Misterious Lisboa 11.12.1997 escrita por Forbidden Gate


Capítulo 1
Misterious Lisboa 1


Notas iniciais do capítulo

Te-heee. q



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294373/chapter/1

   Era uma noite agitada em Lisboa ,uma das principais igrejas da capital estava em chamas.  Os escombros estavam sobre várias pessoas, mortas. Crianças,Adolescentes,

Adultos. O cheiro podre dos corpos queimando era terrível, eu corria, passando por ali.

Apenas por um chamado em meu atual trabalho, pela quarta vez naquele dia...

Que diabos havia acontecido com Lisboa? Me perguntei. Havia tragédias, acidentes, incêndios, pessoas sumindo, principalmente. Em tudo isso que estava ocorrendo, ninguém teria mais coragem de sair de casa naquela noite, creio eu. Assim que em meu escritório particular estive, não deixei de notar três adolescentes sujos de queimado sentados sobre meu sofá de veludo. E aos prantos, pareciam assustados com algo. Apenas me sentei com a mesma expressão séria de sempre como as coisas estavam quase nada me surpreendia. Encarando minha assistente, Flávia, deixei praticamente meu dia em um suspiro só. ‘’ Só pode ser brincadeira.’’ Pensei. No tom mais calmo de minha voz, iniciei aquele infame diálogo.

 – Boa noite. Meu nome é Karen, sou detetive da Unidade de Vítimas Especiais. . – O mais velho deles ao meu ver, se levantou e disse em um tom alto, sem deixar de ser desesperado. – Nossa irmã mais nova sumiu! Seu nome é Karol!Tem 10 anos... Nos ajude por favor.

- Sente-se.- Disse no mesmo tom, cruzando as pernas e batendo em minha mesa com a ponta da caneta, forma de me concentrar no assunto ou simplesmente brincar. – Escutem-me, é bom que não seja apenas uma brincadeira, ou vão pagar por isso. Lisboa não anda divina para este tipo de coisa. Conte-me, qual a última vez em que a viu?

 – O Garoto de 16 anos Yuki, apenas se sentou como lhe fora ordenado, balançando as pernas e olhando para as outras duas irmãs. Keli, 15 anos  e Kamila, que tinha 13.  – Vou contar o que houve por nosso irmão. – Disse Keli.

- Notamos que Lisboa estava praticamente em guerra, uns, dizem que fora invadida por bandos... que desejam  roubar tudo e passar para outro local. Outros, acreditam naquela guerra entre Deus e as forças malignas. Nossa mãe ordenou que entrássemos em casa e Karol não concordou, ela saiu correndo e nós duas fomos atrás! Já estava tarde e não podíamos ficar andando sozinhas por aí. Ainda sim, teríamos de trazer Karol de volta.

Karol entrou no cemitério próximo á igreja... nós a seguimos, mas em meio da geada, do escuro e da neblina, ela desapareceu. Passamos uma hora a procurando, até sentirmos o cheiro de fumaça. Notamos que a igreja ao lado, estava pegando fogo. Pensamos que Karol poderia correr até lá para encontrar nossa mãe, então corremos em direção á igreja, que já estava em pedaços. Eu mesma não conseguia acreditar no horrível cenário.

De longe se ouvia os gemidos de dor, o cheiro terrível, e o calor do fogo que engolia a igreja e todos que estavam nela. Kamila chorava muito, e eu ainda estava sem saber o que fazer, pensei em procurar nossa mãe dentro da igreja, mas seria arriscado demais.

Voltamos para casa, não havia ninguém, o portão arrombado e a casa estava vazia. Nossa mãe disse que perdeu uma de nossas irmãs em uma dessas ressacas. Por isso,

Queria nos ter sempre por perto. Todos estavam mortos. E não havia mais nada em nossa casa, ficamos lá mesmo assim, com esperanças de alguma notícia ou de alguém voltar para casa. Horas depois, Yuki volta para casa com a notícia de que mamãe estava morta. Ele foi um dos únicos que conseguiu sobreviver da Igreja, e ficou ainda mais chocado quando viu a casa vazia, então estamos aqui...á pedir sua ajuda para achar nossa irmã. Ainda temos esperanças, ela pode estar por aí!

Com o máximo de atenção ao caso, anotava os detalhes e as informações mais importantes sobre. Deixei que o silêncio tomasse o local por alguns minutos e levantei o rosto ao ouvir o choro de Yuki qual me chamava a atenção. Entrelacei os dedos, enquanto pensava no que fazer, dizendo calma novamente. -  Chame Laurence, Flávia. Esse caso é estranho... Será divertido para mim.E  como é de última hora, precisam de abrigo. E como Lisboa não está em boas condições, terão de  ficar em minha casa até achar outro lugar.

Os olhos de minha assistente estagiária se arregalaram então ela saiu da sala a procura de meu marido. Ambos adentravam a sala juntos, Laurence se sentava ao meu lado e passava a checar as anotações. Após, meu marido trataria de levar os jovens para minha casa. Os três estavam quase caindo de sono. Após explicar meu plano, me levantei, caminhando rapidamente para fora. Com um longo  casaco negro, uma touca e óculos escuros escondi meus cabelos, a caminho do cemitério. Havia grande movimentação na igreja ao lado, qual não estava mais em chamas. Os corpos que sobraram, eram retirados de baixo dos escombros e estavam todos sobre a calçada, tudo parecia parar. Outras pessoas choravam e sofriam por aquelas que se foram naquela tragédia, mudei o caminho e me aproximei da igreja.Ultrapassei a faixa, mostrando minha ocupação, tinha direito de passar por ali. Coloquei as luvas especiais e passei.Pessoas sem braços, sem pernas e até mesmo sem a metade do corpo.  Ajoelhei-me ao lado de um monte de pessoas mortas, com aquele terrível odor. Tentava identificar a mãe dos menores com os outros detalhes e sua marca de nascença no braço após descobrir muito em pouco naquele diálogo. Achei um braço fino .Uma pele clara, mesmo que com o queimado, notava-se. Com a ajuda de um dos policiais, puxei o corpo para fora. Era ela. Com a marca de nascença, os cabelos negros até a cintura , a pele clara e a roupa que me fora descrita. Fiquei a observar a igreja, curiosa. Segurando o braço dela, sem pensar, A segurei nos braços, o que não era muito difícil após anos de treino, musculação e a levei para porta de trás da igreja, deixando seu corpo mole e pálido na calçada.

- Hm. Eu tenho que entrar. Tenho de achar Karol... Tão perigoso.

Deixei uma pulseira fluorescente no pulso da mulher encontrada, para  identificá-la como minha vítima especial, de que o corpo estava sendo investigado. Levantei-me e retirei a touca,os óculos. Adentrei a igreja, mesmo com o cheiro e  com a estrutura desabando,fraca. Tinha de me lembrar que não poderia tocar em nada e nem pisar em nada. Provavelmente, o corpo não estaria ali. Mas, eu tinha que ter certeza absoluta. Caminhei até o lugar indicado pelos menores, onde a mãe estaria sentada. Passei horas procurando, analisando e tirando pedaços de concreto do caminho, refiz o pequeno espaço. Suspirei com o cansaço, quase a desistir. Com a luz da lanterna, vi algo brilhar levemente no meio da terra e poeira. Ainda conseguia ouvir alguns gemidos vindos da outra parte da igreja, mas isso era problema dos policiais e serviço médico, eu não me incomodava com a dor de quase ninguém. Retirei a terra restante do objeto. Era uma daquelas correntes com um cruxfixo, de ouro. Observando o objeto, descobri números na parte de trás. Com cuidado, coloquei em um saco plástico especial e liguei para meu marido. Poucos minutos depois estava com o automóvel da polícia em minha frente. Entrei no carro e partimos então. Meu marido me olhava vez ou outra, de forma estranha. Cruzei os braços e suspirei.

- O que houve? Pare de me olhar. – Ele ria e voltava com a expressão séria.

- Eu é quem devo perguntar. Sempre que tem um caso desses se envolve demais.

Fica... estranha, eu não sei mas sempre.. – Laurence fora interrompido por mim.

- Eu sou séria em partes. Se eu tenho uma missão, eu vou cumprir. E é preciso atenção, cuidado, pensamentos exatos. Fazer tudo certo, na hora certa, sem erros. É algo sério, e meu trabalho é minha vida.

Levantei-me e então entrei em casa com calma, sem mais nem menos. Esqueci-me que os jovens estavam em minha casa naquela noite. Deixei a bagunça com meu marido, como de costume. Deixei a bolsa sobre o sofá e quando me virei, quase fui ao chão. Havia um enorme colchão sobre o chão, no meio da sala de estar. Yuki, Kamila e e Keli estavam Limpos, com pijamas e prontos para dormir.

- Oras! Vocês estão mais bonitos e limpinhos agora. Eu não vou atrapalhar... Tenham uma boa noite de sono.  - Os menores sorriam parecendo um pouco mais aliviados,

Ainda sim, cansados. Yuki estava sério, me encarando. Ele abaixou a cabeça e disse em um tom calmo. – Muito obrigado, que Deus lhe pague.

Deixei minha própria tensão em uma gargalhada falsa pois estranhei o momento, e fui para meu quarto luxuoso. Assim como o resto da casa.  – Oh, não se importe com isso...

Morávamos somente Laurence e Eu, na residência. No subsolo da casa havia meu cantinho especial. Meu laboratório. Com máquinas especiais, e tudo o que tinha direito de ter com meu trabalho e minha experiência. Pedi para Laurence organizar meu laboratório e fui dormir pouco mais, Recebi uma chamada no celular de Flávia, atendi com a minha voz de sono, baixa.

 –  Flávia , isso não me é importante agora... Poderia ter ido para casa a muito tempo. Não fique tão nervosa com seu primeiro caso, e me deixe dormir. Tsc. – E tornei a dormir despreocupadamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Misterious Lisboa 11.12.1997" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.