Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende


Capítulo 30
O ceifeiro


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo que não é grande. Vou ver se coloco mais um extra depois.
Boa leitura :3



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Eu estava sozinha naquele quarto que fedia a um forte produto de limpeza. Relaxei a cabeça no travesseiro macio e cai em um sono profundo.
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***
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Eu estava em uma rua escura e vazia. A neblina cobria o ambiente e um forte e desagradável cheiro saia dos bueiros nos cantos da rua. Eu andava pelo asfalto com os pés descalçados e com um vestido branco simples e leve. A cada passo que eu dava a densa neblina se dissipava aos poucos.
Observei ao o longe uma multidão e me aproximei cautelosa. Havia uma grande roda de pessoas exaltadas e preocupadas. Tentei romper a barreira, mas não consegui. Notei que havia alguém no canto de um beco próximo a multidão.
Não sei ao certo se era um homem ou uma mulher, estava com uma capa preta que envolvia seus ombros e que deslizava ate os pés e um capuz lhe cobria a cabeça. Seu rosto era extremamente pálido e suas olheiras eram fundas como covas de cemitério. Dois corvos devoravam carne podre em seus pés e em sua mão direita estava algo parecido com uma foice. Uma enorme foice. Na lamina brilhante havia um fio prata extremamente fino que balançava de um lado para o outro.
Encarei seus olhos esfumaçados e quando nossos olhos se encontraram eu tive a nítida impressão de vê-lo sorrir. Desviei o olhar para a multidão a minha frente que ia sumindo aos poucos. Continuei andando pelo asfalto e cheguei ao ápice do problema.
Um carro estava batido em um poste. Havia sangue brilhando por todo o asfalto e um corpo estava coberto por uma espécie de lona branca.
Fiquei abismada com a cena. Uma mão tocou meu ombro.
“Você esta bem?”
Virei meu corpo lentamente e me deparei com um homem de estatura media.
“Estou” - respondi – “Porque não estaria?”
Ele riu.
“Teve sorte” - ironizou ele – “o ceifeiro só levou seu amigo.”
Ele sorriu e saiu caminhando lentamente em direção a só Deus sabe onde.
Senti um calafrio se formar pela minha espinha e logo em seguida estourar por todo meu corpo.

Andei lentamente até o corpo no chão e me agachei.
Tirei a lona lentamente e vi um rosto que mesmo com todo o sangue era fácil de reconhecer.
Coloquei a mão na boca em estado de pavor e larguei a lona subitamente deixando uma lagrima escorrer de meus olhos.
Era Pedro.


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Notas finais do capítulo

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