A Little Piece Of Heaven escrita por MissTemplenton


Capítulo 40
Desejo de sangue


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas, espero que gostem.

Agradecimentos a Letícia Cullen, Giovanna Simonario, tanatilly, Puro_Sangue, Fran e Renesme Cullen



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/295050/chapter/40

Pov da Melany

Mais uma semana se passou. Para minha felicidade e para o azar de Aro meus poderes estavam se mostrando cada vez melhores. Eu aprendi a invadir mentes, era como se fosse uma mistura dos dons de Edward e Aro só que muito melhor. Como Aro eu conseguia ver todos os pensamentos e as coisas pelas qual a pessoa já passou uma vez que estava guardado em suas lembranças só que como Edward eu podia fazer isso a distancia. Uma vez dentro da mente da pessoa eu poderia falar com ela e também se quisesse lhe passar imagens ou sensações, podia fazer com ela visse as coisas por meus olhos e vice versa. Eu fiz isso com Marcus uma vez, para saber um pouco mais de William e Didyme. Realmente eu parecia com William e Didyme era uma pessoa incrível e muito bonita. Só que essa visita a mente dele piorou as coisas porque eu pude ver também como ele ficou quando os dois morreram a diferença entre o Marcus de antes e o de depois que eu cheguei era berrante eu não podia deixar que ele se tornasse aquele ser sem vida de novo.

O que eu mais gostei nesse acréscimo foi que eu poderia conversar mentalmente com as pessoas, eu fiz isso com Caius uma vez, entrei e sua mente e lhe mostrei uma imagem dele praticamente me comendo com os olhos do dia posterior as minhas compras com Alec, a cara dele foi impagável e ele nem pode reclamar porque se não os outros saberiam do que se tratava e a reputação dele iria pro brejo. Se ele já me odiava antes imagine agora, mas não tinha importância a cada dia estava mais perto de ficar livre dele e de sua corja.

O problema era que a cada dia que passava eu fica mais perto do que queria e mais próxima de Marcus e Alec. Seria difícil dizer adeus, Marcus era meu avô e Alec apesar de tudo se tornou um grande amigo. Eu não queria magoar os dois, mas se ficasse realizaria o desejo de Aro fora o fato de eu não podia viver sem minha família e Seth, aliás eu estava surpresa comigo mesma por aguentar tanto tempo, mas os méritos não eram todos meus. Se não fosse por Marcus e Alec era possível que eu já tivesse desistido a muito tempo. Como poderia resolver isso de um jeito que deixasse todos felizes?

Eu estava pensando nisso enquanto andava sem rumo pelos corredores do castelo do terror, constatei que me encontrava perto do grande salão, mas não foi isso que me surpreendeu e sim o som de várias vozes vindo do imenso corredor. Deviam ter crianças, idosos, adultos eu me aproximei. As pessoas andavam como turistas, meio que em fila atrás de uma mulher que sem duvidas não era humana. Não vou negar que senti um incomodo em minha garganta com o cheiro deles, agora eu entendia o sacrifício de minha família imagine conviver séculos com um cheiro desse e não poder sentir o gosto era como estar em um deserto e se negar a beber água. Como eles conseguiam ficar tão perto de mim? Levei um segundo para perceber que a pior parte tinha sim chegado, mas eu não sabia porque não tinha tido contato com nenhum humano. Podia sentir minha garganta arder, mas me concentrei no mais importante o que eles estavam fazendo ali?

_ Isso, todos juntos pessoal. Disse a vampira que os conduzia.

Ela parecia que iria levá-los ao grande salão onde todos deviam estar reunidos... Não! Não! Isso era uma armadilha, devia ter umas quarenta pessoas. Imediatamente a sede sumiu substituída pelo desespero. Tinham crianças ali, pessoas que nunca mais veriam suas famílias ou realizariam seus sonhos. Como eu estava mais perto usei minha velocidade extra e cheguei primeiro a sala só para confirmar as minhas suspeitas tinha um número considerável de vampiros. Assim que me viu Alec arregalou os olhos de espanto.

_ O que ela esta fazendo aqui? Heide esta prestes a chegar. Disse Caius.

Então era esse o nome dela, Heide.

_ A menos que queira se juntar a nós, querida. Falou Aro com um sorriso que me deu náuseas.

_ Nunca! Como podem fazer isso? Tem crianças! Gritei exasperada.

Marcus e Alec me olhavam torturados, os outros apenas me olhavam como se presenciassem o barraco de uma adolescente histérica. O pior eram que eles estavam cada vez mais perto eu podia sentir o cheiro invadindo o ambiente.

_ Não! Falei desesperada.

_ Alec tire ela daqui. Disse Marcus me olhando como quem se desculpa.

_ Sim mestre. Ele respondeu envolvendo minha cintura eu esperneava, mas ele era muito mais forte.

Passamos pela porta no mesmo momento em que as pessoas entram atrás de Heide. Senti meus olhos se enxerem de lagrimas.

_ Não! Gritei quando a porta se fechou, mas já era tarde.

Alec começou a correr o mais rápido que podia para o quarto ainda sim consegui ouvir os gritos. Quando finalmente chegamos ao quarto Alec me pôs no chão, eu comecei a chorar. Alec me abraçou.

_ Todas aquelas pessoas... Crianças! Disse em meio aos soluços.

_ Eu sinto muito Melany de verdade não era pra ter visto aquilo.

Me afastei para olhar seu rosto.

_ Quer dizer que essa não é a primeira vez desde que eu cheguei? Perguntei.

Mas ele não precisou responder seu olhar dizia tudo.

_ Sinto muito. Ele disse me puxando novamente para seus braços.

Voltei a chorar. Como fui idiota ao pensar que eles realmente ficaram esse tempo todo sem se alimentar eles apenas faziam isso pelas minhas costas. Como sou burra! Eu devia ter feito alguma coisa! Gritado para que corressem, protegê-los, qualquer coisa! Mas agora todas aquelas pessoas morreram e a culpa era minha. Esses pensamentos me fizeram chorar ainda mais. Que bela Cullen eu sou, nem salvar as vidas daquelas pessoas eu consegui. Continuei um tempo indeterminado no abraço de Alec chorando, mas a medida que a culpa ia diminuindo o ardor na garganta estava voltando e ficando cada vez mais doloroso. Me separei de Alec.

_ Alec... Não terminei a frase apenas coloquei a mão sobre o pescoço. Ele pareceu entender.

_ Esta com sede? Eu posso trazer alguém... Ele começou, mas o silenciei com o olhar.

Depois da cena de hoje como ele ainda pode achar que eu algum dia fosse me alimentar de humanos? Nem morta! Eu não queria ser um monstro e nunca decepcionaria meus pais desse jeito, já bastava aquele maldito telefonema.

_ O que você quer então? Ele perguntou.

Tomara que tenha!

_ Algum animal e de preferência dos grandes.

_ Animal?

_ Claro, vocês acha que os Cullens se alimentam de que? Perguntei meio impaciente.

Dizer o nome em voz alta era mais doloroso do que eu pensava. Fiz uma expressão de dor que Alec interpretou mal.

_ Eu vou ver o que consigo, fique aqui. Ele disse saindo.

Sentei na cama. Deus abençoe que tenha algum bicho pelas redondezas. Ai meu Pai e agora? Minha garganta continuava arder. Levou no máximo uns 40 minutos quando ouço uma batida na porta era o cheiro de Alec e o de outra coisa, não se comparava ao cheiro dos humanos, mas ainda sim me parecia bom. Abri a porta e quase cai de susto Alec estava parado no corredor com o corpo de um imenso urso pardo a seus pés. Se a situação não fosse critica eu daria risada nunca vi algo tão bizarro na minha vida.

_ Desculpe a demora eu tive que passar por umas três cidades antes de achar esse. Ele disse ao ver minha cara.

Eu não aguentei e comecei a rir. A cena era estranha demais. Fiquei impressionada era a segunda vez que Alec me fazia rir, mesmo com todas as coisas.

_ Do que esta rindo? Perguntou como se estivesse de frente para uma pessoa mentalmente perturbada.

_ De você. Como conseguiu esconder um bicho desse tamanho? Perguntei em meio aos risos.

_ Não foi nada fácil e já que esta rindo da situação presumo que não esteja mais com sede. Ele respondeu parecendo irritado por eu rir dele.

Parei de rir imediatamente. Droga! Ele tinha que lembrar disso?! Minha garganta queimou novamente. Ai meu Deus como é que eu vou fazer isso?! Olhei para Alec em desespero. Ele pareceu entender.

_ Deixe seus instintos te guiarem. Falou de modo suave.

Fechei os olhos e respirei fundo o cheiro do sangue do urso invadiu minha mente sem pensar me abaixei mordendo seu pescoço. Sem duvidas o gosto era bom se fosse comida humana eu compararia a chocolate quente. Quando acabou me levantei. Imaginei como seria se eu mesma tivesse caçado, o urso era enorme nem sei se conseguiria. Foquei meu olhar em Alec que tinha cruzados os braços e se encostado na parede para observar a cena, ele estava me encarando.

_ O que foi? Perguntei jogando o cabelo para trás.

_ Você é sexy se alimentando.

Se fosse Bella agora com certeza ela estaria mais vermelha do que um tomate, a minha sorte era que meu sangue não se acumulava em minhas bochechas quando eu ficava envergonhada. Resolvi contornar a situação.

_ Só diz isso porque me viu com a refeição já pronta queria ver se fosse ao vivo.

_ Seria sexy do mesmo jeito. Falou se aproximando.

Ok ele não queria facilitar.

_ Olha só Don Juan será que poderia tirar esse urso daqui? Acho que os outros vão estranhar. Falei.

_ Claro.

Ele se abaixou e jogou o urso sobre o ombro, mas antes de sair se aproximou de meu ouvido e disse:

_ E a propósito, continua sendo sexy.

_ Filho da... Antes que eu terminasse ele já tinha saído do corredor.

Peste! Por mais legal que ele fosse sempre conseguia dar um jeito de me irritar. Voltei pro quarto.

Eu já podia ir embora se quisesse, com o campo de força não teriam como me impedir. Mas eu não podia ir de qualquer jeito tinha Marcus e Alec, sim partiria o mais rápido possível, mas não antes de resolver tudo. Tinha que me despedi e agradecer de forma descente aos dois, até porque se não fosse por eles eu provavelmente já teria enlouquecido e também tinha que fazer uma surpresinha para meus amados tios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? E só pra vcs saberem o próximo capitulo vai ser o último ponto de vista da Melany no Castelo Volturi.

Comentem, beijos