Apollos Love escrita por FurryWorld101


Capítulo 7
O chamado do Oráculo




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Ah, aquela sensação de completa felicidade que nos invade quando estamos apaixonadas! Suspiros por todo lado, o mundo cor-de-rosa… Eu só tinha visto isso em filmes, e agora lá estava eu, andando pelo Acampamento Meio Sangue como uma idiota apaixonada.

Mas, pensei, uma idiota apaixonada que conquistou o coração do deus mais lindo da história da humanidade!

Talvez essa estranha facilidade de Apolo perceber o que eu estava pensando não fosse tão ruim assim. Nunca que eu teria coragem de confessar minha paixão platônica por ele. Minha boca ainda formigava quando dei de cara com alguém, andando em direção ao pátio principal. Era um garoto alto, lindo, loiro e de olhos claros. Eu conhecia aquele olhar….

– Apolo?! - me surpreendi. Ele estava disfarçado de mortal só para ficar comigo!

– Er, não, eu sou Daniel, filho de Apolo. Você está legal? - o garoto me perguntou.

Ah. Bom, seria pedir demais que Apolo deixasse seus afazeres cruciais de fazer o dia nascer apenas para ficar comigo. Mas eu sabia que esse olhar me era familiar! Filho do Apolo… Nossa, que estranho pensar assim. O garoto devia ter a minha idade! E que constrangedor pensar que há poucos segundos eu estava aos amassos com o pai dele. Que também parecia ter pouco mais do que a minha idade. Bizarro.

Finalmente saí do meu transe de pensamentos.

– Sim, sim, estou bem - respondi - E você, não te machuquei, né? Eu sou tão distraída!

– Tranquilo... Você não me disse o seu nome.

– Ah! claro! Sou Cloé Stone, filha de Poseidon. Muito prazer!

O garoto, Daniel, pareceu surpreso.

– Então você é a novata de que todos estão falando? Seu irmão é bem famoso por aqui.

– É, eu já soube.

– Percy não está com você? Achei que Linda tinha dito que ele tinha assumido seus trabalho de guia hoje.

Linda? Ah, sim, a garotinha que nos recebeu na porta do Acampamento.

– Ele estava comigo até pouco tempo. Estou tentando reencontrar o caminho ao pátio principal. Estou indo na direção certa? Por favor diz que sim! - não tinha percebido o quanto eu estava cansada - e com fome, diga-se de passagem. Já devia ser a hora do jantar.

Daniel riu.

– Está sim, fique tranquila. Vem comigo, eu te guio. Também estou indo para lá.

Daniel era simpático e tentava puxar assunto. Eu respondia meio desconfortável. Filho do Apolo… Isso não saía da minha cabeça.

Quando chegamos no pátio, uma enorme fogueira havia sido montada no centro. Semi-deuses atiravam ao fogo as melhores partes de sua comida, sem nenhum motivo aparente. Depois me disseram que aquilo era um hábito do Acampamento Meio-Sangue: sempre faríamos oferendas aos deuses antes das refeições.

Me encontrei com mamãe e Takezo em frente à Casa Grande, ao lado de Quíron. Todos estavam com um semblante sério, mas disfarçaram quando eu me aproximei. Imagino que estavam falando do sequestro do meu padrasto por parte dos monstros.

– E aí, o que achou da sua nova casa, Cloé? - mamãe perguntou, tentando parecer descontraída.

– O lugar é ótimo e cheio de gente - falei deliciada - Mas vou sentir um pouquinho de falta de St. George's Island.

– Ah, mas aqui será ótimo para fazer novos amigos, você vai ver!

Apesar de essa frase ser típica da mamãe, o tom de voz ainda era de um entusiasmo forçado.

– Ok, podem desembuchar: ninguém tem a mínima ideia de para onde levaram o papai, né?

Posso ser filha de Poseidon, mas foi o marido de minha mãe que me criou, e era ele que eu mais considerava como um pai no momento.

O sorriso de mamãe se desmanchou.

– Quíron também está preocupado. Por que os monstros se dariam ao trabalho de capturar um mortal que não sabia de nada? Nunca contamos a ele! Pensei que dessa forma o deixaria seguro! - as lágrimas começaram a vir e mamãe soltou um soluço. Eu estava tão deprimida quanto ela e não sabia o que dizer.

Foi Takezo que tomou a frente.

– Não se preocupem, vocês duas. Cloé, já foi cominado que eu escoltarei sua mãe até um lugar seguro em Nova York. Assim ela ficará perto de Long Island e de você. A seguir partirei em busca do Sr. Stone. Não retornarei enquanto não encontrá-lo, mas pretendo voltar em breve.

Abri a boca para falar, mas Takezo me interrompeu:

– E não, a senhorita não pode ir comigo. Seu lugar é aqui, onde está segura e pode treinar para desenvolver seus poderes.

Ele tinha razão. Levantei meu rosto e falei com determinação:

– Dou a minha palavra de que treinarei muito, até ficar forte para me defender e defender aqueles que eu amo. Posso não salvar o mundo, mas treinarei para ficar tão forte quanto meu irmão, Percy Jackson!

Eu estava na mesa com Percy, Annabeth, um garoto chamado Nico, um sátiro chamado Glover e a namorada do sátiro, uma ninfa chamada Júniper. Era uma turma legal, e imediatamente me senti inserida no grupo. Nunca tinha visto uma ninfa antes, e Júniper era linda e exótica. Fiquei conversando com ela animadamente, sobre a vida no bosque e tal, até que Quíron veio em minha direção, muito sério.

– Cloé Stone, o Oráculo quer vê-la. Acho que você terá sua primeira missão.

A parte do Acampamento que estava próxima da nossa mesa começou a cochichar. Acho que não era comum um meio-sangue ter uma missão em sua primeira noite.

– Nossa, mas ela já está se metendo em confusão? - ouvi alguém dizer.

– Só podia mesmo ser irmã do Percy Jackson.

Segui o centauro até o sótão da Casa Grande, no terceiro andar. Quíron me deixou sozinha em frente à porta, tremendo dos pés à cabeça. Inspirei profundamente e abri a porta do Oráculo, andando rumo ao meu destino.


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