Pov da Melany

Depois do show de talentos tudo voltou ao normal. Eu estava conseguindo enganar Edward, não pensava no meu encontro com Alec perto dele. Estava me arrumando para ir ao shopping com Juliana, Tais, Vitor, Matt e Priscila, Seth faria patrulha hoje então não poderia ir. Rose fez um penteado em meu cabelo, vesti uma roupa e estava usando meus acessórios inseparáveis, o colar que John me deu e a pulseira de Seth. Desci e encontrei todos na sala, exceto Bella que estava no escritório estudando.

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_ Mãe, já vou indo. To levando o celular. Falei.

_ Tudo bem querida, tome cuidado e divirta-se. Ela respondeu tirando a atenção da revista para me olhar.

_ Tchau gente. Disse para os meus irmãos.

_ Tchau. Responderam.

_ Se cuida acrescentou Jasper.

Fui para garagem pegar meu bebê, ele era chamativo, mas iria com ele mesmo. Ficamos de ir no shopping de Seattle. Estacionei o carro, que como era de se esperar se destacava na longa fila de veículos. Entrei e fui direto para a praça de alimentação, combinamos de nos encontrar lá assim que me avistaram vieram em minha direção.

_ Então, agora que todos estão aqui o que vamos fazer? Perguntou Priscila.

_ Compras! Respondeu Juliana me lembrando Alice.

_ Nem pensar! Falou Matt.

_ Por que não vemos um filme? Sugeriu Tais.

_ É, quando o filme acabar a gente volta e come alguma coisa. Apoiou Vitor.

_ Por mim tudo bem. Falei.

O filme acabou sendo a maior confusão. Escolhemos assistir Rei Leão 3D, é claro que os meninos detestaram a escolha, mas tiveram que aceitar porque somos maioria. Matt e Vitor estavam revoltados porque quando passavam as músicas, a gente começava a cantar. E ainda só tinha criança na sessão.

_ Meu Deus! Eu vou ficar doido! Disse Matt.

_ E eu? Uma canta de um lado a outra grita do outro, eu não aguento isso! Reclamou Vitor.

Estávamos sentados da seguinte forma: eu e Priscila de um lado, Juliana e Tais de outro e Matt e Vitor no meio. E quando o pai de Simba morreu? A gente começou a chorar e os meninos ficaram nos perturbando por causa disso. Ainda o safado Matt jogou uma pipoca em um menino que estava sentado em nossa frente, só que o saco estava na minha mão e na de Priscila quando o menino olhou pra trás pensou que foi a gente. Nessa hora Matt e Vitor começaram a rir e eu Priscila ficamos com cara de tacho.

Quando o filme acabou e voltamos pra praça de alimentação. Cada um comprou uma coisa, eu peguei um MC lanche só por causa do brinquedinho. Foram provocações e brincadeiras o tempo todo. Ainda resolvemos ir no Playland. Fomos em vários brinquedos, mas no qual mais rimos foi no carrinho de bate-bate. Era um acertando o outro e no começo Juliana não sabia manobrar o carrinho e ficou um tempão rodando sozinha na pista. Sem dúvidas esse foi o melhor passeio ao shopping que já tive que Alice não me ouça.

Nessa empolgação toda, só fomos embora umas dez da noite. Como moravam na cidade não tinha problema saírem tarde, já eu não. Quando cheguei no estacionamento me arrependi amargamente de não ter ido cedo pra casa, estava tudo deserto. O local era apenas iluminado por postes, para piorar a situação ainda tinha um homem encostado em um carro.

_ Ei gostosa! Chamou quando passei. O ignorei e apertei o passo querendo chegar logo a meu carro, mas antes que conseguisse apareceram dois homens na minha frente.

_ A onde pensa que vai gatinha? O mais alto perguntou.

Eles estavam bloqueando meu caminho. A situação não estava nada boa, tentei passar por eles.

_ Licença. Falei me desviando só o mesmo que tinha falado comigo segurou meu braço.

_ Calma, por que a pressa? Disse ainda me segurando.

_ A festa nem começou. Emendou o outro.

Olhei pra trás e vi o homem que estava encostado no carro chegar com mais um que segurava uma garrafa de bebida. Agora estava ferrada!

_ Me solta! Falei.

_ Não posso. Respondeu debochado.

_ É, sem você não ia ter a menor graça. Disse o do carro.

Eu realmente estava com medo. Eu sabia o que iria acontecer, mas não via como evitar. Eram quatro contra uma e mesmo que eu acertasse algum deles, ainda teriam três para me pegar. Eles me fecharam em um tipo de circulo.

_ Você parece uma coisinha bem gostosa. Disse o que segurava a garrafa.

_ É, mas só podemos ter certeza tirando essa roupa, não acha? Perguntou o que me segurava. Ele segurou meus dois braços.

Resolvi reagi, como estava com os braços presos a única opção era usar as pernas. Usei o golpe clássico, o chutando em sua região mais vulnerável ele se curvou de dor e me soltou. Mas infelizmente como imaginei, quando tentei correr o do carro me segurou. Comecei a me debater.

_ Me solta! Socorro! Gritei.

_ Pode gritar neném, ninguém vai te ouvir. Respondeu o da garrafa. O que eu chutei ainda se recuperava.

_ Eu pensei até em ser legal com você, mas agora vou te mostrar uma coisa. Vem cá sua... Disse o que recebeu chute vindo pra mim com intenção de me agarrar, mas antes que completasse sua frase ou concluísse o ato, alguém falou:

_ Solta ela.

Peraí, eu conheço essa voz... Não podia ser! Essa voz... Essa voz era de Alec! Os homens se viraram para olhá-lo, mas o da bebida continuou me segurando. Alec estava de cabeça baixa, não dava para ver seu rosto.

_ Se não vai fazer o que? Perguntou o que iria me agarrar em tom de desafio.

_ Solta. Ela. Agora. Alec repetiu dessa vez levantando a cabeça. Seus olhos rubis cintilando.

Ele estava assustador. Os homens ficaram aterrorizados, o que me segurava imediatamente me soltou.

_ O que é você? Perguntou um deles recuando.

Alec parecia mais ameaçador do que nunca.

_ Sou o que você nunca devia ter encontrado. Respondeu.

Alec estava no mínimo a trinta metros de distancia, mas antes que eu pudesse piscar ele pegou o que estava com a bebida e o jogou no chão. O som do corpo caindo, me fez acreditar que estava morto. Os outros ficaram desesperados e começaram a correr óbvio que não adiantou nada Alec os alcançou em questão de segundos. Em um ele deu um soco tão forte que eu pude ouvir o pescoço estalando e outro ele arremessou em um dos carros e pelo jeito que caiu também estava morto. Restava apenas o que tentou me agarrar. Ele foi recuando de costas até tropeçar e cair no chão, quando Alec se aproximou ele puxou um canivete. Alec deu um sorriso maligno que gelou até minha espinha e tomou o canivete dele o amassando com a mão em seguida o mordeu. O homem começou a soltar gritos de pura agonia depois Alec quebrou seu pescoço.

Eu estava sem ação, me segurando em um carro qualquer para não cair. Eu não sei o que me atordoava mais, o quase estupro, os assassinatos ou o fato de Alec ter me salvado. Eu não sabia o que pensar ou o que fazer. Ele se virou para mim.

_ Vá pra casa.

Foi a única coisa que disse antes de desaparecer.

_ Alec! O chamei. Mas foi em vão, não tinha, mas ninguém ali. A não ser eu e os corpos dos meus agressores.

Sai correndo em direção ao meu carro. Dirigi feito uma louca estava a uns 200 km/h. Minha cabeça girava, meu estomago embrulhava só de pensar no que poderia ter acontecido. Se Alec não tivesse aparecido... Alec. Por que ele me salvou?

Em vinte minutos já estava entrando na estradinha um pouco antes de Forks que dava acesso a minha amada residência. Deixei o carro na garagem e fui pra casa assim que passei pela porta fui recebida pelo abraço de Rosálie.

_ Melany! Ela exclamou. Retribui a abraçando com força. Tudo que eu mais precisava agora era de um abraço de alguém que fizesse me senti segura.

Alice deve ter visto o que aconteceu, já que não tinha nenhum lobo para atrapalhar suas visões.

_ Filha! Disse minha mãe, vindo em minha direção. Só agora reparei que todos estavam aqui incluindo meu pai, mas dei pela ausência de Bella.

_ Filha você esta bem? Ela perguntou alisando minhas costas já que eu permanecia abraçada a Rose.

_ Sim. Foi a única coisa que consegui dizer. Com muito esforço desfiz o abraço e me sentei no sofá.

_ Melany, porque saiu do shopping tão tarde? Perguntou meu pai se sentando do meu lado. Eu estava entre ele e minha mãe.

_ Estávamos nos divertindo, não me toquei que era tão tarde. Não sabia que ali era perigoso. Respondi. Ele suspirou.

_ Ah minha princesinha! Tem certeza de que esta bem? Perguntou me abraçando.

_ Estou. Alec chegou a tempo. Falei. Alice devia ter visto isso também.

_ Por que o Alec iria salvar a monstrinha? Perguntou Emmett.

_ Não sei e não me interessa. O importante é que ela esta aqui sã e salva. Disse Rosálie.

_ Precisamos dar um jeito nisso, essa história ainda pode acabar mal. Disse meu pai.

_ Como assim? Perguntei sem entender.

_ A policia provavelmente vai investigar, quatro assassinatos... Ia dizendo Jasper, mas Alice o interrompeu.

_ Não precisa, Alec já esta fazendo isso. Todos a olharam incrédulos. _ Não precisamos fazer mais nada, Alec já esta forjando as provas. Explicou melhor.

_ Eu não entendo, a única que poderia se prejudicar seria Melany, por que Alec se daria ao trabalho? Disse meu pai confuso. Assim como o resto de nós parecia.

_ Eu não sei, a não ser... Disse Edward sem completar a frase.

_ A não ser que? Questionou Emmett. Edward e Jasper se entreolharam.

_ Esquece. Foi uma coisa que passou pela minha cabeça. Ele respondeu com os olhos em mim. Pela primeira vez eu, gostaria de ler mentes. O que Edward estava pensando?

_ Eu vou pro meu quarto. Disse levantando. Precisava de uma longa noite de sono.

_ Vou com você. Falou Rose.

Quando cheguei em meu quarto tomei banho e troquei de roupa. Rosálie se deitou ao meu lado e ficou fazendo cafuné em minha cabeça. Não sei por que, mas tive a impressão de que de todos, ela foi a que mais tinha se abalado com o ocorrido. Me perguntei se isso tinha algo coisa a ver com sua vida humana. Resolvi arriscar.

_ Rose? Chamei.

_ Sim? Ela respondeu ainda mexendo meu cabelo.

_ Por que o papai te transformou? Perguntei. Ela pareceu pensar bem antes de responder.

_ Na época em que vivi, as moças se casavam cedo então com 18 anos eu já estava noiva. Meu noivo Roice King II, era o solteiro mais cobiçado da cidade. Na minha época, casávamos sem se conhecer direito. Eu era jovem e estava encantada pela idéia do amor. Um dia sai tarde da casa de uma amiga e vi Roice e alguns de seus amigos em um beco ele não parecia estar sóbrio então resolvi levá-lo para casa, mas ele me agarrou e é claro que seus amiguinhos o ajudaram. O resto você pode imaginar, nosso pai sentiu cheiro de sangue e me achou e agora estou aqui. Ela contou.

Eu estava pasma, que coisa horrível que fizeram com ela. Eu sei que quase passei pela mesma situação, mas ainda sim nem se compara. Eu fui salva ela não.

_ Sinto muito. Era a única coisa que podia dizer.

_ Não sinta, me vinguei de todos eles. Eu odiava essa nova vida, mas tudo melhorou quando conheci Emmett. É claro que nunca vou poder realizar o meu sonho de ser mãe, mas desde que você chegou, eu tenho me importado menos com isso. Ela respondeu. _ Agora vou deixar você dormir. Ela continuou se levantado. Quando estava perto da porta a chamei.

_ Rose. Ela se virou para me olhar. _ Eu te amo. Completei.

_ Também te amo. Ela falou antes de sair.

Estava quase dormindo quando escuto uma batida na porta de meu quarto.

_ Pode entrar. Falei. Bella entrou e sentou na cama. Me ajeitei para ficar de frente pra ela.

_ Eu soube o que aconteceu. Ela disse me olhando.

_ É, parece que me passou todo o seu azar. Brinquei.

_ Já aconteceu isso comigo, só que Edward me salvou. Ela respondeu.

_ Bella, o que você acha? Perguntei.

_ Sobre Alec? Não sei. Mas não se preocupe tudo vai acabar bem. Ela disse antes de sair.

Fiquei pensando no que tinha acontecido e a pergunta que não queria calar era: Por que Alec tinha me salvado e ainda duas vezes?

Acordei me sentindo melhor. Fiz minha higiene matinal, vesti uma roupa e desci.

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_ Bom dia. Falei.

_ Como esta se sentindo? Perguntou-me Alice.

_ Bem. Respondi e por incrível que pareça era assim que me sentia.

_ Mel, você devia ir na reserva. Disse Jasper entrando na sala com Edward.

_ Por quê? Perguntei.

_ Seth deve estar surtando agora. Ele respondeu.

_ O que?! Contaram pra ele? Disse desesperada.

_ Ele merecia saber. Disse Edward.

_ Meu Deus! Ele deve esta pirando! Disse pegando a chave do carro.

_ Não vai tomar café? Perguntou Alice.

_ Não. Eu como alguma coisa na Emily. Falei antes de sair.

Dirigi um pouco mais devagar dessa vez, não queria levar uma multa. Fui direto pra casa de Seth ele devia esta surtando a essa altura. Estacione e bati na porta, ele mesmo que atendeu. Assim que me viu me puxou para um abraço.

_ Mel, você não sabe o quanto fiquei preocupado! Ele disse ainda me abraçando.

_ Seth, esta tudo bem. Falei.

_ Tudo bem? Como assim tudo bem? Aqueles... Eu não consigo nem pensar nisso! Se alguma coisa acontecesse com você eu não sei o que faria. Disse me apertando mais.

_ Mas não aconteceu e é isso que importa. Falei tentando acalmá-lo.

_ Nunca mais saia sozinha entendeu? Nunca! Principalmente quando ficar até tarde. Ele disse se afastando para olhar meu rosto. _ Me promete?

_ Prometo. Falei sabendo isso o deixaria mais tranquilo.

_ Se algum daqueles vermes fizesse algo em você...

Não o deixei terminar, o puxei para um beijo. Acho que ele realmente ficou com medo de me perder, pois seu beijo era urgente. Não sei como, mas fomos parar na cozinha. Seth me ergueu pela cintura me sentando na bancada da pia e ficando entre minhas pernas, minhas mãos estavam entrelaçadas em seu cabelo. Ele levou as mãos a minha cintura, apertando e me puxando ainda mais pra ele. Segurei a barra de sua camisa, ele parou de me beijar e suspendeu os braços. Taquei sua camisa longe, para recuperar o fôlego Seth abandonou minha boca e desceu os beijos pelo meu pescoço. Eu não conseguia nem pensar, o puxei pra mim de novo. Seth estava prestes a desamarrar o laço de minha blusa quando o som estridente do telefone nos fez pular. Não dissemos nada apenas ficamos nos encarando, minha situação era constrangedora, devia estar com a roupa toda amassada, alem da respiração ofegante e os batimentos cárdicos completamente descompassado. O telefone continuava tocando, então Seth atendeu. Tentei me recompor enquanto isso.

_ Era Sam. Falou depois de um tempo. _ Queria que eu te levasse na casa da Emily, todos estão preocupados com você.

_ Claro, vamos. Falei tentando controlar minha voz. Pulei da bancada, mas ainda não tinha me recuperado completamente então quase caí.

_ Nossa! Eu realmente afeto você. Disse Seth com um sorriso presunçoso.

_ Convencido. Resmunguei. Ele riu.

_ Não vai vestir a camisa? Perguntei quando chegamos a porta.

_ Sabe que não preciso disso. Respondeu com um sorriso malicioso. Revirei os olhos e entrei no carro.

Quando chegamos na casa de Emily, como era de se espera estavam todos os meninos do bando e Leah. Todos realmente se mostraram preocupados até Leah, mas seu sentimento de aversão a mim continuava o mesmo. Acho que sua compreensão comigo foi apenas solidariedade feminina já que nenhuma mulher gostaria de passar por uma situação dessas. Tomei café com eles, o que foi muito bom porque me distraiu, mas uma coisa não saía de minha cabeça. Por que Alec me tinha salvado?