27 Edição Dos Jogos Vorazes - Kramer. escrita por Marcos Rafael


Capítulo 29
Triste fim.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal apesar de parecer este ainda não é o fim da história, apenas estou pensando em fazer um segundo volume. Este capítulo estaria ainda maior, mas estou meio sem tempo por causa das provas finais e tals =/
Espero que gostem e continuem acompanhando =D
Amo muito cada um de vcs =D



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Corro pela trilha da floresta sem ao menos saber como e quando cheguei ali. Estou vestindo uma blusa larga branca, assim como as calças. Meus pés descalços podem pisar em espinhos e urtigas, mas nunca sinto dor. No final da trilha, vejo Kaitlyn que me olha com um lindo sorriso, e ao lado dela esta Michaella me abanando. Meus olhos brilham, ao ver o lugar. Flores brancas e árvores bonitas com folhas rosadas. Parecia o paraíso. Corro ao encontro de Kaitlyn e Michaella, mas algo está me puxando, não consigo alcançá-las. O que está acontecendo? De longe escuto a voz de Kaitlyn.

- Está na hora de acordar Kramer.

Abro os olhos e já estou na cabine do trem rumo ao distrito 10 novamente. Ergo a cabeça e vejo Merle sentado nos pés da cama.

- Como está se sentindo? – Ele pergunta.

Apenas olho para o teto ignorando a pergunta.

- Para onde estamos indo? – Pergunto com uma voz rouca sem tirar os olhos do teto.

Merle suspira profundamente.

- Para casa – E sem dizer mais nada, ele se levanta e sai do quarto.

Para casa? Não estou gostando nada disso. Não que eu não queira voltar, mas cadê as entrevistas que fazem todos os anos com os vitoriosos? Começo a desconfiar da situação.

Visto qualquer roupa e vou ao encontro dos outros no vagão restaurante. Vejo Zyra mexendo em um arranjo de flores artificiais. Ela me olha e vem correndo me dar um abraço.

- Querido eu sinto muitíssimo – Ela diz enquanto me abraça.

- Pelo que? – Pergunto olhando-a confuso.

- Ele ainda não sabe! –Berra Merle entrando no vagão.

Zyra apavora-se e junta as mãos à boca.

- O que eu não sei? – Digo alterando meu tom de voz.

O silêncio predomina entre todos naquele vagão. Ficam todos ali, apenas me  encarando com espanto.

Dou um tapa em um vaso que estava em um balcão de mármore ao meu lado espatifando-o no chão se quebrando em mil pedaços. Zyra recua deixando escapar um grito.

- Eu perguntei. O que eu não sei?! – Insisto na pergunta enquanto derrubo outro vaso.

E até eu não ter uma resposta, tudo que eu vejo quebrável naquele lugar vou destruindo. Perdi o controle sobre mim mesmo. Minhas mãos sangram devido ao vidro quebrado. Mas não sinto uma dor se quer. A dor é abafada pelo ódio. Chuto empurro e destruo tudo pela minha frente até que Merle segura meus braços por detrás enquanto berra para que eu pare. Contorço-me tentando livrar-me dele inutilmente. Vejo que sujei de sangue toda sua camisa social antes branca como a neve.

Ele chega perto dem eu ouvido e sussurra.

- Você vai descobrir Kramer – Ele diz com  a respiração ofegante – Quando chegarmos à estação, você vai descobrir.

Aos poucos vou me acalmando e Merle me solta lentamente. Olho para Zyra e os Avox ali presentes, como estão apavorados.

- Me... me desculpem – Digo cabisbaixo e corro para minha cabine.

Deito na cama e logo depois Merle aparece para fazer um curativo em minhas mãos. Sempre que eu tentava comentar sobre  o que estava acontecendo, ele simplesmente mudava de assunto.

Pela janela no trem enxergo meu amado distrito e deixo escapar um sorriso. Olho para Merle e ele retribui outro. Saímos do trem e lá estava todo nosso distrito me esperando na estação, gritando meu nome e erguendo as mãos.

Vejo sair da multidão minha mãe, Kândice , Satt, meu pai e todos os meus amigos. Eles vêm correndo ao meu encontro.

- Mãe! – Grito e saio correndo pela rampa da estação ao seu encontro.

Corro desesperado, quero dar um abraço apertado em cada um deles, ou melhor, em cada pessoa nesse distrito. Mas no meio do caminho, um grupo de pacificadores me segura e me distanciam de minha mãe.

- Mãe! O que está acontecendo? – Pergunto às lágrimas enquanto vejo minha mãe desmoronar em choro.

Vejo o presidente Snow subindo em uma pequena plataforma na estação. O que ele está fazendo aqui? Esse é o meu momento.

A gritaria no distrito cessa quando o presidente se apresenta à multidão.  Apenas fico o olhando com os olhos arregalados até que ele começa.

- Devido ao assassinato de um dos idealizadores dos jogos ainda dentro da arena e desacato à os superiores da capital, Kramer Trybiani de 16 anos de idade é sentenciado a prisão de um ano e execução pública por enforcamento no término de sua pena.

Meu coração para. Vejo minha mãe caindo nos braços de meu pai. A multidão antes tão animada agora está calada. Kândice me olha fixamente nos olhos. Parece estar fora de si.

Não acredito que depois de tudo que passei, terei apenas mais um ano de vida. Isso é sujeira. A capital já provou seu poder sobre nós. Não precisamos de mais provas sobre isso.

Um grupo de pacificadores me cerca me colocando em uma viatura.

“Eu apenas apontei o dedo no rosto deles e disse que esse ano, iriam conhecer alguém melhor que eles, e que algum dia, irá fazer uma grande diferença na capital, alguém que todos irão se lembrar”. Michaella estava certa, eu fiz algo que todos irão se lembrar futuramente, mas isso acabou custando minha vida. Mas fiquem sabendo que na história de Panem, Kramer Trybiani deixou sua marca.


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Notas finais do capítulo

D= triste fim, mas na verdade esse é apenas o começo =D.



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