Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 19
'' Quando eu te tenho eu me sinto tão bem ''




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Senti falta do ‘bom dia feia’, e de quando ele me zuava, mas depois dizia que eu era o amor da vida dele. Ou então quando ele me jogava no chão e dizia que ia namorar a Luiza. Ou quando ele dizia que estava carente porque a namorada dele era ocupada demais e dizia que ia colar aqui em casa só pra matar a carência dele.

Acordei disposta a ir no shopping com a Julia e com a Barbara. No sábado após a minha volta com o Ro, oficial.

 Coloquei uma calça jeans, regata verde água e sapatilha preta. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e peguei uma blusa de frio qualquer preta.

Minha mãe estava dormindo, coitada. Ainda sofria muito com o fim do casamento, mas tentava demonstrar. O que era em vão pois dava pra sentir, totalmente. Bem, deixei um bilhete e sai de fininho.

Peguei um ônibus e fui a ultima a chegar. Elas me abraçaram e disseram o quão felizes estavam por saber que eu e o Roberto éramos novamente um casal. Ficamos dando volta a tarde toda pelo shopping.

Cheguei em casa exausta e vi que havia um carro na frente de casa, no qual desconhecia.

-mãe? – gritei.

-oi amor... esse é o Pablo, meu amigo. – ela estremeceu ao falar amigo, olhou pro Pablo que assentiu com a cabeça.

-oi Pablo. – apertei a mão do moço bonito, de quase 50 anos e voltei-me para minha mãe. – o Roberto ligou?

-mil vezes, eu quase o soquei.

-ninguém mandou ser cúmplice dele, agora o aguente. – todos rimos.

- ele quer vir aqui. Disse que umas 7 horas você já estaria aqui, daqui a pouco ele chega.

-capaz dele chegar 7 em ponto, você sabe né?

-ele se preocupa muito com você. – ela me abraçou.

-enche ate o saco.  Vou tomar banho, quando ele chegar pede pra ele ir para o meu quarto. Vou ficar lá!

Fui ate o banheiro e tomei um banho muito bom, aquele bem quente que deixou o banheiro com uma fumaça intensa. Sai e fui pro quarto, apenas de toalha. E quando chego lá, me deparo com o Roberto.

-o que você ta fazendo aqui? – coloquei minha mãos não cabeça e esqueço da toalha, que cai no chão.

-que corpo ein. – ele me olhou de cima em baixo e eu não soube como reagir.

Ele começou a chegar mais perto, eu estremeci e fiquei imóvel. Começamos a nos beijar e então ele apagou a luz e o resto? Não consigo descrever.

Dormimos e acordamos apenas no dia seguinte. Alias, fui acordada pelo Roberto, que estava com uma tabua para me levar café da manha na cama.

-acho que não foi só eu quem dormi aqui.

-aquele Pablo também? – levantei assustada.

-calma, amor. Come aqui, vai. Fiz tudo com amor e carinho pra você, minha rainha. – ele me deu um selinho e sentou ao meu lado.

Começamos a comer, mas não tirei o fato de o Pablo ter dormido em casa da cabeça.

-ta tudo bem com você? – o Ro perguntou.

-ta. – respondi com a cabeça na lua ainda.

-digo, em relação a ontem...

-ah sim. Foi perfeito, eu te amo e não sei mais o que dizer. – falei animada.

-você é estranha.

-aprendi com o senhor, mestre. – deitei no ombro do Ro e ficamos assistindo Tv.

A Luiza logo apareceu e deitou no meio da gente, ficando de vela, como de costume. O Roberto ficava deixando ela nervosa e ela dizia que não casaria mais com ele, e depois eles voltavam a se amar enquanto eu ficava como boba analisando a situação.

Até que isso foi bom, pois dei uma saidinha de fininho para ver minha mãe, que estava sonhando, delirando ao cozinhar.

-como foi sua noite?

-fui pedida em casamento.

-como é que é?

-shhhhh! Para com isso, Laura.

-você ta divorciada a menos de 1 mês.

-fez 1 mês essa semana.

-que seja, mãe. Faz muito pouco tempo. E quem é esse Pablo? Nunca a senhora falou dele.

-Laura, e você não vai me contar como foi sua noite?

-passei dormindo.

-com o Roberto né?

-mãe, não desvia o assunto, ta bem? Depois falamos de mim.

-o Pablo trabalha comigo.

-e...

-ele me ajudou muito quando me separei. Me apeguei a ele e me apaixonei.

-que papo nada a ver mãe.

-já te contei minha historia, agora abre o jogo.

-aconteceu, mãe.

Ela me olhou com ternura, mesmo depois de tudo o que eu havia dito.

-foi bom?

-eu diria perfeito.

-cuidado filha, agora você é uma mulher.

-posso lutar contra o mundo com apenas uma mão, se o Roberto tiver segurando a outra.

-muito poética, dona Laura. Agora chama a dona Luiza, porque ela precisa tomar o remédio dela.

-sim senhora.

Fui ate me quarto e os dois estavam abraçados. Fiquei na porta esperando eles me notarem, o que não aconteceu.

-dona Luiza, o remédio.

-já volto, meu amor. – ela saiu correndo e eu fiquei boquiaberta.

-mozao, senta aqui. – eu fiz. – preciso ir, minha mãe deve estar preocupada, mas não quero ficar um segundo sem você.

-eu não to afim de ver a pessoa que causou o nosso fim.

-não foi por querer, Laura.

-Na hora você não pensou nisso né?

-não vamos brigar agora né?

-desculpa. –fiquei sem jeito, não falamos nada por alguns instantes, mas logo tornei a dizer – não vou mesmo assim, tudo bem?

Ele ficou me olhando com cara de ‘não fale isso’, mas não mudei de ideia. Ele foi embora e meu coração ficou em pedaços, só não chorei porque não sou tão boba assim, mas a casa ficou vazia.

Conversei com a minha mãe sobre e ela disse que é normal, e alem do mais ela não queria que eu ficasse próxima da ‘velha louca’ ainda, pois ela só sabe estragar tudo. Então ficamos assistindo filme, conversando e tudo mais. 

Ela me contou sobre seus namorados, sobre como conheceu meu pai e como se apaixonou por ele (e então ela se emocionou tanto que chorou muito, não sabia o que fazer, só a abracei), contou também sobre a dura vida de casado, mas o quanto vale a pena.

-já sabe quando vai casar?

-daqui a 1 mês.

-como?

-filha, quando temos quase 50 anos precisamos ser rápidas. A vida é curta demais.

-mãe você só tem 43 anos.

Ela riu e eu acabei rindo também. Deitei no colo dela e dormi, com dó ela me deixou no sofá e quem me acordou foi um príncipe encantado que dessa vez pareceu um sapo, pois não poderia acordar-me no meio de um soninho bom. HAHA


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