27 Edição Dos Jogos Vorazes - Kramer. escrita por Marcos Rafael


Capítulo 23
Nós e os Carreiristas.


Notas iniciais do capítulo

Esse ep ficou grande =D
Espero que gostem!



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Enquanto escuto os gritos de dor de Seimor no quarto, os carreiristas com arcos e flechas atiram em nós sem piedade. Janelas são quebradas com o impacto das flechas, eu e Kaitlyn estamos atrás das paredes.

 Quando a uma brecha nos lançamentos das flechas, me viro e com o arco de Kaitlyn tento acertar os carreiristas. Mas aquilo estava apenas me fazendo gastar flechas, pois tinha uma mira terrível com o arco.

Noto a menina do distrito 4 se aproximando de uma armadilha que montei. Alcanço o arco para Kaitlyn e fasso um sinal para que ela perceba a garota.

- Sabe que não consigo fazer isso – Ela diz com os olhos cheios d’água.

- Kait se quiser sair viva daqui agora, você precisa fazer.

- Não bote essa responsabilidade em mim Kramer! – Ela berra comigo.

Sei que é difícil pra ela ter que matar alguém, mas é o necessário para a nossa sobrevivência.

Corro ao seu encontro e acaricio o seu rosto com as duas mãos.

- Kait... Kait olha pra mim! Eu sei que é difícil, mas estamos em um jogo que se você não matar, será morta! Então... Não tem nada de errado em fazer isso. Pelo menos não aqui! Estou certo?

Ela hesita um pouco,  balança a cabeça positivamente e se prepara.

- Espera mais um pouco – Digo enquanto a garota vai se aproximando mais da armadilha – Mais um pouco... Mais um pouco... Agora! – Grito para Kait que posiciona o arco.

A garota pisa na armadilha e fica pendurada por uma perna. Escuto seus gritos histéricos até que Kait dispara uma flecha no olho da garota. Escuto o canhão e o garoto do distrito quatro, corre até nós com a esperança de alcançar a janela.

- De novo Kait! – Grito enquanto Kaitlyn prepara outra flecha e lança no coração do menino.

Outro tiro de canhão é disparado e percebo lágrimas escorrendo pelos olhos daquela linda e sensível garota com um arco.

Os carreiristas se escondem atrás das rochas. O silêncio e a pressão predominam.

- Kramer... Estamos sem flechas! – Kait diz com uma voz trêmula.

Apenas a olho com espanto. Estávamos mortos. Sem flechas não podíamos fazer nada. E o pior de tudo, é que o chalé não tinha uma porta dos fundos. A capital pensou em tudo. Os fracos encurralados em um chalé enquanto os carreiristas avançam.

Enquanto a uma pausa nos ataques, corro para o quarto e conto a situação para Sílica à deixando ainda mais preocupada.  Percebo Seimor puxando o seu braço.

- Sílica... tira eles... daqui – Seimor diz quase sem forças.

- Seimor não me pede isso. Eu não posso deixar você aqui – Sílica começa a chorar.

- Meu amor eu já estou morto.

- Não me pede isso pelo amor de Deus! – Sílica berra com ele.

- Eu te amo. E o que eu mais quero antes de morrer, é ver você saindo daqui sã e salva – Seimor diz se sentando na cama – Por favor. Eu apenas ficarei em paz assim.

Ela reflete nas palavras dele até que se decide.

- Eu vou tirar eles daqui – Ela diz enxugando os olhos e dando-o um último beijo.

Seimor volta-se para mim, e me puxa encostando minha testa na dele.

- Cuida dela pra mim cara.

Faço que sim com a cabeça e ele me dá um abraço.

Sílica vai para a cozinha e enche um saco com tudo o que conseguirmos levar. Até que Kait grita informando a volta dos carreiristas.

- Rápido! Por aqui! – Sílica grita guiando agente para o corredor e começa a arrancar o carpete revelando uma passagem para o porão. Ela abre a passagem com uma chave.

-Entrem! – Ela diz e volta para o quarto de Seimor. Talvez para se despedir mais uma vez.

Escuto o barulho da porta sendo arrombada pelos carreiristas e grito o nome de Sílica que pula pela passagem. Quando atinge o chão, ela perde o equilíbrio por causa da perna machucada e sou obrigado a segura-la.  Vejo seus olhos inchados de tanto chorar. Subo a pequena escada e fecho a passagem batendo o cadeado por dentro.

Saímos correndo por um túnel subterrâneo que nos levou até o pé da montanha. E lá ficamos escondidos atrás das árvores observando os carreiristas saquearem o lugar.

Escutamos o som do canhão e meu coração aperta. Será a morte de algum carreirista ou de Seimor?

Nos afastamos do chalé e paramos na beira de um lago para descansar.

- Sílica você está bem? – Kaitlyn pergunta mas Sílica nem responde, apenas fica lá, olhando para o céu como se estivesse esperando alguma coisa. E lá está o que Sílica tanto esperava. Com o som do hino, os rostos dos mortos vão aparecendo no céu. Vejo Michaella, Seimor, os dois carreiristas e o garoto do distrito de Kaitlyn.

Quando o rosto do menino do seu distrito aparece, vejo que Kaitlyn fica cabisbaixa.

- Sabem o que isso quer dizer? – Pergunto largando uma pequena risada.

Elas me olham confusas.

- Além dos dois carreiristas que matamos apenas Michaella, Seimor e o garoto do distrito da Kait morreram.

Sílica antes sentada, levanta assustada.

- Isso quer dizer que...! Os únicos que restam somos nós e os carreiristas!


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