Abandono Imprudente escrita por dyingbreed


Capítulo 21
Lembranças de um verão especial


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, como vão? Eu só queria que eu tivesse mais tempo pra escrever por que eu sei que eu estou demorando muito, desculpa. Bom, eu queria que vocês amassem esse capítulo e fim.
Boa leitura!



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Estava pronta pra começar uma briga. Reuni em poucos segundos todos os argumentos que eu poderia usar pra não perdê-lo de vista novamente. Foi então que ele começou a falar com a uma calmaria na voz, fato que me desconcertou e me deixou muda por uma fração de tempo:

– Lembra do verão quando nós fomos visitar a casa de campo da minha avó? - ele segurou em minhas mãos e olhou nos meu olhos. Eu dei um sorriso, olhei pro teto, pras mãos dele sobre as minhas, suspirei.

– Como eu poderia esquecer? - ele beijou minhas mãos.

– Lembro que demorei semanas pra te convencer a ir comigo.

– Você sabe que eu sou a última pessoa no mundo que gosta de campo.

– Seu negócio é a "selva de pedra", eu sempre soube disso mas... eu sabia que era aconchegante e que você iria mudar de ideia assim que chegasse.

– Você estava certo. Eu simplesmente me apaixonei por deitar na grama pra ver as estrelas, ou por sentar no telhado pra ver o pôr-do-sol. Tudo ao... - mordi os lábios.

– Tudo ao... - ele segurou meu queixo e me aproximou dele.

– Tudo ao seu lado. - abaixei a cabeça. - Porque você está me lembrando do verão?

– Porque aquele ano foi um dos melhores anos da minha vida.

– A gente tinha acabado de se conhecer. Eu era apenas a idiota que derramou bebida na sua camisa. A louca que aceitou ficar com você em um drive-in abandonado.

– Uma garota linda que não se sentia ofendida em entrar em bares caindo aos pedaços junto com os meus amigos do motoclub. A maluca que não fugia de uma briga de bêbados, que limpava minha boca ensanguentada e beijava meus machucados sem nojo.

– Meu Deus, pare com essas coisas do passado. É embaraçoso.

– Não é embaraçoso! - ele se levantou e abaixou na minha frente. - É parte do que você é. A pessoa mais inteligente que eu conheço e a mais briguenta também.

– Cala a boca. - eu ri. - Melação nunca foi o meu forte. Não vem com esse romântismo pra cima de mim!

– Sabe de uma coisa? Você ama romântismo. Você ama que te digam suas qualidades e que te abracem apertado depois de um longo dia. Eu lembro que você botava um sorrisão no rosto quando me via e eu sei que você se sente bem quando eu estou por perto, não negue. Você ama que eu tenha me tornado tão romântico com você. E você me ama. Pelo menos mais do que você ama aquele outro, o Declan.

– E é exatamente por isso que você está me lembrando do verão?

– Lembro de ter chegado na sua casa de moto e de ouvir sua mãe dizer que não queria que você fosse, ainda mais com um cara que você conhecia pouco e de moto. E eu lembro de ouvir você gritar e dizer que iria com ou sem o apoio dela, algo assim. Então você saiu pela porta com uma mala pequena e eu me perguntei se você era mesmo uma garota porque no minimo eu esperava umas três mala. E então você subiu na moto e me deu um beijo na nuca. Perguntei se estava tudo bem e você disse: "Agora me sinto em casa". Então eu dirigi o mais rápido possível e eu podia sentir o seu medo e a sua sensação de liberdade a cada toque na minha jaqueta. Lembro que chegamos cedo na casa e que você desceu da moto e nem se importou com descarregar a bagagem você correu pelo campo e eu... eu te segui por onde você corria. Tão linda entre as flores do jardim e eu apenas não sabia se eu corria ou se eu parava pra te admirar. Então você tirou a blusa e jogou pra traz. Depois o tênis e a calça e percebi que você estava de biquini.

– E você continuou me seguindo. E eu realmente não sabia onde aquele campo ia dar, eu estava morrendo de vergonha e eu estava com medo de espetar meu pé. Mas era tarde demais pra voltar. Então eu continuei correndo e encontrei um lago por pura sorte e pulei sem pensar se o lago era raso demais ou fundo demais. Então você pulou atras de mim e me pegou nos braços.

– "Maluca! Como você sabia do lago?".

– "Eu não sabia".

– Rimos freneticamente eu me lembro. Nadamos e pulamos e nos amamos loucamente naquele lago. Eu posso me lembrar dos nossos corpos unidos e dos seus beijos perfeitos.

– Ficamos lá até de noite. Eu perdi minha blusa e você era a parte mais perfeita de tudo aquilo. Minhas férias estavam perfeitas e eu sabia que era porque você estava comigo.

– Era pra gente ficar 10 dias lá mas você insistiu pra que ficassemos por 15 dias. Sua mãe te ligava toda noite e você contava tudo. Bom, mais ou menos tudo. - eu lhe sei um tapa e ele riu. - Quinze dias e nós fizemos tanta coisa!

– No quinto dia nós andamos a cavalo até chegar em uma cabana abandonada que nós exploramos até achar um telescópio quebrado. Sabia que eu tenho esse telescópio até hoje? Eu meio que mandei arrumar...

– Fico feliz em saber disso! Sexto dia?

– A briga no bar. Você bebeu demais e eu também. Cantamos no karaokê e um cara me deu um beijo na força. Eu empurrei ele e você meteu três socos no cara. Ele tava acompanhado de um amigo que te deu um soco e então eu chutei o saco dele e a gente vazou.

– BOA DE BRIGA, EU DISSE! - ele riu. - E então fomos pra cabana e você cuidou de mim. Estávamos bêbados pra caralho. Fomos pro telhado e até hoje eu juro por Deus que passou uma estrela cadente.

– Cala boca, você mal conseguia enxergar o céu!

– Claro que não. Eu só enxergava você. Décimo primeiro dia?

– Nunca vi um pôr-do-Sol tão lindo quanto aquele! Era rosa e laranja e vermelho e eu não sabia como contemplar tudo aquilo de uma só vez.

– Tenho uma proposta.

– Qual?

– Vamos voltar lá essa semana? Pra cabana da minha vó?

Era como se eu visse tudo acontecer novamente. Ele me falando da cabana e me pedindo pra ir com ele. Eu não posso ir. Declan nunca...

– Sim, vai ser ótimo.


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Notas finais do capítulo

E aêeeeeee?



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