Start Of Something Good. escrita por story4you
-Sei que você não quer olhar na minha cara, mas podemos conversar? – ele disse.
Olhei profundamente em seus olhos. Ele me arrastou ate uma mesinha fora do estabelecimento. Sentamos e ele pegou minha mão. Fiquei sem reação, dura, ele percebeu e a soltou.
Senti o mundo desabar quando ele a soltou, mas mantive a pose.
- o que quer?
-queria apenas conversar com você. Sabe, depois de tudo...Bem, sinto sua falta. Você era minha melhor amiga e agora só tenho o Jonas. Além da Julia, que está inclusa nessa historia, mas ela não conta.
Sorri.
-sinto sua falta também... ninguém ocupou seu lugar. Digo, como companheiro, amigo, essas coisas. – Ai como sou atrapalhada...
-o Gustavo...
-não, ele era apenas meu namorado, não meu companheiro. Der, digo, ele não era muito amigo como éramos. Não contei muita coisa pra ele.
Ele sorriu.
-tinha ciúmes dele.
Eu ri.
-por que?
-sei lá, vocês eram namorados.
-você sabe sobre o nosso fim?
- noticia ruim voa. Quer um suco?
-to sem dinheiro...
-por conta da casa. –ele piscou e chamou o garçom. – um maracujá e um limão, Denis.
-como você sabia que eu queria limão?
-conheço você melhor que ninguém. Sabe, posso não ser perfeito, o cara certo pra você, o cara dos sonhos, mas conheço você melhor que você mesma, costumávamos saber tudo sobre o outro, né.
-eu sei. E, bem, não deu certo com você mas vou procurar nos outros suas qualidades. Alguns defeitos também. Amo alguns defeitos seus.
-a Pâmela odiava até minhas qualidades.
-ela é uma trouxa, você sabe disso. Não sei porque está com ela.
Ele gargalhou.
-não estou mais com ela. Ela me deu o golpe da barriga...
-que? – cuspi o suco.
-descobri. A Ju me disse uns papos ai e eu me liguei na real.
-essa Ju é demais.
Ficamos conversando o maior tempo. Rimos muito, como nunca achei que aconteceria de novo. E depois ele me levou pra casa. Dormi sorrindo e acordei do mesmo jeito. Minha mãe até achou que eu tava de rolinho com outro, mas mal sabe ela que apenas uma palavra direcionada a mim causou um terremoto nos meus sentimentos.
Fui pra escola, contei pra Babi e ela gargalhava com minhas palavras.
-canta algo pra ele.
-não! Somos amigos, só. Decidimos isso...
-até parece que ele só quer isso, né Laura! Larga de ser inocente. Canta aquela eu e você do catch side.
-muito na cara, Babi.
-jorge e Mateus?
-nãaaaaaaaaao. – quase gritei.
E assim começou a discussão sobre qual musica eu cantaria pra reconquistar o Roberto. Decidi, por fim, cantar a do Victor e Leo, amigo apaixonado. Sei que essa é constrangedora, mesmo os caras sendo bons, mas resume muito essa musica.
Cheguei no restaurante na maior euforia. O Roberto estava limpando as mesas. Fingi que não tinha visto ele e comecei a me preparar.
Passei em casa antes, coloquei uma roupa sexy (Blusa vermelha com um leve decote que ele amava, jeans coladinho e um salto de onça da minha mãe). Passei maquiagem lá no banheiro do Restaurante e sai deslumbrante, confesso.
-Uau! – ele gritou e ecoou pelo ambiente vazio. – está querendo conquistar alguém?
-mais ou menos. – sorri e ele fechou o sorriso. – hey! – dei um tapinha nele e ele me abraçou.
-que cheirosa... é a-a-aquele perfume?
-sei lá de qual você ta falando! Tenho que aquecer a voz.
-vamos cantar juntos de novo hoje?
-quer cantar Victor e Leo?
-não.
-então não. – eu dei uma risada de bruxa e ele riu da minha reação.
-quer ir na praia depois?
-talvez... eu sei que é sexta, mas estou cansada demais!
-a galera vai dar uma volta, não quero ser o único solteiro. Ou melhor, o único sozinho.
-vai pegar mal se eu for. Eles vão ficar enchendo nosso saco, depois de terem bebido todas e. aff, não to afim. Desculpa!
-posso ir pra sua casa então?
-não. E agora, tchau que eu vou cantar.
Cantei como planejado. Ele sorriu com a minha escolha. Alguns pedidos foram atendidos, inclusive camaro amarelo. Me contive para não rir, pois essa musica é muito nada a ver. Enfim...
Ele me levou em casa de novo. E depois partiu pra praia. A Ju mandou uma mensagem dizendo que ele estava deslocado e eu decidi ir pra não deixa-lo só.
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