena sala de jantar e uma sala de estar.
– Ron, sai da cozinha! – Ralhou Arthur. - Todos temos fome.
– Ron, sai da cozinha! – Imitaram os gémeos.
O Arthur virou-se para eles.
– Pés fora da mesa!
– Pés fora da mesa!
Ri-me com aquilo. Dirigi-me para Arthur.
– Em que cama fico?
– Na que quiseres. Escolhe uma, Bella.
– Okay.
Dirigi-me para a cama mais distante de todas e sentei-me nela. Olhem para mim! Uma rapariga que perdeu os pais quando era bebé, foi criada pelos tios que não queriam saber dela e que a puseram a dormir numa arrecadação até aos onze anos. Nunca festejaram o seu aniversário com ela e sempre lhe mentiram sobre a morte dos pais. Nunca teve amigos e nunca recebeu presentes. Até que no seu décimo primeiro aniversário, aparece um gigante em sua casa a dizer que ela era uma feiticeira, e que agora, com dezassete anos, está a reconstruir a antiga casa dos pais, porque vai deixar a casa dos Dursley e nunca mais vai voltar.
A vida da rapariga mudou drasticamente. Agora tem amigos que se preocupam com ela, que lhe dão presentes na Natal e no aniversário…
Yep! Sim, de certeza. Tenho a certeza de que tudo vai correr bem agora que a minha vida está a pôr-se no sítio em que sempre deveria estar. Tenho os meus amigos e o Cedric para me ajudarem com qualquer coisa que eventualmente possa acontecer.
Sim, a minha vida mudou bastante desde que o Hagrid me foi buscar. Olhem para mim! Eu vou ver a final do Campeonato de Quiddich com os meus amigos! Eu tenho um namorado! Chama-se Cedric e eu amo-o!
Sorri.
– Miúdos! Vamos temos de ir para a nossa bancada.
Fui ter com os gémeos.
– Têm um caschecol a mais?
– Yahp!
Eles deram-mo e fomos para o estádio. Já estávamos dentro do edifício, quando os Malfoy me chamaram à atenção.
– Meu Deus pai! – Exclamou Ron. – O quão alto é que nós estamos?
– Olhem só o lado positivo: se chover vocês serão os primeiros a saber. – Ironizou Lucius.
– Ao menos se o estado for inundado, não poderão sair. - Respondi-lhe.
Eu sei que fui má, mas entre mim e o Lucius, nada nem ninguém se pode meter. Se for para falar, que se fale tudo cara a cara sem guardar remorsos e ser o mais sincero possível.
– O pai e eu somos os convidados do Ministro. E o convite foi feito pelo próximo Cornelius! – Gabou-se o Draco.
– Não te gabes, Draco. – Disse o Lucius, batendo-lhe com o bastão. – Pelo menos não com estas pessoas.
Eu e a Hermione entreolhamo-nos. Fiz sinal para que nos fossemos embora, mas o Lucius prendeu o meu pé com a ponta do bastão.
– Espero que desfrutas do jogo e diverte-te. – Disse com um sorriso irónico. – Enquanto podes.
– Não te preocupes, eu vou divertir-me. Mas ainda bem que é longe de ti, porque sente-se o cheiro a suor a quilómetros.
Todos se desmancharam a rir e fomos embora e continuamos a subir as escadas até ao último andar daquele enorme estádio. Quando estávamos no décimo sexto lanço de escadas, encontrámos o Cedric e o Amos ali á nossa espera. Ele deu-me um beijo na bochecha, pegou na minha mão e puxou-me para continuar-mos a subir. Já tínhamos subido muito mais do que eles quando eu chamei o Ced.
– Espera. Não devíamos esperar por eles?
– Não te preocupes. Nós vamos para o mesmo sítio. Anda.
Ele voltou a puxar-me e voltamos a subir as escadas. Doía-me muito as pernas quando chegámos lá a cima, o Cedric levou-me ao colo até ao sitio onde íamos ficar, praticamente.
– Já cá ‘tou… já cá ‘tou… - Disse quando parei e segurei a grade á minha frente para me segurar.
Ele riu-se e abraçou-me por trás.
– Tive saudades tuas…
– Eu também…
Beijámo-nos e só parámos quando os gémeos nos mandaram ir procurar um quarto. Corei e escondi o rosto no peito do Ced.
Não demorou muito tempo, para chegarem os jogadores nas vassouras, mesmo rentinho ás nossas cabeças.
– São os Irlandeses! – Gritou o Fred.
– E aí vêm os Búlgaros! – Gritou o George.
Um rapaz estava a ser exibido nos grandes ecrãs e no público.
– Quem é aquele? – Perguntou a Gina.
– Aquele, mana, é o Viktor Krum. O melhor seker do mundo.
– És dos irlandeses ou dos búlgaros?
– Irlandeses. A minha família toda sempre foi dos irlandeses. Olha só para o meu pai.
Olhei para o Amos ao lado do Arthur e ri ligeiramente. Estava com um grande chapéu verde ás riscas brancas, com um caschecol também verde ás riscas brancas e tinha a cara pintada: uma metade verde e a outra branca.
– Eu uso um caschecol e já é bom.
– Eu quanto muito uso o caschecol e o chapéu, ou nem isso.
Dei-lhe um beijo no queixo e o Ministro da Magia começou a falar.
– Como Ministro da Magia, é-me um prazer apresentar-vos á final da Taça de quiddich. Que o Jogo comesse!
(…)
Estávamos na tenda dos Wesley, até mesmo o Ced e o Amos. O Arthur e o Amos estavam a falar sobre alguma coisa, estávamos eu, o Cedric, os gémeos, a Hermione, a Gina e o Ron na brincadeira uns com os outros, quando o Ron começou a falar sobre o búlgaros.
– Eles são o máximo! Olhem só para o Krum: ele parece um pássaro!
– Acho que estás apaixonado Ron. – Disse a Gina quando ia a passar para se ir sentar numa das cadeiras.
– Cala-te. – Disse-lhe ele.
– Viktor, I love you… – Começou a cantar o Fred.
– Viktor, I do… – Continuou o George.
– When we are apart my heart beats only for you…– Terminamos eu e o Ced.
Lá for a estava muito barulho, muitos gritos.
– Uau! Os islandeses sabem mesmo festejar. – Disse o George.
– Parem! Parem! – Quase gritou o Arthur. O Amos estava ao lado do Ced. – Temos de sair já daqui.
Saímos da tenda e eu nem acreditei no que vi. Tendas em chamas, muitas pessoas a correr para a minha esquerda e ao longe viam-se pessoas com máscaras e com uns chapéus altos.
– Dirijam-se ao portal e fiquem juntos. – Disse o Amos.
– Bella! – Gritaram o Ced e a Hermione. Eu estava a ficar para trás.
Comecei a correr com eles, comecei a tropeçar nas coisas que estavam no chão e caí.
– Bella!
Foi a última coisa que ouvi antes de desmaiar com algo a acertar na minha cabeça.
(…)
Quando acordei, estava tudo meio escuro. Olhei para os lados e vi um homem. Ele também me viu e começou a vir na minha direção, mas foi-se embora quando comecei a ouvir alguém a chamar-me.
– Bella! – Era a Hermione.
– Bella! Amor! – Cedric.
– Bella! – Ron.
Eles abraçaram-me, quando me encontraram.
– O que é aquilo? - Perguntei quando olhei para o céu.
Não ouve tempo para respostas, a minha cicatriz começou a doer e ouve uma série de feitiços na nossa direção. Nós estávamos agachados no chão, quando ouvimos o Arthur e o Amos.
– Parem! Parem! E esse é o meu filho! – Eles chegaram-se perto de nós. – Meninos, vocês estão bem?
– Sim.
– Não se mexam!
– Barty! – Exclamou o Amos. – São apenas miúdos.
– Foram descobertos no local do crime!
– Local do crime?
– Sim, Bella. – Respondeu-me a Hermione. Apontou para o céu. – É a marca dele. - Sussurrou.
Arfei.
– Então quer dizer que aquelas pessoas… com as mascaras…
– Sim. – Respondeu Arthur. – Eram seguidores.
– Sigam-me!
– Havia um homem… á pouco… ali. – Disse apontando para o lado em que o tal homem tinha vindo.
– Todos! Sigam-me!
– Um homem Bella? Quem? – Perguntou Amos.
– Não sei. – Disse. Voltei a olhar para o céu. – Não lhe consegui ver a cara.
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O que é que acharam?