Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 64
Algo a mais.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Desculpem a demora, mas é culpa do site. shauhsuah, enfim, capítulo novo para vocês! Espero que gostem e, não surtem por favor. QUalquer coisa, manda um review Alias, manda um review tendo dúvida ou não. Hsuahusuahsu Beijoos!



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Capítulo 64 – Algo mais.

POV de Bella

Eu andava por uma campina, era um campo aberto e verde, com flores roxas e brancas. O sol reluzia as gotículas de água e fazia com que tudo parecesse menos verde ali. Então, de repente, tudo ficou diferente, a campina tornou-se um lugar seco, não haviam mais flores, não havia mais nada ali. Somente destruição.

- Se este for meu último suspiro, então... que com ele, se vá meu último pedido. – Uma menina encostada num tronco de árvore, tossindo constantemente, com arranhões e cortes por todo o corpo disse baixo.

- Eu amo á todos vocês. – Ela disse novamente, como num último suspiro.

Foi então que meu sonho ficou diferente, em volta daquela menina, havia uma parede ou algo parecido com um tornado. Depois do último suspiro dela, ele explodiu e a clareira ficou vazia.

“Esse foi o seu pedido.” A voz doce e melodiosa ecoava novamente na minha mente. E um grande vazio tomou conta de mim, como se um buraco estivesse sendo aberto a sangue em frio em meu peito.

Aquela era uma voz familiar, aquela era uma dor familiar... parecia que eu já conhecia tudo aquilo, embora eu não lembrasse de nada. A única coisa que sempre esteve em minha mente, era Edward, o vampiro igual ao Edward que estudava comigo.

Depois de mais uma noite sem dormir, acordei com olheiras horríveis para variar, tive uma visão que alegrara um pouco meu dia. Estava sol, um dos raros dias de sol em Forks, o planeta alienígena.

Tomei um banho rápido, Charlie ainda estava em casa, ou era cedo demais. Tomei café junto com ele e depois em sentei na varanda. O sol da manhã era revigorante e animador, eu chegava até a pensar que nem o idiota do Edward Cullen iria me irritar hoje, com o desaparecimento instantâneo dele. Mas, a quem eu iria enganar, eu sempre pensava nele, de alguma forma, sendo o Edward-real ou o Edward-sonho, eu sempre pensava em um Edward.

Cheguei cedo na escola, não havia muita gente, então me sentei num dos bancos no sol e resolvi agilizar alguns exercícios de trigonometria.

- Bella! – Mike apareceu do nada. – Tudo bem?

- Sim, Mike, e você?

- Bem.. Wow! Não tinha visto que seu cabelo é ruivo... – Ele olhou para meu cabelo.

- Ah, não... só no sol. – Murmurei ajeitando uma mecha.

- Então, podíamos fazer o trabalho de literatura na quarta? – Ele perguntou novamente.

- Hum, podemos. – Uma hora ou outra eu teria que encarar a verdade, mas que seja logo. – Vá em casa, tudo bem?

- Sim, sim. – Ele respondeu sorrindo. – Ei, vamos? O sinal vai bater.

- Ok.

Andei com Mike até a sala. Jéssica me esperava sentada em seu lugar e com um sorriso de orelha á orelha, quando me viu junto com Mike. Ele se aproximou de mim e cochicou em meu ouvido:

“Você poderia saber se a Jess está disponível, sabe como é...” Eu ri.

- Claro, Mike. Nos vemos no intervalo. – Murmurei.

- Oi, oi, oi! –Jess disse empolgada. –O que o Mike te disse?

- Na verdade, ele quer saber se você está disponível. – Falei rapidamente. – Acho que vocês poderiam combinar de sair e se acertar...

- Você acha?

- Claro, ele é afim de você. –Falei.

Depois de quase uma aula inteira falando sobre Mike Newton, Jess finalmente tinha parado de falar. Não que eu não gostasse dela, mas esse tipo fofoqueira não me agrada tanto. Saí da sala ao lado dela e fui para biologia. Biologia era a aula que eu mais esperava, por mais que eu estivesse receosa por causa dessa impaciência toda.

Quando entrei na sala, eu o vi. Edward estava lá, sentado em seu lugar. Ergui minha cabeça e fui em direção meu lugar, ao lado dele. Joguei a bolsa no chão e fiquei olhando para frente, eu não tinha coragem de encará-lo.

- Oi. – Uma voz doce e melodiosa falou. – Meu nome é Edward Cullen, desculpe não ter me apresentado semana passada.

E o que eu iria dizer... “Oi, Edward. Ah, sim, eu sei que este é sue nome porque eu sonhei com você. E quer saber mais, sonhei que iríamos nos casar, que tal?” Lembrei-me de grande parte dos meus sonhos. Olhei-o, ainda procurando por palavras para responder uma frase simples.

- Você é a Bella... muito prazer. –Ele sorriu torto.

- Pra-praze-zer. – Gaguejei.

Olhando Edward, pude ver que ele tinha semelhanças com o Edward do meu sonho. Seus irmãos tinham semelhanças com aqueles que estavam na minha mente, parecia que eu sabia tudo sobre eles, mas aí estava a questão... Eu sabia tudo sobre eles?

- Então, gostando da chuva? – A pergunta dele me soava familiar.

- Já estou acostumada... – Respondi, por incrível que pareça, respondi sinceramente. O que era realmente bem estranho. –Você me parece familiar...

- Tenho a mesma sensação sobre você. Mas em que aspecto? – Ele perguntou.

- Eu tenho a sensação de que já te conheço há muito tempo... – Murmurei.

- Apenas uma sensação... tenho a mesma impressão sobre você. – Ele sorriu novamente.

O professor deu as instruções sobre o que devíamos fazer, Edward colocava as laminas no microscópio e eu as analisava. Tudo a minha volta fazia com que sentisse uma sensação de dejá vu, era como se eu estivesse repentindo algumas coisas.

“É como se eu a conhecesse há muito tempo...” Era a voz de Edward ecoando em minha cabeça.

- Você disse alguma coisa? – Perguntei a ele.

- Não, porque? – Ótimo... essa era uma hora muito boa para ter ataques de loucura, Isabella Swan.

- Tem certeza? Eu acho que ouvi você sussurrando: É como se eu a conhecesse há muito tempo.

- Você ouviu isso? –Ele perguntou curioso.

- Então você disse?

- Não para que outros pudessem ouvir. –Ele falou devagar.

- Mas disse... –Confirmei.

“E ainda por cima pode me ouvir... mas eu não.” Era a voz dele de novo. Agora eu tinha certeza, eu ouvi Edward falar, mas ele não usou boca. Usou a mente...?

- De novo... – Cochichei.

- De novo o que? – Ele retrucou. – Você está bem? – E para ajudar, ele me acha louca. Perfeito!

- Você disse de novo... E ainda por cima pode me ouvir... mas eu não. –Repeti as palavras dele. – Tenho certeza que ouvi, não estou louca.

- É, parece que não está mesmo... – Ele sorriu. – Você não é normal...

- Nem você. – Retruquei. Se eu queria descobrir, rápido e sem que ele fugisse, se ele era ou não igual nos meus sonhos, seria agora.

- Somos telepatas. – Ele falou.

- Também. – Falei.

- Como assim? O que quer dizer com também? Você é algo mais? – Ele disse em tom de deboche.

- Não. Você é algo mais. – Senti Edward enrijecer instantaneamente, ao ouvir minhas palavras. Então ele era algo mais.

- Porque acha isso?

- Sr. Cullen e Srta. Swan, podem conversar lá fora, já que a aula não está interessante.

- Ótimo, perdi uma aula por sua causa. –Edward me alfinetou.

Saímos andando para fora da sala. Mal entrei na escola e já estava sendo mandada para fora... pensei comigo mesma. Edward andava na minha frente, eu apenas o seguia. Ele estava indo em direção ao carro dele, quando chegamos, ele abriu uma porta e entrou, abrindo a outra, logo em seguida. Não hesitei e entrei.

- Então, porque acha que sou algo mais? – Ele voltou a perguntar, depois de minutos em silêncio.

- Vai parecer meio loucura... – Falei de cabeça baixa. – Então vou editar algumas partes...

- E?

- Eu sonhei com você e sua família. – falei.

- Deve ser porque nos viu aqui... somos os que mais chamam a atenção na escola. – Ele murmurou. Não sabia que ele se achava tanto, mas enfim.

- Não. Eu sonhei com você antes de eu vir para Forks. –Murmurei. Os olhos dele se arregalaram. – O sonho que tive era como se fosse uma vida inteira, mas nem todas as partes convém serem contadas.

- Então vamos ouvir... – Ele disse, de novo, com ar de deboche.

- No meu sonho você e sua família eram vampiros. – Disse num sussurro. Se fosse igual ao meu sonho, ele iria ouvir, não iria?

- O que mais?

- Como assim o que mais? – Retruquei. – Não vai me responder? Ah, não, não precisa. Já tenho me resposta, pensando bem.

- O que mais tinha no seu sonho? – Ele perguntou novamente.

- Bem, o que mais eu não posso dizer, até porque isso me inclui, então é mais conveniente. – Disse devagar. O que eu faria? Contaria a ele que nós éramos casados e eu era uma bruxa? Claro, com certeza.

- Você está certa. Eu tenho algo mais. – Ele murmurou por fim.

- É, telepatia, pele branca, olhos dourados... iguais no meu sonho. – Falei. Tirando a última parte, que ele ficava com os olhos castanhos... – Deve estar me achando uma lunática não é?

- Depende. Sabe de algo mais, com certeza. – Ele riu.

- Sua irmã é bem bonita, o seu irmão maior é bem forte, sua irmã menor é vidente e o seu outro irmão mexe com sentimentos... – falei.

- É, não posso negar, você sabe mesmo sobre minha família e eu. Mas o que me preocupa é... –Ele ficou sério. Havia hostilidade na sua voz e no seu olhar. – Vai contar as pessoas?

- Nã-não. – Gaguejei. – Eu-eu preciso ir, Edward. Nos vemos por aí.

Saí rapidamente do carro, antes que ele pudesse falar mais alguma coisa. De algum modo, eu ficava intrigada com o jeito que ele me olhava e com o modo que ele agia perto de mim. Entrei na minha picape e fui para casa. Quando cheguei, coloquei alguns bifes para marinar e fui responder alguns e-mails da minha mãe.

Como sempre, Renée se preocupava além da conta comigo, ela estava bem, Phil estava quase fechando um contrato e eles iriam morar em Jacksonville por seis meses e nas épocas de campeonatos iriam viajar. Charlie chegou quando o jantar estava quase pronto.

- Hey, Bella, como foi seu dia?

- Bem, pai. – Respondi. – O jantar está quase pronto.

- Tenho tempo para tomar um banho?

- Claro, ainda falta terminar a salada. Seja rápido.

[...]

Terminei com as coisas na cozinha e subi para meu quarto. Minha cabeça girava com tanta informação recebida de uma só vez. Eu sentia borboletas voando pelo meu estomago, me dando a sensação de estar enjoada. Eu precisava saber o motivo de sonhar com ele, eu precisava descobrir por mim mesma, o que tudo isso significava.

Mas de uma coisa eu tinha certeza absoluta. Edward Cullen não era simplesmente meu colega de classe, ele era algo mais para mim. Eu me importava demais com ele, eu tinha certeza que sentia algo por ele.


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Notas finais do capítulo

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