3ºpessoa

Era um dia quente de verão, enquanto dois estudantes corriam pelos corredores de Hogwarts. O cabelo de Lílian Evans se balançava em suas costas enquanto ela corria, puxada pela mão por seu namorado.

–James, por que não me conta logo o que você quer me mostrar? – Ela pediu, ofegante.

–Não vou estragar a surpresa, amor. – James falou, parando ao seu lado. Lily não admitia, mas adorava quando ele a chamava assim. – Além do mais, já chegamos.

Lily olhou em volta, e viu que estava no corredor do sétimo andar.

-Sinto muito lhe desapontar Potter, mas eu já conheço a sala precisa. – Lily falou, irritada por ter corrido até ali pra nada.

–Não lírio, o que eu quero te mostrar está lá dentro. Vamos? – Ele estendeu a mão para a ruiva, que a segurou contrariada. (Autora: sabiam que o James chamava a lily de lírio? *-*) (James: ok, agr sai daqui, e para de estragar o clima mulher ¬¬)(autora: ok...)

A porta logo surgiu na parede, e James a abriu, deixando que Lily entrasse primeiro. O lugar, como sempre, estava bagunçado, e Lily duvidou que James pudesse achar o que quer que ele fosse lhe mostrar ali.

–É logo ali. – James puxou sua mão novamente, para adentrar ainda mais na sala. Pilhas de livros aqui e ali tampavam qualquer visão da vista da saída. Lily ficou com receio de que não achassem a saída depois.

–Aqui. – James apontou para um aparelho marrom e empoeirado, com alguns botões para girar. Lily o olhou cética.

–É isso? Me trouxe até aqui pra mostrar um rádio? – Perguntou.

–Não exatamente. – James sorriu. Com a mão livre, girou um dos botões, e uma música calma começou a tocar baixinho. Ele ergueu a mão que segurava a de Lily no alto, e colocou a outra em sua cintura.

Lily queria dizer que ela não dançava, mas pelo visto, ele já sabia. Ergueu-a alguns centímetros do chão, e pôs seus pés em cima dos seus próprios. Involuntariamente, Lily começara a dançar com perfeição.

–Não sabia que dançava James. – Lily sorriu.

–Nem eu. – James fingiu um tropeço e Lily riu, em cima de seus pés.

Eles ficaram dançando por um bom tempo, ela com a cabeça encostada em seu peito, sendo guiada pelos pés de James com perfeição. Lily conseguia ouvir seu coração.

–James? – Ela sussurrou em seu ouvido.

–Sim? – Ele respondeu baixinho igual a ela.

–Adorei a surpresa. – Lily sorriu.

James não pode deixar de sorrir também.

–Sabia que ia gostar, lírio.

– Você me conhece bem, Potter. – Lily falou. E então bufou, indignada.

–O que foi? – James perguntou, confuso.

-Eu percebi que não tenho nenhum apelido pra você.

James pensou por um segundo.

–Que tal, exímio jogador de quadribol, inteligente e extremamente atraente? –Sugeriu.

Lily lhe deu um tapinha no ombro.

–É muito longo, James. – Retrucou ela sarcasticamente.

–Pode continuar a me chamar de Potter, eu não me importo, amor. – Disse ele com sinceridade. Não importava como ela o chamasse, desde que ela estivesse ao seu lado.

–É isso! – Lily exclamou sorridente. – Não é justo você ter dois jeitos de me chamar. Vou roubar um.

–Vai me chamar de lírio? – James perguntou, em um tom sarcástico.

–Claro que não bobão. – Lily repreendeu. E então continuou, com uma voz suave. – Vou te chamar de amor. Afinal, é o que você é pra mim.

James nunca se sentiu mais feliz. Ele quisera ouvir aquilo por anos.

Ele sorriu, e abraçou-a de novo, continuando a dança.

–Lírio?

–Sim?

– Eu te amo.

–Eu também, amor. – Lily se aconchegou melhor no abraço.