Perhaps escrita por Triz


Capítulo 1
Traverse Town


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic OwO



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  Eu abri os olhos e senti uma dor nas costas. Eu estava deitada em um chão de pedra. Não era mais minha cama. Eu me levanto, cambaleante de sono, e ando sonolenta. Esse com certeza não é meu quarto.

  Ando pelas ruas, o chão é frio e estou descalça. Quando finalmente chego a uma praça. E sei exatamente onde estou: Traverse Town. Mas, como eu vim parar aqui? Eu me lembro de ir dormir em Twilight Town. De observar as estrelas da janela do quarto antes de deitar. E lembro também de acenar para Meg que namorava as escondidas. 

  Eu nunca visitei-a, mas já tinha visto várias fotos daqui. Sei que ela é constituída por distritos. E o principal é o Distrito Um. Que talvez seja onde estou agora.

  O céu continua estrelado o que indica que ainda é noite. As ruas estão desertas e a única luz é fornecida por um poste não muito longe de mim.

  Como eu vim parar aqui? POR QUE eu estou aqui?

  Eu ajoelho no chão e abaixo a cabeça. Lágrimas quentes escorrem por minhas bochechas. Então, sinto alguém tocar meu ombro. Levanto minha cabeça abruptamente e ele me fita:

  -Você está bem? – Ele me pergunta. Seus olhos cor de mel são indagadores e confortadores. Uma brisa gelada nos atinge e bagunça seus cabelos negros. Ele usa uma capa preta.

  -Quem é você?

  -Sou Lexy. E você?

  -M-Mira... – Eu viro o rosto. Ele com certeza não é de Twilight Town. Nunca o vi por lá.

  -Está perdida também? É estranho alguém chorar ao relento de pijama. – Me senti envergonhada.

  -Eu não sei como vim parar aqui. Eu não sou de Traverse Town.

  -Isso eu posso ver. Se isso lhe serve de conforto, também estou perdido. – Eu lhe fito com um olhar indagador. – Eu não sei de onde vim, só sei que preciso encontrar uma pessoa.

  -Que pessoa?

  -Minha outra metade. Eu sou um Nobody. Pelo menos foi o que aquele cara disse. – Fico chocada.

  -Nobodies ainda existem?

  -Sim. Assim como Heartless. Mas, estão em um número menor que antes, camuflados.

  -Você quer achar a sua outra metade, certo?

  -Acho que sim. Você quer vir comigo? Talvez você acha o caminho para a sua casa.

  -Sim, mas não posso sair por aí com essas roupas... – Eu me levantei.

  -Vamos para algum lugar e esperar amanhecer. Daí, de manhã poderemos comprar roupas pra você.

  Ele me levou para o hotel onde estava, me disse que uma pessoa que estava vestida do mesmo jeito que ele lhe entregou um saco de munny e disse para que esperasse uma pessoa chegar no meio da noite. E ele acha que sou eu.

  Apesar de não saber o que fazer agora, ele quer encontrar sua metade. E eu não vejo outra maneira de voltar para casa, afinal Lexy consegue acessar portais que deveriam estar trancados.

  Pensamentos sobre o tudo o que aconteceu rondam minha cabeça e mal consigo dormir.

***

  Acordei com o sol no meu rosto.  Lexy estava dormindo com a boca aberta de um jeito estranho no chão. Ele estava deitado em cima de sua capa preta. Usava uma camiseta e calça da mesma cor. Este costumava ser o uniforme dos Nobodies que faziam parte da Organização XIII. Mas essa organização não existe mais.

  Eu o cutuquei e ele logo acordou. Se vestiu e me levou na loja de acessórios mais próxima. Ele me comprou um vestido rosa que deixava meus ombros a mostra. Tinha um cinto de seda amarelo e uma bermuda também rosa e botas marrons.

  Me senti desconfortável vestida assim. Eu mal o conhecia e estava usando munny que nem me pertencia... Nós paramos perto de uma fonte:

  -Quanto tempo faz que você está aqui?

  -Alguns dias...

  -E antes disso?

  -Eu não me lembro... – Ele olhou o chão a sua frente e pude ver que estava triste.

  -Quem você acha que é sua outra metade? – Eu precisava distraí-lo. Dizer que o entendia não ajudaria em nada. Eu nunca fui um nobody. – Você acha que é alguém importante?

  -Muito pouco provável, quer dizer, olha só para mim. – Droga. Eu queria animá-lo, mas piorei a situação.

  Ficamos em silêncio por um longo tempo. Pessoas iam e vinham. Estar aqui me lembra das histórias que minha mãe me contava. Sobre os tempos em que portadores da Keyblade andavam por aí...

  -Você está pronta para ir?

  Eu refleti sobre essa pergunta por um momento. Eu poderia escolher entre ficar em Traverse Town e iniciar uma rotina ali ou me arriscar viajando através de mundos desconhecidos sem a certeza de que eu encontre minha casa novamente.

  Qualquer um em sã consciência escolheria a primeira opção, mas não é isso o que os aventureiros fazem. E se Sora tivesse escolhido ficar em Destiny Islands e sucumbido a Escuridão? Nem meu mundo, nem os outros estariam em paz como hoje. Então, depois de todo esse raciocínio:

  -Sim.


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Notas finais do capítulo

Eu acho que ficou pequeno, mas ok e_e