Projeto Nêmesis escrita por Lori Holanda


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Bom, como prometido, aí está o capitulo sete, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/293601/chapter/7

Lucy foi a primeira a acordar. Seu grito de terror deu conta do resto. Fios e tubos entravam por sua cabeça e corpo, e ela não estava mais dopada. A dor era terrível. Imediatamente entrou em desespero, soltando mais gritos e grunhidos de dor.  Queria tirar tudo aquilo, mas não conseguia mexer as mãos ou os pés. Podia sentir aquelas coisas atravessando o seu crânio. Era a pior sensação possível. Estava apenas em roupas intimas. Suas mãos, amarradas nos braços de uma cadeira estavam dormentes pela força posta nas cordas. Encontrava-se sentada no meio de um ambiente completamente escuro. Não dava para saber se os outros também estavam ali, mas grunhidos e novos gritos confirmaram suas suspeitas.

Max gritou. Ariana gritou. Loretta gritou. Bandit gritou. Billie gritou. Pareciam estar todos na mesma situação. Ninguém conseguia enxergar nada e o pavor só foi aumentando.

- Onde nós estamos?! – Perguntou a voz nervosa de Draco.

- O que aconteceu naquele lugar? O que aconteceu com a gente? – Disse Jason, tentando acalmar-se.

- Ah meu Deus, isso dói tanto. – Ariana começou a chorar.

- Acalmem-se, por favor. – Cochichou Nancy, mas ela parecia estar segurando as lágrimas. – Nós temos que falar baixo. Não sabemos onde estamos ou quem fez isso a nós.

- Tá todo mundo aqui? – Perguntou Frank, preocupado.

- Acho que sim. – Respondeu Loretta.

- Resposta errada. – Disse uma voz masculina no escuro.

As luzes foram acesas. Todos gritaram. O lugar era coberto de espelhos, daquele tipo que é transparente do outro lado. Parecia uma espécie de laboratório, mas não dava para ter certeza. Uma lâmpada descia do teto alto e iluminava o centro da sala, onde todos se encontravam em uma formação circular. Estavam amarrados em espécies de poltronas feitas de metal.  Ao se olharem nos reflexos das paredes mais gritos foram ouvidos. Estavam todos na mesma situação. Os fios entrando por seus corpos. O sangue seco nas bordas dos cortes. Pandora era a única amordaçada. Tentava mexer a boca para falar, mas o esforço era em vão. Deviam estar ali há menos de uma semana.

O dono da voz estava bem no meio de todos. O lugar era enorme de modo que ele poderia passear pelas poltronas sem dificuldade. Era alto e usava roupas chiques. Tinha os cabelos castanhos e os olhos pareciam os de uma cobra. A expressão em seu rosto era de vitória. Sua voz soava como unhas em um quadro negro. Em uma das mãos uma arma longa e prateada apontava para o que estava na outra: a cabeça de Daniel, o único que não estava no círculo. O menino não lutava ou protestava. Encarava o chão enquanto seus cabelos eram puxados para trás com força. A única coisa que ele fazia era forçar a cabeça para baixo, tentando esconder o rosto, mas o homem insistia em puxar de volta, para que todos vissem quem ele estava segurando.

- Ah meu Deus! Daniel você está bem? – Exclamou Nancy.

- Você não se preocuparia tanto se soubesse por que é ele que estou segurando. – Disse o homem, com a voz estridente.

- Quem é você? – Perguntou Andrômeda.

- Mais uma vez, errado.

- Porque é ele que você está segurando? – Disse Joshua, impaciente.

- Muito bem! Inteligente você. Pois bem. Eu estou segurando ele por que ele é um traidor. E eu não aceito traidores por aqui.

- Você ou seu chefe?

- Ah, querendo saber mais sobre a empresa hein? Achei que você seria mais esperto. Se fosse saberia que isso não é da sua conta. Continuando, este amiguinho de vocês aqui me deu a oportunidade de fazer tudo o que fiz com vocês. Tudo isso, é culpa dele. 

- Daniel, do que ele está falando? – Perguntou Nancy.

- Vamos Daniel. Diga a ela. Diga como você armou tudo isso contra eles.

- ISSO NÃO É VERDADE! – gritou o menino.

- Ah, agora você fala né? – Riu o homem. – Não é verdade mesmo, mas admita que se não fosse você eles não estariam aqui.

Daniel voltou a encarar o chão.

- Eu sei o que você quer fazer! – Começou Joshua - Você quer que nós fiquemos contra ele, mas não vamos, a gente não acredita em você!

- Decepção atrás de decepção. Por que eu faria isso? Para vocês matarem ele com seus poderes de heróis? Eu já estou com uma arma apontada pra cabeça dele!

- Então por que você está fazendo isso? – Perguntou Bandit. – Por que você está inventando essa mentira?

- Eu não estou inventando mentira nenhuma, criança idiota. Eu estou falando a verdade. Este heróizinho aqui me ajudou a trazer vocês aqui. Se não fosse ele, uma hora dessas vocês estariam dormindo em mais um esgoto.

- É mentira. Ele não fez isso! Fala que é mentira Daniel. Fala pra ele que você não fez isso! – Disse Bandit, chorando.

Daniel continuava do mesmo jeito. Encarando o chão, mas foi possível ver uma lagrima cair de seus olhos.

- É Daniel. Fala que é mentira! Fala que eu puxo o gatilho! Vocês se acham muito espertos não é? – Disse o homem, virando-se para os prisioneiros. – Acham que vão salvar o mundo como heróis. São tão espertos que nem perceberam a segunda mochila que Daniel carregava ao sair do mercado.

- Hãn? Do que você tá falando? – Perguntou Frank, confuso.

- Eu estou falando que lá no mercado, o seu amiguinho aqui aceitou a proposta de um funcionário meu. Aquela mochila tinha um localizador. Na primeira oportunidade que tivéssemos nós encontraríamos vocês.

- Quer dizer que nós estamos na The Collective? – Perguntou Joshua.

- Ah, onde estão meus modos?! Bem vindos à The Collective! Agora, voltando ao assunto...

- Por que ele faria isso? Por que ele nos entregaria? – Perguntou Nancy, histérica.

- Por que ele é tolo. Por isso.

Naquele instante Daniel se desvencilhou das mãos do homem e se virou contra ele.

- Você disse que estava com a minha família! Você disse que me levaria até eles! Que minha família estava viva. – Gritou ele, as lagrimas escorrendo por seu rosto.

- Você não tem família, garoto idiota! – Respondeu o homem e puxou o gatilho contra a cabeça de Daniel.

O Corpo do garoto caiu no chão, as lágrimas ainda em seu rosto. Nancy gritava. Bandit estava em choque. Pandora urrava atrás da mordaça, assustada. O tumulto foi enorme mesmo com todos sentados. Lucy chorava de olhos fechados, como se esperasse que, ao abri-los, tudo sumiria. Frank tentava de qualquer jeito soltar-se da cadeira, mas parecia impossível. Estavam todos apavorados. O corpo de Daniel jazia no chão gelado, ao lado de Jason, que olhava o cadáver espantado. O sangue começou a se espalhar. Max olhava para todos os lados como se esperasse alguém dizer que tudo não se passou de uma pegadinha. O terror estava espantado nos olhos de cada um. Ninguém mais se importava com o “Homem Mal”. Ninguém acreditava que Daniel estava morto a poucos metros de cada um deles. Queriam fazer algo, mas era impossível. Gritavam e choravam. Não dava para entender nada do que tentavam falar.

- CALEM A BOCA! – gritou o homem, agora apontando a arma para a cabeça de Pandora, que lutava contra a mordaça e as cordas. Os olhos arregalados cheios de agua encarando com terror o cano frio em sua pele.

Todos se calaram.

- Mais um “piu” e a cabeça dela explode.

Os choros foram engolidos e todos pararam de lutar contra as cordas.

- Assim está melhor. – Continuou ele – Fiquem calmos. Eu não vou mata-la. Não hoje. Eu só quero que vocês saibam que isso foi só uma prévia do que vai acontecer a todos vocês.

Ele guardou a arma na cintura e saiu da sala. As luzes se apagaram. Um barulho esquisito foi ouvido. Gás sonífero havia sido liberado na sala. Todos desmaiaram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se gostaram deixem reviews, favoritem, e o mesmo de sempre. Até semana que vem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Projeto Nêmesis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.