Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 26
Eu posso tentar te esquecer, mas vc sempre será...




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Posso até sangrar que agora já não dói mais
Me acostumei
Já parei de chorar quando alguém fala de você

Eu sei te perdi, não dormi, me acabei, nunca mais volto atrás,
foi demais
Não mereci
Teu amor, sabe Deus, onde foi que eu errei, tudo bem
Mas essa noite eu sonhei

Sonhei sim com o Roberto vindo falar comigo, me pegando e tentando arrancar um beijo de mim. Tremi. Gelei. Claro, ele é um fantasma recente da minha vida, mas sério, eu não quero pensar nele com uma probabilidade de volta. Eu estou com o Gustavo e eu estou feliz, completa.

Ou não?

Acordei e fui ao salão de beleza, arrumar meu cabelo. Acabei cortando, bem diferente do que eu um dia pensei na vida. Cortei-o acima do ombro, não é Chanel, mas está curto. Fiz as unhas e voltei pra casa um brinco de tão linda!

As horas passaram rápido e quando eu percebi já estava na hora de me trocar. A festa do Augusto ( amigo do Roberto que acabou gostando da minha pessoa e das minhas amigas) já estava próxima e o Gu passaria logo mais.

Coloquei a blusa, com um short branco e o meu all star também branco. Passei uma make básica, só pra não ficar sem nada e quando percebi o Gu estava me esperando na sala.

Desci as escadas e ele começou a assobiar enquanto batia palmas também. Quando cheguei no chão ele me fez dar uma voltinha, depois me abraçou forte e me beijou.

–você está muito linda, dona Laura. Não estou apreciando isso.

–para, bobo! – deu um tapinha no ombro dele. – vamos logo. Tchau mãe! – puxei ele e fomos andando até lá.

Não era muito longe, então chegamos rápido e quando chegamos todos param pra nos olhar. Fiquei envergonhada, mas o Gu começou a se achar. Ele me arrastou até o nosso grupo e depois pegou uma cerveja.

–você viu quem está ai? – a Babi perguntou como se eu não soubesse do fato.

–é, eu vi.

–pensei que viu mesmo. Você ficou estática na porta... – ela tomou um gole de coca.

–fui uma surpresa, né!

–Laura você vai cantar pra gente hoje né? – o Augusto veio, cambaleando de bêbado.

–não, Augusto. Hoje não...

–mas todos estão esperando por tal atração...

–você falou pra eles que eu cantaria? – falei brava.

–falei... o Binho até trouxe o violão.

–eu vou te matar, Gugs.

Ele só fez sinal de jóia e saiu andando.

–vai cantar o que? – a Ju perguntou, tentando ser meiga.

–qualquer coisa.

–canta Payphone! - a Babi disse animada e isso me irritou.

–Barbara! – a Julia gritou quando eu sai andando.

–Gu, vamos embora? Eu quero ir embora.

–mas a gente mal chegou!

–Laura, acalme-se. – a Ju tentou melhorar o que já estava acontecendo.

– o que ta acontecendo? Podem nos falar? – o Jonas interrompeu.

–o Gugs quer que ela cante, mas ela não esta afim, por aquele grande motivo. – a Ju explicou.

–Laura, eu sei que você está brava, mas canta uai. Eu ajudo você se quiser, sabe que tamo junto né? – ele me abraçou e eu me acalmei. – quer cantar o que?

–a Babi pediu Payphone.

–vamos cantar isso então. – ele sorriu e foi falar com o Gugs.

Ele me chamou e eu fui pra onde seria o meu ‘show’. Todos ficaram nos olhando e o Jo fez um sinal pra eu ficar calma, foi o que eu fiz. Mas quando vi o Roberto no fundo, olhando esperançoso eu desabei novamente.

Fechei os olhos para não ver ninguém e comecei a cantar. Ao final aplaudiram e pediram mais. Cantei uma musica velha, da Marjore Estiano, você sempre será. O Roberto ficou olhando com uma cara de triste, sentindo que era uma mensagem.

A Julia estava do lado dele e o abraçou. Mas ele logo saiu de lá e sumiu de vista. Continuei cantando e lembrei do Gustavo, então cantei olhando para ele que estava admirando-me. O que me deixou feliz, me deixou melhor.

Eles pediram mais uma, foi quando o Roberto voltou. Pude notar os olhos inchados dele, mas não poderia fazer nada. Cantei the one that got away, da Katy Perry. E no fim disse que era a ultima. Todos queriam mais, mas não dei ouvidos. Agradeci e sai dali.

O Jonas foi falar com o Roberto e eu fui ficar com o meu namorado, que já estava quase bêbado. Impedi ele de beber mais álcool. Ele ficou bravo, mas era para o nosso bem. Começou a baladinha e eu e a Babi começamos dançar como duas doidas, normal né?!

Voltei pra casa da Babi. Passei o dia todo lá. Jogamos vídeo game, assistimos filme e comemos muito. Voltei pra casa e minha mãe me arrastou pro quarto, mesmo na melhor parte do filme que ela assistia.

–a mãe do Roberto ligou e disse que precisa falar com você. – a começou.

–como? Eu não vou. O que você disse a ela?

–disse que falaria com você. E ela disse que se você não fosse ela viria, do mesmo jeito.

–ai que droga, mãe! Não quero ver aquela mulher, ela só trouxe tristeza pra minha vida.

–fale com ela, não custa nada...

–mãe, não quero ficar falando daquela família. – dei ênfase no daquela e minha mãe se assustou. – não quero lembrar do Roberto e da mãe dele se sentindo vitoriosa pela nossa separação.

Ela me abraçou e pediu para que eu me acalmasse. Fui pro quarto e liguei pra ela. Aceitei vê-la, nas condições que eu colocasse: não falar merda pra mim ou me colocar pra baixo. Ela aceitou.

fui vê-la logo no dia seguinte. nos encontramos no restaurante da familia e eu estava morrendo de medo. todos nos olhavam...

-fale rápido, por gentileza. – pedi.

-o Roberto voltou para são Paulo.

-meu problema não é o Roberto, é você.

Ela parou de mexer no guardanapo e olhou pra mim.

-ok. Eu percebi uma tristeza enorme no Roberto ontem, depois da festa que descobri que você estava presente.

-e... olha, antes que você fale algo nada a ver quero lhe dizer que não fiz nada, não falei nada. Na verdade nem olhei pra ele.

-eu sei, Laura. E é por isso que ele está mal, porque ele sente sua falta. Me senti culpada por isso, vocês era felizes e eu estraguei tudo.

-sinto muito, mas não há volta.

-vocês hoje em dia por uma formiga terminam um namoro... não entendo!

-vai ficar sem entender, pois isso não é uma formiga. Ele vai ser pai, se fosse comigo eu iria querer ele comigo, então deixei o caminho livre pra sua querida, pois imagino que ela queira o mesmo.

-você tem razão. Mas Laura, ele te ama... não ama ela!

-Dona Valquíria, não interessa. Não há volta. – levantei e ela pegou no meu braço.

-eu te levo pra casa.

Entramos no carro e ela começou a dirigir. Sempre olhava pra mim e eu olhava pra frente. E de repente eu não vi mais nada.



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