Era o meu primeiro Dia dos Namorados com um namorado sério. Os outros com quem fiquei eram só "ficantes".

     O nome dele era InuYasha Taisho, um garoto de 16 anos, cabelos prateados e compridos, olhos âmbares e um sorriso encantador.

     No Dia dos Namorados, me deu uma caixa de chocolates em forma de corações e um buquê de rosas azuis. Sim, isso mesmo. Rosas azuis. Não sei onde conseguiu ou roubou, mas eram lindas, maravilhosas e eu quase chorei de alegria. O buquê veio com um cartão muito lindo e fofo que tocava uma musiquinha. A letra maravilhosa e super caprichada estava no meio do cartão formando frases.

      Estava escrito:

      "Kagome, feliz Dia dos Namorados. Eu te amo. E amarei até que a última rosa murche.

Beijos."

     Aquilo realmente não me agradou muito. As rosas murchariam em poucas semanas. O que eu devo fazer? Acho que vou chorar.

     [...]

     Uma semana depois, a maioria das rosas murcharam. Eu me desesperei. E acabei chorando novamente. Dormi depois disso, e acordei quando a campainha tocou.

     Andei até a porta e abri-a. Era InuYasha. Ele me encarou e perguntou:

     -O que foi, Kagome?

     -Hã?

     -Seus olhos estão inchados.

     -InuYasha... Você vai me amar pra sempre?

     -É claro que sim.

     -Então por que você escreveu que me amaria só até a última rosa murchar?

     -Elas não vão murchar, Kagome.

     -Vão sim.

     -Não vão não, meu amor. Olhe direito.

     Olhei para o vaso em que tinha colocado as rosas e percebi que entre as que sobraram, uma delas, ainda estava como antes. Não tinha murchado, nem escureceu.

     Sai dos braços de InuYasha e fui vê-la mais de perto. E enfim percebi que aquela era uma rosa falsa, de mentirinha. E que duraria eternamente.