Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende


Capítulo 27
Feliz Natal


Notas iniciais do capítulo

Desculpem! Não recompensei vocês pelos dias que fiquei sem postar porquê me deu crise de sinusite e não consegui postar mais. E desculpem de novo por ficar sem postar de novo! Mas foi porque a linda da minha internet não queria funcionar! Juro que vou tentar tirar o atraso!
Boa Leitura :3



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Tudo era mágico quando eu estava com Pedro. As conversas, os carinhos e o principalmente o sexo. Eu me sentia realizada com ele ao meu lado. Quando ele chegava perto meu coração acelerava e meu corpo se contraia corroendo de desejo de ter o dele.
Era algo fantástico.
Pedro parecia ser o príncipe encantado, e seria se isso daqui fosse um conto de fadas. Mas contos de fadas não existem e eu sempre gostei de um lobo mal.
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***

Eu estava toda descabelada olhando pela sacada do prédio. O tempo estava fechando, certamente choveria mais tarde. Eu usava apenas um sutiã preto e uma meia calça transparente e rasgada propositalmente. Minha maquiagem estava borrada e estranha, tudo fruto da noite passada.
Pedro eu havíamos ido a uma badalada danceteria e enchemos a cara enquanto dançávamos loucamente. Quando chegamos em casa cheiramos pó até não sentirmos mais as narinas. O mundo girou, girou, girou e girou. Só lembro que quando acordei, eu estava exatamente nesse estado, de sutiã, meia calça rasgada propositalmente, descabelada e com a maquiagem borrada.
Senti um cheiro de fumaça e vi que Pedro fumava outro cigarro. Ele se aproximou de mim e me abraçou por trás.
–Eu preciso – sussurrei para ele.
Meus olhos estavam inchados.
Ele não respondeu, mas sabia muito bem do que eu estava falando.
–Tem certeza? – perguntou ele jogando a bituca do cigarro pela janela da sacada.
Virei de frente a ele encarando seus olhos.
–Absoluta.
Ele pegou as chaves do carro e saiu.
Eu estava muito agoniada, comecei a andar de um lado para o outro atordoada. Pedro ficou fora por exatamente 15 minutos, mas para mim pareciam anos luz de demora. Liguei a televisão para tentar me distrair. Mas os comercias e os programas da TV só falavam do natal.
Lembrei que era 25 de dezembro e que era natal.
Senti meu coração apertar lembrando de como era passar o natal com minha família e com meus parentes. Aquele era meu primeiro natal sem minha família. Sem minha mãe. Sem meu pai. Na minha concepção o natal era muito fútil. Na realidade ele havia se tornado extremamente fútil com o passar dos tempos. As famílias hoje em dia se reúnem para uma ridícula disputa de poder e não para celebrar a união. Na mesa a ceia não tem mais o significado de como era antes e o nascimento de Jesus não é mais importante, porem os presentes de natal e as decorações abusivas são mais interessantes que o real propósito do natal. A essência natalina se perdeu com o tempo, não existe solidariedade e nem amor. Não existe mais união e nem determinação das pessoas. Na realidade, não existem nem mais o papai Noel.
Quando Pedro abriu a porta do apartamento e entrou com o saquinho branco nas mãos, meu coração se aliviou. Ele colocou a cocaína em cima da mesa e me deu um canudinho. A televisão continuou ligada e falando para as paredes. O procedimento não era nenhum segredo para mim.
–Feliz natal – disse ele pegando um canudinho também.
–Feliz natal – respondi.
Cheiramos todo o pó enquanto relâmpagos e trovões riscavam o céu.
Então o mundo começou a girar fortemente. Pedro também sentia a mesma euforia que eu sentia. Ele levantou e me pegou no colo, eu podia escutar seu coração batendo a mil por hora. Nos beijávamos como selvagens enquanto ele arrancava meu sutiã e eu tirava sua bermuda. Caímos no sofá pelados e fizemos sexo.
Do sofá fomos para o chão, depois para a mesa da cozinha, depois para a cama e depois para o chão novamente. Tudo era muito rápido e inconsciente.
Quando o efeito da cocaína acabou eu estava dentro da banheira toda molhada. Pedro estava ao meu lado e seus olhos estavam inchados, ele parecia tonto. Esfreguei minhas mãos nos olhos com uma dor de cabeça insuportável me dominando. Não era bem daquele jeito que eu planejava passar o natal.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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