Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende
Notas iniciais do capítulo
Desculpem! Não recompensei vocês pelos dias que fiquei sem postar porquê me deu crise de sinusite e não consegui postar mais. E desculpem de novo por ficar sem postar de novo! Mas foi porque a linda da minha internet não queria funcionar! Juro que vou tentar tirar o atraso!
Boa Leitura :3
Tudo era mágico quando eu estava com Pedro. As conversas, os carinhos e o principalmente o sexo. Eu me sentia realizada com ele ao meu lado. Quando ele chegava perto meu coração acelerava e meu corpo se contraia corroendo de desejo de ter o dele.
Era algo fantástico.
Pedro parecia ser o príncipe encantado, e seria se isso daqui fosse um conto de fadas. Mas contos de fadas não existem e eu sempre gostei de um lobo mal.
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***
Eu estava toda descabelada olhando pela sacada do prédio. O tempo estava fechando, certamente choveria mais tarde. Eu usava apenas um sutiã preto e uma meia calça transparente e rasgada propositalmente. Minha maquiagem estava borrada e estranha, tudo fruto da noite passada.
Pedro eu havíamos ido a uma badalada danceteria e enchemos a cara enquanto dançávamos loucamente. Quando chegamos em casa cheiramos pó até não sentirmos mais as narinas. O mundo girou, girou, girou e girou. Só lembro que quando acordei, eu estava exatamente nesse estado, de sutiã, meia calça rasgada propositalmente, descabelada e com a maquiagem borrada.
Senti um cheiro de fumaça e vi que Pedro fumava outro cigarro. Ele se aproximou de mim e me abraçou por trás.
–Eu preciso – sussurrei para ele.
Meus olhos estavam inchados.
Ele não respondeu, mas sabia muito bem do que eu estava falando.
–Tem certeza? – perguntou ele jogando a bituca do cigarro pela janela da sacada.
Virei de frente a ele encarando seus olhos.
–Absoluta.
Ele pegou as chaves do carro e saiu.
Eu estava muito agoniada, comecei a andar de um lado para o outro atordoada. Pedro ficou fora por exatamente 15 minutos, mas para mim pareciam anos luz de demora. Liguei a televisão para tentar me distrair. Mas os comercias e os programas da TV só falavam do natal.
Lembrei que era 25 de dezembro e que era natal.
Senti meu coração apertar lembrando de como era passar o natal com minha família e com meus parentes. Aquele era meu primeiro natal sem minha família. Sem minha mãe. Sem meu pai. Na minha concepção o natal era muito fútil. Na realidade ele havia se tornado extremamente fútil com o passar dos tempos. As famílias hoje em dia se reúnem para uma ridícula disputa de poder e não para celebrar a união. Na mesa a ceia não tem mais o significado de como era antes e o nascimento de Jesus não é mais importante, porem os presentes de natal e as decorações abusivas são mais interessantes que o real propósito do natal. A essência natalina se perdeu com o tempo, não existe solidariedade e nem amor. Não existe mais união e nem determinação das pessoas. Na realidade, não existem nem mais o papai Noel.
Quando Pedro abriu a porta do apartamento e entrou com o saquinho branco nas mãos, meu coração se aliviou. Ele colocou a cocaína em cima da mesa e me deu um canudinho. A televisão continuou ligada e falando para as paredes. O procedimento não era nenhum segredo para mim.
–Feliz natal – disse ele pegando um canudinho também.
–Feliz natal – respondi.
Cheiramos todo o pó enquanto relâmpagos e trovões riscavam o céu.
Então o mundo começou a girar fortemente. Pedro também sentia a mesma euforia que eu sentia. Ele levantou e me pegou no colo, eu podia escutar seu coração batendo a mil por hora. Nos beijávamos como selvagens enquanto ele arrancava meu sutiã e eu tirava sua bermuda. Caímos no sofá pelados e fizemos sexo.
Do sofá fomos para o chão, depois para a mesa da cozinha, depois para a cama e depois para o chão novamente. Tudo era muito rápido e inconsciente.
Quando o efeito da cocaína acabou eu estava dentro da banheira toda molhada. Pedro estava ao meu lado e seus olhos estavam inchados, ele parecia tonto. Esfreguei minhas mãos nos olhos com uma dor de cabeça insuportável me dominando. Não era bem daquele jeito que eu planejava passar o natal.
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O que acharam?