Um Caso Que Não Consigo Resolver?! escrita por Koneko chan


Capítulo 4
Nossos passados estão conectados


Notas iniciais do capítulo

Etto... Faz tempo que não atualizo isso aqui '-'



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POV Chizuru:

Eram 9 horas da manhã, a luz entrava na sala através da janela, eu abria lentamente os meus olhos por causa da luz, eu estava estranhamente mais confortável que quando eu fui me deitar, levantei de vez, arregalei os olhos, eu estava na cama da Mary, então onde ela estaria? Passei meus olhos pela sala à procura da pequena garota e parei no sofá, lá estava ela, no meu lugar, escolhida no sofá, mas ela cabia perfeitamente lá por causa do seu tamanho. Droga, pensei.

- Tenho certeza que você vai brigar comigo por causa disso... – resmunguei baixinho

Porque ela fez isso? Pensei que não gostasse de mim. Peguei um cobertor em cima da cama e a cobri. Sentei-me no chão ao lado do sofá e fiquei olhando Mary dormir.

- Assim, você fica mais bonitinha, quietinha e fofa – falei por falar e depois tapei a boca, o que raios eu to falando?

Comecei a tirar a franja dela que estava caindo nos olhos... Mary... Aproximei mais do seu rosto, um pouco mais, perto o suficiente para sentir sua respiração, depois parei e retornei. Chizuru, controle-se cara, o que pensa que está a fazendo? Corei. Mary despertou.

- Hm... Bom dia... Waah! O que você ta fazendo aqui? Idiota pervertido! – ela berrou se levantando e sentando no sofá

- Eu... E-Eu... Eu vim perguntar... Por que eu estava na sua cama? – berrei de volta

Ela me encarou e simplesmente corou, me fazendo corar em seguida. O que será que ela tava pensando?

- E-Eu...  – ela tentou falar

- O q-que? – perguntei

- E-Eu fiquei... Com pena de você caído no chão por ser grande demais para o sofá e coloquei você na minha cama – ela falou vermelha e calmamente. Quem é ela e o que ela fez com a Mary?

- Ah então é isso... – falei suspirando

- Você nem agrade... – ela tentou gritar, mas bateram na porta dela

POV Mary:

- Mary! Estamos precisando de ajudar para pegar uns delinqüentes, estamos sem policiais para ir e por isso estávamos chamando todos que restaram – o Tenente avisou a porta e depois sumiu

- Vamos – disse séria, porém soltei um suspiro

- S-Sim – ele levantou e ficou ao meu lado

- Quer dizer... Você não precisa ir se não quiser, apenas tem que ficar no quarto – me lembrei que ele não fazia parte da policia

- Eu vou com você – abriu um sorriso de canto

- Então tá – virei o rosto para eu não corar e dei de ombro saindo pela porta, quase caindo com os malditos saltos

- Hey, Mary! – chamou vindo em minha direção

- O que? – encarei-o

- Obrigado por me colocar na sua cama quando eu estava no chão – beijou a ponta do meu nariz e saiu correndo pela porta na frente

Corei o máximo que podia. Esse idiota atrevido! Sai correndo atrás dele.

- Idiota! Atrevido! Pervertido! Quem te deu o direito de fazer isso? – gritei

Ele apenas começou a gargalhar, enquanto fugia de mim correndo. Algo dentro de mim estava feliz, meu coração estava aquecido, por quê? Chegamos ao local, por sorte era ali do lado, pois não poderia levar Chizuru muito longe e também seria ruim deixá-lo só no caminho, ele poderia virar refém... Que? Eu tenho que manter a minha fonte de informações viva...

- Chizuru... Sabe atirar? – perguntei

- O que? Claro que não, nunca toquei numa arma – ele falou angustiado com a pergunta

- Bom, agora que você está comigo, vai ter que aprender se quiser garantir a sua segurança, mas em parte não se preocupe, você é minha fonte de informações, não vou deixá-lo morrer – falei e seus olhos brilharam, eu disse algo errado? Fiquei confusa

- O-Obrigado Mary, vindo de você algo assim, me faz ficar mais tranquilo – ele disse e eu corei, quer dizer, o que eu to falando? E-Eu nem sei mais porque disse isso. Balancei a cabeça e voltei a encará-lo

- Bem, são duas armas, uma de verdade, para seres que a prisão não pode prender e um com balas de borracha, apenas para humanos – entreguei a ele ambas

- Ah... O que quer dizer com “para seres que a prisão não pode prender”? – senti um pouco de medo em sua voz, suspirei

- Chizuru idiota... Entre aqui – puxei ele para dentro de um beco vazio

- Mary... – ele chamou

- Bem, creio não vou poder esconder isso de você, idiota ou não, você faz perguntas espertas demais comparadas as de meus antigos companheiros de casos – suspirei novamente

- Obrigado, eu acho – ele falou ainda confuso

- Bem, sabe... Ser um policial é mais importante do que parece, não só protegemos os demais, de humanos, delinqüentes, ladrões, assassinos e essas coisas, protegemos de seres sobrenaturais que aparecem por aí, e não querendo me gabar, mas fazemos tão bem nosso trabalho que os outros humanos da sociedade ainda acreditam que monstros sobrenaturais não existem,e  são só historias para assustar criancinhas – descarreguei de uma vez, esperando que a cabeça dele analisasse a informação

- Quer dizer que... – ele disse quando finalmente tudo fez sentido

- Sim, aquela sombra é só um dos problemas sobrenaturais que temos – falei cruzando os braços

Ele ficou em silêncio, então fui a encontro de seus olhos, e logo senti uma pontada de pena no meu coração, Chizuru estava tentando inutilmente parar as lágrimas que desciam em seu rosto.

- C-Chizuru, o que houve? – perguntei preocupada, e ao mesmo tempo sem saber como reagir

- Mary, você, você pode acabar com aquela coisa? – ele perguntou soluçando

- A-A sombra? C-Claro, eu venho me preparando desde sempre para isso – Tentei acalmá-lo

- Então prometa, para mim, que vai, e que eu vou poder te ajudar. Porque aquela coisa, levou minha mãe a pouco tempo e foi a responsável pela morte do meu pai, que trabalhava no caso da sombra junto com os policiais daqui – ele revelou

Fiquei em choque, ele... Ele estava sozinho no mundo, como eu. Sem pai, nem mãe. E a culpa também da morte do pai dele foi da mesma coisa que matou meu pai, no mesmo caso.

- Chizuru... Qual era o nome do seu pai? – perguntei de cabeça baixa

- Hayato Suguhara - ele falou

Eu abracei, com toda a minha força. Tentando não chorar junto com ele.

- Mary? – perguntou

- Hayato, era o melhor amigo do meu pai. Apenas eles dois morreram neste caso. – apertei mais meu rosto contra o peito dele e ele envolveu seus braços em volta de mim

- Entendo, seu pai também morreu por causa dela. Você promete para mim? – perguntou

Olhei para ele, e abri um sorriso no rosto.

- Prometo Chizuru, vamos nos vingar dela juntos – falei.

Ele sorriu de volta para mim. Talvez a presença dele não seja tal ruim assim durante esse mês. Pois nossos passados de alguma forma se conectam, por causa de um caso nunca resolvido.


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Notas finais do capítulo

Atualizada... Até o próximo capítulo :3



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