Pokémon - Candlelit Dinner (Season 1) escrita por nicoo


Capítulo 8
Capítulo 7 - Uma nova companhia para Ethan.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo foge um pouquinho da história principal, mas é extremamente importante para o desenvolvimento.
Revisado pela minha linda, Bell ♥
Espero que gostem :3
A imagem no cap é pra descrever a imagem que Ethan viu no espelho.
Até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/295038/chapter/8


Ethan sentia dores em suas pernas. Correra tanto que parecia que suas pernas eram feitas de papel. Sentou-se ao chão e respirou fundo. A mochila em suas costas começara a sacudir ferozmente e Ethan a abriu para que Eevee pudesse respirar.

Olhou para seu Pokémon e falou:

– Essa foi por pouco, hein Vee? – O Pokémon lhe respondeu com um piscar.



O menino caminhava calmamente pela Skyarrow Brigde, como era conhecida a maior ponte de Unova. Só de olhar para os lados e não conseguir enxergar nenhum prédio, o local lhe dava vertigem. A ponte era enorme, mas era o caminho mais rápido até Nacrene, o próximo objetivo de Ethan.

Um forte e muito bem carregado sol acertava a ponte, o que causava leves ilusões de ótica. Ethan praticamente se arrastava no meio do caminho. Famílias atravessavam a ponte animadamente, comprando coisas em pequenas barracas que tinham por ali.

Ethan comprou uma soda e bebeu a metade dela quando viu algo que fez seus olhos se arregalarem. Mais a frente, caminhando naquela direção, vinha um homem de colete preto, com um símbolo azul que lembravam dois Gs, um de frente para o outro.

O pânico se assomou no peito de Ethan, o coração batia mais forte enquanto ele pensava no que fazer enquanto o homem ainda não o vira. Olhou para o pequeno Pokémon ao seu lado e pensava no que fazer. Abriu a mochila no chão, próximo a ele e o Eevee pulou para dentro dela. Rapidamente colocou a mochila no ombro e correu para a beirada. Apoiou-se no parapeito e olhou para baixo, resistindo à crise de vertigem que começava a afetá-lo. Respirou fundo e pulou.

Levou menos de um segundo para Ethan perceber que foi uma ideia terrivelmente horrível e mais meio segundo para reparar que embaixo da ponte ainda tinha caminho, só que de carros.

O grito de desespero que saiu de sua garganta foi tão alto que nem ele mesmo reparou quando abriu a pokébola de Koffing no ar, embaixo dele. O Pokémon se assustou com o novo dono se aproximando dele em alta velocidade, mas mesmo assim fez força para segurá-lo. Ethan continuava gritando mesmo depois de notar que ele e o Pokémon estavam parados no ar.

Após controlar seus próprios gritos, Ethan olhou para o lado e percebeu que era uma péssima ideia ter parado naquele momento. Um caminhão se avolumava enquanto se aproximava deles em alta velocidade.

– Pra cima, pra cima, pra cima! – começou a comandar em desespero e ficou aliviado quando o Pokémon o obedeceu.

Eles dois desceram em cima do carro que seguia em direção de Castelia. Ao olhar pra cima, Ethan reparou no homem o olhando e começando a perseguir o caminhão. Teve poucos segundos para decidir o que fazer.

– Bel, use Cortina de Fumaça! – O Pokémon jorrou fumaça por todos os lados e como o caminhão continuava se movendo, um rastro de fumaça preta cobriu o caminho por onde eles passavam. – Agora, Bel. Me leva pra um caminhão do outro lado! Precisamos ir pra Nacrene!

Viajando pela fumaça que havia deixado para trás, Bel levou o menino para o outro caminhão e os dois se mantiveram ali até uma boa distância ter sido coberta por ele. Com um pouco de esforço por estar carregando um peso extra, Bel conseguiu deixar o menino na ponte.

– Obrigado, Bel – falou Ethan para pokébola após retornar seu Pokémon Shiny para ela e começando a correr sem olhar para trás.


Nacrene era uma cidade incrivelmente bonita, principalmente para Ethan que gostava de coisas antiquadas. Nacrene era o equilíbrio entre o velho e o novo, como o encontro de séculos. Ethan olhava maravilhado para todas as coisas. Viu um belo museu que possuía um anuncio alertando às Novas Maravilhas da Biblioteca Reformada que lá havia.

Ethan respirou fundo e se concentrou em procurar pela rua certa. Ele olhou triste para a Pokédex em sua bolsa e começou a refletir como seria bom se ela possuísse um mapa para cada cidade que ele havia visitado. Depois de perguntar para três pessoas diferentes, identificou a casa que tanto procurava.

A casa possuía um jardim florido e bem separado. Um pequeno caminho de terra batida levava a uma pequena escadinha e uma porta. Ethan respirou fundo, pronto para o que iria vir e olhou para seu Eevee, que olhava diretamente para a porta.

– Pronto Vee? – o Pokémon olhou para ele e assentiu com um sorriso. – Então vaaam...

– MÃÃÃÃE, TO INDO ACHAR O... – A porta se escancarou e a menina que gritava para dentro bateu o olhar em Ethan e seu Eevee. Ela congelou na pose que estava e depois de alguns instantes terminou – Ethan.

– Oi – disse ele com uma risada sem graça!

– Ai meu Deus! Você é muito lindo!

O comentário fez o garoto ficar extremamente vermelho e antes que ele tivesse coragem de falar qualquer coisa, a menina correu para seu pequeno Eevee no chão, deixando treinador e Pokémon em estado de choque.

– Mas você é a coisinha mais lindinha do mundo mesmo, não é? – ela falava enquanto agarrava o Pokémon de Ethan.

– Ei, Wonderland... Podemos entrar, precisamos conversar uma coisa séria. – Ele falou baixinho.

– Não me chame assim! – Ela se aproximou dele e falou – Esse é meu nome só na Rede! Provavelmente todos me zoariam se soubessem que uso. Então que tal me chamar só de Alice?



Ethan entrou na casa nervosamente, era a primeira vez que ele e Alice se viam pessoalmente. Os dois haviam se conhecido um ano antes pela Rede e se comunicavam ocasionalmente. Ethan sabia quase tudo sobre a vida dela. Sabia até que em seu quarto havia todas as enciclopédias Pokémon que eram lançadas na região e que ela adorava todos os tipos de coisa envolvendo Pokémon.

Alice ofereceu a mesa pra ele sentar e foi pegar a pokébola de seu Pokémon em seu quarto. Enquanto esperava, a mãe de Alice apareceu e serviu-o com um copo de suco de groselha e uma mesa cheia de biscoitos. A menina desceu segundos depois com um Purrloin. Ela sentou-se a mesa enquanto os dois Pokémon começavam a brincar e foi quando Ethan olhou-a por completo.

Alice era a coisa mais linda que ele vira. Lembrava-se de sua foto na Rede e não era nada comparado como ela era pessoalmente. Seus cabelos possuíam tons azulados em seus fios negros e seus olhos eram extremamente belos. Ela usava uma camisa branca e um suéter em gola V por cima sem mangas. Estava com uma saia azul escura e usava um all star camuflado. Ethan passou muito tempo encarando-a que deve ter parecido muito incômodo.

– O que aconteceu? – perguntou com uma expressão séria vendo que ele não falava nada.

Ethan respirou fundo e contou toda a história desde a última vez que eles se falaram antes de Ethan conseguir sua Litwick. Contou cada detalhe com sinceridade até a parte que ele teve de fugir. Resolveu não contar sobre seu pai desaparecido e sua missão de acha-lo, ele nem queria contar sobre estar sendo procurado, mas achou que seria uma coisa terrível não contar o perigo que a menina corria ao abriga-lo ali, mesmo que por pouco tempo.

– É claro que eles vão continuar achando você – disse ela após o relato terminado. – Ethan, seu cabelo é azul! E suas roupas, você anda de um jeito tão “ei, me encontrem, por favor” que todos eles iriam enxergar você em quilômetros!

– Você tem alguma grande ideia? – perguntou ele tristemente.

– Claro que tenho, venha! – ela o chamou animadamente.

Alice carregou Ethan para a cozinha, onde fez sua mãe segura-lo por uns instantes. Voltou com um pote de tinta para cabelo e depois de muito insistir, conseguiu convencê-lo a deixa-la pintar seu cabelo. Caso alguém houvesse passado em frente a casa enquanto a menina tentava persuadir Ethan, acharia que ela tentava conseguir permissão para esfaqueá-lo.

Depois de ter o cabelo pintado, Ethan recebeu uma muda de roupa, que segundo Alice, pertencera a seu primo mais velho que ela não via há alguns anos. Ethan olhou para muda de roupa e exclamou:

– Seu primo era Hilbert?! – saíra mais alto que ele pretendia.

– Conhece meu primo? – perguntou ela ironicamente, já sabendo a resposta.

– Quem em Unova não conhece seu primo? – perguntou Ethan retoricamente – Hilbert, um dos campeões mais recentes da Liga Pokémon de Unova.

– E o segundo maior orgulho da família! – continuou Alice.

– Espero que você não seja a primeira, sabe... – ele sorriu.

– Precisamos de um nome falso!

– Não, não, não! Eu gosto de Ethan! – ele resmungou.

– Então tá, até porque eu não sei como criar uma Identidade de Treinador falsa. – ela falou com indiferença – Vai, vai logo se vestir.


Ethan colocou a roupa e saiu do banheiro. Alice ficou encarando-o observando.

– Pronto, agora só falta o boné – disse ela entregando para ele um boné vermelho e branco.

Ethan pegou o boné, colocou na cabeça e se olhou no espelho. Estava com os cabelos castanhos e desalinhados como sempre. Mas com sua falta de cuidado nos últimos dias, seu cabelo estava indo para todas as direções. Usava uma camisa preta, gola v também e um casaco azul claro com detalhes em azul escuro e preto. Olhou bem para seu reflexo e observou o quanto estava parecido com Hilbert.

– Eu... Estou... Ridículo. – falou ele olhando para seu reflexo.

– Para com isso, E! – o apelido fez o coração do menino apertar, lembrando de sua irmã. – Você está ótimo! E se não aceitar, não vou com você.

– Co-comigo pra onde?! – gaguejou o menino.

– Ora, na sua viagem! – respondeu ela como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Alice, não pode! – respondeu ele nervosamente.

– Dois dias atrás, você me mandou um recado avisando que viria para cá. Desde então, minha mãe e eu temos conversado sobre isso e ela acha que deve ser melhor eu ir com você...

– Por quê? – perguntou ele incrédulo.

– Porque você é um menino muito besta e ficar só não irá lhe ajudar em nada! – respondeu ela com um sorriso.

– Alice. – ele olhou seriamente para ela – Não posso te colocar em risco.

– Por que não?

– Porque eu tenho medo de perder pessoas importantes?

– Desde quando eu sou importante, Ethan? – ela sorriu com um brilho no olhar.

– Er... Ahn... – o rosto do garoto ficou mais vermelho que o boné que ele usava.

– Se você não me deixar ir, eu vou sozinha. Não é melhor que eu tenha companhia? Aqui não tem como eu conseguir todos os Pokémon do mundo!

– Alice, você é impossível.

– Sempre ouço isso.



No dia seguinte, Ethan e Alice caminhavam em direção à saída da cidade. Alice carregava uma mochila de uma alça e andava com a Pokébola de seu Purrloin em suas mãos. Eevee se mantinha dentro da mochila de Ethan que permanecia um pouquinho aberta para que o ar entrasse.

– Então, E – Alice puxou assunto fazendo o estômago de Ethan se revirar com o apelido – Para qual ginásio nós vamos?!

Ethan respirou fundo. Não queria ter que mentir para sua melhor amiga. Mas não tinha outra escolha além dessa. Não podia envolvê-la no problema em que estava se metendo. Achava errado até mesmo para ele.

– Estamos indo para Nimbasa – respondeu ele sem pensar.

– A Líder de Ginásio de Elétricos?! Ela é uma modelo, você sabia disso?! – perguntou Alice animada.

– Desde quando você gosta de moda? – perguntou Ethan com as sobrancelhas em pé.

– Desde nunca. Eu gosto é de Pokémon! – ela sorriu para ele.

Os dois continuaram andando calmamente até que viram um homem da Grimm Grotto.

– Argh, até aqui? – Ethan resmungou.

– É, eles estão por toda parte. Está se tornando um problema generalizado!

Os segundos em que o homem passava perto deles foram os mais agonizantes da vida de Ethan. O homem, que como todos da GG, usava uma máscara olhou para eles durante alguns segundos e acenou. Passou direto e continuou seu caminho como se nada houvesse ocorrido.

– E, por que a polícia não faz nada?

– Porque eles também são a polícia agora.

– Sabe por que eles estão atrás de você?

– Nem faço ideia.

– Mas agora eu estou aqui junto, e nós iremos proteger um ao outro. – ela abraçou o braço direito de Ethan e os dois seguiram caminho.

Saindo da cidade, agora Ethan não se sentia tão solitário. Na verdade, Alice era a companhia certa para ele. Sorriu para a garota e os dois continuaram andando, sem saber que certo alguém os seguia de perto. Sem nem saber como estava do outro lado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Logo, logo, próximo capítulo. Qualquer problema, só falar comigo :3