Apertei os olhos e balancei a cabeça tentando excluir este pensamento da minha mente, eu não podia achar James atraente eu tinha um objetivo:

 Achar Erick e Marcos.

Foi quando um pensamento passou pela minha cabeça:

 E se eles estivessem mortos?

Este pensamento fez meu corpo estremecer, e fazer os calafrios descerem por minha nuca sem piedade.

 Já havia percebido que o andar de baixo estava muito silencioso.

Olhei para o vestido branco jogado no chão do banheiro, dei um sorrisinho de leve e me voltei pra porta, a abrindo devagar e iluminando o chão a minha frente desci as escadas, e percebi que James não estava mais ali.

Quase me ajoelhei no chão para agradecer por não ter que olha-lo e acabar caindo em tentação de novo, eu tinha que manter o foco, e manter o foco com ele presente era inutil.

Fui em direção a uma comoda que havia ao lado da porta, abri a primeira gaveta e por sorte achei lanternas, peguei mais um lanterna de reserva e a coloquei no bolso de traz da calsa e me virei para a porta, quando fui rodar a maçanta da porta ao meu lado, Erick surgiu do corredor e parou na minha frente afastado de mim e me observando.

 - James: Oque esta fazendo? - ele parecia confuso com a situação como se não entendesse o motivo de eu ter trocado de roupa.

 - Eu: Estou indo embora,  porque a surpresa?

 - James: Achei... que você queria ficar. - James parecia mesmo desapontado, como se não esperasse aquilo de mim.

 - Eu: Eu tenho que ir procurar meus amigos James, você não deveria esperar outra coisa de mim. - tentei ser direta mais sem ser grossa, pois James parecia realmente desapontado.

 - James: Mas... 

 - Eu: Mas nada James eu preciso ir - o interrompi se ele continuasse a falar poderia me convencer a ficar e estragar meu plano de achar Erick o mais rápido possivel.

Me virei para a porta sem esperar a resposta dele, virei a maçaneta e quando fui dar meu primeiro passo James agarrou meu braço me fazendo recuar e me virar pra ele, logo a porta estava fechada de novo e eu havia voltado ao zero.

 Estava encarando os olhos tremidos de James fitando os meus, ele ainda segurava meu braço firme como se eu fosse escapar a qualquer momento: 

 - James: Por favor... Não vai.- seus olhos estavam brilhando como se a qualquer momento fossem chorar.

 A reação de James ao me ver sair me assustou de uma certa forma ele queria tanto que eu ficasse ali? Com ele?

 - Eu: James....

 - James: Por favor Victoria - James me interrompeu, sua fala era cansada como se estivesse me emplorando, ele encarava o chão ainda segurando meu braço.

 Ele estava muito estranho.

 - Eu: Porque quer que eu fique tanto assim? 

James ao perceber minha pergunta, levantou a cabeça, ele não largava meu braço um segundo se quer, James respirou fundo e disse:

 - James: Não quero que você vá embora Victoria.

 - Eu: E porque? 

 - James: Não tem porque! Eu só quero que você fique! - James havia aumentado o tom da voz ao falar.

 Eu estava espantada com a reação de James, porque isso logo agora? Parecia que eu tinha dado um jeito em meus sentimentos, eu a alguns dias atras tinha escolhido amar Erick e ai aparece James e confunde meu coração de novo, porque isso sempre acontecia comigo?

Eu precisava saber aonde Erick estava se estava bem, se sobreviveu, e se estava ainda com Marcos, mas se eu ficasse ali eu nunca iria saber.

 - Eu: James....

 - James: Só me diga que vai ficar... só diga que vai ficar. - James encarava o chão e falava cansado ele estava quase se ajoelhando a minha frente, meu coração doia a cada vez que eu pensava em ir embora mas eu precisava ir:

 - Eu: James... eu fico! - pera não era isso oque eu ia dizer, as palavras escaparam, merda

James levantou a cabeça rápido com os olhos arregados com a surpresa, e me deu um abraço apertado pela cintura me levantando um pouco do chão, aquele realmente era um abraço aconchegante.

Quando James me colocou no chão de novo, nosso olhares se encontraram, ele ainda me segurava pelos lados de minha cintura e eu estava com uma mão pousada em seu peito, eu podia sentir seus batimentos pela palma da mão.

 Estavamos muito perto um do outro, eu podia sentir sua respiração em meu rosto James subiu sua mão direita até minha nuca, e com o polegar alisou minha bochecha, sua mão esquerdar ainda estava em minha cintura me trazendo para mais perto de seu corpo do que eu já estava.

Ele olhava fundo em meus olhos como se quizesse enchergar oque eu tinha por dentro, James foi se aproximando de meu rosto, e alisando minha bochecha.

 Eu não podia deixar aquilo acontecer, eu tinha escolhido amar Erick... mas eu estava hipinotizada com a situação entre mim e James.

Juntei o resto de forças que me restavam e recuei um passo me soltando dos braços de James, quando voltei a encarar os olhos dele, estavam confusos.

 - James: Oque foi isso que aconteceu mesmo?

 - Eu: Não sei, mas não pode se repitir.

Quando terminei a frase, fui em direção a cozinha, sem a minima vontade de ouvir James me perguntar porque eu havia recuado ao seu quase beijo a uns minutos atras.

Eu precisava de meu tempo sozinha pra pensar no que havia acabado de acontecer, e oque eu tinha acabado de sentir.

Eu estava amando James?

Quando este pensamento veio a minha mente, um barulho forte veio do comodo aonde James e eu estavamos a alguns minutos. Me virei assutada e pode ouvir um grito vindo da sala.

 - James: Victoria!!! Corre - James gritou, quando entrei na sala a parede da porta estava arrebentada como se alguém a tivesse quebrado, James pegou meu pulso e corremos para o andar de cima, minha respiração estava ofegante, James me guiava até uma comoda e lá, abriu a primeira gaveta e tirou um mochila de dentro. 

 - James: Segura. - Jame me deu a mochila e eu a abri.

 James abriu a segunda gaveta da comoda rapidamente e pegou 4 lanternas, e mais uma sacola que eu não vi oque havia dentro.

 Os zumbidos em minha cabeça começaram a aparecer, quando James me puxou para uma porta ao lado da comoda que dava para o porão da casa, James fez um gesto para que eu entrasse no porão.

 Logo estava descendo as escadas, pulando alguns degraus, e logo ouvi a porta atras de mim bater e algunas trancas se fecharem 

Observei o grande porão, Havia uma janela pequena ao lado alguns quadros nas paredes uma mesa grande no centro e algumas pratileiras empueiradas, com alguns trofeis nelas.

 - James: Você esta bem?   - James estava a traz de mim com o olhar preocupado.

 - Eu: Estou! 

 - James: Não não esta. Olhe - James pegou meu braço, deixando que eu visse o grande machucado em meu braço, estava fundo e sangrando, como eu não havia sentido tamanho machucado?

 - Eu: Eu to bem James é só um machucado. - Coloquei a mão na testa, quando senti uma dor vindo de onde eu tocava. Quando retirei a mão ela estava sangrando.

James se virou até uma mesa de canto e puxou uma gaveta que tinha nela, e logo veio até mim novamente.

 Ele amarrou uma atadura em meu braço e fez um corativo no outro machucado acima de minha sombrancelha. Fiz uma careta com a dor que causava o corativo, e James soltou uma risada baixa.

 - Eu: Obrigada

 - James: Por nada.

 - Eu: Tem certeza que aqui é seguro?

 - James: Tenho, se você não sabe essa casa era de um militar, e ele equipou este porão para aquentar a muitas coisas, como terremotos, tempestadades estas coisas, e tbm o equipou com cama, comida estas coisas, mas ele morreu e eu achei a casa, então aqui estaremos seguros.

- Eu: Que bom - dei um sorriso de lado e James retribuiu.

Estava tão cansada eu precisava dormir, mesmo tendo passado tanto tempo desacordada eu ainda me sentia cansada. Um bocejo escapou por minha boca.

 - James: Esta cansada?

 - Eu: Um pouco.

- James: Vem ca.

James foi me levando pelo pulso até um grande armario,  James abriu a porta e puxou uma cama de casal de dentro.

 O militar que morava aqui havia realmente equipado seu porão, vamos agradecer ele por isso.

 - James: Pode deitar se quiser, eu vou beber alguma coisa.

James se virou e foi em direção a uma pia que havia do outro lado do porão.

Sem pensar duas vezes fui logo deitando na cama, e tentei pensar em alguma coisa mais estava muito cansada, pude ouvir os passos de James vindo em direção a cama, ele chegou perto de mim e sussurrou em meu ouvido: 

 - James: Bons sonhos minha pequena. - E deu um beijo em minha bochecha.

Antes que eu pudesse dizer ou fazer alguma coisa, o sono já havia me domado.