Pov da Melany

Acordei com um leve passear de dedos por minhas costas, foi impossível não sorrir. Depois da briga de ontem Seth acabou ficando comigo. Por mim permaneceria assim em seus braços pra sempre, mas ainda tinham coisas que precisávamos resolver.

_ Me desculpe por ontem. Falei cheia de culpa.

Ele não respondeu, apenas continuou o carinho que fazia em mim.

_ Sabe que alguma hora terá que falar sobre isso. Insisti.

_ A única coisa que eu sei é que você é minha e não irei entrega-la de bandeja a nenhum sanguessuga. Respondeu. Sua voz parecia tranquila, porém séria.

_ Não tenha a menor duvida disso. Mas Alec é meu amigo. Ele e Marcus eram as únicas pessoas com que eu podia contar durante um dos piores momentos da minha vida, ele é importante. Falei.

Senti o corpo de Seth estremecer levemente.

_ Não pode estar falando sério, tudo começou por causa dele. Sem falar que até pouco tempo atrás ele queria te matar, não é possível que já tenha esquecido. Rebateu.

Eu tinha que admitir, ele tinha razão. Por mais que os argumentos de Seth fossem lógicos eu não conseguia mais ver Alec desse jeito, não depois dele ter me mostrado seu lado amigo, atencioso e protetor. Eu não conseguia nem lembrar todas as vezes que ele juntamente com Marcus me defendeu daquele bando de psicopatas italiano.

_ Eu sei, mas... Pense um pouco, graças a tudo que aconteceu pude conhecer e me aproximar do meu avô e também fortalecer os laços com minha família e meu amor por você. Disse tentando explicar meu ponto de vista.

_ Ainda não acredito que esteja falando sério. Respondeu.

Suspirei e endireitei-me para poder encarar seu rosto.

_ Olha, não estou pedindo que entenda... Só me deixe fazer do jeito certo.

_ Como assim? Perguntou parecendo desconfiado.

_ Eu iria contar ontem pro Alec sobre o nosso casamento, mas o celular tocou bem na hora e eu estava tão ansiosa em chegar em casa que acabei me esquecendo.

_ Pode mandar um convite se quiser. Ele respondeu indiferente.

_ Seth! Falei em tom de censura. Isso seria no mínimo insensível.

Depois de um bom tempo me encarando, ele suspirou.

_ Porque você tinha que ser tão linda e convincente? Falou enquanto abria um sorriso torto.

Eu não creio! Ele deixou! Seth não existia! É claro que eu daria um jeito de contar pessoalmente a Alec independente de qualquer coisa, mas fazer isso sem brigas era muito melhor. A cada dia eu acreditava mais que com imprinting ou sem imprinting eu pertenceria a Seth, porque seria impossível eu não amá-lo.

_ Você é incrível! Falei abraçando seu pescoço.

_ Não estou nada feliz com isso, mas se é o que quer. Mas vou logo avisando se ele encostar um dedo que seja em você, eu acabo com aquele sanguessuga. Ameaçou.

_ Eu te amo Seth Clearwater. Falei olhando em seus olhos.

_ Eu também te amo Melany, muito. Respondeu me puxando para um beijo.

Não demorou muito e estávamos nos amando novamente. Eu nunca me cansaria da sensação de ser completamente dele.

Depois de mais algumas horas no quarto e um maravilhoso banho a dois descemos, mas o curioso foi que não tinha ninguém na sala apenas Rosálie, Bella e Alice.

_ Cadê os meninos? Perguntei.

_ Saíram á algum tempo. Respondeu Rose como se tivesse se segurando pra não rir.

Fiquei sem entender, mas antes que eu pudesse perguntar novamente Alice foi mais rápida.

_ Esqueceu seu escudo não foi? Perguntou com um sorriso malicioso.

Oh my God! Não acredito! Eu realmente tinha esquecido isso! Cobrir cômodos ou lugares exige que pelo menos uma parte de minha mente esteja focada nisso, quando essa parte para de se concentrar ou “funcionar” o campo se desfaz, é óbvio que foi o que aconteceu enquanto eu dormia e o pior é que agora de manhã eu não havia o colocado de volta. É claro que os meninos saíram, eles não conseguiriam ficar aqui ouvindo coisas que nenhum pai ou irmão no planeta gostaria.

_ Sem comentários, por favor. Falei puxando Seth pra cozinha enquanto minhas irmãs riam na sala.

Minha mãe não estava na cozinha e sim no jardim, o temporal de ontem tinha feito um belo estrago nas flores que ela cuidava com tanto carinho, aliás não havia nada com que Esme Cullen não fosse carinhosa.

Eu mesma preparei o café até porque seria bom eu já começar a ir treinando. Depois do café da manhã Seth foi embora, ele trabalharia hoje. Fiquei na sala com as meninas discutindo coisas sobre os casamentos. Umas duas horas depois John chegou. Agora ele praticamente vivia na reserva, quem não gostava nada disso era Seth porque assim como ele tinha dormido aqui ontem, estava na cara que John tinha dormido com Leah. A relação dos dois continuava com a mesma implicância de sempre, mas não havia nada que nenhum deles pudesse fazer, teriam que se aturar pelo o resto da eternidade. John ficou na sala assistindo TV, uma vez ou outra revirava os olhos diante do que falávamos.

Depois de um tempo minha mãe veio se juntar a nós, eu já tinha me distraído assistindo The Walking Dead junto com John, quando os meninos chegaram. Todo mundo virou para encará-los, John também, mas ele não sabia do que se tratava já que não estava presente mais cedo.

_ Posso saber o que está acontecendo aqui? Perguntou John quebrando o silencio.

_ Nada é só que teve gente que acabou ouvindo coisas que não queria. Disse Alice começando a rir.

John continuou com cara de desentendido e Rosálie também começou a rir, minha mãe e Bella estavam com a mão na boca disfarçando uma risada, até eu estava rindo.

_ Não achei o motivo da graça. Disse Jasper.

_ Muito menos eu. Apoiou Emmett.

_ Melany será que poderia, por favor, bloquear a mente delas? Perguntou Edward.

Pelo seu tom de voz, Rosálie e Alice deviam estar tocando o terror em pensamentos. Fiz o que ele pediu, até porque eu pretendia que minhas irmãs continuassem inteiras.

_ Obrigado. Falou no mesmo tom.

_ Então, se divertiram? Perguntou minha mãe querendo quebrar o clima constrangedor.

_ Sim! Peguei dois ursos pardos! Disse Emmett se animando.

_ Jura? Perguntei também, dando uma forcinha.

_ É, mas ainda acabou levando uma patada de um dos ursos olha a roupa dele. Respondeu Jasper.

Realmente a roupa de Emm estava toda rasgada e suja de terra.

_ Sim, mas porque eu deixei. Rebateu Emmett.

_ Não foi bem assim. Intrometeu-se Edward.

E então eles começaram a falar sobre quem tinha feito mais estrago, ou sobre quem pegou o maior... Homens. Meu pai não participou da conversa continuou calado e subiu para o escritório, depois de um tempo eu o segui. Eu estava prestes a bater na porta quando ouço sua voz.

_ Pode entrar Melany.

Abri a porta e entrei, ele estava sentado na cadeira que fica atrás da grande mesa de mogno.

_ Está tudo bem? Perguntei indo até ele.

_ Sim, é que ás vezes eu me esqueço de que você não é mais aquele bebezinho de 17 anos atrás. Ele respondeu.

_ Pai... Falei sentando em seu colo e o abraçando.

_ Não importa se você vai se casar ou quantos anos você tenha, vai ser sempre minha princesinha.

_ Eu te amo papai. Falei o abraçando mais ainda.

_ Eu também te amo. Ah, filha, será que você poderia, por favor, não esquecer seu escudo novamente?

Foi impossível não rir com esse pedido.

_ Claro pai.

Depois disso ficamos lendo livros e conversando sobre medicina, igual a como fazíamos quando eu era pequena. Enquanto meu pai me mostrava o funcionamento do corpo humano eu tinha certeza de que se um dia eu me formasse seria pra ser médica.

***

O final de semana passou correndo. No domingo eu fui pra reserva já que fazia um algum tempo que eu não ia lá. Passei grande parte do tempo na praia com Claire, o clima estava melhor, mas nada que permitisse contato com água ficamos apenas brincando na areia e pegando conchas. Depois voltamos para casa de Emily, onde como não era surpresa, todos se reuniram, brincando e rindo o dia inteiro. Recebi também umas 20 ligações dos meus amigos querendo saber o que tinha acontecido no dia do show, eu os tranquilizei dizendo que eu tinha saído pra passear com um amigo, o que era a mais pura verdade. Não precisava acrescentar detalhes como, por exemplo, que o “amigo” era na verdade um vampiro e aparentemente apaixonado por minha pessoa.

Na segunda acordei, levantei, fiz minha higiene matinal e vesti uma roupa mais leve porque por um milagre estava fazendo sol na chuvosa e nublada Forks. O único problema disso é que eu iria pra escola sozinha, já que meus irmãos não poderiam sair assim.

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Terminei de me arrumar e desci. Encontrei todos na sala, menos Bella e John que já tinham saído e meu pai que eu podia ouvir no escritório, pelo que entendi ele falava com o diretor do hospital informando sobre sua falta hoje.

_Bom dia. Falei.

_ Bom dia. Responderam.

_ Vai ter que ir só hoje querida. Disse minha mãe enquanto me acompanhava até a cozinha.

_ Eu já sabia.

Quando terminei o café me despedi de minha família, peguei meu baby e fui pra escola. Assim que cheguei fui recebida pela dupla dinâmica.

_ Bom dia maluqueira! Disse Matt.

_Bom dia meus amores. Respondi.

_ Ih hoje ela esta de bom humor. Falou Vitor só pra perturbar.

_ Engraçadinho. Respondi.

_ É brincadeira, bom dia uma das razões da minha existência. Disse me abraçando.

Nesse momento as meninas chegaram.

_ Bom dia povo. Disse Priscila.

_ Bom dia minhas amadas. Respondeu Matt abraçando as três.

_ Ótimo dia, as outras razões da minha existência acabaram de chegar. Falou Vitor.

_ Já vi que hoje eles estão com a corda toda. Comentou Tais.

_ Realmente, hoje estamos nos sentindo com o poder da sedução. Respondeu Matt nos fazendo rir.

Esses dois não tinham jeito. Já estávamos a caminho da sala de aula quando Juliana me sai com essa.

_ Melany, só agora eu reparei. Cadê seus irmãos? Perguntou.

Ai meu Pai! O que eu digo?!

_ Eles... Foram acampar, pra aproveitar o raro dia ensolarado. Falei a primeira coisa que me veio á mente.

_ E porque não foi com eles? Indagou Tais curiosa.

E agora??!!

_ Porque... Eu prefiro passar o dia com vocês. Respondi com o meu melhor sorriso.

_ Ah que lindo! Disse Matt.

_ Quando eu digo que elas não vivem sem a gente. Completou Vitor encerrando a conversa.

Essa foi por pouco. O resto da manhã se passou normalmente, tiramos uma onda básica com as vadias por causa do show de talentos e rimos muito com Vitor e Matt que resolveram usar seus “poderes de sedução” com as lideres de torcida e tomaram um belo banho de suco.

John não iria logo porque teria uma reunião de professores, mas mesmo assim eu resolvi espera-lo. O estacionamento da escola já estava completamente vazio, eu continuava esperando John dentro de meu carro. Estava distraída cantarolando quando uma figura aparece ao lado do carro, o mesmo lado que o meu. A pessoa estava completamente coberta, com as mãos dentro do bolso do casaco e o capuz sobre a cabeça, mas antes que eu pudesse gritar a pessoa levantou o rosto e pra minha surpresa era Alec, além do capuz ele usava um óculos escuro.

_ Quer me matar do coração? Perguntei levando a mão ao peito.

_ Você pediu pra eu deixar o vestiário da escola em paz não foi? Rebateu.

_ O que está fazendo aqui? Falei ainda me recuperando do susto.

_ Lembra que me disse que se sobrevivesse era pra pensarmos em alguma coisa? Então. Agora é a minha vez, o que esta fazendo aqui?

_ Esperando John, meus irmãos não vieram pra escola hoje. Respondi.

_ Posso imaginar o motivo. Disse com um sorriso irônico.

Alec não estava com nenhuma parte da pele exposta o que o impedia de brilhar, mas em compensação estava vestido como um maníaco de filme de terror. Meus irmãos também poderiam ter feito isso e sair na rua, se quisessem chamar atenção de mais da metade da cidade ou ser presos acusados de formarem uma gangue, mas isso não vinha ao caso agora. Essa era a minha melhor chance de resolver logo meu problema com Alec.

_ O que acha de darmos uma volta? Perguntei.

_ Será um prazer. Respondeu dando a volta e indo pro lado do carona.

Estranhei, onde estaria o carro dele?

_ O que aconteceu com sua Ferrari? Perguntei.

_ Está no hotel, imaginei que me convidaria pra um passeio então não me dei ao trabalho de traze-la. Respondeu.

O encarei de boca aberta. Alec Volturi era um vampiro de muitos mistérios. Antes de sair mandei uma mensagem pra John dizendo que iria dar uma volta e depois iria pra casa. Saímos da cidade e paramos em uma estrada isolada a margem da floresta. Alec desceu do carro e veio abrir a porta pra mim.

_ Estava com saudades dessa visão. Falou com um sorriso malicioso se referindo a minhas pernas.

_ Idiota. Resmunguei batendo a porta do carro.

Entramos na floresta, levaríamos mais tempo do que o necessário graças ao meu salto. Alec se ofereceu para me carregar, mas não aceitei não teria o menor cabimento optei ir descalça mesmo. Depois de alguns minutos de caminhada chegamos a uma bela clareira.

Clareira:

Andei a até o centro da clareira e me sentei aproveitando um pouco de vitamina D, algo que era bem raro por aqui. Alec me seguiu, tirando o capuz e os óculos escuros, fazendo com que sua pele refletisse como milhares de diamantes. Eu tinha que admitir, era uma cena bonita. Ele deitou esparramado ao meu lado e também tirou o casaco ficando apenas com a camisa.

_ Será que você poderia ir pro outro lado? Seu efeito purpurina está me cegando. Falei só pra abusar.

_ Isso é inveja. Você bem que queria ficar tão impressionante quanto eu. Respondeu.

_ De jeito nenhum! Adoro poder sair no sol. Disse levantando o rosto para receber um pouco mais de raios solares.

_ Sexta quando chegou em casa seu cachorro brigou com você? Ele perguntou depois de um momento silencio.

Ele estava com os olhos fechados, pelo seu tom de voz parecia animado com a ideia de que a resposta da sua pergunta fosse sim.

_ Sim, mas já esta tudo ótimo entre a gente. Respondi.

_ Que bom. Falou de um modo nada convincente.

Resolvi que era a hora.

_ Alec, preciso te contar uma coisa. Comecei.

_ Diga. Respondeu ainda de olhos fechados.

Respirei fundo e tomei coragem.

_ Eu vou me casar.

_ O que?! Exclamou abrindo os olhos e sentando-se de rompante.

_ Eu vou me casar com Seth. Daqui a alguns meses. Repeti.

_ Não pode estar falando sério. Ele disse enquanto se levantava e começava a andar de um lado pro outro a minha frente.

_ Estou.

_ Porque está fazendo isso? Você só tem 17 anos... A não ser que, esteja grávida! Você não esta grávida daquele cachorro está?! Perguntou se abaixando e segurando meus braços.

_ Não! Vou me casar com ele porque eu o amo. Falei.

Alec não me soltou apenas ficou me encarando. Vislumbrei dor em seus olhos, mas foi logo substituída pela raiva.

_ O que ele tem que eu não tenho?

_ Não se trata disso. Você é o sonho de qualquer garota Alec, o problema sou eu. Eu não posso ser feliz com você amando outro.

Seu olhar se tornou frio.

_ A culpa é minha. Deixei me envolver por você, coisa que nunca deveria ter acontecido. Eu deveria ter cumprido minha missão da primeira vez que estive aqui, assim teria evitado sofrimento.

_ Não está sendo justo. Falei com a voz afetada.

Eu sabia que seria difícil só não imaginei que fosse tanto.

_ Justo? Você não está sendo justa agora. Eu mudei por você, mesmo que sem perceber eu acabei mudando aos poucos. Você não sabe o quanto eu me esforcei e me esforço pra conseguir ficar perto de você sem te matar suportando a sede só por causa.

_ Pensei que meu cheiro não o afetava mais. Falei.

Porque a julgar pela atitude dele no nosso primeiro encontro depois da batalha com os recém-criados e agora eu acreditava que ele já tivesse superado isso. Alec deu um sorriso sarcástico.

_ Engano seu. Você continua com o mesmo cheiro enlouquecedor do primeiro momento em que te vi. Não sabe o quanto é difícil... Mas achei que o esforço valia a pena.

_ Não vale mais? Questionei.

Se ele preferia ter me matado a me ver casando então eu estava realmente estava enganada, mas com relação a ele. Ele não tinha deixado de ser aquele ser frio, apenas o ignorou por um tempo. Ele permaneceu calado, como sempre fazia quando não sabia o que responder. Depois de um longo momento ele soltou meus braços e levantou.

_ Realmente não sei. Respondeu enquanto se encaminhava para a saída da clareira.

_ E a propósito não precisa mais enviar as cartas, eu não quero saber. Foi á última coisa que disse antes de sumir do meu campo de visão.

Eu não estava acreditando que ele teve a coragem de me dizer essas coisas. Não me refiro ás cartas porque quanto a isso estou de acordo, quanto menos lembranças minha melhor ele superaria mais rápido assim, mas dizer que preferia ter me matado? Ele não disse com todas as letras, mas também nem precisava. Eu não tinha culpa pelo sofrimento dele e também não tinha culpa por amar outro!

Levantei-me depressa e comecei a caminhar de volta pro meu carro, queria chegar em casa o mais rápido possível. Essa briga com Alec tinha me afetado e muito. Eu não gostava dele do jeito que ele queria, mas ainda sim gostava. Quando dei por mim, não estava mais andando e sim correndo. Não demorou nada e eu já estava dentro do meu carro a caminho de casa.

Assim que cheguei fui recebida por minha mãe, que era a única se encontrava na sala.

_ Demorou. Se divertiu? Perguntou.

_ O que? Perguntei sem entender do que ela estava falando.

_ John nos contou sobre sua mensagem. Foi dar uma volta não foi?

_ Sim. Onde está todo mundo? Falei querendo mudar de assunto.

_ Saíram, foram fazer programas de casais. Eu e seu pai estávamos praticamente de saída. Respondeu parecendo sem graça.

_ Só estávamos esperando você chegar. Completou meu pai descendo as escadas.

_ Não se importa não é? Perguntou minha mãe parecendo preocupada.

É claro que eu não me importava. Solidão era tudo de que eu precisava agora.

_ Óbvio que não! Vão e divirtam-se. Respondi.

_ Obrigado. Falou meu pai.

_ Deixei seu almoço pronto, qualquer coisa é só ligar. Instruiu minha mãe.

_ Tudo bem. Falei.

_ Tchau querida. Disseram me abraçando e saindo.

Logo que saíram fui direto pro meu quarto. Tomei banho e troquei de roupa. Desci direto pra sala, não estava com fome. Tentei me distrair com a TV, mas estava difícil a discussão com Alec não saia de minha cabeça. Eu estava com raiva dele por ser tão cruel e de mim por ser tão burra a ponto de acreditar que poderíamos ser amigos mesmo com todas as coisas.

Fui tirada de meus pensamentos por um som de carro se aproximando, a principio pensei que fosse algum dos meus irmãos voltando pra casa, mas para minha grande surpresa era Seth. Fui recebê-lo.

_ Está sozinha? Perguntou estranhando.

_ Sim. Todos resolveram fazer um programinha hoje. Respondi sentando novamente. _ E você o que faz aqui?

_ Hoje eu estou de folga. Aconteceu alguma coisa? Disse sentando-se a meu lado.

Seria muita sorte minha se ele não percebesse o meu estado de espirito.

_ Estive com Alec hoje.

_ Eu sabia! Tinha que ter a ver com ele! Ele te fez alguma coisa? Perguntou.

_ Digamos que ele não recebeu bem a noticia.

_ Melany, eu sei que você se sente em divida com ele, mas...

_ Ele foi embora e pelo jeito não vai voltar. Mas isso não importa, porque tudo o que eu preciso pra ser feliz é você. Portanto, nesse exato momento o amor da minha vida e minha felicidade esta bem a minha frente. Falei.

Seth abriu um lindo sorriso.

_ Eu te amo minha loirinha, demais. Respondeu me beijando.

Imediatamente esqueci tudo. Não havia nada que eu quisesse mais do que Seth Clearwater, agora era eu que não via a hora desse casamento chegar.