Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende


Capítulo 41
Prostituta


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora ):
Mas eu fiquei de recuperação e estou de castigo ): É quase 18 e ainda fico de castigo --'
Agora só posso entrar na internet nos finais de semana, ou quando minha mãe resolver devolver o meu moden.
Aqui está mais um capitulo fresquinho pra vocês.
Boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/293926/chapter/41

O dia em Canoá estava completamente monótono. Assim que desci na rodoviária peguei minha mala no bagageiro do ônibus, atravessei o saguão principal e sai para a rua.
O centro da cidade ganhava vida aos poucos, o clima fresco da manhã era delicioso.
Entrei em uma lojinha chamada Biju e comprei um cartão de telefone com o pouco do dinheiro que eu ainda tinha. Agradeci a atendente. Uma garota baixa e gordinha, ela era simpática e seu cabelo multicolor era muito engraçado.
Sai da lojinha e fui à procura de um telefone publico. Encontrei um quase uma quadra depois de onde eu estava.
Tirei o fone do gancho e coloquei o cartão. Disquei o numero de Lia e logo em seguida ela atendeu.
–Oi Lia – disse eu – é a Jessica, estou de volta.
–Oi amiga – disse ela – queria muito te encontrar. Onde você está?
Respirei fundo e olhei ao meu redor.
–Estou na frente da Pastelaria Delicia – respondi – está tudo bem?
A voz dela era hesitante.
–Não muito – disse ela – eu te encontro na pastelaria em meia hora pode ser?
–Ok – respondi – estou te esperando.
Coloquei o fone no gancho e tirei o cartão. Guardei-o na minha bolsa e atravessei a rua.
A Pastelaria Delicia ficava em um prédio branco, tinha uma grande placa com o nome da pastelaria ao alto e lá exalava um cheiro de fritura que me deu água na boca.
Uma mulher uniformizada colocava mesas e cadeiras na rua.
–Bom dia – disse ela.
–Bom dia – respondi.
O lugar era pequeno, mas bem ajeitado. Tinha varias mesinhas e bancos de madeiras pelo espaço, uma enorme TV de plasma na parede e arranjos de flores artificiais nos quatro cantos do ambiente.
Parei no balcão. Acima havia um enorme banner com todos os sabores e preços de cada pastel.

–Bom dia – disse um rapaz – deseja alguma coisa?

Olhei para o rapaz. Ele era alto e um pouco corcunda. Usava um boné vermelho e uma camiseta branca com o logotipo da pastelaria. Seu rosto triangular era estranho, tinha a boca estreita e o nariz grande. Os olhos eram castanho escuro e o rosto era coberto por terríveis espinhas.

–Quero um pastel delicia – respondi.
Ele digitou alguma coisa no computador a sua frente e disse após me entregar um papelzinho amarelo que saiu de uma pequena impressora ao lado.
–Três e setenta e cinco.
Peguei o papel e tirei minha carteira da bolsa. Paguei o rapaz e sentei em uma mesa perto da TV.
Logo em seguida um pastel de maça cozida, recheado com presunto, queijo cheddar, batata palha, milho, ervilha e molho branco, estava em um prato de louça branca na minha mesa.
Devorei o pastel rapidamente.
Quando lia chegou, eu ainda estava lutando para devorar aquela delicia de pastel.
Ela puxou a outra cadeira e sentou ficando de frente para mim.
–Oi Jessica – disse ela – como foi lá na casa de seu pai?
Respirei fundo e contei todos os últimos acontecimentos da minha vida para ela. Falei sobre o estado deprimente em que ele se encontrou depois da minha maldita ideia de ter saído de casa, falei do acidente dele e posteriormente da morte, falei da conversa que tive com Ricardo e a outra com Sabrina e por fim falei um pouco sobre a viagem.
Depois foi a vez de Lia me contar algumas novidades.
–O irmão de Pedro entrou em contato comigo – disse ela – eu fui levar flores no tumulo dele e encontrei com aquele arrogante lá. Ele me perguntou de você.
Respirei fundo.
A imagem que eu tinha sobre Douglas e sobre os outros membros da família dele eram as piores possíveis.
–Aquele cretino – respondi – o que ele queria?
–Ele mandou te dizer que o dinheiro que você recebia para cuidar de Pedro não vai ser mais enviado – disse ela – e que o apartamento em que vocês moravam foi colocado a venda.
Limpei a boca com um guardanapo de papel.

–Droga – respondi – onde eu vou morar agora? Eu não tenho casa, nem emprego e nem dinheiro.
–Calma –disse Lia – eu estive pensando nisso. Tem uma mulher que aluga quartos no fundo da casa dela, eu estive conversando com ela e o preço é bem acessível.
Coloquei a mão na cabeça preocupada.
–Mas eu vou pagar o aluguel como? – perguntei com uma pontada de desespero.
–Olha – disse Lia – eu pago o aluguel dos três primeiros dias. As coisas lá no Drink´s Bar não estão muito boas, mas eu estou quase com a quantidade de dinheiro necessária para ir para Porto Alegre.
Respirei fundo.
–Eu conversei com a minha mãe – disse Lia – eles estão selecionando pessoas para trabalharem numa fabrica de sapatos. Eu disse que assim que conseguir o dinheiro eu vou para lá viver com eles e com meu filho.
Os olhos dela brilharam quando ela falou do filho.
–Eu vou junto – respondi – eu vou juntar um dinheiro e vou junto. Eu tenho minha avó em Porto Alegre e acho que ela pode me ajudar.
Lia me olhou preocupada.
–Mas você vai arrumar dinheiro como Jessica?
A resposta era bem obvia.
–Eu não – respondi – mas a Jessye vai voltar a trabalhar.
Era hora de voltar à vida que eu havia escolhido ter, a de prostituta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prostituta Do Governo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.