Eram 3 da manha e Luna continuava sem conseguir dormir. Desistiu de tentar adormecer e decidiu ir dar uma volta pelo castelo. Estava a passar no 7º andar quando uma grande porta surge ao seu lado. Ela abre a boca num O perfeito. Mas ela nem tinha pensado em nada...porque a porta da sala precisa surgira? Abriu a porta e entrou, olhando à volta vendo que estava num quarto, no seu quarto. O quarto de Luna estava decorado com os rostos de seus 6 melhores amigos pintados no teto, Harry, Ron, Hermione, Ginny, Caroline e Neville, entralaçados em uma palavra que Luna escrevera entre as pinturas: Amigos.

Luna sorriu sentindo-se em casa, deitou-se na cama fofa com um dos seus ursinhos de pelucia e acabou por adormecer.

Draco Malfoy estava a caminhar pelos corredores, pois nao conseguia dormir quando vira Luna Lovegood passar aos pulinhos perto dele e sem o ver. Decidiu segui-la e viu-a chegar aos 7ºandar onde aparecera uma porta, a porta da sala precisa. Depois de a ver entrar ficou a olhando pensando o que fazer. Ela andava de noite pelo castelo e ele queria saber o porquê. Não sabia porquê estava interessado nas loucuras dela, a garota era louca e esquesita. Entrou na sala precisa vendo um quarto decorado com flores, peluches e coisas estranhas, mais o mais estranho de tudo: Tinha no tecto pintado o rosto de Harry, Ron, Hermione, Ginny, Caroline e Neville. Aquele so podia ser o quarto de Luna, só alguem como ela teria um quarto assim. Viu-a deitada sobre a cama e não conseguiu evitar e aproximou-se. A garota dormia profundamente, parecia um anjo, mas Draco reparou que ela estava a tremer com frio. Pegou uma coberta e tapou-a. Sorriu e foi-se embora.

(...)

Na manhã seguinte, Luna acordou olhando em volta e vendo que ainda se encontrava na sala precisa. Levantou-se agitando o cabelo e caminhou até ao salão comunal da Corvinal, ainda era cedo, por isso ninguém iria vê-la andar pelos corredores. Quando chegou ao seu dormitório, foi tomar banho, depois do banho vestiu o uniforme e acordou Caroline (uma tarefa difícil e potencialmente perigosa).

(...)

Caroline estava na biblioteca conversando com um garoto da Lufa-lufa, ele sorria para ela encantado com a sua beleza.

- Então, vais ir à festa amanha na sala precisa? - perguntou Daniel.

- Sim... - a garota respondeu olhando para Harry que tinha acabado de chegar à biblioteca.

- Quer ir comigo? - garoto perguntou um pouco nervoso e envergonhado.

A garota nao respondeu, estava a olhar para Harry enquanto o via pegar um livro e começar a fazer os deveres de casa.

- Estas a ouvir?

- Sim, sim, Henry.

- É Daniel.

- Sim, eu vou contigo,depois falamos Henry - ela respondeu afastando-se dele e indo ter com Harry - Podemos falar?

- Claro - o garoto sorriu.

- Eu preciso de saber a verdade... - ela disse sentando-se ao lado dele.

- Eu nunca te menti, somos amigos, lembraste?

- Mentiste sim, quando dissesseste que me amavas. - a garota disse um pouco chateada.

- Eu amava-te Carol...mas depois... a Ginny apareceu e eu apaixonei-me perdidamente por ela - o garoto tentou explicar sem a magoar.

- Tu já a conhecias à muito tempo...e tu dizias que me amavas...e de um dia para o outro trocaste-me por ela - a garota falou em agonia, tentando combater as lágrimas.

- Eu sinto muito... - ele disse.

- Tu és um idiota! Admite que nunca me amaste! - ela falou elevando a voz.

- Por favor, Carol, nao quero discutir!

- Quer saber? A culpa é minha...eu é que fui uma idiota por ter vindo falar com voce. - ela levantou-se começando a ir embora.

- Espera - Harry agarrou-lhe no braço.

- Larga-me! Não devia ter vindo falar com voce - ela soltou-se e foi embora, sem reparando que tinha deixado cair da sua saca um livro.

Harry olhou para o chão vendo um livro aberto. Pegou-o e reconheceu a letra de Caroline. Não resistiu e leu o que estava lá escrito.

"Querido Diário, estou tãoooooo feliz. Eu e o Harry beijamo-nos hoje. Tu sabes que o amo e depois deste beijo acho que ele também sente o mesmo por mim. Estava na sala precisa sentada numa poltrona, quando ele entrou e começamos a estudar, pois ele está-me a ajudar em Defesa contra as artes das trevas e depois quando ele estava-me a ajudar a fazer um feitiço reparei que estavamos muito próximos e ele olhou-me de uma forma diferente. Então não resisti, aproximei-me e beijei-o. E ele não recusou, colocou as mãos em volta da minha cintura beijando-me apaixonadamente. Nunca senti algo assim. Eu senti muitaaaa felicidade, como se sou eu e ele importassemos e como se o mundo fosse todo nosso, como se o mundo tivesse parado. Foi perfeito e depois afastamo-nos sorrindo e ele voltou a me ajudar a fazer os feitiços. Voltamos cada um para o seu dormitório. Estou nervosa, não sei como reagir a isto, eu amo-o e acho que ele sente o mesmo que eu. Devia-me declarar? Ajuda-me diario! Não sei que fazer"

Harry leu aquelas palavras, relembrando-se do beijo e de tudo o que tinha sentido. Lembrando-se de como amava Caroline, de como o namoro deles era perfeito e de como desejava ficar com ela para sempre.

Ele abanou a cabeça tentando esquecer aquele pensamento. Aquilo ja tinha sido à 6 meses atrás e ele agora amava Ginny, só a Ginny e mais ninguém.

Fechou o diário e saiu da biblioteca correndo para entregar o diário à Caroline.

(...)

Nessa noite Luna entrou no salão principal acompanhada de Caroline que resmungava a dizer que Harry tinha roubado o diário dela e que tinha lido tudo o que ela tinha escrito. Quando ia a entrar, Pansy esbarrou contra ela de prepósito.

- TEM CUIDADO VADIA! – gritou Caroline olhando-a irritada.

- O que foi Salvatore?? – ela fez um sorriso falso.

- O que foi? O que foi? – ela riu irritada – ÉS TÃO GORDA QUE NEM REPARASTE QUE ESBARRASTE NA MINHA AMIGA?

Draco levantou-se da mesa da Sonserina e foi até Luna que continuava caída no chão a olhar a discussão de boca aberta.

- Estás bem? – ele perguntou agarrando-a e levantando-a do chão.

- Sim – ela respondeu estranhando Draco estar a ser simpático com ela de novo.

- Eu não vou perder o meu tempo com pessoas de classe baixa como você – Pansy olhou-a de lado e saiu do salão sentindo-se a maior.

- Vadia – sussurrou Caroline virando-se para Luna – O que fazes aqui Malfoy? Vai atrás da tua namoradinha.

- Ela não é minha namorada – Draco revirou os olhos e foi sentar na mesa da Sonserina.

Luna olhou em volta vendo que todos olhavam para ela e para Carol. Ela baixou o rosto e foi-se sentar na mesa da Corvinal.

Caroline sentou-se ao lado dela começando a comer apressadamente.

- Então, já soubeste da festa? – perguntou com a boca cheia.

- Qual festa? – perguntou curiosa.

- Vai haver amanha uma festa na sala precisa. Diz que vais please pleaseeee  - ela fez bico.

- Se eu disser que não, tu obrigas-me, então sim, vou – ela riu.

- OBAAAAA – Caroline bateu palmas e a loira riu.

(…)

Na manhã seguinte, Luna estava na aula de História da Magia, que era a aula mais chata que tinham. Caroline falava sem parar sobre a festa, o vestido que ia levar e o garoto que a tinha convidado.

- Já tens par? – perguntou a ruiva.

- Não…estava a pensar ir sozinha.

- O QUÊ? – gritou alto acordando os colegas que dormiam em cima das suas carteiras sem prestarem atenção na aula – Tens de ir com alguém – sussurrou para a amiga.

- Hum…eu… eu posso ir com o Neville – disse Luna.

- Com o neville? Nem pensar, eu vou-te arranjar um par… Tu vais adorá-lo – sorriu olhando pela sala à procura do garoto perfeito para ir com Luna à festa.