Her Sweet Revenge escrita por superieronic


Capítulo 2
Cemetery Drive.




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Charlotte Manfredini; de família italiana, escritora e produtora musical em New Jersey, EUA. Estatura baixa; somente um sessenta de altura. Cabelos castanhos, olhos verdes, um sorriso bonito sempre com o mesmo batom escarlate. Falando assim, quem diria que esta garota da qual descrevo pra vocês, leitores, teve o coração quebrado em milhões de pedaços pequenos, como uma taça delicada de cristal de cai ao chão.

Sim, esta moça da qual vos falo, teve seu coração quebrado por um calhorda. Seu nome, Harold Harrisson. Não muito alto, cabelos loiros enrolados, branco, olhos castanhos-claros.. Bem sucedido na área de informática em New York. E bem... eu sou Harold Harrisson e vou narrar esta história para vocês, leitores queridos.
Talvez, eu esteja narrando-vos estas minhas tortas linhas do inferno. Ainda não sei onde estou; se estou em coma no hospital, ou se fui levado mesmo ao submundo com minha ex-namorada Charlotte que, caso eu não tenha mencionado, é ajudante da ceifadora. Sim, ceifadora. Achavam que a morte era um cara que nem o Voldemort ou o Puro Osso? Não, queridos. A morte é gostosa e sexy por sinal; ruiva, tem um corpo lindo, olhos vermelhos como o dos cabelos, e usa um espartilho preto com uma saia também preta. Ela é linda, pelo que Charlotte a descreveu.

Mas enfim, eu acho que posso começar por quando Charlotte me conheceu... Charlotte era a mais bonita no campus da faculdade de Newark. Aqueles olhos verdes e aqueles cabelos longos caindo sobre as costas em cachos grandes e pesados. Foi inevitável não me apaixonar por ela... ainda mais depois de notar, que ela era MUITO parecida com minha ex namorada e atual noiva, Clair. Só que Lottie só era parecida na aparência com ela. O tom de voz autoritário e fofo ao mesmo tempo, o jeito marrento com que ela lidava com as coisas, e o falta de paciência, não são características de Clair. Mas Clair não importa agora.

Gostaria de conseguir esquecer do dia em que ela me amaldiçoou... Mas também, não posso dizer que fui um bom rapaz. Eu usei dela, somente para pegar Clair de volta. Como promessa, ela disse: - 'Eu vou quebrar seu pequeno coraçãozinho em duas partes, querido. Eu não vou deixar nenhum pedaço de sobra pra ela, está me entendendo? Você não sabe realmente com quem você se meteu, Harold. Você vai me pagar por cada pedaço do meu coração, você pode apostar'.

Me lembro que ela disse isso com lágrimas nos olhos, mas nada caiu dos belos olhos verdes. Depois daquele dia, ela sumiu. Se mudou para Belleville e lá ficou na casa de um amigo, Frank. Na certa, ele estava ficando com ela. Não que eu me importasse, mas porra, ela era gostosa demais pra eu perder. Eu queria ela e a Clair. Mas ambas não aceitaram minha proposta, então...

Charlotte, na realidade, pelo que soube depois por Charllie, ficou muito mal. Andava bebendo e fumando mais que o normal e todos os dias. Tentava se rerguer de qualquer maneira, e não conseguia. Adimito que fiquei um tanto preocupado e me senti culpado por isso, por ter feito isso com ela e depois ter ido embora.

Ela nunca mais atendeu minhas ligações, recusava qualquer um que entrasse em seu apartamento, me tirou de todas as redes sociais... Pelo visto, ela queria uma vida nova. E eu não poderia dar a ela essa vida.

Depois de alguns anos, soube que ela foi pra França com uma amiga, e aproveitou para visitar uns parentes em Verona, na Itália. Eu já estava de casamento marcado e tudo mais, quando recebi uma carta de Charlotte. Meu coração se alterou um pouco, afinal, fazia tanto tempo que eu não via aquela caligrafia fina e não sentia aquele cheiro que só as coisas dela tinham. Eu fiquei em choque e não sabia o que fazer. Senti minhas mãos formigarem um pouco e minha boca ficar bem seca.

– HAROLD! PEGUE LOGO A CORRESPONDÊNCIA, QUERIDO. TEMOS QUE IR FAZER A PROVA DE NOSSAS ROUPAS NA CIDADE AINDA HOJE! - berrou Clair pra mim de dentro de nossa casa.

Não tinha voz pra responder minha noiva. Rasguei o envelope como uma criança rasga seu presente de natal. Me lembro que o remetente, vinha da Califórnia.

Harold!

Como você está? Espero que esteja bem. Recebi seu e-mail avisando sobre seu casamento e sobre seu novo endereço. Charllie fez questão de dar-me o recado, caso não tenha notado que fora ela (risos).
Você deve saber que eu passei um tempinho na Itália e na França com minha amiga Samantha, não é? Eu conheci algumas pessoas e tal...
Caso queira saber, eu já te superei. Não sei se importa mas mesmo assim, acho bom você saber.
Não sei se faz diferença pra você se eu estou viva ou não, mas mesmo assim, decidi mandar isso pra avisar que vai ser um prazer ir em seu casamento. É daqui um mês não é?
Espero que Clair esteja bem, e que não seja mais aquela vadiazinha da faculdade, ou... ela não mudou nada? (risos)
Beijinhos e nos vemos em breve!

Charlotte.

Ela não tinha mudado absolutamente nada; os comentários maliciosos, a ironia e o sarcasmo continuavam tão presentes na escrita quanto na fala, que ao ler, parecia que eu estava escutando Charlotte me dizer aquelas palavras. Senti uma lágrima solitária cair na grama quando me lembrei do arrependimento de tê-la feito sofrer. Eu a fiz esperar por algo que eu nunca poderia ter dado a ela, nunca poderia dar amor de verdade a ela, nunca poderia amá-la como qualquer outro, nunca poderia entendê-la como qualquer outro poderia... Ela era complicada, mas essa era a graça. A graça, era desvendá-la. Saber o que tinha por trás dos olhos verdes, e o que ela escondia por de trás daquele sorrisinho. Mas eu... pobre criatura eu fui. A fiz chorar por tão pouco; por mim. Talvez eu realmente, não merecesse viver.

Uma brisa fria e gélida como a morte passou por mim, fazendo com que o papel saísse de minhas mãos trémulas e sem força. Minha mente não parava de gritar milhares de palavrões em minha mente, e a única coisa que eu conseguia me lembrar, era daquele brilho no olhar que ela tinha, e a risada dela. O modo como ela abaixava a cabeça e as bochechas coravam enquanto ela ria. Eu só conseguia me lembrar daquilo, e me deixava muito pior...

– Harry, o que houve? Você está bem, querido? - Clair veio ao meu encontro. Eu devo a ter preocupado.

– A c-carta... - gaguejei.

Clair pegou o papel cor de rosa nas mãos e seus olhos azuis e sem brilho fumegaram de raiva.

– ELA NÃO VAI AO NOSSO CASAMENTO.

– Sabe que nada pode impedi-la se ela quiser mesmo ir, não é?

– MAS...

– Clair, ela faz isso pra te provocar. Vamos logo pra dentro, eu preciso comer algo...

– Ok, querido. - Ela respondeu um tanto grossa, talvez, por ter sentido em mim, um pouco de remorso por ter largado de Lotte e ter ficado com ela.

Ah, mulheres...


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