Perigosa União escrita por Izu Chan


Capítulo 11
Capítulo 11 - Tentativa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo ^^
Agradecimentos a quem lê a fic mas infelizmente não poe mandar reviews
e a quem lê e pode mandar mas não faz isso porpura preguiça saibam que posso deletar esta fic a qualqur segundo ¬¬"



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 Acordo ainda me sentindo envolvida pelo calor dos braços de Inutaisho. Levanto um pouco a cabeça e vejo que ele olhava o teto até que desvia o olhar para meu rosto e sorri

-Oi.

-Oi – respondo sorrindo levemente

-Como se sente? – pergunta passando a mão levemente no meu rosto

-Bem.

-Que bom – fala e desenha o formato do meu rosto com a ponta dos dedos – Você parece uma anjinha dormindo. Só que uma anjinha que fala e ronca tipo – ele faz um barulho rouco com a garganta como o de um ronco.

-Deve ter ouvido você mesmo roncar, porque eu não ronco

-Ronca sim.

-Ronco nada.

-Sim, sim, sim – cantarola ele e senta-se na cama – Acho melhor eu vestir alguma coisa – fala colocando a ponta do indicador no queixo com a expressão vaga, vazia.

Ele anda pelo quarto e pega uma calça e veste-a, me seguida me olha com um sorriso e vem até onde eu estava e me beija levemente na testa.

-Feliz ano novo – diz e beija-me levemente, fecho os olhos aproveitando aquele beijo leve – Aishiteru.

-Aishiteru Inu – falo ainda com os olhos fechados e percebo-o sorri.

-Vou acordar o Sesshoumaru.

-O. K.

Ele sai do quarto e fico olhando para os lençóis com uma das mãos nos lábios. Há tempos não me sentia como agora. Estava completa, plena, feliz. Ouço a porta abrir novamente e só tenho tempo de ver Sesshoumaru pular na cama. Puxo um pouco os lençóis pra que ele não me visse nua.

-Feliz ano novo Izayoi.

-Feliz ano novo Sesshoumaru.

-Não vai se levantar? – pergunta ao notar que eu estava agarrada aos lençóis.

-Só quando você se trocar.

Ele sai da cama e corre porta afora. Levanto-me, visto uma das partes de cima de algum pijama do Inutaisho que encontrei e me sento na cama na hora que Sesshoumaru aparece já com uma roupa normal.

-Cadê seu pai? – pergunto me levantando.

-Na cozinha – fala segurando minha mão e me puxando até a cozinha onde eu vi Inutaisho comer um sanduíche. Ele me olha e sorri.

-Combinamos – fala e vejo-o com a calça de um pijama azul da mesma cor da camisa que eu usava.

Eu ri e quando o noto já estava na minha frente, com as mãos ao redor da minha cintura. Recebo um beijo na bochecha e um no canto dos lábios.

-Inutaisho, seu filho...

-Você é minha esposa agora. Ele vai nos ver juntos o resto da vida – ele estava com o rosto perto do meu pescoço e deu um beijo no lugar.

-É mesmo? – pergunto passando os braços ao redor de seu pescoço colocando a cabeça um pouco pro lado. Ele se afasta bruscamente e me olha com um sorriso presunçoso.

-Ainda duvida? – pergunta com a boca perto do meu ouvido, o seu hálito quente fazendo arrepios percorrer minha espinha quando entrou em contato com minha pele.

-Eu ainda posso te matar.

-Sei que não faria isso – fala dessa vez olhando e vi que ele não estava com brincadeira.

-Como tem tanta certeza?

-Pura intuição – responde sorrindo e beija levemente meus lábios – Que quer antes do almoço?

-Almoço?

Olho para o relógio e vejo que eram 11h17min. Estou ficando mal acostumada morando aqui. Ele passa o braço pela minha cintura e sento ao seu lado direito na mesa. Sesshoumaru nos olhava com curiosidade e deu um pequeno sorriso quando olhei pra ele, o qual retribui de imediato.

-Eu queria ter visto os fogos – comenta Inutaisho vagamente enquanto mordia o sanduíche – Nem me lembrei de acordar.

-Eu queria ter visto também – fala Sesshoumaru.

-Se preocupe não. O ano novo do Japão é daqui a algumas semanas, então vamos ver lá com sua tia.

-Tá – fala mais animado e começa a rechear um pão com o que vai encontrando na mesa.

Bebo um pouco de suco, o pensamento longe. Até quando tudo isso iria durar?

No dia 7, quando estava voltando de um supermercado vi que tinha uma correspondência para mim no meio das outras. Era de uma empresa aérea. Abro e vejo que era uma passagem de avião para Nemuro, Japão, e o avião saia dia 10 às 09h00min

-Que há Izayoi? – pergunta Inutaisho entrando com algumas sacolas e olha por cima do meu ombro – Ah, já chegou.

-É sua?

-Não, mas lembra seu trabalho qual era?Bom, você tem até dia 10 – comenta e começa a guardar as compras na cozinha junto de Sesshoumaru que pegava as coisas e dava ao pai que guardava – Não filho, isso fica na geladeira – fala e Sesshoumaru guarda na geladeira o que pude reconhecer como manteiga.

Sesshoumaru vem até mim e pede colo. Quando pego ele nos braços ele vê a correspondência em minhas mãos e pega olhando com curiosidade.

-Que é isso? – pergunta apontando para o logo da companhia aérea.

-É só uma carta. Você tá meio grande pra ficar no colo não?

Ele faz que não e encosta a cabeça nos meus ombros ainda com a passagem nas mãos olhando com curiosidade. Sento no sofá com Sesshoumaru ainda no colo e ele escora a cabeça no meu peito enquanto olhava o envelope murmurando alguma coisa que não prestei atenção, quando notei, ele havia cochilado.

-Iza – fala Inutaisho colocando os braços cruzados nas costas do sofá – Que foi?

-Não posso – falo abaixando a cabeça, olhando Sesshoumaru adormecido em meu colo com o envelope em mãos. Vejo que ele sentou ao meu lado.

-Izayoi, você não precisa fazer isso.

-Minha irmã...

-Nós vamos salvá-la.

-Não dá. Só ele sabe onde ela está.

-Eu dou um jeito.

Uma lágrima cai dos meus olhos e pinga no rosto de Sesshoumaru. Ele contrai um pouco o rosto e abre os olhos.

-Izayoi? Porque tá chorando? – pergunta Sesshoumaru colocando a mãos sobre minhas lágrimas.

-Ela vai ter que viajar por um tempo Sesshoumaru – fala Inutaisho passando a mão nos cabelos do filho.

-Pra onde?

-Pra longe, bem longe. Vai demorar muito até vermos ela de novo.

-Eu não posso ir?

-Não. Ela vai a trabalho, ficar enfurnada num escritório, e você ficaria sozinho. Além do mais, sua tia quer que você passe um tempo com ela

-O senhor vai também papa?

-Não, vou trabalhar. Mas quero que você dê um abraço bem apertado na sua tia pra mim ok.

-Mas... Eu vou ficar com saudades de vocês.

-Nós também, mas é só temporário – falo passando a mão carinhosamente pelo seu rosto enquanto chorava – Tudo vai ficar bem depois, você vai ver – Eu o abracei com força e ele também.

-Eu te amo Sesshoumaru.

-Amo você mama.

-Mamãe?Você me chamou de mamãe? – pergunto olhando-o e ele me olha também como se já esperasse uma bronca.

-Não posso?

-Claro que pode meu amor – ele sorriu – queria muito mesmo ir com você, mas não dá ok. Assim que puder eu vou e vamos morar juntos de novo.

Passaram-se dois dias. Eu estava uma pilha sem conseguir comer ou pensar direito, só conseguia pensar em aproveitar o máximo que pudesse com Inutaisho. No dia 9 Sesshoumaru foi pra casa da tia. Não era bem uma casa, ele passaria dois dias num hotel e depois ia pro Japão

Estava no apartamento do Inutaisho. Ele estava falando com Sesshoumaru no telefone, enquanto eu esperava o táxi que me levaria pro aeroporto. Estava arrumando uma bolsa de mão quando acabei vendo a pistola. Inutaisho estava bem atrás de mim nesse momento e pôs a mão por cima da minha

-Iza. Você não precisa ir. Eu posso resolver isso, você vai ver – fala ele num tom tranquilo

-Não dá – falo sentindo minhas mãos tremerem. Escuto o barulho do telefone e Inutaisho vai atender

-Alô?Ah, sim. Obrigado

-Quem é? – pergunto com a voz tão fraca que parecia que não sairia

-Seu táxi chegou – responde ele também com a voz baixa – Antes de você ir – fala voltando e segura minha mão esquerda – Quero que leve isso com você – fala e coloca uma aliança no meu dedo – Não tem rastreador nem nada do tipo. Apenas não se esqueça de mim tudo bem

Abraço ele chorando. Como sentiria falta dele, deste abraço.

-Você não pode demorar – fala ele baixo e me solto do abraço

Ando até a porta puxando a mala de rodinhas que estava junto do sofá, e coloco uma bolsa menor de lado. Abro a bolsa menor e vejo o revolver, seguro ele na mão. Viro-me e vejo-o com um meio sorriso no rosto. Puxo a arma e aponto na direção dele, que não se move nem um milímetro. Sinto meus olhos encherem-se de água e minha visão fica borrada

-Eu te amo – foi a única coisa que disse antes de disparar fechando os olhos quando ouvi o tiro

Ao reabrir vejo Inutaisho caído no chão, com um furo enorme de bala no peito. Uma poça enorme de sangue formando-se embaixo dele. Coloco a mão na boca para conter um grito, deixando a arma cair no chão, e desço correndo até entrar no táxi. Quando entro digo que quero ir para o aeroporto e ele começa a dirigir me lançando olhares vez ou outra, mas pouco me importei

Quando cheguei ao aeroporto, o avião não demoraria a sair. Sento-me numa cadeira qualquer e passo a mão nos olhos e nas bochechas tirando a trilha de lágrimas. Depois de algumas horas de voo, o avião chega a Nemuro e a comissária aparece dizendo que podíamos começar a sair. Quando pego minha mala sinto alguém chegar por trás de mim

-Você demorou

-Eu disse que iria terminar minha faculdade antes de vir Takemaru – falo pegando a mala e me viro para olhá-lo. Ele não havia mudado nada nesses meses. Ainda estava com o mesmo cabelo curto e negro, usando roupas elegantes, mas tinha alguma coisa em seu olhar que eu não sabia dizer o que era

-Eu sei – responde simplesmente colocando as mãos nos bolsos – Vamos – fala e anda pelo aeroporto até uma das saídas

Sigo-o calada. Ele parece não se incomodar e continua sem fazer perguntas, a única coisa que ouvia vindo dele eram seus passos. Ao chegar à saída avisto uma fileira enorme de carros, tudo estava muito movimentado e várias pessoas iam de um lado a outro sem parar. Entrei num BMW m3 preto e fomos pelas ruas de Nemuro

Mal prestava atenção onde estávamos indo, só fazia mexer e remexer na aliança que Inutaisho havia me dado. Paramos em frente a uma casa, o que era pouco comum em Nemuro pela quantidade de apartamentos e mansões. Era branca e tinha dois andares, bem elegante. Pensei em minha irmã. Ela devia estar vivendo feliz naquela casa enorme, sempre gostou de espaço

Entramos na casa e estranhei não ver ninguém, estava tudo vazio e parecia que éramos só eu e ele ali. Coloquei a mala num canto e me sentei no sofá, olhando para Takemaru que estava pegando um copo de bebida, devia ser uísque e bebe um gole

-Porque está tão ansiosa Izayoi? – pergunta sem nem ao menos olhar pra mim

-Minha irmã Takemaru. Eu a quero e quero agora

-E o que faria quando a encontrasse?

-Vou embora, nunca mais quero saber de nada sobre assassinatos nem sobre você

-Hum. Acho que isso não poderá acontecer

-O que?Você prometeu Takemaru! – falo a plenos pulmões levantando-me do sofá, ele continuou com a expressão tranquila – Disse que quando eu terminasse com todo o SEU trabalho sujo eu poderia reencontrar minha irmã!

-E vai. Mas não irá embora – responde calmamente

-Que?Não pode me prender aqui!

-Não vou lhe prender, apenas terá que esperar algum tempo até que ela chegue

Respiro mais devagar. Se ela não estava aqui eu teria mesmo que esperar ela chegar

-Como alguma coisa Izayoi. Quem sabe assim seu humor não melhora um pouco?

Vou até a cozinha e pego um pedaço de um bolo xadrez que havia na mesa da cozinha com um copo de suco de laranja. Bebo um pouco do suco. Estava amargo, muito amargo

-Eu não coloquei açúcar, se você quiser colocar fique a vontade

Ele avisa agora. Pego o açucareiro e ponho duas colheres de açúcar e provo. Agora estava um pouco melhor. Assim que termino de tomar o copo, ando até a sala. Mas antes que chegasse lá minha visão ficou turva e minhas pernas cambalearam. Senti apenas quando meu corpo tocou o chão frio.

Quando reabro os olhos, depois de muito esforço porque eles queriam fiar fechados a todo custo, vejo o teto branco da casa. Sinto que estava deitada em algo macio, mas não sentia meu corpo. Apenas dor, uma dor muito forte. Com muito custo em sento e vejo que estava num quarto e para completar sem roupas, com marcas de pequenos hematomas por todo o corpo e com alguns arranhões

-Ora, ora olha só quem acordou

Viro-me na direção da voz e vejo Takemaru na porta com um sorriso zombeteiro

-Quem foi mesmo que disse que não iria se deitar comigo?

-Seu miserável! Você me deu um sonífero, com certeza colocou na minha comida – grito a plenos pulmões. Sentia um grande nojo de mim mesma e do meu corpo por não ter desconfiado disso antes

-Não você colocou sonífero na sua comida

Olhei-o com as sobrancelhas juntas e os lábios numa linha rígida. O açúcar. Tinha sonífero no açúcar. Como sou idiota. Olho para o lado e vejo meu vestido ou parte dele, estava com um rasgão enorme nas costas e na altura das coxas. Vesti-o mesmo assim evitando sentir à dor insuportável que vinha de meu corpo, e olho para ele com os olhos em chamas

-Minha irmã

-Não se preocupe você vai se juntar a ela – fala colocando a mão na calça – No mundo dos mortos – fala e puxa uma pistola

Abaixei-me a tempo de não levar o tiro e corri até a cômoda no canto do quarto, esquivando de outro tiro que passou raspando no meu ombro fazendo um corte não tanto profundo, mas ainda assim saia bastante sangue. Coloquei a mão por trás da cômoda. Bingo!Eu sabia que Takemaru sempre escondia uma arma atrás de um móvel apenas por necessidade. Puxei-a a tempo e atiro

Ele se desviou indo para o lado do guarda roupa, não era tão grande assim, mas protegia o principal. Seu coração. Atirei outra vez, o mais perto que pude da porta do guarda roupa e ouvi um gemido baixo vindo dele. Aproveitei a oportunidade e sai do quarto, descendo as escadas rapidamente. Escorei-me numa parede da cozinha, eu podia vê-lo descendo as escadas, mas ele não me via. Era a hora perfeita

Apontei a arma pra ele e atirei. O tiro acertou em cheio seu braço direito, que já estava com um sangramento. Ele guinchou de dor e vi minha saída: uma porta nos fundos da cozinha. Levantei-me e corri o mais rápido que pude até a porta, mas escuto outro disparo e abaixo-me sem pensar em para onde a bala estava indo. Senti meu ombro doer mais, toda essa correria iria abrir um ferimento maior ainda no meu ombro

Corri o mais rápido que pude pelas ruas e ouvia os passos dele vindo atrás de mim, bem distantes. Ele poderia ter atirado, então porque ainda não fez isso? Viro numa rua qualquer e me escondo apoiada na parede, esperando que ele passasse. Com certeza não teria me visto, minha vantagem era maior e eu sabia que corria mais que ele. Espero. O som dos passos fica mais alto a cada segundo. Preparo a pistola segurando-a na minha mão com força, a mão pronta no gatilho

Ele passa por mim. Olho mais não era ele, era só um cara tentando se proteger da chuva. Respiro fundo e o movimento dos meus ombros faz o ferimento latejar mais arduamente. Largo a pistola em algum lugar daquele beco e saio em disparada por ele, passando por várias ruas desconhecidas, mas não me importava. Minha vida havia acabado minha irmã estava morta e a única pessoa que amei havia sido morta pelas minhas próprias mãos. Sinto que meus olhos encheram-se de lágrimas, mas não paro e continuo a correr

 


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews onegai shimasu ç.ç