Três anos, ela tinha só três anos quando isso aconteceu.

Fim de tarde, 17h35min para ser exata. Uma família feliz andando na rua, os Carson. Liliana Carson, mulher de família, uma jovem executiva muito atraente, olhos azuis, cabelos compridos, até o meio das costas, eles eram cachos dourados, mechas escuras e claras alternavam-se nos seus cabelos levemente presos. Ela era casada com Nicholas Carson, marido e pai amoroso, um grande e talentoso arquiteto. Ele era alto e esbelto, cabelos castanhos e olhos azuis. Ah, não posso esquecer-me da pequena Emilly Carson, ela era pequena como qualquer criança, cabelos castanhos cacheados, tinham algumas mechas douradas por todo ele, seus olhos eram azuis. Com somente essa pouca idade que apresentava, transparecia sua criatividade, alegria e talento por onde passava.

Mas havia uma mente confusa, sempre a observar esta família. Meio maligna, adoradora de joias e pedras preciosas, cobiçava a felicidade deles, não, não estou dizendo que quero o pior para eles, nem a sua infelicidade, mas quero somente, a pequena Emilly, ela é um talento nato. Ela via o potencial que se encontrava nessa garotinha, só precisava de algo que o desencadeasse.

Então, nesse maldito fim de tarde, foi resolvido. Ela conseguiria Emilly a qualquer custo. Esperou a família chegar em casa, os seguia com sutileza. Entraram, fecharam a porta, de certo modo, a observadora fechou todas as janelas, por debaixo da porta, uma fina mangueira, um gás estranho, a família inconsciente.

Estão em um lugar estranho, tudo muito claro, branco, prata, essas cores se misturavam, confundindo a visão de qualquer um. Era um estranho laboratório, presos em cadeiras, em forma de gatos? Ouvindo risadas? Nicholas acorda “hmm onde estou?” pensou. De novo, mais histéricas risadas. Vê sombras, uma das figuras vai para a luz.

— Por que estou amarrado? — exclamou — Quem é você e o que fez com a minha família?

— Você logo vai saberrr... — respondeu ela.

— O que você QUER?! — gritou.

— Porrr que a pressa meu caro amigo? — respondeu

Ouviram mais risadas, mas dessa vez não era a dela. Liliana acorda:

— O... O que está havendo?! — perguntou, mas não ouve resposta.

— O que está havendo?! — repete, mas com voz elevada.

— Tem certeza de que deveria gritarrr? — respondeu a seqüestradora — Querrr mesmo acordar a pequena Emilly?

Mais histéricas risadas.

— Diga-nos o que quer! — exclamou Nicholas.

— Bom... Tudo o que precisam saberrr é que meu nome é... — as risadas a interrompem — Chega! Coringa pare de rir!

— Como quiser mademoiselle... — respondeu o palhaço.

Parou de rir, andou para a luz calmamente, parou. Nicholas e Liliana se entreolharam.

— Como estava dizendo, meu nome é Selina Kyle, mais conhecida como a MULHER GATO...

— Tá, mas o que você quer?! — exclamou Liliana.

— Simples, a guarda da Emilly.

— NÃO! —gritou o casal

— Pois é — virou-se para Coringa — não foi do jeito fácil, então, terá de serrr do jeito difícil.

— Com toda certeza, madame. — respondeu o palhaço psicótico.

— Está bem. — ela se virou para o casal — Ou vocês me entregam a guarda dela, ou eu mato vocês e fico com sua filha, dos dois jeitos eu ganho.

Emilly acordou. Não entendia o que estava acontecendo. Só ouviu gritos, gritos dos seus pais. E não eram gritos qualquer, eram gritos de negação. De repente, garras afiadas. Levantou a cabeça de Nicholas, passou a unha em seu pescoço, rasgando-lhe a pele, deixou sangrar. O mesmo com Liliana. Emilly assistindo a tudo o que acontecera.