Natal No Mundo Inferior escrita por Nevaeh Eulb


Capítulo 7
5-Piper — Afrodite, a TPM e o forno da tormenta eterna


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas. Sorry a enorme demora (caramba, mais de um ano 😱) realmente tive problemas bem sérios nesse último ano, mal consegui respirar, praticamente.
Ent, só mais 3 caps e acaba a fic #PodemChorar hhahaha zoeira a parte de chorar but, vai ter epílogo #TodosComemoram
E vai ter continuação, dependendo de quantos leitores eu tiver qnd chegar ao ultimo cap (ai du aviso sobre a continuação e tals)
Sei q disse q seria do leo, but, ficaria muito ruim mais narradores doq a hist já tem. Enfim, TRÊS ANO DE NYAH, CARA! FELIZ POR ISSO! DEIXEM REVIEWS DE PRESENTE E LEIAM MINHAS OUTRAS FICS.
PS: o prox ta muuiiiiito engraçado.
Boa leitura.



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Afrodite, a TPM e o forno da tormenta eterna.

Piper McLean.



— Pessoal! Andem! Todos aqui, vamos, vamos, vamos — Nico gritava no megafone desesperadamente.

Desde que chegamos nesse lugar horroroso, tivemos apenas poucos minutos para nos acomodarmos em quartos que seriam divididos entre 3 a 5 pessoas. No meu, estava Annabeth, Rachel e Hazel. Mal colocamos nossas bolsas e mochilas em cima das camas e Nico já gritava para irmos de volta para a sala de estar, onde estava em cima do sofá com uma prancheta.

— Todos já estão aqui? — cabeças assentiam e murmúrios de sim eram ouvidos — então vamos começar —

Ele mexeu na prancheta, virando algumas folhas e voltou a falar:

— Equipe 1: Hazel, Annabeth, Afrodite, Hestia, Piper, Rachel, Nissa, Lou, Bianca e Katie. Vocês cuidarão da ceia — disse e ficou nos encarando por um tempo e voltou a usar seu megafone — Agora! Já! Pra ontem! Now! Andem, andem, pra cozinha —

Rachel bateu continência e eu ri.

— Sim senhor general —

Ri mais ainda. E Nico pareceu gostar do novo "apelido".

Comecei a andar na direção em que Annabeth ia, eu não sabia onde ficava a tal cozinha e suspeitei que ela também não, mas se fosse pra me perder preferia ter uma filha de Atena ao meu lado, do que uma desligada como a Rachel. Entramos num corredor escuro e longo, quanto mais andávamos, mais a voz do filho de Hades se distanciava.

— Equipe 2: Percy, Jason, Leo,... — não consegui mais ouvir o resto.

— Annie, você sabe pra onde estamos indo? — perguntei.

Ela suspirou.

— Não. Estou apenas segundo sua mãe — apontou para a nossa frente.

Afrodite andava saltitante e animadamente, quase arrastando uma garota pálida com longos cabelos pretos e uma touca verde.

— Quem é ela? — perguntou.

Rachel se apoiou no ombro de Piper, de um lado, e do outro, no de Annie.

A filha de Afrodite se assustou andado um pulo.

— Foi mau. Mas, aquela ali é Bianca di Ângelo. Irmã morta do Nico — respondeu simplesmente, como se não fosse nada.

Eu acho, só acho que isso era muito estranho? Tipo, ela esta morta e a RED fala desse jeito. Serio, as vezes prefiro não entender ela, era muito complicada para todos nós, mas até que eu gostava dela.

— Eu ouvi isso, ruiva doida — a garota gritou, em tom de riso, enquanto o grupinho em que ela estava parava na frente de uma porta.

A portadora do oráculo encolheu os ombros e o rosto ser tomado por uma expressão de "me ferrei".

— Desculpa Bia — disse quando alcançamos elas.

A garota riu novamente.

— Relaxa, ruiva. E ai Annie?! — a semideusa retribuiu com um aceno de cabeça — e você eu não conheço... —

— Ah, eu sou Piper, prazer — falei, sorrindo pra ela.

— Olá. Já ouvi falar em você. O pessoal lá do campos dos Elísios falam como que você arrasou na guerra contra Gaia. Mandou bem hein?! —

Eu não sabia o que responder, sério!

— Ahm... Eu acho que isso foi um elogio. Estão, obrigado... Eu acho — as outras três riram.

— AS TRÊS MARIAS VÃO FICAR AI TRICOTANDO OU VÃO AJUDAR? — gritou Afrodite.

Olhe, ela é minha mãe, eu a amo apesar de não estar muito presente na minha vida. Mas, eu preciso falar, quando ela grita, sua voz parece mais um pato esganiçado com problemas nas cordas vocais. Bem desagradável pros meus ouvidos.

— HEIN? NÃO VÃO RESPONDER NÃO? ANDEEEM! — céus, hoje eu fico surda.

— Ai mulher, para de gritar, caramba, não somos surdas, já ouvimos e viemos ajudar sim, agora chega de gritaria no meu ouvido, droga! —

Ops, acho que Rachel se estressou. E, ironicamente, ela respondeu a Afrodite gritando. Sim, a louca pede pra ela parar de gritar, gritando. Lógica, onde você está?

— Gente! Sem discrições, pelo amor dos deuses. Viemos aqui pra passarmos mais tempo juntos. Paz, ok? Sem fulminações, por favor — Bianca pediu.

Afrodite arrumou a roupa, que já estava mais do que arrumada e suspirou.

— Certo, mas manda a criaturinha ai me respeitar, ou se não ela vai se ferrar feio. Nem fulmino, faço pior, ela vai se apaixonar se continuar me irritando —

Acho que depois dessa, Rachel não vai abrir a boca tão cedo. Se morrer era algo ruim, se apaixonar era pior ainda, serio, conselho pra você, se não se apaixonou, não queira, e dê graças por isso. Se já, minha amiga, você sabe o significado de sofrer ferozmente.

— Então pessoal, o que vamos fazer? — perguntou Annabeth, tentando quebrar o clima ruim.

— Eu não faço ideia — Héstia se pronunciou pela primeira vez no dia.

— Olha, eu sempre ajudo meu pai e minha madrasta na hora de fazer a ceia, sei bastante receitas que da pra fazermos. Acho que podemos fazer uma lista de comidas primeiro, ai nós vemos quais vamos cozinhar.

— Boa ideia — respondeu Nissa e nós concordamos.

— Certo — disse minha mãe, fazendo aparecer um bloquinho com corações e uma caneta de plumas — eu anoto.

[...]

— Pudim, quem foi o infeliz que inventou essa desgraça deliciosa? — perguntou Dare, irritada ao terminar de fazer o sétimo pudim, dessa vez, um de chocolate.

— Hermes, reclame com ele — a deusa do lar respondeu, cortando o pão para fazer rabanada.

Apesar dos deuses poderem estalar os dedos e fazer aparecerem todas as comidas que quisessem, Zeus deu a ordem de não usarem seus poderes para fins como este. Ele disse que já que estavam ali para unir um pouco os deuses e semideuses, tudo deveria ser feito por eles, em conjunto e com as próprias mãos.

— Olhem, não reclamem, viu? — Annie apontou para algum tipo de ave que estava sendo temperada por ela — eu nem sei que raios de bicho é isso —

— Algum irmão do seu namorado — a filha de Hades comentou, nos fazendo rir.

— Muito engraçada — suspirou — Afrodite? Já ligou o forno? —

A deusa ergueu o rosto, que estava em frente ao forno, e olhou para ela. Segurei o riso ao ver o rosto da minha mãe completamente coberto de fuligem.

— Se alguém rir, morre. Enfim, essa bodega não liga, não ta funcionando, acho que pifou —

— Por acaso, já tentou usar os botões, ligar o gás e essas coisas? — perguntou a loura.

A deusa franziu o cenho e suspirou.

— Preciso fazer isso? — perguntou e eu quase deixei a tijela com salada de bacalhau cair no chão.

Céus, ela era uma deusa e não sabia usar um forno? Era por isso que idiotas como Cronos quase dominavam o Olimpo.

Lou revirou os olhos.

— Mas é claro que sim, pelo amor dos deuses, nunca usou um forno? —

— Olha, eu nunca nem fritei um ovo — respondeu remexendo num botões do forno — onde liga o tal do gás? —

— Na aquilo que parece uma manivela ali — apontou Chase.

[...]

Nissa jogou as passas na enorme tigela de arroz.

— Ei, ei, ei. Tá fazendo o que — perguntou Afrodite, erguendo as sobrancelhas. Todos nós paramos o que estávamos fazendo pra observar.

— Ahn... Arroz a grega, uê — respondeu, não entendo.

— E quem disse que gostamos disso? — ergueu mais ainda as sobrancelhas. Ops, acho que tem algo querendo fugir da testa.

— Talvez porque vocês são gregos? — respondeu o óbvio.

— Aff, vocês não sabem de nada. Gregos não comem arroz a grega, pelo menos, não nós — resmungou — Retira todas elas dai, ande menina —

— O que? —

— Eu disse, tire elas dai, ta surda? — gritou.

— Mas e... — a filha de Hefesto foi interrompida pela outra deusa presente.

— Dite! Olha, se controla. Não temos culpa da sua TPM! Deixe a garota em paz. Nissa, não precisa tirar nada — tentou por ordem na cozinha.

— Eu na... —

— Xiu! Ande, volte pro seu forno — reclamou — não temos o dia todo.

Afrodite bufou irrita, voltando a tentar ligar o forno.

[...]

Algum tempo depois conseguimos fazer tudo. A última a terminar foi Lou, que ficou responsável por fazer uma farofa estranha e arrumar as frutas secas numa travessa. Sinceramente, não sabia como ela havia demorado tanto pra fazer algo tão simples.

Conforme terminávamos, começávamos a incentivar a minha mãe com o forno.

— Vamos mãe, você consegue, não deixe um forninho de nada te atrapalhar — tentei encorajar ela a não desistir.

Rachel dava risadinha e comentava com Lou que ela não havia percebido o enorme botão escrito "Acender • Forno". Tentei não rir junto todas nós já havíamos percebido isso menos Afrodite, mas deixamos ela tentar até conseguir, afinal, qualquer um deveria saber ligar um forno, até mesmo uma deusa do Olimpo.

Quando ela finalmente apertou o bendito (na verdade esbarrou nele, mas deixamos isso para depois), o forno quase explodiu, já que o gás estava aberto a algum tempo. Nós comemoramos o feito e minha mãe enxugou uma lágrima do rosto.

— Olha, foi difícil mas eu consegui. Nunca desistam das coisas, vocês conseguem — disse, como se fosse um discurso.

Precisei rir. Era só um forno, o forno da tormenta eterna mas era só um forno. Mas agradeci internamente os deuses por ela ter conseguido, já era tempo.

Suspirei. Tarefa de fazer e cozinhar a ceia, concluída. Só esperava que as outras "equipes" de Nico tenham se dado melhor que nós.


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