O Natal De Edward Cullen escrita por kanny


Capítulo 3
Capítulo 3 – Os Espíritos do Natal Futuro


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que postaria na quarta, mas estou triste, então estou postando hoje, terça. Espero que os comentários de vocês me animem. Bom, o capítulo é curto, me desculpem qualquer coisa. Até sábado.



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3 – Os Espíritos do Natal Futuro

Deitei-me um pouco no sofá, tentando assimilar tudo o que eu havia visto e ouvido.

_ Edward. – Uma voz masculina me chamou.

_ Nossa! – tinha duas pessoas, por assim dizer, na minha frente. Uma criança que eu reconhecia sendo eu mesmo quando criança. E um velhinho que me parecia ser muito familiar.

_ Nós somos seus Espíritos do Natal Futuro. – o meu eu criança falou. – Como você pode ver eu sou você aos 10 anos.

_ E eu – o velhinho falou. _ Sou você aos 78 anos.

_ A cada hora fica mais estranho. Mas por que vieram dois desta vez?

_ Nós estamos em três. Você no passado. – O velhinho apontou para o meu eu criança. _ Você no presente. – ele disse apontando para mim. _ E por fim você no futuro. – apontou para si mesmo.

_ Juntamos as três fases da sua vida para você ver o que irá se tornar no futuro. – a criança falou. _ Vamos.

Novamente outro daqueles clarões desnecessários. Quando a luz cessou pude observar que estava em uma sala muito parecida com a que eu tenho no jornal. Outro de mim, vários anos mais velho, estava sentado atrás de uma mesa de mogno, muito parecida com a da minha atual sala. Ele estava lendo alguns papéis e tomando alguns goles de café.

_ Minha sala? – eu perguntei.

_ Sim. Estamos no ano de 2032. É noite de Natal. E você está aqui, sozinho, trabalhando. – o meu eu velhinho disse apontando para o meu que estava sentado com papéis em mãos. _ Você é diretor executivo e um dos sócios desse jornal. Apesar de alguns relacionamentos, você ainda não formou uma família. Mal fala com seus familiares. Sua única companhia são dois cachorros que moram com você. Daqui a pouco você sairá, irá a um bar, beberá, arrumara uma companhia para a noite e voltará para sua casa. Sozinho.

_ Parece que não mudei muito. – eu disse.

_ Nadinha. – o pequeno falou.

Com outro clarão, mudamos de cena. Agora estávamos em um lugar amplo com muito verde, uma capela no centro, e muitas placas espalhadas pelo chão.

_ Onde estamos?- perguntei.

_ Em um cemitério. – meu eu criança falou.

_ Venha. – o velhinho disse ao começar a caminhar. Seguido por mim e pela criança. Andamos um pouco até avistarmos um velório. Apenas o padre, o morto e um senhor vestindo um paletó preto. Havia também dois senhores um pouco atrás, mas pelo emblema nas suas camisas constatei se tratar dos coveiros.

_ Quem morreu? – eu perguntei aos dois Espíritos do Natal Futuro.

_ Você. – eles falaram em coro.

_ Como assim eu morri? – perguntei um pouco confuso.

_ Morrendo. Todo mundo morre, você não sabia? – o meu eu criança falou. _ Estamos no ano de 2065. Você morreu aos 78 anos de idade, devido a um câncer.

Aproximei-me do caixão. E pude ver que realmente era eu que estava lá dentro. Eu estava muito idoso. Vestindo um terno cinza escuro, e com as mãos cruzadas sobre o peito. Parecia que eu estava apenas dormindo ali. Fiquei realmente surpreso, ou não, pelo fato de só uma pessoa ter ido ao meu enterro. Onde estaria minha família? Meus amigos?

_ Quem é aquele? – perguntei apontando para o senhor trajando um paletó preto.

_ O seu advogado. A pessoa mais próxima de você. – meu eu velhinho disse. _ E o único que se dignou a vir ao seu enterro além do padre.

_ Eu não tenho ninguém? Cadê minha família? Meus pais? Alice? Eu não tenho amigos?- eu falei meio entorpecido.

_ Seus pais já morreram há pelo menos uns 35 anos. Sua irmã Alice também já morreu assim como o Jasper. E sua sobrinha Lizzi. Você não constituiu família. Teve apenas alguns romances que logo se desfizeram. Nenhuma mulher aguentava ficar muito tempo ao lado de alguém que só pensava no trabalho. Você também não teve filhos. Os netos de Alice ainda estão vivos, mas como vocês não têm contato, só ficarão sabendo de sua morte daqui a algumas semanas, quando forem chamados para a leitura do seu testamento. – o meu eu velhinho falava. Mas eu estava bestificado demais para falar alguma coisa. Então com outro clarão de luz eu novamente estava em meu apartamento juntamente com os Espíritos do Natal Futuro.

_ Edward, depois de tudo o que viu e ouviu esta noite, você terá a oportunidade de reavaliar a sua vida. Você poderá escolher entre continuar do jeito que está, e terminar os seus dias solitário. Ou mudar, e escrever um novo futuro. A escolha é sua. – o meu eu criança falou.

_ Agora temos que ir. – velhinho disse.

_ Boa sorte Edward e Feliz Natal. – Os dois falaram em coro enquanto desapareciam na minha frente.

Agora eu estava novamente sozinho em meu apartamento. Eu e meus pensamentos. Fui à cozinha tomar um copo com água, olhei para o relógio que marcava meia noite, nenhum segundo havia se passado desde o primeiro fantasma. Eu estava cansado, com sono e minha cabeça começava a doer de tanto que eu pensei. Tomei um sossega leão e apaguei na cama. Acordei por volta das oito horas. Estava fazendo muito frio, e nevava.



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Notas finais do capítulo

Achei esse capítulo pavoroso, mas peço que, por favor, comentem, eu preciso disso.