Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende


Capítulo 32
O ceifeiro o levou


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que favoritaram a fic! Vocês são uns lindos(as)
Gente quando eu pergunto o que acharam no final do capítulo, eu falo sério! Se vocês não gostaram podem falar, eu aceito todas as críticas que vocês tiverem. Desde que sejam educados, porque se não forem eu também não vou ser.
Uma leitora falou o que pensava e eu concordo com ela, mas eu precisava deixar como eu escrevi.. Até porque a história já esta pronta.
Eu gosto de saber o que vocês realmente acham. Mesmo não sendo um review positivo, me da ânimo pra postar mais! Pra mostrar pra vocês que não gostaram o porque tem que ser desse jeito!
Eu até hoje não entendo algumas coisas que eu escrevi e quero mudar, mas eu não gosto de todos felizes no final. Não acredito em final feliz. Acredito que feliz são os momentos, o final é triste porque é final. Final acaba, e uma coisa que acaba não é feliz.
Espero que me perdoem pelos dois próximos capítulos, pois eu não me perdoei ainda!
Boa leitura :3



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“Tem que passar!
Lágrimas por motivos incertos
Dor, sem saber de onde vem
Parar pra pensar, porém não lembrar de nem um rosto que tem o poder de roubar um breve sorriso
Tomada pelas lágrimas sem saber o motivo pelo qual elas correm sobre meu rosto
Olho para a lua, de repente começo a chorar sem nem um esforço 
Tudo que estava sufocando aqui dentro acaba se transformando em lágrimas
Submersa em meus pensamentos, já não consigo fugir de tudo isso
Mas eu sei que vai passar... Vai passar.”
                                                                                            -Eduarda Brito

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Eu havia pedido a Pedro para trazer um par de roupas e minha bolsa do apartamento dele para o hospital. 

Revirando a bolsa encontrei um pedaço de papel rasgado com o poema escrito a lápis. Era um poema que me tocava muito, feito por uma antiga amiga. Guardei o papel dobrado dentro da minha agenda da Hello Kit e coloquei no canto de dentro da bolsa.
Tomei um banho e coloquei as roupas que Pedro havia trazido para mim. A enfermeira sorridente se despediu de mim e eu segui pelo corredor mal iluminado e cheguei à recepção. 
Passei rapidamente e fui ao estacionamento onde Pedro me esperava dentro de seu carro.
Entrei pela porta do carona e me sentei no banco estofado.
Pedro tentou me beijar, mas eu desviei.
—Me leve direto para o apartamento – disse eu secamente - eu quero pegar minhas coisas e ir embora o mais rápido possível.
—Eu já disse que você não precisa – disse Pedro – você pode ficar comigo. Você não pode voltar para casa de seu pai.
Olhei para ele impaciente.

—Pedro nos já conversamos sobre isso – respondi – agora liga essa merda de carro e me leva para o apartamento que eu quero pegar minhas coisas e ir embora. Para onde eu vou não te interessa. Tente entender Pedro, nos não vamos dar certo. Nunca.
Ele ligou o carro e seguimos por algumas ruas que eu não conhecia. Passamos o caminho inteiro sem trocarmos uma palavra, exceto pelo radio que Pedro ligou depois de algum tempo de estrada rodada. Tocava Red Hot Chili Peppers – Califonication numa estação de radio local.
Encostei a cabeça no vidro e passei a olhar os pingos de chuva que se formavam.
O carro parou em frente ao prédio onde Pedro morava. Ele encostou o carro perto do meio o fio e desligou o radio.
Sai do carro e parei na calçada subitamente. Senti que alguém me observava. Pedro parou próximo a porta do prédio e me olhou curioso.
—Esta tudo bem? – perguntou ele.
Mas eu não o ouvi. Virei lentamente e olhei para o outro lado da rua.
Havia um prédio branco não muito grande do outro lado da rua. Era um prédio vazio que estava com os dias contados. Mas o que me chamou a atenção foi a presença de um ser de preto, com uma capa e uma toca na cabeça, segurando uma enorme foice enquanto corvos comiam carniça em seus pés.
—Meu Deus – sussurrei apavorada com a cena.
Passei a andar lentamente pela rua. A chuva que caia era fina, mas forte o suficiente para deixar meus cabelos molhados. Meus pés tocaram o asfalto e eu andei lentamente em direção a figura misteriosa.
Não lembro ao certo como aconteceu nos 15 minutos que vieram depois. Eu apenas lembro que meu joelho estava esfolado e sangrando. Havia um carro um pouco distante de mim e batido em um poste de luz próximo e um corpo todo ensanguentado no chão.
Uma mão tocou meu ombro.
—Você esta bem? – perguntou um homem desconhecido.

—O que aconteceu? – perguntei um pouco tonta.
O homem me olhou.
—Você estava no meio da rua e quando eu fui desviar de você o rapaz te empurrou e eu acabei batendo nele e em seguida no poste.
O homem estava com a testa cheia de sangue.
Ouvi sirenes se aproximarem.
Olhei para o outro lado da rua e não vi mais a figura diabólica.
O ceifeiro o levou – pensei – O ceifeiro levou Pedro embora.
Senti meu mundo girar rapidamente e o escuro tomou conta de todo o meu consciente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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