Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 65
Possibility


Notas iniciais do capítulo


*O título faz referêmcia á música: Possibility, da Lykke Li - Trilha sonora do New Moon.

Espero que gostem do capítulo, e espero também que não surtem muito. Caso fiquem com dúvidas, só em dizer. Mas é só prestar atenção
Beijinhos



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Capítulo 65 – Possibility

POV de Bella

Eu estava em meu quarto num sábado á tarde em que Charlie teve que ir até Port Angeles. Eu limpava alguns livros velhos infantis que estavam na minha estante, para trocá-los por livros novos, quando vi um diferente. A capa era de veludo, azul marinho e tinha um emblema na frente. O emblema era prateado, não muito grande, mas ficava no meio da capa.

Coloquei o livro em minha escrivaninha e abri. As paginas eram amareladas. A primeira página estava em branco, mas de repente, algumas palavras começaram a surgir:

“Isabella Swan Cullen”

Cullen... eu gostaria de saber o porque daquele sobrenome junto ao meu na capa daquele livro. Fui olhando o resto da página, onde mais palavras apareceram. No centro, novamente aquele símbolo.

“Willow Olorin”

Não parecia ser um nome estranho, eu já tinha ouvido falar em algum lugar sobre aquele nome. Então, decidida a ver mais, virei para a próxima página. Ela estava em branco, mas logo, palavras surgiram.

“Você pode não acreditar, mas eu existo. Por enquanto, serei apenas sua consciência, mas logo – assim que tudo se resolver – nos encontraremos novamente.

Existem perguntas que não convém serem respondidas por mim, pois isso faz parte do que você é. Mas você mesma irá responder essas perguntas, conforme o tempo permitir. Você vai se lembrar, eu preciso que você se lembre...”

- Mas do que preciso me lembrar... – Murmurei para mim mesma. – Você é a Willow... – Murmurei novamente. E novas palavras apareceram.

“Meu nome é Willow Olorin. Nós somos ligadas, temos um laço muito forte, Bella.”

Ela falava comigo como se estivesse na minha frente, sem contar que falava como se fôssemos muito intimas. O que eu deveria fazer? Não estava claro. Essa tal tarefa tinha algo a ver com os Cullen?

- Porque meu nome está complementado com um Cullen?

“Este é seu nome. Pense, Bella. Pense. Qual a única forma de você conseguir outro sobrenome?”

Ou eu estava ficando louca, ou realmente aquela tal de Willow conversava comigo. Mas descartei estar ficando louca, até porque sonhar com uma família de vampiros, sem ao menos conhecê-los não parece ser sinal de loucura insana, como eu achava que era. Além do fato que Edward confirmou isso. Foi pensando em Edward, que me lembrei.

- Eu... era... casada com ele... no meu sonho. – Disse devagar, esperando que o livro ainda respondesse. –Mas do que eu... tenho que me... lembrar? O que eu tenho que fazer?

“Lembre-se do seu pedido.”

Então o livro parou de mostrar mais palavras. Mas como assim lembrar do meu pedido? Que raios de pedidos era esses? Continuei folheando o livro, mas estava tudo em branco, não havia nem uma mísera vírgula escrita em nenhuma das muitas páginas. Entretanto, o que chamou atenção, foi um volume no fim do livro. Havia um pequeno objeto dentro de um saquinho vermelho.

Eu o abri. Era um anel. Prata com detalhes em safiras.

“Eu os declaro... casados.”  Uma lembrança do meu sonho, para ser mais precisa, do dia do meu suposto casamento veio á tona. Então... foi verdade? Aquela aliança era perfeita, de alguma forma, me lembrava Edward.

[...]

Depois de um tempo, acordei. Achei que toda aquela maluquice de livro que se auto escrevia, tinha sido um sonho, mas, infelizmente, não foi. O livro estava lá em cima, fechado, junto com a aliança. Já era noite quando acordei, meu pai estava vendo TV. Então desci.

- Bella!

- Oi pai, desculpe, dormi.

- Tem pizza aí.

- Oh, obrigada. Amanhã preparo um bom jantar... – Falei enquanto pegava um pedaço de pizza.

“Salve-os.”

- Disse algo, pai?

- Não.

- Ah, esquece. –Murmurei voltando a morder um pedaço da pizza.

- E o Edward, Bells?

- O que...que...tem o Edward, pai?

- Você tinha me dito uma vez que... estavam namorando.

- Não, pai. Não estamos. Porque a pergunta?

- Ele te deu um anel, outro dia... – A aliança. Mas eu acabei de chegar em Forks. Isso não estaria dentro do tempo certo... – Lembro de você me dizendo algo...

- Bom, vamos nos resolver. – Eu sorri.

Quando acabei, tomei um banho e fui para meu quarto. Coloquei os fones no ouvido e ouvi a música tocando alta. Não era algo que eu costumava ouvir, mas Charlie me deu de presente, disse que era uma seleção de músicas. Ouvir não custava nada.

Possibility – Lykke Li

Há uma possibilidade,   
Há uma possibilidade, 
Tudo o que eu tiver, vai ser seu então
Tudo o que eu tiver, vai ser seu então.

Então me diga quando ouvir o meu coração parar, 
Você é o único que sabe! 
Diga-me quando ouvir o meu silêncio, 
Há uma possibilidade de eu não ter reconhecido.

sei que quando você sair, 
Sei que quando você sair, 
Não se preocupe comigo, você é tudo o que eu vejo. 
Não se preocupe comigo, eu o sigo aonde você for.

”Salve-os, eu não me importo comigo. Contanto que eles estejam salvos!”

Era isso! Esse foi o meu pedido! Num súbito surto, corri até o livro que a tal Willow falava comigo e escrevi. Minha letra estava em garranchos, piores do que normalmente. Eu nem sabia se era aquilo mesmo, ou se eu estava bancando uma idiota falando com um livro que se diz minha consciência, mas escrevi: “Salve-os, eu não me importo comigo. Contanto que eles estejam salvos!”

De repente, tudo voltava como se fosse um filme em minha cabeça. A aliança, o sobrenome, o pedido, os sonhos, a campina destruída. Eu tinha vivido aquilo. Eu vivi aquilo, eu tinha certeza. Junto com as lembranças, senti algo diferente, como se tivesse alguma coisa correndo em meu corpo, algo além do sangue. Uma brisa forte bateu. O livro estava abrindo e fechando, pétalas era espalhadas por todo o quarto formando um pequeno redemoinho.

Então parou.

Uma cortina de pétalas caiu sobre o chão, desaparecendo logo em seguida. O livro que estava aberto, foi fechado. A sensação estranha em meu corpo, só aumentava, e uma sombra aparecia bem na minha frente.

E tudo ficou escuro...

[...]

- Bells? – Eu ouvia a voz do meu pai, me chamando... distante. –Filha?

- Bella? – Outra voz, doce, melodiosa, suave como um canto de sereia. Eu estranhei aquilo. Mas ambos me chamavam.

- hum... – Murmurei algo, quando abri os olhos.

Olhei para os lados e vi meu pai, junto com uma garota loira, quando eu a olhei, percebi. A garota loira do meu sonho. Ela sorria para mim, como se estivesse satisfeita com tudo o que estava acontecendo, mas, porque eu me sentia estranha? Porque ainda tinha uma sensação de que faltava algo?

- Willow? – Perguntei, tentando confirmar se era ela mesma.

- Você se... lembrou? – Ela abaixou ao meu lado na cama. – Se lembrou de tudo?

- O que está acontecendo? – Eu ainda não estava entendendo. – Os meus sonhos são as lembranças?

- Ela está bem, Will? –Charlie perguntou.

Alguns segundos depois, senti uma brisa entrar pelo quarto. Olhei a janela – fechada – e mas vi a cortina se movimentando. Aquele era um aroma adocicado, eu o inspirei profundamente, fechando meus olhos. Por trás de minhas pálpebras, eu via que tudo aquilo do qual sonhei era real. Eu sentia que aquilo era real. E, num movimento súbito, a porta bateu, me fazendo sair do transe.

- Will!!! – Eu me levantei correndo e a abracei. – Eu lembrei Will, eu lembrei de tudo! Me lembrei de você, de como te conheci e de como vim parar aqui! Eu já sei de tudo, Willow!!! – Deixei algumas lágrimas caírem.

- Que bom, Bella. Quando você se lembrou do seu feitiço, eu pude começar a voltar... –Ela falou calma.

- Pai, você...

- Ele estava dormindo no sofá, quando apareci. – Ela contou. – Então eu o acordei.

E depois veio o baque.

- E o... Edward?

- Vamos ver amanhã? – Ela sorriu fraco. – Mas, temo que... você vai ter que ir aos poucos, Bella. Talvez reconquistá-lo. Talvez ele se lembre. É difícil dizer. O tempo, voltou apenas para os mais envolvidos. Lá fora, para os Volturi, o tempo continuou correndo.

- Como foi depois que eu... apaguei?

Flaskback da Willow – batalha com os Volturi

POV da Willow

Um grande tornado tinha começado se formar, bem em frente onde Bella estava caída. Aquilo me deu medo, eu não sabia o que iria acontecer, eu não conseguia mais sentir a minha ligação com a Bella. As folhas, os galhos, tudo o que estava próximo, começava a ser sugado pelo pequeno tornado. Ele ganhava um brilho forte, que chegava a nos cegar.

- O que está acontecendo?! – Aro perguntou irritado.

Então, eu ouvi uma sucessão de tosses, fracas, vindas da Bella. Minha ficha havia caído. Ela iria usar todo os eu poder – ou pelo menos a maior parte dele – para realizar algum desejo súbito. Mas de súbito ali, só teríamos a morte dela.

- ... Se este for meu último suspiro... – Ela dizia fracamente. – Que então, ele possa realizar meu último pedido.

Aro e seus comparças foram os primeiros a serem atingidos pela explosão do tornado de Bella. Eles olhavam atônitos para a garota estirada no chão. Todos se levantaram e, antes que pudéssemos perceber, já haviam ido embora, somente a voz de Aro Volturi tinha ficado ecoando no ar.

- “Não temos mais o que conversar. Não queremos arrumar confusão. Este é o fim. Pedimos desculpas pela intromissão.” – E ele se foi.

- Bella! – Nós a chamávamos.

- Ela está respirando, mas o coração dela está muito fraco.

- EU posso... – Edward iria sugerir transformá-la. Madison olhou para mim fazendo um sinal de ‘não’ com a cabeça.

- Não irá adiantar Edward. – Falei-lhe. Isso doía até em mim. – Sinto muito.

- O que... ela... fez? – Ele caiu de joelhos em cima do corpo dela. – Bella... Meu amor me... me escuta... Você tem que ficar viva Bella! O nosso... feliz para sempre...

- Bellinha... – Alice soluçou e encostou sua cabeça no ombro de Jasper. Esme também soluçava, assim como Rosalie.

- “Salve-os. Eu não me importo comigo, contanto que eles fiquem vivos.” – Era a voz de Bella ecoando no ar.

- O que ela fez? – Edward perguntou irritado.

- Filho. Acalme-se.

- Como vou me acalmar, sabendo que o amor da minha vida está numa espécie de coma e daqui a pouco tempo irá morrer! – Edward rosnou. – O que... ela... FEZ?!?!?

- Não sei. –Falei. – Ela apenas desejou, Edward. Ela desejou com todas as forças dela.

- Quando se está no fim da linha, uma bruxa tem essa opção, se isso for para o bem. –Madison disse triste. – Este foi o fim da mais poderosa feiticeira já vista.

- Eu sinto muito. – Murmurei.

Então, quando menos esperávamos, o brilho branco ofuscou nossas vistas, depois, não vimos, bem ouvimos mais nada.

Fim do Flashback da Willow.

 


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Notas finais do capítulo

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