No dia seguinte, Draco acordou bem-disposto, ia a Hogsmeade com Luna e isso deixava-o animado. Aquela garota simplesmente era o brilho da sua vida, ela chegara e mudara tudo. De repente ele não queria mais ser o sonserino cruel e frio, mas sim um garoto feliz e apaixonado. É, Luna realmente tinha-o mudado.

Ele foi tomar um duche e quando voltou para o quarto, Blásio estava-se a vestir.

- Vais sair? – perguntou Draco enquanto pegava uma camisa para vestir.

- Vou com a Pansy a Hogsmeade – respondeu Blásio visivelmente feliz.

- Sério? Eu e a Luna também vamos.

- Vocês podiam vir conosco – riu Blásio – Seria interessante um encontro duplo.

- Não acho… sabes que a Pansy não gosta da Luna e não quero que ela fique a chateá-la.

- Estás mesmo apaixonadinho – Blásio soltou uma gargalhada.

- Olha quem fala – riu Draco.

- Parecemos uns idiotas né?

- Mesmo.

(…)

- LUNA, LUNA, ACORDA – chamou Caroline apontando para a janela.

- O que se passa? – perguntou a loira ainda com sono.

- ESTÁ A NEVAR! – respondeu a ruiva com os olhos brilhando.

- SÉRIO? – Luna pulou da cama e foi até à janela – Que lindo, está a nevar!!!

- Deve estar é muito frio lá fora, ainda bem que não vou sair do castelo – afirmou Caroline sentando-se na sua cama.

- Não? Mas pensei que vinhas conosco a Hogsmeade.

- Primeiro: Eu não vou segurar vela e segundo: hoje é o dia que a Granger acaba de preparar o antídoto.

- Ah, tudo bem, eu percebo – Luna sorriu – Vou tomar um duche.

(…)

Mais tarde, Luna foi até ao hall de entrada onde muitos alunos se encontravam para puderem sair para Hogsmeade. Draco quando a viu, aproximou-se, beijando-a nos lábios, o que fez a loira corar violentamente.

- Bom dia – disse o loiro.

- Bom dia – respondeu Luna ainda vermelha.

- Ficas tão linda envergonhada – ele riu.

- Ahh, pára – ela corou mais e depois reparou na presença de Blásio e Pansy – Eles vão conosco? – perguntou um pouco confusa. Não tinha nada contra Blásio, mas não gostava de Pansy.

- Sim – respondeu Blásio – Mas está descansada, vocês podem-se comer à vontade, finjam que somos invisíveis.

Draco riu, Luna corou ainda mais e Pansy revirou os olhos.

- Vamos então? – perguntou a garota impaciente.

- Vamos – respondeu Blásio agarrando na mão dela.

(…)

Caroline caminhava de um lado para o outro em frente à biblioteca. “Quando aquela garota vai chegar?” “Ela já está atrasada” “Será que ela não vem?” “Se ela não vier, eu mato-a”.

Minutos depois Hermione chegou correndo apressada.

- Desculpa o atraso. – desculpou-se a morena.

- Acabaste o antídoto? – perguntou rapidamente.

- Sim, vem comigo à sala precisa, já pedi para o Harry ir lá ter.

- E a tua amiga Ginny? – perguntou a ruiva desconfiada.

- Está no quarto chateada, diz que não quer falar mais comigo nem com mais ninguém, porque segundo ela, eu traí-a.

Caroline revirou os olhos e seguiu Hermione. Quando chegaram ao 7º andar, Hermione fechou os olhos e pensou no que necessitava e rapidamente uma porta apareceu à sua frente e elas entraram.

A sala parecia uma sala de um mestre de poções, cheia de frascos estranhos, as mais variadas coisas e objectos e um caldeirão em cima de uma mesa.

Caroline sentou-se numa cadeira esperando Harry chegar.

Minutos depois o garoto entrou pela porta da sala precisa com uma expressão confusa. Porque Hermione o tinha pedido para vir alí? Aquilo não fazia sentido.

- O que se passa Hermione? – perguntou o garoto de olhos verdes.

- Harry, eu não sei como dizer isto, mas… eu cometi um grande erro. Eu ajudei a Ginny a preparar uma poção de amor. Tu não a amas realmente, é tudo por causa da poção – contou Hermione baixando a cabeça.

Harry sentou-se numa cadeira absorto nos seus pensamentos. “O que ele sentia por Ginny não era verdadeiro?” “Era tudo por causa de uma poção do amor?”.

- O que ela faz aqui? – perguntou Harry minutos depois apontando para Caroline.

- A Caroline era tua namorada. Ela descobriu tudo o que nós fizemos e pediu para eu fazer um antídoto. – explicou Hermione enquanto deitava o líquido do caldeirão dentro de um copo – Toma, bebe!

Harry pegou no copo confuso, aquilo era informação demais. Ele namorava Caroline? A Ginny era uma mentirosa?

Bebeu o conteúdo do copo e sentiu a sua cabeça latejar. Parecia que o seu cérebro estava a pegar fogo, tantos sentimentos diferentes a mudar ao mesmo tempo, tudo confuso, confusão e mais confusão.

- Como te sentes Harry? – perguntou Caroline.

- Confuso – respondeu o garoto.

- É normal, mas essa confusão vai passar – afirmou Hermione.

- Harry, tu sentes alguma coisa por mim? – perguntou Caroline tocando levemente o rosto do garoto.

Nesse momento ouviram um barulho, alguém tinha entrado na sala, era Ginny.

- HARRY! NÃO ACREDITES NELAS! ELAS ESTÃO A MENTIR! – afirmou Ginny. Os seus olhos estavam possuídos por ódio e raiva.

- Cala a boca vadia, estás a começar a me irritar – respondeu Caroline pegando a sua varinha.

- Estupefaça – gritou Ginny apontando a varinha à garota e atirando Caroline para longe.

(…)

Pansy, Blásio, Draco e Luna conversavam e caminhavam pelas ruas de Hogsmeade. Tinha parado de nevar e apenas uma pequena camada de neve se encontrava no chão. Pessoas à sua volta faziam lutas e bonecos de neve.

- Podemos ir ao Zonko's? – perguntou Luna com um ar sonhador.

- Para quê? Essa loja só vende coisas desinteressantes – respondeu Pansy revirando os olhos.

- Deixa-a em paz – pediu Blásio a Pansy.

- Claro que sim, Luna – disse Draco ignorando o comentário de Pansy.

- Ok, então vamos ver quem chega lá primeiro – afirmou Luna saindo a correr.

- Heyyy, espera! – riu Draco correndo atrás da garota.

Quando Draco apanhou-a os dois riram alto e acabaram por cair por cima da neve fofa. Draco olhou Luna nos olhos sorrindo muito. Luna esboçou um pequeno sorriso e deu um selinho em Draco. O garoto não se contentou só com um pequeno selinho e beijou-a intensamente.

- Aff não acredito que eles vão ficar a se beijar no meio da rua – reclamou a garota.

- Ah estás com inveja? – provocou Blásio. – Se quiseres pudemos fazer o mesmo… - ele aproximou-se mais.

- Mas o que pensas que estas a … - Pansy não conseguiu acabar a frase pois Blásio beijou-a. No início ela tentou combater, mas acabou por deixar-se levar pelo beijo.