Já eram mais de oito horas da noite quando Jasper entrou em Forks. Dos meses que passou fora a cidade não mudou absolutamente nada.

Havia poucas pessoas na rua, devido à fina chuva que caia. As pessoas olhavam para o carro espantadas, afinal aquele veículo já era conhecido. Logo a fofoca que um dos Cullen estava de volta, se espalharia pela cidade.

Jasper estacionou o carro na garagem agora vazia e entrou pela porta dos fundos. Alguns móveis estavam cobertos por lençóis.

A casa continuava a mesma, com exceção de alguns quadros e objetos de valor que foram levados por Esme. Assim como a frente, o interior da casa também precisava de uma limpeza.

A vegetação havia reivindicado seu lugar de direito, o jardim da mansão que era bem cuidado, agora havia só mato.

Seu quarto e de Alice, ainda tinha seus cheiros, apesar de fraco ainda era perceptível.

Acomodou sua mala na cama, pôs uma roupa de caça e resolveu sair, na hora que tocou a maçaneta da porta, sentiu o celular vibrar no bolso.

‘ Minha pequena’ chamando.

- Oi amor. – atendeu alegre.

- Aonde você está? – perguntou aflita.

- Na nossa casa, por quê? – estranhou a reação dela.

- Você está desaparecendo do futuro. Vi você caçando, mas depois desaparecer.

- Há algum perigo por aqui? – sondou. Vez ou outra, vampiros nômades passavam por aquela região. Precaução não foi demais, depois de anos em um exército.

- Eu não sei, não consigo ver muita coisa, você aparece e desaparece constantemente. – choramingou preocupada.

- Lice, eu só vou caçar, não tem nada de mais nisso. Se houver qualquer perigo volto para casa, prometo. E mesmo se houver eu sei me cuidar Alice. – disse Jasper.

- Toma cuidado Jazz. Eu não sei o que está acontecendo por aí, então todo cuidado é pouco. – preveniu. – Peraí, você disse que estava em casa. Que casa? OMG, não me diz que. . .

- Sim Ali, é nessa casa mesmo. – interrompeu.

- Você não pode ficar aí, você prometeu ao. . . – Jasper interrompeu novamente.

- Eu não prometi nada, ele nos obrigou a sair daqui. E eu só estou aqui por necessidade, volto pra casa em alguns dias. – murmurou.

- Eu te entendo. Jazz, você faz uma coisa pra mim? – perguntou manhosa.

- Não precisa nem dizer que eu sei aonde vai sua linha de raciocínio. – Alice podia ser vidente, mas numas coisas ela era totalmente previsível.

- Você faz? Eu prometo que ninguém vai saber, nem mesmo ELE (Edward). – Alice estava contente com a possibilidade de poder saber algo sobre Bella.

- Vou ver o que posso fazer. Mas por tudo mais sagrado, não deixe ELE saber de nada, senão seremos queimados vivos. – pediu.

- Claro claro. Quando eu tiver alguma notícia sobre ‘esse assunto’, eu te ligo. – era melhor ele ligar, se deixasse por conta de Alice, ligaria o tempo todo.

- Está bem Jazz. Eu te amo. – suspirou apaixonada.

- Também te amo Ali. – murmurou e desligou.

(...)

Três horas mais tarde, depois de abater meia dúzia de cervos e um leão da montanha, Jasper voltava para casa, mas no meio do caminho sentiu um cheiro horrível de cachorro molhado.

- Mas que cheiro horrível é esse? – ele parou e observou o lugar, não tinha nada de diferente, a não ser esse cheiro que fazia uma trilha por todo o lado da fronteira.

Sentiu a presença de algo, a sensação de estar sendo observado o perturbava. Uma brisa veio do leste e com ela aquele cheiro de novo.

Decidiu seguir seu caminho, mas aquela sensação não o deixava. Escutou um ruído a poucos metros, subiu no galho de uma árvore, sondando o lugar.

Um lobo enorme o observava de longe, parecia que seguia todos os seus movimentos. Aquele lobo era grande demais para um lobo normal, e diferente dos outros animais esse emitia sentimentos. Raiva era a mais prevalente.

“Isso não seria um... não, não pode ser. Carlisle disse que o último morreu há mais de 70 anos.” – pensou aturdido.

Não poderia, mas o que via ali parecia ser sim um lobisomem.

- Se não quiser morrer, é bom voltar para o seu lado cachorro. Está invadindo nosso território. – ameaçou.

Se Jasper não tinha certeza se era realmente um lobisomem ali, sua suspeita acabou de ser confirmada. O lobo cor de chocolate assumiu posição de ataque e rosnou mostrando os dentes afiados.

- É sério lobo, você não iria querer arrumar briga comigo. – ele desceu da árvore e também assumiu posição de ataque.

O lobo ao invés de atacar virou as costas e foi embora. Jasper sondou mais o lugar em busca de outro lobo, mas parece que tudo tinha voltado ao normal.

Depois de voltar para casa e trocar de roupa, resolveu ligar para Yasmin e se informar do estado de Bella.

- Senhor Whitlock. Boa noite. – atendeu Yasmin.

- Boa noite Yasmin. Como ela está esta noite? – estava ansioso.

- Teve uma pequena melhora. Está conseguindo ficar acordada durante uns minutos. – afirmou.

- Que notícia boa. Vou visitá-la amanhã, vou ficar uns dias pela cidade. – ele exalava felicidade.

- Que bom senhor, fará muito bem a ela ter os amigos por perto. Com exceção do senhor Swan e da senhora Renée, poucas pessoas a visita. – comentou.

- Quem mais fica com ela durante o dia? – era melhor sondar, Jasper tinha a leve sensação de que Charlie não gostaria de ver um Cullen tão cedo na sua frente. Sendo que um deles deixou Bella no estado que se encontrava.

- Quem fica mais é a senhora Renée, o senhor Swan vem mais a noite, mas sempre na hora do almoço ele passa por aqui. – informou.

Ótimo, com Renée seria mais fácil de lidar.

- Perfeito. Amanhã assim que possível irei fazer uma visita a Bella. Obrigado por sua atenção Yasmin. Tenha uma boa noite. – cumprimentou.

- Não há de que senhor. Tenha uma boa noite também. – desligou.

 Agora era só esperar para que a hora passasse rápido e que o dia amanhecesse sem sol.

Yasmin:

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(...)