Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 21
''How could this happen to me?''




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-oi Laura, posso falar com a sua mãe? – meu pai falou quando eu abri a porta de casa.

-ela não está.

-onde ela foi?

-na casa do namorado dela.

-NAMORADO? - ele gritou como se a culpada fosse eu.

-pai, você não tem moral.

-olha como você fala comigo, menina.

-sabe de uma coisa? Eu não ligo mais para o que você fala, nem pro que você pensa e nem como você me trata. Minha mãe não está e é isso. Passar bem.

Fechei a porta na cara do meu pai e comecei a chorar. Um sentimento de culpa veio a tona e eu não sabia como lidar.

Liguei pra Babi e a convidei pra andar por ai, sem rumo. Ela aceitou e nos encontramos na praia.  Ficamos andando, caladas por um longo tempo, pois eu não estava afim de conversa. Mas...

- o Ro ta na cidade?

-claro, né!

-nossa, mas eu não o vejo por mil décadas.

-é época de provas da faculdade e ele nem ta saindo muito.

-falei com o Rafa esses dias e ele estava muito magoado com o Roberto.

-o que o Roberto fez?

-diz ele que o Roberto está estranho, diferente... Laura, acho que ele ainda gosta de você. Da pra sentir...

- e porque ele ta falando que o Roberto ta diferente? Nada a ver, nada a ver.

-Laura, eu sei La. Mas só do povo perguntar ele fica com um olhar distante, sabe?

-ai, Babi... não quero saber. Me arrependo de ter ficado com ele... ele é meu cunhado, cara!

-e é isso que está matando ele. Parece que ele quer ir pra São Paulo, morar com um tio e nunca mais ver você.

-credo! Como se eu fosse culpada de algo. Quer saber? Vou pra casa. Isso só esta piorando a minha situação.

Sai andando e deixei a Barbara pra trás. Cheguei em casa e pedi desculpas a ela, e logo mandei uma mensagem pro Roberto que não me atendia. Fiquei preocupada, mas não fiz nada. Deitei e acabei dormindo.

Acordei com a minha mãe, gritando no telefone. Pelo jeito era com o meu pai... deixei ela falar a sós, pois não queria me intrometer nos assuntos dela.

Fiquei tentando ligar pro Roberto, mandei mensagem, fiz sinal de fumaça, códigos, mandei pombo-correio, fiz tudo! Mas ele não me respondeu. Decidi então ir até a casa dele e enfrentar a família que tanto me ama.

Toquei a campainha e a empregada atendeu. Ela foi simpática e me deixou entrar, pediu para eu esperar na sala e ela foi chamar o Roberto. Sentei no sofá e aguardei por um longo tempo.

- o que você está fazendo aqui? – ele surgiu do longo corredor que dava ao quarto dele, com o cabelo bagunçado e a cara de sono de sempre.

-você não atendeu, não respondeu nem nada. Fiquei preocupada e vim te ver. Alem de que essa hora sua mãe nunca está em casa.

-eu estava dormindo... semana de provas, restaurante lotado, sabe?

-entendi. Mas a saudade era maior e eu não queria esperar ate amanha pra te ver. – o abracei e ele não correspondeu como eu queria. – ta tudo bem, Roberto?

-ta.

Monossilábico?

-Roberto, o que esta acontecendo? ME FALA. – quase gritei.

-eu só estou preocupado com a faculdade, Laura, só isso? Agora eu não posso ficar mais quieto e na minha? Você quer ficar grudada, e isso ta me irritando.

Fiquei chocada e desesperada, não sabia como lidar com isso. Fiquei olhando ele boquiaberta e ele ficou envergonhado pelo o que ele tinha acabado de dizer.

-tudo bem, vou te deixar sozinho, do jeito que você tanto quer, ta bom assim pra você, Roberto?

Sai e fui a pé pra casa, pensando e repassando as falas dele, e jeito dele. Não é o mesmo Roberto que eu conheci. Está diferente, áspero, rude, seco. Quase chorei, mas lembrei que não vale a pena chorar por um menino. Nunca.

Decidi ligar pra Julia, pois sabia que de alguma maneira ela poderia me ajudar. Ela atendeu de primeira e eu fiquei um pouco aliviada por isso.

-você sabe o que está acontecendo com o Roberto? – perguntei depois de uns 10 minutos de conversa.

-ele não te falou?

-ã, não.

-o tio dele, que é dono de uma companhia super pampa lá em são Paulo, o convidou para trabalhar lá. Mas ai há o problema Laura e ele não sabe o que fazer.

-eu sou o problema?

-claro, ele não quer te deixar.

-mas... ai deixa pra lá. OBRIGADA JUUUUUUUUUUUUUU. – gritei e desliguei o telefone.

Liguei pro Roberto mil vezes e ele me atendeu na mil e uma.

-você disse que iria me deixar sozinho. – ele falou rudemente.

-eu sei. Mas quero te fazer uma pergunta.

-faz logo, Laura.

-por que você não me contou sobre você ir morar com seu tio.

-porque eu não vou.

-não? Pelo que eu sei é uma ótima oportunidade.

-você já fez sua pergunta, Laura agora vou desligar.

-por que isso agora? Por que você não me trata bem? Só porque você desistiu de ir por minha causa?

-como você sabe de tudo isso?

-ah meu filho, quando a gente está desesperada a gente faz de tudo pra descobrir o que queremos.

-eu não quero me afastar de você, não consigo viver sem você. mas meus pais estão chateados com isso, era uma grande oportunidade. Eu não sei mais o que eu faço da vida.

-amor, vai pra são Paulo. Garanto que eu vou ficar bem.

-mas eu não vou ficar bem.

-mas pensa nos seus pais, no seu futuro. – argumentei.

-nosso futuro, Laura. – ele falou.

-então, no nosso futuro. Se você for vai ser ótimo pra sua carreira. Vai, amor.

-eu te amo, e não vou te deixar. – ele se declarou e eu achei a coisa mais fofa no momento, depois de tudo...

-Roberto, você tem que pensar em você primeiro, amor...

-Laura, não. Eu não vou suportar ficar um dia sem ver você.

-você já ficou.

-você quer que eu vá é isso?

-eu quero o seu bem. O que você quer?

-quero você pra sempre comigo, do meu lado. Mas isso é segredo, ta?

-não, vou falar pra todo mundo. Porque eu te amo, tanto mais tanto que eu quero te morder. E eu sou a menina mais feliz ao seu lado.

-eu vou pra são Paulo, pro nosso bem. vai ser o melhor pra gente.

-Jura? Vai quando?

-semana que vem. Temos muito pra viver juntos ainda.

-vem dormir aqui hoje?

-to indo já.

Fiquei esperando ele por meia hora e ele chegou com muito chocolate. Ficamos abraçados, assistindo filme e comendo. Estávamos sozinhos em casa, então fomos pro quarto, nos amamos e acabamos dormindo.

Como uma divida a pagar, almocei na casa dele, pois era aniversario do meu sogro. A família da parte do pai dele, praticamente toda, estava lá.

O churrasco estava rolando a mil, quando de repente olho para a porta, minha sogra a abria e La vinha a Pâmela, com um vestido rosa choque que dava pra enxergar o útero quando ela andava e um salto enorme de grande. Não sei pra que tudo isso, mas...

-eu peço a atenção de todos por favor, pois a noticia que eu recebi hoje pela manha me agradou muito. – minha sogra começou a falar. – hoje de manhã essa garota, Pâmela, minha querida, me ligou chorando e disse que havia algo que ela gostaria de desabafar. Fale, minha querida.

-bem, eu vou ser mãe e o pai do bebê é o Roberto.

O QUE? De tão assustada, deixei a taça de cristal, querida da família, cair no chão, cortou meu pé, mas nenhuma dor superava a do meu coração.

-Laura! – o Ro falou assustada, mas minha cara com de ódio ele ficou quieto.

Todos me observavam. Todos boquiabertos. Eu lambuzada pela coca e o meu pé cortado. O Ro desesperado. A minha sogra junto com sua ‘querida’ rindo.

-desculpa, pela taça. – foi a única coisa que eu consegui falar e logo em seguida fui embora.


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