Sina tava meio ansiosa para o dia de aula hoje. Ela se arrumou mais cedo que o normal, tomou café mais cedo, enfim, tudo mais cedo e mais alegre. Eu e os outros já estávamos prontos, afinal, nós não mudamos de roupa, só o Jack inteiro, os olhos do Vulcano. Florita ficava quieta, apenas observando. Ela comentou para mim:

–- Eu faria aquele garoto, Tony não é, virar uma bomba-relógio.

–- Não seja fria, o Jack já cuidou dele.

–- E aquele jovem anjo caído no parque? Eu vi vocês vendo ele.

–- ...

–- Vê? Eu farei ele virar uma bomba-relógio.

Nada comentei. Um carro preto enorme escrito ‘’UCP’’ passou na rua, observando por dentro das casas que passava. Eu, Jack e Vulcano nos escondemos, Sina e Florita estavam conversando quando o carro passou. Depois que saiu, repiramos aliviados e saímos do esconderijo.

–- Vamos logo à escola, mas...

–- Mas o que, Sina?

–- Hoje é o exame de sangue das pessoas e acho que não vai ser legal o resultado do sangue do Jack, Vulcano e Isashi...

–- De fato, não será. – disse Florita

–- O que faremos? – perguntei já triste.

–- Faltamos à aula? – perguntou Jack.

–- Não, nós vamos mas vocês se escondem. – disse já vitoriosa Sina

~~~~~~~~Na Escola~~~~~~~~

Florita POV On:

Jack sentou no lugar dele. Estranho o fato dele não ter parceiro ou parceira, todos tinha, até eu (um nerd). Quando eu achei que todas as pessoas haviam chegado, uma menina com os livros sobre o peito, uma presilha vermelha no cabelo castanho solto (liso), botas até o joelho, uma saia curta xadrez e uma blusa de mangas compridas com uma gravata vermelha entrou. Ela estava apressada para chegar ao canto e sentar. Ela como eu planejei, sentou ao lado de Jack, que não mudou de posição na cadeira. Ela ficou encarando ele por um tempo, mas depois ficou normal. O professor disse:

–- Heroine! Que bom que voltou! Como se sente, minha flor?

–- Bem, um pouco tonta, mas bem, professor.

–- Bom, seja bem-vinda a classe novamente, Heroine.

–- Obrigada, professor.

Essa era a Heroine. Engraçado, ela parece que reconheceu Jack, vou ficar de olho nela.

Heroine/Tifa POV On:

Encontrei novamente ele, o garoto-enderman. Não esperei que fosse tão rápido. Ainda mais que ele fosse meu parceiro na aula de ciências e até o fim do ano. Ouvi as meninas sussurrarem para ele algo +18. Ele nem parecia ligar, mas quando olhou para mim, corei e virei rapidamente para frente. Isso pareceu divertir ele. MALDITO, ISSO NÃO É ENGRAÇADO! Começou o exame de sangue. O meu deu certo, mas o dos 3 novatos deu ‘’ Não existe ‘’. O doutor ficou maluco, dizendo que os novatos eram deuses, os mitos estavam certos, existem deuses, etc. Tivemos que fazer ele se acalmar. O meu parceiro ficava resmungando que não gostava daquele doutor. As vezes, ele ficava toda hora me olhando, igual a mim a ele. Eu corava e ele ria baixinho, o que me dava um pouco de raiva. No fim da aula, segui ele. Pareceu falar com os novatos: Sina, Vulcano, Isashi e Florita. Suei frio e abafei um grito quando vi as duas caveiras enormes nas costas de Isashi. Tremi na hora que as caveiras olharam para mim e simbilaram. Escondi-me atrás da porta, aponto de ouvir alguém dizer:

–- Engraçado, minhas caveiras viram alguém nos observando aqui.

–- Tem certeza que não era sua imaginação?

–- Tenho...

Quando fui olhar de novo, o meu parceiro não estava entre eles. Já andando para sair dali, alguém segurou fortemente meu pulso. Trêmula, olhei para trás e vi ele. Seus olhos pareciam brilhar um brilho rosado. Seu rosto estava sombrio, o que me deu mais medo.

–- Você estava nos espionando, não é?

–- Me solta...

–- Responda, antes que as coisas piore.

Pareci ver tudo escurecer. Como eu não via nada, com a mão livre, coloquei a mão na cabeça e me agachei. Chorei, em seguida, disse:

–- Ta bom! Eu estava olhando vocês! Por favor (tentando engolir o choro) me solta...

A escuridão começou a sumir. Quando minha visão voltou, o meu parceiro já estava com os outros novatos. Antes de saírem, ele olhou para mim, depois se virou e saiu. Quando me levantei, Tony, que estava em volta de diversas meninas, disse para mim:

–- Ei Heroine, vai ter uma festa na minha casa hoje a noite, você está convidada.

–- ...

Fui logo correndo com as coisas nas costas. Passei pela porta e rapidamente a fechei. Gareki estranhou, pois logo perguntou:

–- Tifa? Tudo bem?

–- Sim, só que o dia hoje foi agitado.

–- Com o que?

Menti para ele que houve uma luta terrível entre Tony e o novato e quem ganhou fora o novato. Ele riu e disse:

–- Novatos ganham.

Quando ele saiu, corri para o meu quarto no 2° andar. Fiz as tarefas e fui fazer minhas anotações. Sem querer, percebi que ficou de noite, a festa do Tony. Tomei banho e vesti meu vestido tomara-que-caia azul com alcinhas. Coloquei uma sapatilha preta, afinal, os detalhes do tomara-que-caia eram negros. Fui logo para a casa de Tony, onde encontrei diversas meninas e meninos. Sentei-me num sofá, sem coragem de andar por ai. Recusei a enorme quantidade de homens que queriam dançar comigo. Enfim, quando chegou de noite, Tony puxou meu pulso e disse:

–- Heroine, eu queria falar com você em um lugar com mais privacidade.

Eu iria dizer não, mas ele me forçou a ir com ele no andar de cima. A casa dele é uma mansão com três andares. Quando chegamos no 3°, ele me empurrou para um quarto e trancou a porta.

–- Agora você não pode sair.

–- O que você...

–- Sabe Heroine, muitas meninas matariam para estarem no seu lugar, mas sabe, você é especial para mim. É a única com essa pele sem defeitos, este cabelo liso e castanho, esses olhos acinzentados, esse corpo...

Ele passou um olhar rápido e pervertido sobre meu corpo. Com uma velocidade surpreendente, ele me agarrou nos ombros. Desceu minha alça do vestido. Ele queria coisas +18 comigo. Me debati, até demais, tanto que acidentalmente, Tony arranhou meu rosto, fazendo uma linha escarlate descer sobre ele. Já estava cansada, Tony viu isso e aproveitou: Me prendeu embaixo dele e prendeu as minhas pernas com as dele. Chorei, em seguida, ele lambeu minhas lágrimas maliciosamente.

–- Vamos lá Heroine, estou te dando uma sorte grande.

Alguém chutou Tony na barriga pro lado. Ele voou até a parede, onde bateu de costas e desmaiou. Quando olhei quem era, eu me surpreendi. Tinha olhos roxos, usava roupas pretas e arfava. Perguntou para mim com uma voz familiar:

–- Você está bem, Heroine?

–- Como você me conhece?

–- Mantenho-me informado.

–- ...Estou.

–- Ótimo, hoje você aprendeu que não deve confiar nesse cara.

Quando ele se virava para ir embora pela janela, contra-ataquei, mas acho que foi demais, pois ele parou no meio do caminho para ir na janela:

–- Como irei confiar em você então?

–- Eu lhe salvei, não salvei?

–- Salvou, mas...

–- Isso já é demais.

–- ... Qual o seu nome?

Ele virou para mim, abaixou um pouco do tecido que tampava seu nariz e seus lábios e beijou minha testa, dizendo:

–- Eu não posso dizer meu nome, mas posso dizer que sou um Enderman.

E saiu pela janela. Eu estava corada até demais. Sai correndo da casa do Tony. Eram meia-noite, Gareki e Yogi estavam dormindo. Quando cheguei em casa, tomei banho, puis minha camisola e deitei na cama. Ainda estava com aquela impressão que alguém estava me observando. Sorri, já abraçada com um enderman de pelúcia que peguei do quarto do Yogi e do Gareki ( eles tem todos os monstros de minecraft de pelúcia) e disse baixinho:

–- Arigatou, enderman... (obrigada, enderman...)

E adormeci.

Jack POV On:

Eu fiquei no canto do quarto dela, observando-a. Heroine era um nome bonito. Eu gostava. Não era melhor que Tifa, mas eu gostava. Sentei-me na beirada de sua cama e sorrindo, acariciei seus cabelos. Ela dormia angelicalmente, ainda mais ‘’comigo’’ de pelúcia. Sai pela janela para não acordá-la.

A noite era escura, não era de se admirar. O céu estava cheio de estrelas, de diversos tamanhos. Isso me lembrou a época que eu nasci, na noite, olhando uma enorme estrela sobre o céu. Agora, toda vez que eu o observo, considero cada estrela uma pessoa que nasce, um monstro que nasce no exato momento. Reparei que mais uma nasceu ao lado da minha.

–- Olhando as estrelas, Jack Killer?

Virei-me rapidamente na direção da voz. Era aquele anjo caído no telhado de um prédio baixo. Ele sorria, balançava uma perna de um lado para o outro, as asas estavam baixas. Furioso, perguntei:

–- Quem é você?

–- Meu nome é Matheus Killer, você sabe, aquele irmãozinho que foi separado a força de você naquela trágica noite.