Diário De Rachel escrita por jessysodre


Capítulo 41
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

É pra glorificar de pé!
Aí, mais um capítulo.
E prometo que o próximo será rapidinho se vocês aparecerem mais nos comentários.



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Ela tinha acabado de entrar naquele lugar fedido, com cheiro de sangue podre e cerveja barata. É claro que já tinha frequentado lugares piores, mas aquele definitivamente não era o lugar onde ela gostaria de estar no seu possível último dia de vida.

Um quarto de hotel com uma hidromassagem cheirando a lavanda, talvez fosse um lugar legal para se despedir de seus cento e poucos anos de vida ou seria duzentos? Ela havia parado de contar desde quando esqueceu como era o cheiro de sua casa de infância. A memória não aguenta muito mais que cem anos. As coisas param de importar e a humanidade para de fazer sentido.

—Me vê uma dose Whisky. —Ela pede para o homem do outro lado do balcão que a olha pelo canto dos olhos.

Ela olha para os lados e talvez dois ou três naquele lugar fossem humanos. Humanos que andavam com vampiros, isso foi motivo para um sorriso. Ela ouvia muitas vozes, mas nenhuma era a que ela desejava mesmo ouvir. Um desespero batia em seu coração. “Será que ela está morta?”

Nunca teve talento para se apaixonar. Sua primeira paixão foi a que levou a morte humana e a segunda tudo indicava que levaria para o mesmo caminho, não que ela ligasse de morrer, mas talvez um dia feliz antes da morte, lhe cairia bem.

—Você não é daqui. — Afirma o homem tatuado de trás do balcão, ela não ouvia seu coração então supôs que ele também era um vampiro.

Um vampiro trabalhador era motivo de outro sorriso acompanhado de um questionamento. “Porque alguém que tem uma eternidade inteira e milhões de possibilidades, escolheria ficar atrás de um balcão servindo cerveja a outros de sua espécie?”

Ela ignorou o comentário e o olhar luxurioso que ele lhe jogou, olhando para fora do bar. Faltavam poucas horas para o sol se pôr ela sorria pensando que o fim sempre nos faz lembrar o início.

—Eu te amo Santana. Mas não podemos ficar juntas. Não quero ser queimada como uma aberração. —Disse a mulher com cabelos loiros e com olhar triste.

—Não somos aberrações Heather. Amar não pode ser pecado.

—Amar você é pecado, Santana. Agora me deixe ir. —Santana soltou o braço da mulher que correu para outro lado sem olhar para trás. Santana a acompanhou com o olhar e logo uma gritaria começou. Homens correram em direção ao vestido branco esvoaçante, tudo aconteceu bem de pressa sem que o corpo pudesse responder aos que os olhos viam.
Um homem com vestes sagradas se posicionou na frente de Heather que era segurada de um jeito violento por um soldado sem piedade. Junto dele o seu marido, aquele que a convenceu que seu amor por Santana era pecado.

Santana tentou correr de encontro a Heather, mas braços fortes e impiedosos a seguraram.

—É essa? —O homem perguntou a levando de encontro com os outros.

—Sim. Ela é uma enviada de satã. Corrompeu minha esposa. — Disse o homem olhando em seus olhos.

—Queime essa também. — Gritou o homem com vestes sagradas para os soldados. —Coloque-a na cela até de manhã. —Ele ordenou e Santana sentiu seus olhos se encherem de água. Águas de culpa pela imagem Heather se distanciando sem que ela pudesse fazer algo a respeito.

—Mais uma bebida, por favor! —Fala Santana sentindo o peso de suas lembranças.


            Horas depois seu corpo estava sujo e sangrando. Soldados a possuíram recitando passagens bíblicas. Santana se sentia exaurida, a dor era quase insuportável. Ela preferiria estar morta se não fosse pela a esperança de salvar Heather de uma morte trágica, por um pecado que ela não cometeu.

— Acho que você vai morrer antes do dia amanhecer. —Disse uma voz sarcástica. Santana não entendia da onde vinha à voz. Tudo estava embaçado e rodando.

—Quem... É ... Você? —Ela perguntou gaguejando, seu corpo ainda estava jogando no chão sujo onde tinha sido violentada há poucas horas.

A mulher sentada no chão da cela de frente para a dela focava o teto e jogava pedrinha na parede.

—Isso não lhe interessa. Na verdade não interessa nem a mim. — Ela respondeu.

—Não posso deixá-la morrer. —Santana falou desejando pela primeira vez nunca ter conhecido Heather, já que se não a conhecesse agora sua amada estaria salva.

—Ela? Interessante. —Ela se virou, olhando para a cela da mulher.

—Eu preciso salvá-la. —Santana suspirou sabendo que por mais que ela tentasse manter os olhos abertos, eles insistiam em ficar fechados.

A outra mulher entortou as grades de sua cela passando entre o vão, em seguida, fez o mesmo com a cela de Santana que ouviu um barulho bem distante. Sua consciência estava indo embora de seu corpo.

—Eu não deveria fazer isso. —Ela resmungou, ajoelhando ao lado do corpo quase morto e mordeu seu próprio pulso o colocando-o na boca pálida e sem vida de Santana. A latina bebeu o sangue e logo seu corpo começou a se restaura. Não demorou mais de um minuto para ela abrir os olhos e ver a mulher de pele perfeita com a cabeça jogada para trás sentada no fundo de sua cela.

—Quem é você? —Perguntou Santana sentindo todo seu corpo vivo. Nada mais sagravam ou doía era como se ela tivesse nascido outra vez.

—Se eu não me conhecesse diria que sou um anjo, mas como eu me conheço, a resposta seria a oposta. —Ela falou com tom sarcástico. —Santana balançou a cabeça para ter certeza se aquilo não era um delírio.

—Eu estou morta? —Ela perguntou ficando de pé.

—Não! –A mulher levantou e olhou para ela. —Mas o dia está amanhecendo se ainda quiser manter seu grande amor vivo, é melhor correr.

—Estou confusa, quem é você? O que fez comigo? Como sabe de...

—Não sou muito educada e gosto de xeretar “cérebros” por aí. Agradeça depois. — Ela se aproximou da mulher que apesar de assustada não conseguia pensar em nada que não fosse Heather.  A segurou pelo braço a tirando da cela.

—Como...?

—Você não tem tempo para perguntas. — Santana queria entender o que estava acontecendo, mas sabia que a mulher misteriosa tinha razão. —Não sei onde ela está, mas acredito que no corredor à direita, tem outra linha de celas. —Santana olhou confusa para os olhos verdes. Ela tinha milhões de perguntas, mas só fez uma.

—Você não vem? —A loira sorriu sem vontade e olhou para o teto em seguida para ela.

— Não tive muito sucesso na minha busca, mas espero que tenha na sua. —Ela andou para a cela onde estava presa minutos antes e desentortou os ferros ficando presa novamente.

Santana seguiu pelo corredor cumprido e estreito, ela não olhou para trás, precisava aproveitar a chance que a vida havia lhe dado e encontrar Heather o mais rápido possível. O dia já amanhecia ele lutava contra o tempo. Santana virou a direita como o loira misteriosa havia lhe dito, porém todas as celas estavam vazias. O desespero começou a ficar maior, ela olhava para os lados e jogava as mãos nos cabelos sujos.

— Heather! — Ela resmungou e seguiu em direção a única porta que tinha no final daquele corredor cheio de celas vazias. Conforme Santana se aproximava da porta ela podia ouvi uma gritaria. O medo começou tomar conta de suas veias e ela abriu a porta vivendo seu pesadelo. —Não! —Ela gritou com todo ar de seus pulmões recebendo o último olhar de Heather antes de se jogada na fogueira.

—Mais um copo, por favor. — Diz Santana para o vampiro que analisava cada segundo mais devagar.

Aquelas lembranças não lhe doíam mais. Elas eram apenas lembranças distantes de uma vida que lhe foi arrancada com o fogo de uma fogueira santa.

Ela retira o celular do bolso dando um gole em sua bebida. Santana sabia que o plano de Rachel era falho e que a menina poderia morrer antes mesmo de falar com Noah. Rachel morrer seria algo definitivamente prazeroso para Santana, exceto pelo fato que Quinn nunca a perdoaria.

Santana não desmerecia sua história com Quinn, ela sabia que a dor as uniu e as fez ter sentimentos, porém os sentimentos que elas compartilhavam, não significavam nada, quando se tratava de Lea, Rachel ou qualquer que carregasse metade da alma de Quinn.

Santana olhou novamente para o bar que naquela hora estava mais cheio de vampiros que quando entrou, talvez ela estivesse tempo demais naquele lugar lamentando sua pós vida. Ela sabia que era hora de agir, mas ainda se perguntava se valia a pena morrer por alguém que nunca a amou ou amaria.

Quando falou com Rachel no telefone a menina parecia com medo, porém ela sabia que a humana estava disposta a perder a vida por seu amor, assim como Quinn, que só se permitiu ser capturada para que Rachel não perdesse a chance de engravidar do ex-namorado e ficar salvar de Jesse. A vampira sorriu pensando na loucura que aquela história tinha se tornando e como seu papel era inútil nela.

Heather, Santana sabia que correspondia seu amor, mesmo que com medo, agora Quinn, não. Ela nunca escondeu o motivo da sua pós vida.

— Você faz o que aqui? — Pergunta novamente o vampiro atrás do balcão. Santana olha para o bar e joga o último gole de bebida para dentro da boca ficando de pé. A vampira solta um sorriso sexy e anda até a entrada do bar vendo muitos olhos vampirescos em sua direção.

Ela sai do bar e olha para o céu escuro se arrependendo por ter ficado muito tempo lamentando. Não adiantava mais lamentar, ela já estava envolvida naquela maldita história, onde ela sabia que seu final com certeza seria o pior. Talvez fosse diferente se ela tivesse conseguido colocar Quinn nas costas e levá-la para longe de Rachel, mas agora ela precisava encarar os fatos e assumir os riscos.

Santana olhou para os lados e fechou os olhos, ela não fazia ideia de onde Quinn poderia estar. As terras de Jesse eram grandes e abrigavam milhares de vampiros e humanos.

—Quinn eu não sei fazer isso!

—Santana, você é uma vampira, aja com uma. É só pensar em mim e logo estará na minha mente.

— É fácil para você dizer, já namorou uma vampira. Não consigo entrar na sua mente.

— Não são todos os vampiros que fazem isso. Isso exige treino e vampiros geralmente preferem ficar por aí bebendo sangue.

— Pensei que você gostasse de ficar por aí bebendo sangue.

— Gosto, mas não posso deixar de treinar, preciso saber quando a Lea reencarnar.

— Como você sabe que isso vai acontecer?

— Sabendo Santana, agora pense em mim.

— Você disse que quando o vampiro está vulneral é mais fácil.

— Estou nua, com você em cima de mim, acho que estou vulnerável o suficiente. Agora tente logo.

— Não tá funcionando. Droga! “Cadê você?” —Santana pergunta em pensamento. — Eu sou uma péssima aluna. — Ela murmura e tenta pensar em Quinn novamente.

—Ainda acredita que vai ficar com ela? Com toda essa maldição envolvida, jura que você vai acreditar no Jesse depois de tudo que ele fez? — Santana gritava andando de um lado para outro na sala perto da lareira. Quinn ignorava os gritos da vampira e bebia seu Whisky. — Quinn ela nem nasceu, você nem sabe se esse bebê que vai nascer é a Lea. Não podemos simplesmente sair daqui e ir para longe novamente? Quinn, por favor, me escuta uma única vez. — Quinn ergueu a sobrancelha e olhou para Santana que estava em sua frente.

— Se você tivesse a chance de ficar com Heather de novo, recusaria? — Santana sentiu seu corpo tremer, fazia mais de cem anos que ela não ouvia o nome de Heather. — Foi o que eu imaginei. Agora para de gritar e me deixe em paz. — Quinn saiu da frente dela e andou em direção as escadas.

—Então é isso? Você vai me ignorar, vai escolher cuidar de um bebê? Como você sabe que é ela? Como vai protegê-la do Noah? Você vai trabalhar para Jesse? É isso? Não bastou ... — Quinn apareceu rapidamente na frente de Santana.

— Cale a boca. Se não estiver feliz com minha escolha vá embora, Santana.

—Pensei que fossemos amigas.

— Somos, e é por isso que estou te dando a chance de ir embora ao contrário disso, te mataria.

—Isso não tá funcionando e tem vampiro se aproximando. Cadê você, Quinn?! —Ela grita em pensamento.

— Larga esse idiota. Agora! — Falou Quinn para a vampira loira que segurava Finn.

— Tenho ordens a cumprir. Sinto muito. — A vampira enfiou os dentes em Finn e Santana quebrou o pescoço dela.

— Não se fala antes das refeições, gracinha. — Santana empurrou o corpo da vampira para o chão. — De nada. Para os dois.

— Pensei que tivesse dito para você ficar longe. — Reclamou Quinn.

— Gente... — Finn estava ofegante e apontando para trás de Quinn.

— Cala a boca! Eu juro que vou quebrar um braço seu, ou quem sabe os dois, seu idiota incompetente. — Quinn puxou Finn ignorando Santana.

— Acho que não vai ser tão simples. — A vampira apontou para trás de Quinn que se virou e viu uns dez vampiros se aproximando.

— Eu vou matar você, Finn! Juro que vou. —Quinn gritou.

— O que eu faço? — Finn perguntou e Santana soltou uma gargalhada.

— Fica atrás de mim seu inútil. — Quinn respondeu.

— Eles vão matar o “ser” reprodutor em menos de cinco minutos. — Debochou Santana.

— O que está fazendo aqui, Santana? — Quinn perguntou sem tirar os olhos do vampiros que se aproximavam.

— Estava passando, ouvi uma gritaria e resolvi ajudar. — Santana debochou se posicionando ao lado de Quinn. — Não somos inimigas Quinn, pare de me tratar como uma.

— Você tentou me enganar.

— Queria te manter viva.

— Vou correr. — Falou Finn.

— Não confio mais em você. — Disse Quinn.

— Deveria. — Santana partiu para cima de dois vampiros e os matou antes que eles conseguissem reagir. Quinn sorriu e fez o mesmo, impedindo que os vampiros chegassem perto de Finn, que correu sendo pego por um. — Não! — Santana gritou e Quinn olhou para Finn se desconcentrando da briga e levando uma injetada de verbena.

— Santana, salva ele. — Quinn disse antes de ver tudo escurecer.

— Merda! — Santana ficou dividida entre impedir que o vampiro levasse Quinn ou impedir que o vampiro drenasse Finn. — Santana xingou e se arrependeu por ouvir Quinn e quebrar o pescoço do vampiro que bebia o sangue de Finn.

— Quinn eu odeio você, poderia tê-la salvo, vampira imbecil. Cadê você, agora? — Santana grita em pensamento.

—Santana? — A voz de Quinn invade sua cabeça.

—Deu certo! Deu certo! Não acredito estou na sua mente. —Ela corre até onde a mente de Quinn a mostrava sem hesitar.

—Santana, não! —Quinn tenta dizer, mas Santana já estava na frente da casa de Jesse, que abria a porta.

—Ora, ora, o que temos aqui. —A voz de Jesse era fria. Ele tinha uma faca em suas mãos, suja de sangue. —Entre Santana. Acho que o que procura está bem ali. —Ele aponta para Quinn, atrás dele, amarrada na poltrona no meio da sala. O corpo de Quinn estava ensanguentando e a vampira mal conseguia abrir os olhos.

—O que está fazendo com ela? —Santana pergunta dando dois passos para trás. Jesse ri. Abrindo mais a porta daquela casa que Santana achava incrivelmente sombria.

—Nada que ela não mereça. Cadê a Lea?

—Ela não está comigo.

— Isso eu percebi, vampira inútil. —Jesse limpa a faca na barra da blusa de mangas compridas que seu corpo velho vestia. —Onde a deixou? —Jesse anda até onde Quinn estava e molha a faca em um balde que tinha ao lado da poltrona.

— A deixe ir, que te levo até ela. —Santana falou vendo Jesse encostar a faca no pescoço de Quinn que gritava. —Pare! O que é isso?

—Verbena. —Jesse sorri. —Assim ela demora mais a cicatrizar. Quer? — Ele debochou afundando, mas a faca. Quinn apertou os lábios com os dentes para conter os gritos. — Agora onde está Lea?

—Morta! —Jesse arregalou os olhos e tirou a faca da pele de Quinn que olhou para Santana a fuzilando com os olhos. —Mas posso te levar até Rachel. —Quinn relaxou a expressão e Jesse sorriu.

—Rachel; Lea; tanto faz. Cadê minha garota? —Ele afundou a faca no pescoço de Quinn outra vez, que segurou novamente os lábios para não gritar. Quinn sabia que Santana acabaria entregando Rachel se ele demonstrasse fraqueza.

—Pare! Você vai matá-la. —Santana sente o desespero correr em seu corpo. —Ela precisa de sangue. —Santana estava no meio da sala muito perto da poltrona.

—Não tente fazer isso. —Fala Jesse percebendo que Santana estava um passo de pular em seu pescoço para salvar Quinn. —Nos dois sabemos que eu te mataria antes que conseguisse desamarrar um braço de seu querido amor. —Quinn olha para Santana e aperta os olhos, como quem pedisse para ela ficar parada.

—Jesse se você matá-la estará matando uma parte de Lea. —Santana falou e Jesse tirou a faca de Quinn a colocando dentro do balde.

—O que você está dizendo? —Jesse se aproxima e Santana dá passos para trás encostando na porta que tinha se fechado após ela entrar.

— Você não sabe? Kurt não lhe contou? —Santana tenta manter a calma ela sabia que precisava atrasá-lo, mesmo que não tivesse noção de quanto tempo. —Pensei que os originais soubessem de tudo, mas pelo visto vocês são sempre passados para trás quando se trata de bruxas.

—Boa tentativa Santana, mas você não me conhece, então, não tente jogar comigo, senão pode acabar sem coração. —Jesse sorri e Santana mantêm sua postura, ela não podia fraquejar, não com a vida de Quinn em risco.

Quinn estava fraca demais para falar, suas feridas não estavam se recuperando facilmente e seus olhos queriam ficar fechados. Ela tentava se comunicar com Santana mentalmente para saber onde Rachel estava, mas ela estava bloqueando sua mente na tentativa de não deixar Jesse entrar.

—Sem joguinhos Jesse, não quero morrer, não de novo. Solta a Quinn e eu trago a Rachel.

—Traga Rachel e se Quinn estiver viva, talvez, a deixe ir com você e ainda te dou um prêmio. — Jesse se aproxima deixando seu corpo bem na frente do de Santana. —Já imaginou se ela te amasse de verdade? Eu posso fazer isso por você querida. Chega dessa vida triste de só ter amizade dela. Eu posso fazê-la te amar por toda eternidade. —Santana olhava nos olhos de Jesse e com aquelas palavras esquecia por completo que ele poderia a hipnotizar. —Onde está a garota?

—Com Noah. Ela foi até ele para pedir ajuda.

—Que? —Quinn juntou forças para falar. Jesse se afastou e olhou para Quinn. Santana sacudiu a cabeça fechando os olhos e se sentindo péssima por ter caindo na hipnose de Jesse.

—Isso é uma brincadeira? —Pergunta Jesse. Quinn queria matar Santana naquele momento, mas seus lábios não conseguiram pronunciar mais nada. —Fale-me a verdade! —Jesse olhou novamente para Santana que não conseguiu evitar a hipnose.

—Emily mostrou a Rachel como Diana morreu e disse que sua alma foi dividida...

—Cale-se. —Jesse mandou Santana se calar antes que ela terminasse de contar. Quinn olhou para Jesse que se aproximou dela. Olhando em seus olhos. —O que você sabe sobre isso?

—O que acabei de ouvir. —Quinn fala com dificuldade.

—Você está mentindo? —Jesse perguntou em seguida tentou entrar na mente de Quinn. —Como pode? Mesmo você estando fraca e quase morrendo eu não consigo entrar na sua maldita cabeça. —Quinn solta um sorriso sarcástico e Jesse volta a olhar para Santana. Que fecha os olhos desejando que Quinn não a odeie. —O que ele sabe sobre a alma de Lea?

—Pergunte a ele. —Santana lutou contra a vontade de dizer.

—Fale vampira infeliz. —Jesse a puxou para seu corpo e a obrigou abriu os olhos e a olhar para os seus.

—Rachel disse que ele entrou na cabeça dela e viu o mesmo que ela me mostrou.

—Me mostre o que ela lhe mostrou.

— Merda! —Santana xingou sabendo que se ela não fizesse por bem ele a faria fazer por mal.

—Agora. —Jesse gritou e Santana desceu o bloqueio de sua mente mostrando tudo que aconteceu até ela chegar ali.

Quinn observou a cena sentindo seus ferimentos começarem a cicatrizar, porém ela precisava de sangue para poder se levantar, seu corpo ainda estava muito machucado. Quinn fez força para poder ver o que Santana mostrava a Jesse, mas foi bloqueada. Segundos se passaram até que Jesse soltou uma gargalhada e Santana mordeu os lábios depois de dizer para Quinn.

—Desculpe.

—Então é esse seu plano? Acha mesmo que eu me importo com Quinn por ele ser metade da alma de Diana? Acha que eu não sabia disso? —Diz Jesse interrompendo os olhos entre Quinn e Santana. —Foi por isso que pedi a ela para protegê-la, só ela poderia. — Jesse olhou para Quinn que o encarava com atenção. — Sinto lhe dizer, mas eu só me importo com Lea. —Jesse diz pegando a faca dentro do balde.

—Não! Por favor, não a machuque. —Grita Santana. —Se a machucar, Rachel nunca o perdoará. —Jesse solta uma gargalhada e enfia a faca na laringe de Quinn e descendo pelo tórax. —Não! —Santana avança para cima de Jesse que enfia a mão no peito da vampira segurando seu coração.

—Eu disse que você perderia o coração. Não disse.

—Jesse, não! —Grita Quinn cuspindo sangue e sentindo a verbena queimar sua carne. —Seja homem pela primeira vez e resolva seus assuntos comigo. —A voz de Quinn era quase inaudível. Santana sentia seu coração ser apertado pela mão de Jesse que sorri olhando para Quinn.

—Gosta dela Quinn? Vamos saber o quanto gosta dela.

—Da... —Santana tentava dizer algo, mas seu coração sendo esmagado pela mão de Jesse não a permitia.

—Eu vou te contar o que eu vi na cabecinha dela. Acho que ela merece morrer, por desejar tanto a morde de Lea.

—Deixe de ser covarde Jesse, solte-a. — Fala Quinn tentando se soltar. — Você me quer morta, não ela, então acabe comigo. —Jesse largou Santana que caiu do chão. Jesse sorria como estivesse em um parque de diversão.

—Está certa Quinn. Vamos acabar logo com isso.

— Não! — Santana tenta gritar, mas sua pele ainda se recuperava e sua voz só foi dita em sua mente. Jesse ri e abaixa na cadeira olhando nos olhos de Quinn.

—Essa não vai ser a primeira vez que te matei. É sempre divertido te ver sangrar.

—Cale a boca me mate logo, seu velho imbecil. — Quinn cuspe na cara de Jesse que limpa a saliva misturada com sangue lentamente do rosto.

— Sabe de uma coisa Quinn... —Jesse tira a mão do rosto e enfia a mão rasgando a carne do peito de Quinn e encostando no seu coração. —É sempre um prazer te matar. 
—Mesmo quando ele era a Diana? —Uma voz invade os ouvidos de Jesse, antes mesmo da porta se abrir. Santana ainda estava no chão e implorava para Jesse não matar Quinn. Tudo acontecia bem rápido e bem devagar. Um tempo diferente para cada um deles. A vampira olhou para porta que se abriu mostrando a imagem imponente de Noah.

—Olha quem veio para festa. — Jesse debocha sem tirar os olhos de Quinn que evita fazer movimentos já que a mão de Jesse segurava seu coração. —Pelo visto já te contaram esse triste fato da vida, irmãozinho. —Jesse olhou para Noah com sorriso debochado. —Nem sempre temos o que queremos. — Noah retribuiu o sorriso.

— Digo o mesmo para você. —Noah estica a mão e uma sombra se aproxima entrando no campo de visão de todos.

—Solte ele, Jesse. — Quinn esquece que seu coração está preste a ser arrancando e encara os olhos castanhos donos da voz sedosa que estava de mãos dadas com Noah. Ela olha firmemente então percebe que ela não era a menina que ela havia deixando na casa do lago e sim uma vampira.


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Notas finais do capítulo

Não vai embora sem me dizer o que achou tá?
Prazer e luz.



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