Fantasmas De Um Passado Recente escrita por Mrs Johnlock


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas a todas vocês que estavam esperando por este capitulo. Eu tive um bloqueio na reta final da historia, mas acora eu estou de volta. Sim, essa é a reta final, é onde tudo e nada acontecem. Espero que vocês gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294467/chapter/13

                Aquilo havia acertado Elliot em cheio, ele estava em choque, ele não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Era tudo real? Elliot sentia sua respiração cada vez mais pesada, seus batimentos cardíacos mais rápidos e todos os sons ao seu redor simplesmente desapareceram, tudo o que ele ouvia era sua própria respiração. Ele olhou para os lados, Elli estava chorando, ele podia ouvir isso, era tudo o que ele podia ouvir.

Elliot: É mentira! Você sabe que é mentira, Kathy, você é uma vadia, mas não a esse ponto.

Juíza: Por favor, mantenhamos a ordem no tribunal.

Elliot: Foda-se a ordem! Você não vai tirar o meu filho de mim, Kathy.

Juíza: Já chega Sr. Stabler. O garoto ficará com a avó paterna até a próxima audiência. Isso será na próxima semana, espero que até lá você acalme seus nervos, Sr. Stabler. Seção encerrada.

                Elliot deu alguns passos em direção à porta, Elli correu em sua direção e o abraçou, ele sentiu suas pernas cederem, Elliot caiu de joelhos na frente de seu filho, seus olhos se enchendo de lagrimas, ele olhou nos olhos de Elli, seus puros olhos azuis estavam vermelhos e o pequeno soluçava.

Elli: Você é meu pai, não importa o que ela diga. Você é meu pai.

                Elliot não conseguiu fazer mais nada senão sorrir. Parecia que de alguma forma Elli estava tentando confortar Elliot. Kathy veio em direção a eles, Elli apenas olhou para o lado e abraçou seu pai.

Elli: Eu quero ir agora, vovó. Tchau papai, tchau mamãe. Tchau Kathy.

                Olivia se controlou para não rir, ela também sentiu uma pontada de dor em seu peito, Elliot estava sofrendo com aquilo, ela odiava ver Elliot daquele jeito, ela odiava Kathy e odiava ainda mais o fato de ela ter magoado Elliot de tal forma.

Kathy: É tudo culpa sua Benson. Você arruinou a minha família.

Olivia: Não, você fez isso.

                Elliot se levantou, ele não disse nada para Kathy, apenas saiu de mãos dadas com Olivia. Ele não disse nada enquanto eles caminhavam até o carro, não disse nada o caminho inteiro até a delegacia. Elliot entrou irritado e jogou seu paletó em sua mesa.

Fin: Rubirosa conseguiu manter Travis na cadeia até a próxima audiência.

Elliot: (caminhando para o vestiário) Esse não é o trabalho dela?

Olivia: (segurando Elliot pelo peito) El espera.

Elliot: (pegando na mão de Olivia e olhando em seus olhos) Me deixa em paz, Liv.

                Ele soltou a mão de Olivia e seguiu seu caminho.

Munch: Que bicho mordeu o Stabler?

Olivia: Kathy disse que Elli não é filho dele.

Cragen: Liv vá falar com ele. Vocês de volta ao trabalho.

                Todos assentiram com a cabeça, e Olivia foi em direção ao vestiário. Quando ela chegou à porta, ela ouviu os barulhos de Elliot dando socos na porta do armário. Toda a dor de Elliot havia se convertido em raiva, e Olivia tinha pena do próximo suspeito que fosse interrogado por Elliot.

Olivia: Isso sempre alivia sua raiva não é?

Elliot: Sabe o que é o pior? Eu sempre desconfiei que ele não fosse meu filho. No fundo eu já sabia.

Olivia: Não diga besteira, Elliot. Você sabe que ele é seu filho e Kathy só fez isso para te confundir.

Elliot: E o que ela ganharia com isso?

Olivia: Que o Elli ficasse com raiva de você... Sei lá.

Elliot: Você não tem filhos Olivia, você não sabe como é isso, você não faz ideia do que eu estou sentindo agora.

Olivia: Você tem razão... Mas eu sou sua parceira, eu estou do seu lado para o que der e vier, sempre. Semper fi, El... Eu não vou ficar vendo você sentir pena de si mesmo, me procure quando isso acabar... Me procure quando o Elliot que eu conheço voltar.

----------------------------- Escritório da Promotoria----------------------

Connie estava feliz, ela estava perto de uma condenação e mal havia chegado, ela estava confiante de que conseguiria sua primeira condenação como A. D. A da vitimas especiais, e ela estava ansiosa para compartilhar isso com Jack e Mike da mesma forma que eles faziam nos velhos tempos.

Mike: (parado na porta) Aí está ela, sempre trabalhando, não é Connie?

Connie: Você não tem mais o que fazer?

Mike: Olha como fala comigo, eu sou o chefe por aqui.

Connie: Eu ache que não, nos últimos dias você parece mais a babá do meu filho.

Mike: Sou ótimo nisso, deveria ter investido na carreira de babá ao invés de ter ido para a faculdade de direito.

Connie: Oh claro, e quem contrataria você?

Mike: Mães solteiras desesperadas por carinho e atenção, apenas esperando por alguém com quem conversar e um lindo jogador de Baseball de Boston com adoráveis olhos azuis... Assim como você, elas só iriam querer alguém para mostra que elas ainda podem ser amadas, basta elas darem uma chance.

Connie: Michael me deixe trabalhar.

Mike: É serio Connie. Nós precisamos conversar... Ficaram algumas lacunas para serem preenchidas desde que você foi para Los Angeles.

Connie: Eu fui embora, segui com a minha vida, não há mais o que ser preenchido.

Mike: E por que você voltou?

Connie: Minha mãe não precisava mais de mim.

Mike: Não foi só por isso... Connie, eu sei por que você voltou. Você voltou por nós, pelo o que eu te disse quando você foi embora.

Connie: Não, não foi por isso... Nós, deixou de existir quando você teve todas as chances de dizer como se sentia, mas preferiu guardar tudo isso para si.

Mike: Eu tive medo... Eu tive medo de ser rejeitado, como eu olharia para você de novo sabendo que eu fiz papel de ridículo?

Connie: Onde estava o Michael Cutter que assume todos os riscos, que entre de cabeça em tudo? Você poderia ter me feito ficar, tudo estava em suas mãos e você jogou fora. Agora é tarde de mais... Me deixe em paz, Michael.

Mike: (se virando) Tudo bem, se é assim que você quer.

Connie: (gritando) E eu quero você longe do meu filho!

Mike: Ele é meu filho também.

Connie: Não, você sabe muito bem quem é o pai dele.

Mike: Oh sim, o irresponsável que não te amava e só queria se divertir com você. Eu estou aqui cuidando do Mickey, e onde está o Johnny? Ah é... Ele foi embora, porque não queria um filho.

Connie: (gritando) Some daqui Michael!

                Connie quis chorar, mas depois de tanto tempo trabalhando com Mike, depois de tudo pelo o que ela passou, ela aprendeu a conter suas lagrimas, aprendeu que Mike Cutter não valia tanto. Ele já a fez chorar tantas vezes, e sempre que o fez, ele tinha um bom ponto para causar isso, ela só queria saber como ainda era capaz de perdoá-lo depois de tudo.

                              --------------------------

                Fora um dia cansativo para qualquer um. Connie havia ligado para uma amiga e pedido para que ela ficasse com seu filho, pelo resto do dia. Mike ficou irritado por ter o pequeno tirado dele de tal forma, Connie pôde ouvi-lo gritar de sua sala. Todo o andar o ouviu gritar e amaldiçoar o mundo. Connie sabia que havia comprado uma guerra, e justamente com a pessoa que ela menos queira.

                Para Olivia fora mais perturbador. Elliot não falara com ela, ele apenas ficara encarando-a com um olhar perdido, parecia que ele a culpava por tudo o que estava acontecendo com ele, como se ela fosse a culpada pelo fim de seu casamento, se fosse sua culpa que Kathy era baixa ao ponto de fazer o que fez.

                Em algum momento do dia, Olivia olhou para Elliot e disse: “Você está sendo tão maduro quando uma criança de dois anos”. Depois disso, ele sequer tentou olhar para ela. Olivia não conseguia acreditar que Elliot era capaz de algo tão infantil.

                Ela estava sozinha em seu apartamento, estava passando algo na televisão, mas Olivia não prestava muita atenção no que era. Então houve uma batida na porta, a principio ela resolveu ignorar, então de novo, mais uma vez ela ignorou. A batida ficou mais forte. Só poderia ser Elliot, Olivia achou melhor ignorá-lo por um tempo, assim como ele fez com ela.

Alex: (gritando) Olivia abre logo essa merda ou o sorvete vai derreter.

                Olivia revirou os olhos e caminhou até a porta, quando a abriu se deparou com Alex, Casey e Connie.

Olivia: O que ela faz aqui?

Connie: Eu fui contra desde o inicio

Olivia: Me desculpe, eu disse que você podia falar?

Casey: (fechando a porta) vocês duas têm muito que conversar, afinal, vocês tem um problema em comum: Mike.

Olivia: Não há o que conversar, eu e Mike terminamos, e agora ela pode ficar com ele.

Connie: Na verdade... Nós brigamos.

Olivia: Não há nada que eu poça fazer sobre isso.

Alex: (sentando no sofá) Vai ser uma noite muito longa.

                Alex e Casey haviam trazido alguns filmes com elas, Olivia questionou qual era o ponto de tudo aquilo, segundo Alex, Connie era sua amiga, e Olivia também, ela não poderia sentar e ver as duas se odiarem para todo o sempre por causa de um homem que não merecia tanto. Elas já estavam no segundo filme quando Olivia e Connie sentaram uma do lado da outra e começaram a dividir a pipoca.

Olivia: Sabe? Ele ainda gosta muito de você.

Connie: E ele sente sua falta.

Olivia: Eu só fui algo para ele te esquecer... Bem, ele não conseguiu.

Connie: Hoje ele me disse o que sentia por mim... Eu disse que era tarde de mais, do mesmo jeito que eu disse que nunca poderíamos ficar juntos quando eu fui embora.

Olivia: Uma coisa que eu aprendi todos esses anos com o Elliot é que nunca é tarde de mais, você só precisa pensar se é isso mesmo que você quer, sempre vai ter aquela voz irritante te dizendo que vai dar errado, mas enquanto seu coração disser que vai dar certo... Bem, é ele quem você deve seguir.

Connie: E onde está Elliot agora?

Olivia: Isso é uma historia muito mais complicada.

Connie: (revirando os olhos) Claro que é.

                Casey e Alex assistiram àquela cena sem entender muito, mas parecia que havia começado uma amizade entre elas naquele exato momento.

Connie: E aí... Ele beija bem?

Olivia: Oh sim, e é bom em outras coisas também. Garota, você não sabe o que está perdendo.

                Connie e Olivia riram, sim, Alex e Casey estavam certas, havia começado uma amizade ali.

                O resto da noite seguiu tranquilo, Olivia não sentia tanta dor por causa de Elliot enquanto ela estava com suas amigas, mas depois que elas foram embora, Olivia começou a sentir um forte vazio, ela sentia falta de Elliot, isso era certo, mas ele sentia falta dela? Claro que ela sabia a resposta, mas era mais fácil... Era melhor para ambos, se ela aceitasse o fato de sempre teria algo os impedindo de ficarem juntos, senão as regras do departamento, ou até eles mesmos.

                Ela queria dormir até tarde, mas não pôde. O barulho irritante do despertador a fez lembrar que ela teria que trabalhar.

.

.

.

                Enquanto isso do outro lado de Manhattan, Elliot estranhou não ser acordado por um pequeno par de mãos em sua face. O silêncio era enlouquecedor, e o que ele mais sentia falta era dos pequenos olhos azuis o encarando do outro lado da mesa. Seria muito mais difícil quando ele perdesse seu filho de uma vez por todas. Mas ele era realmente seu filho? Elliot odiava essa duvida.

.

.

.

                Connie havia acordado com um forte choro de Mickey, ela o pegou no colo tentando acalmá-lo, mas nada fazia com que o pequeno parasse de chorar.

Connie: Você sente falta dele, não é?

                Ela sorriu tristemente, ela também sentia falta de Mike, mas ele era um cretino desgraçado que a magoo tantas vezes que não havia mais como contar, porém, ele ainda continuava sendo a pessoa que mais a fazia feliz depois de seu filho. Mesmo assim, ela não iria pedir desculpas, ela queria que Mike se desculpasse por tudo o que ele sempre fez, ele nunca se desculpou, e mesmo assim ela sempre o perdoava, mas agora, agora era diferente, ele iria se desculpar, querendo ou não.

.

.

.

                Olivia chegou à delegacia e ficou feliz por não ver Elliot, ela não sabia ao certo o que havia acontecido entre eles, era tudo mais confuso do que parecia, mas ainda assim, ela queria estar com ele para poder abraçá-lo e dizer que ela estava lá, da mesma forma como sempre esteve.

                Elliot não estava presente, mas TJ e Lauren estavam. TJ parecia muito mais feliz do que quando havia chegado. Olivia não o conhecia bem, mas já o considerava um amigo, e era sempre bom poder ver um amigo feliz.

TJ: (sorrindo) Oh, chegou quem eu esperava.

Olivia: E o que você quer comigo, hein Jaruszalski?

TJ: Eu não poderia ir embora sem dizer adeus.

                Ele abriu os braços e Olivia entendeu o que ele quis dizer, ela o abraçou e TJ a abraçou de volta, era um abraço reconfortante, os braços fortes de TJ estavam completamente envoltos ao corpo de Olivia, uma mãe esfregava as costas dela e ela sorriu quando ele beijou sua têmpora.

TJ: (sussurrando) Se você tiver mais problemas com o Stabler ou o Cutter, me avisa que eu mesmo mando executar qualquer um dos dois.

Olivia: (rindo) Oh, pode deixar, eu aviso se algo acontecer.

Connie: Hey! Ainda bem que você não foi.

TJ: Nós íamos passar na promotoria antes de irmos.

Connie: Não é por isso, eu vou precisar que você deponha sobre o caso.

TJ: Não! Você não precisa, como minha melhor amiga, você precisa que eu vá para casa e tire um mês de folga com a Lauren.

Lauren: (beijando TJ) Tommy, está tudo bem, nós podemos voltar mais tarde.

TJ: (revirando os olhos) Tudo bem, mas não fico por mais que uma semana.

Connie: Por que vocês não aproveitam a cidade enquanto isso?

Lauren: Por mim tudo bem.

TJ: (indo para a porta) Eu te odeio Consuela Rubirosa


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

PS: esse foi o penultimo capitulo